Por que um Confronto Mundial entre as civilizações ocidental e islâmica?
O escritor Samuel Huntington afirmou em seu livro O Choque de Civilizações e a Reconstrução da Ordem Mundial [The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order]: "A religião é uma característica central na definição de civilizações" (1998, pág. 47). Ele está correto, é claro. A maioria das religiões do mundo estão associadas a uma ou mais das civilizações do presente.
Hoje vivemos em uma era multipolar de múltiplas civilizações. Aqui, nós vamos estreitar nosso foco a apenas duas civilizações ― a cristã ocidental e sua contraparte islâmica. O que as diferencia, e por que estão em desacordo?
As diferenças cruciais entre o Cristianismo e o Islamismo
A religião cristã extrai seus ensinamentos e valores de uma série de livros, escritos ao longo de um período de 1.500 anos, que coletivamente formam a Bíblia. Os profetas do Antigo Testamento e os apóstolos do Novo Testamento escreveram, enquanto divinamente inspirados, o conteúdo das Escrituras judaico-cristãs.
Em contrapartida, apesar de o Islamismo ensinar que a Bíblia é a Escritura revelada, também afirma que a Bíblia tem sido corrompida e foi substituída pelo Corão (ou Alcorão, que significa "Recitação"). Este livro, que é do tamanho do Novo Testamento, é supostamente baseado na revelação divina ao fundador do Islamismo, Maomé (570-632 d.C.). O Alcorão é complementado pelo Hadith (ou "Ditos"), um registro tradicional de outras recitações e atos de Maomé.
Enquanto o Islamismo e o Cristianismo reivindicam crença em um só Deus, o Deus da Bíblia e Alá do Alcorão não são verdadeiramente os mesmos. "O Islamismo começa e termina com o conceito de que não há Deus senão Alá. Alá é todo-poderoso, soberano e incognoscível" (David Burnett, Choque entre Mundos [Clash of Worlds], 2002, pág. 114, grifo nosso no artigo).
Apesar de a palavra árabe Alá significar Deus, o fato de Alá ser retratado no Alcorão como um ser tão distante, abstrato e transcendente que chega a ser incognoscível ajuda a mostrar que Alá não é apenas outro nome para o Deus cristão, como alguns erroneamente acreditam.
Nosso Criador revelou Sua Pessoalidade e natureza compassiva e misericordiosa na Sua Palavra. Em contraste com a visão muçulmana de Alá, Deus é conhecível! Em Jeremias 9:24 Ele diz: "Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR". Jesus Cristo disse em sua oração ao Pai, não muito antes de Seu sofrimento e morte, em nome da humanidade, "E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (João 17:3).
Há também a questão de confiabilidade. Por exemplo, o Alcorão descreve quatro chamadas conflitantes de Maomé.
Maomé começou declarando que Alá lhe apareceu na forma de um homem. Mais tarde, ele disse que foi chamado pelo Espírito Santo. Ainda depois, ele disse que os anjos (plural) lhe apareceram e disseram-lhe que Deus o havia chamado para ser um profeta. E, por último, ele disse que o anjo Gabriel lhe apareceu e lhe revelou o Alcorão.
O Alcorão, da mesma forma, agrega povos, lugares e práticas separadas por milhares de anos e centenas de quilômetros, todos juntos, ao mesmo tempo. Por exemplo, ele cita a crucificação sendo realizada no período do Êxodo, mas essa prática só se iniciou cerca de mil anos mais tarde.
E cita Hamã, um oficial persa mencionado no livro bíblico de Ester, trabalhando para o faraó no Egito na época do Êxodo, sendo que o evento ocorreu mil anos antes. Também alega que Alexandre, o Grande, era um muçulmano que viveu até uma idade madura, mas Alexandre era um idólatra grego que morreu, mais ou menos, aos trinta anos de idade.
Estes são apenas alguns dos muitos conflitos, não apenas entre o Alcorão e a Bíblia, mas também entre ele e o fato histórico.
Ao longo dos séculos essas e outras diferenças fundamentais têm produzido conflitos profundos entre as duas distintas civilizações.
As relações com os governos mundiais diferem acentuadamente
A civilização ocidental, enraizada no Cristianismo, sempre reconheceu que os conflitos práticos entre os cidadãos precisam de solução, mais cedo ou mais tarde. E também se entende que as autoridades políticas nacionais estão ali para manter a ordem social.
