O Milagre do Nascimento: “Eu Vi Deus Hoje”

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O Milagre do Nascimento

“Eu Vi Deus Hoje”

“Meu novo bebê, minha filhinha, é um milagre. Eu vi Deus hoje”, cantou George Strait em sua canção intitulada, “Eu vi Deus hoje”, um hit de 2008. Quando eu testemunhei o nascimento de minhas duas filhas, a palavra “milagre” veio naturalmente para descrever esse momento de admiração.

Cerca de três mil anos antes de George Strait, outro compositor popular, o rei Davi de Israel, compôs um pensamento semelhante: “Tu criaste cada parte do meu corpo; tu me formaste na barriga da minha mãe. Eu te louvo porque deves ser temido. Tudo o que fazes é maravilhoso, e eu sei disso muito bem” (Salmo 139:13-14, BLH).

Considere um dos órgãos absolutamente essencial, mas ainda desconhecido, no nascimento de um bebê—a placenta. Ele dá uma clara evidência do projeto. E todo o processo de nascimento representa algo ainda maior.

A magnífica placenta

Talvez porque a placenta aparente ser apenas uma bolha de tecido, descartado após o nascimento, é que os alegres pais, a família e os amigos deem pouca atenção a essa criação incrivelmente complexa, que tem características e funções intrinsecamente únicas para funcionar perfeitamente já na primeira vez.

“Depois que o óvulo é fecundado, a placenta é o primeiro órgão a se desenvolver. Estudos recentes mostram que quando um óvulo fecundado se divide para formar as duas primeiras células, um deles já está destinado a formar a placenta, enquanto que o outro se torna um bebê” (Um Guia de Bolso Para o Corpo Humano—O Intrincado Desenho Que Glorifica o Criador, Respostas de Gênesis, 2011, p. 47). Portanto, a placenta definitivamente está envolvida em todo o processo desde o surgimento da primeira célula do nascimento.

À medida que a placenta se desenvolve em um ritmo perfeito com o embrião, uma de suas importantes funções é a produção de hormônios, que afetam o corpo da gestante. Logo após três dias da fecundação, esses hormônios preparam a parede do útero para receber o embrião. Durante as próximas semanas, esses hormônios vão direcionar corretamente a quantidade necessária de nutrientes e oxigênio para o embrião, mesmo que a mãe tenha que ficar carente de algo para si mesma.

Para a placenta, o bebê é prioridade máxima! A sua saúde e sobrevivência em primeiro lugar. Como ela não tem células nervosas, a placenta não está diretamente sob o controle do cérebro da mãe ou da medula espinhal. Mas para esse pedaço de tecido possa orquestrar perfeitamente o tempo e as dosagens, sem dúvida, é preciso o trabalho de um Designer Inteligente perfeito!

Uma enorme célula-tampão

Cerca de cinco dias após a fertilização, as células que envolvem o embrião em desenvolvimento começam a fundir-se em uma célula gigante, eventualmente, com milhões de núcleos. A placenta aumenta de volume até o início do terceiro trimestre, atingindo um platô ao redor da trigésima semana; quando madura, pesa em média 488 gramas apresentando uma superfície vilosa de aproximadamente 11 a 14 m2, ou 3,98 a 4,33 m2/kg de peso fetal. Achar que esse processo evoluiu por acaso chega a ser irracional.

Como pode uma célula tão grande ser fina e transparente? E isso torna a placenta uma perfeita camada permeável entre a mãe e o bebê, para que o sangue de ambos flua junto, mas nunca se misture nem tenha contato direto. A placenta filtra hormônios e nutrientes, como cálcio e ferro, eletrólitos, oxigênio e anticorpos do sangue da mãe e resíduos do sangue do bebê.

Embora seja externa para o bebê, a placenta atua como seu órgão mais essencial, funcionando como seu sistema digestivo, pulmões, rins, fígado e sistema imunológico.