Segundo a Bíblia, o Estado merece respeito e obediência básica de seus cidadãos. Jesus Cristo disse claramente: "Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus" (Mateus 22:21).
Ademais, dois apóstolos de Cristo elaboraram esse princípio básico. Paulo escreveu: "Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores" (Romanos 13:1). Pedro escreveu: "Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor [de Cristo]; quer seja ao rei, como soberano, quer às autoridades... Tratai todos com honra, amai os irmãos [os membros da Igreja], temei a Deus, honrai o rei" (1 Pedro 2:13-14, 17).
Em nítido contraste, o objetivo final do Islamismo é submeter todas as nações às suas leis religiosas islâmicas (Sharia) agora nesta era do homem ― mesmo que isso signifique derrubar governos existentes. Os radicais fundamentalistas islâmicos usam os atentados suicidas e outras formas terríveis de terrorismo para atingir essa meta.
O escritor britânico Roger Scruton escreveu: "A concepção muçulmana da santa lei, apontando o único caminho para salvação, e aplicando-se a todas as áreas da vida humana, envolve uma confiscação política. As matérias que, nas sociedades ocidentais, são resolvidas por negociações, acordos e o trabalho árduo de departamentos e comitês são [sob a lei islâmica] objeto de decretos inamovíveis e eternos, sejam previstas explicitamente no livro sagrado [o Corão] ou discernidos por alguma figura religiosa" (O Ocidente e o Resto [The West and the Rest], 2002, pág. 91, grifo no original).
Por outro lado, os verdadeiros cristãos aguardam o iminente retorno do Rei dos Reis para sobrenaturalmente inaugurar o Reino divino de Deus e governar todas as nações ― trazendo paz e prosperidade a este mundo caótico (Apocalipse 11:15; 20:4-6 ).
Dois modos de vida radicalmente diferentes
O devastador ataque de onze de setembro contra os Estados Unidos revelaram um mundo dividido em duas esferas extremamente diferentes ― as democracias ocidentais e os povos impulsionados pelo radical fundamentalismo religioso. Os mulçumanos realmente veem nações com duas divisões ― dar al-Islam (a "terra do islão") e dar al-Harb (a "terra da guerra").
Para os muçulmanos devotos, apenas os países predominantemente controlados pela religião islâmica constituem a “terra da submissão” (Islão significa "submissão"). Os restantes enfrentam a infiltração, a opressão e os ataques de crentes islâmicos até serem coagidos à submissão. Até então, essas nações não islâmicos fazem parte da dar al-Harb, da "terra da guerra".
Em terras não muçulmanas, com uma população de minoria islâmica, a estratégia básica é parecer externamente pacíficos e cooperativos. E muitos muçulmanos podem muito bem ser assim. No entanto, os radicais trabalham secretamente no submundo para elaborar planos subversivos. E como proporção da sua população cresce, particularmente em nações ocidentais, os muçulmanos, em números crescentes, tornam-se mais assertivos ao exigir seus "direitos", usando as liberdades ocidentais para avançar em sua causa, à custa dos outros.
Então, se e quando o ponto de inflexão demográfica chegar, as táticas mudarão para vários tipos de coerção e uso da força, usando os novos poderes de uma pluralidade ou maioria muçulmana recém alcançada. Qualquer atividade torna-se permissível desde que sirva para o resultado final ― o avanço do Islamismo.
Mas, primeiro, os países de fora do reino islâmico são normalmente convidados a se converterem. Se eles recusarem a conversão, em seguida, os radicais se sentem livres para usar todos os meios necessários para trazer esses países para o rebanho islâmico.
Assalto duplo á civilização ocidental
Não são apenas os elementos radicais fundamentalistas do Islamismo que trabalham ativamente para destruir o Ocidente, mas em nossa própria civilização, paradoxalmente, se encontram muitos líderes políticos e culturais, e movimentos que realmente minam a resistência a essas influências estrangeiras que destruirão a civilização ocidental.
Quando escolhemos ser politicamente corretos em vez de enfrentar os duros fatos da realidade, acabamos participando conscientemente de nossa própria queda. Nós simplesmente não queremos enfrentar o câncer moral que é um dos principais responsáveis pelo atual declínio de nossa civilização e cultura.
A colunista do Daily Mail, Melanie Phillips, explica: “Nossa cultura [ocidental] se viu nocauteada pelo relativismo moral e cultural, uma doutrina que nega qualquer hierarquia de valores, mas é dogmática em sua própria aplicação. Diante de um ataque do mundo islâmico que reconhece corretamente a cultura ocidental como decadente, já não sabemos mais o que queremos defender.
"Dizemos a nós mesmos que defendemos os direitos humanos, a liberdade, a democracia, a tolerância ― também demonstramos que não é devemos defender esses direitos porque preferir uma cultura em detrimento da outra, é racismo ou xenofobia, mesmo se a cultura preferida seja a nossa própria. Assim, uma sociedade liberal, por definição, não se pode defender, mas, no interesse da igualdade, deve, aparentemente, aceitar a sua própria obliteração" (O Mundo Virado de Ponta-cabeça [The World Turned Upside Down], 2010, págs. 281-282).
"O certo e o errado" se torna uma questão de aderir aos seus próprios padrões pessoais, com base em qualquer cultura que abracemos atualmente ― mesmo que seja nominalmente cristã, secular, liberal, ou qualquer outra. Há muito tempo o rei Salomão nos advertiu que o modo de vida que parece muito certo para nós vai terminar em nossa própria destruição e morte espiritual (Provérbios 14:12 e 16:25).
Como nos dias da antiga Israel, muitos homens e mulheres de hoje estão pensando e fazendo o que é certo aos seus próprios olhos e escolhendo mal (ver Juízes 17:6; 21:25). Hoje em dia, os padrões bíblicos são primeiramente ridicularizados e, em seguida, em sua maioria, abandonados.
O aborto e a eutanásia foram justificados por esse pensamento liberal equivocado. Muitos justificam o assassinato daqueles que ainda não nasceram e até mesmo incentivam a morte prematura do idoso e doente entre nós. O casamento e a família ― a substância que mantém a sociedade unida ― são redefinidos ou descartados para satisfazer os caprichos pessoais dos cidadãos.
O avanço do Islamismo em paralelo com o declínio do Ocidente
Ao contrário do Islamismo, o Ocidente perdeu a fé em seus próprios valores religiosos tradicionais. As igrejas tradicionais têm sofrido um preocupante declínio por décadas. A participação dos cidadãos está quase em queda livre. Os ensinamentos da Bíblia são questionados, e até mesmo a existência de Deus é seriamente questionada entre grupos religiosos. Agora, os clérigos ocidentais aceitam os chamados "cristãos ateus".
E, observa Melanie Phillips, mais uma vez: “A perda da fé religiosa fez com que o Ocidente substituísse a razão e a verdade pela ideologia e o preconceito, que é adotado na forma de uma inquisição secular. O resultado tem sido uma espécie de desordem generalizada, como a verdade e a mentira, o certo e o errado, a vítima e o agressor ficando todos de ponta-cabeça.
"No estilo medieval de caça às bruxas, os cientistas que são céticos sobre o aquecimento global são perseguidos em seus cargos; Israel é ferozmente demonizada e o Estados Unidos é vilipendiado por causa da guerra contra o terror ― tudo baseado em falsidades e propagandas, que se acredita como verdade" (O Mundo Virado de Ponta-cabeça, a contracapa).
O profeta hebreu Isaías previu este aspecto da nossa condição trágica humana hoje: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade..." (Isaías 5:20). Nosso Criador Deus fez com que Sua própria opinião fosse conhecida através da Sua Palavra verdadeira e julgamentos, que durarão para sempre (Salmo 119:160).
Deus estabeleceu o princípio de causa e efeito no próprio tecido do nosso mundo. Um exemplo bíblico simples: "Porque o bater do leite produz manteiga, e o torcer do nariz produz sangue, e o açular a ira produz contendas" (Provérbios 30:33, ARA). Assim, o simples princípio de causa e efeito produz essas tendências entre várias civilizações.
E vemos o resultado final ao nosso redor: o Islamismo cresce em número e em força, enquanto o Ocidente continua a diminuir. Os adeptos do Islamismo não questionam Alá ou os ensinamentos do Alcorão. Mas nós, os ocidentais supostamente cristãos, de modo arrogante, grosseiro e ofensivo, questionamos a Deus e a Bíblia.