Como o bebê e a placenta são geneticamente diferentes da mãe, um dos papéis fundamentais da placenta é evitar que o bebê seja atacado pelo sistema imunológico da mãe. “Ainda é um mistério como a placenta impede que a mãe a rejeite e também ao bebê como um organismo estranho sem desativar o seu sistema imunológico” (ibid., p. 48).

Prevenção de hemorragia

Quando o útero se contrai para expulsar a placenta, geralmente 15 a 30 minutos após o nascimento do bebê, partes da superfície endometrial são arrancadas com ele. Isso resulta em corte de cerca de 20 grandes artérias uterinas—que, se não forem controladas, implicariam em perda de sangue a uma taxa de cerca de um litro por minuto. Todo o sangue seria perdido em menos de 10 minutos. Também é importante notar que o mecanismo de coagulação do sangue foi suprimido na placenta e vasos sanguíneos do útero durante a gravidez, criando uma situação comparável à de um hemofílico com 20 artérias cortadas. Esses fatores resultam em uma ferida que não se poderia esperar nenhuma chance de sobrevivência!

Graças ao nosso Sustentador da vida que “cada uma das artérias uterinas rompidas tem um esfíncter muscular precisamente colocado que atua como uma corda, bolsa ou pinça hemostática de um cirurgião, para logo fechar a perda de sangue. Como resultado, um parto normal envolve a perda de apenas um litro de sangue” (p. 51).

O nascimento humano retrata o nascimento espiritual

Em um simples nível humano, o milagroso nascimento de um bebê é um testemunho poderoso da glória de Deus, em contraposição a uma evolução irracional e sem propósito. Mas em um nível espiritual mais profundo, o nascimento humano retrata o nascimento espiritual na família de Deus. É por isso que Jesus disse a Nicodemos em João 3:3 que era preciso “nascer de novo” para ver o Reino de Deus. Confuso e incrédulo, perguntou Nicodemos: “Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?” (versículo 4).

Romanos 1:20 diz: “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis​​“ (Nova Versão Internacional) .

Deus não só declara o fato científico básico que a criação revela um Criador como também compartilha um segredo de família. Deus diz que a Sua criação deve nos ajudar a ver algo muito importante sobre a natureza divina. Ao invés de ser uma Trindade fechada, como muitos acreditam, Deus é uma família—atualmente, o Pai e Seu divino Filho, Jesus Cristo—e se encontra em um processo de se reproduzir! (Para saber mais sobre esse mistério e sobre a prova bíblica, você pode baixar ou solicitar nosso livro gratuito Deus é uma Trindade?).

Nosso nascimento espiritual começa quando, após o arrependimento e o batismo, em resposta à mensagem da Palavra de Deus, somos gerados pelo Espírito Santo, que se une com o nosso espírito humano (ver Atos 2:38; Romanos 8:16, 1 Pedro 1:23), tornando-nos parte da Igreja de Deus.

Como um corpo unificado de fiéis, a Igreja é uma (Efésios 4:4-6) e cumpre o papel de uma mãe que alimenta os filhos espirituais de Deus, enquanto eles ainda estão por nascer (ver Gálatas 4:26, onde todos coletivamente fazem parte da Nova Aliança e são referidos como “a Jerusalém que é de cima”).

Como uma mãe é capaz de nutrir e proteger seus filhos, enquanto ainda no útero por meio da placenta, então Deus tem permitido que a Igreja cuide do desenvolvimento dos cristãos até que todos cheguem “à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Efésios 4:13), quando formos totalmente transformados em filhos espirituais divinos de Deus ante a última trombeta (1 Coríntios 15:52; 2 Coríntios 6:18; 1 João 3:1-2).

Para obter mais detalhes interessantes desse processo de nascimento espiritual, você pode solicitar ou baixar gratuitamente nosso livro Qual é o seu destino?

“Meu novo bebê, minha garotinha, é um milagre. Eu vi Deus hoje”. Na próxima vez que você ouvir George Strait cantar essa linda música, agradeça a Deus por Seu maravilhoso projeto da placenta e do processo de nascimento do ser humano e enxergue o seu incrível potencial para se tornar parte de Sua família eterna! BN