Por isso, Deus lamenta: "Nenhuma outra nação trocou os seus deuses por outros que nem eram deuses de verdade. Mas o meu povo Me trocou, trocou a Mim, o seu Deus glorioso, por deuses que não podem ajudá-los" (Jeremias 2:11, NTLH).
O que o Ocidente deveria fazer?
A reação ideal da civilização ocidental seria seguir o conselho dado por Melanie Phillips do Daily Mail: "Se alguma vez houve um tempo no qual os guardiões religiosos da civilização ocidental pudessem se levantar como defensores consolidados da conspícua transparência moral, com certeza esse tempo é agora" ("A Paralisia e a Confusão Moral na Piazza Mahatma Gandhi (também conhecida como de São Paulo)", 8 de novembro de 2011).
Mas essa probabilidade parece ser muito remota. Pois, isso se resume a suas escolhas pessoais.
Seu relacionamento com Deus deve ser o núcleo de sua existência. Jesus Cristo diz exatamente como se deve proceder diante dessas tendências e eventos do fim dos tempos:
"Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço. Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra. Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem" (Lucas 21:34-36, ARA).
Os enganos sedutores desta era com seus entretenimentos ímpios, seu foco na autogratificação e suas inúmeras distrações o seduzirá para que você siga seus falsos caminhos. O apóstolo João adverte ao povo de Deus: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (1 João 2:15-17).
Em busca da restauração mundial de Seus caminhos justos (Atos 3:19-21), Deus está em um processo de dar fim a essa era maligna do homem. Jesus Cristo nos ensina a orar: "Venha o teu reino" (Mateus 6:10). Nosso Criador irá responder a essa oração!
Mas primeiro Ele vai ensinar às nações algumas lições muito difíceis. Como disse Jesus sobre os eventos que levarão ao Seu retorno: "Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas [nas profecias da Bíblia]" (Lucas 21:22).
Esse será um tempo traumático de acerto de contas. Jesus também disse mais sobre aquele tempo: "Porque haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. Se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém sobreviveria; mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados" (Mateus 24:21:22, NVI).
Como o fim desta era se aproximando, é hora de mudarmos o foco de nossas vidas para Deus e Seu plano maravilhoso para a humanidade!
Leitura recomendada:
Tenha certeza de pedir ou baixar sua cópia gratuita do livro O Oriente Médio na Profecia Bíblica. Ele se concentra no fato de que a região do Oriente Médio será onde culmina a profecia dos eventos cruciais do fim dos tempos e explica o eventual destino do Islamismo, quando devidamente entendida à luz do quadro bíblico profético. Este livro lhe abrirá os olhos e vai lhe dar uma ideia mais clara para onde estão realmente caminhando as nações ocidentais e islâmicas.
o Petróleo do Oriente Médio e o Choque de Duas Civilizações
A abundância de petróleo no Oriente Médio ajudou e cooperou na propagação do Islamismo no Ocidente e no mundo. O escritor David Burnett comenta: "O petróleo tem dado ao mundo muçulmano um poder econômico e político, que é usado contra o mundo dominante cristão. Os muçulmanos acreditam que Alá colocou o petróleo naquela região e que foi dado para a propagação do Islamismo. Por esta razão, a Arábia Saudita e outros países muçulmanos estão usando sua nova riqueza para expandir o Islamismo" (Choque de Mundos [Clash of Worlds], 2002, pág. 123, grifo nosso).
Usando essa transferência maciça de riqueza do Ocidente para os países islâmicos, os muçulmanos construíram centenas de mesquitas nas principais cidades ocidentais, estabeleceram influentes estações de rádio e televisão em vários lugares e imprimem e distribuem uma vasta quantidade de literatura a fim de facilitar a propagação do Islamismo. As forças islâmicas estão na ofensiva no Ocidente e em todo o mundo. E, se ainda não chegou, o Islamismo chegará ao seu canto do mundo.
A Bíblia e o Alcorão: Uma Diferença Fundamental na Abordagem
Antes da invenção da imprensa ter tornado a Bíblia cristã amplamente disponível, alguns fiéis eram muito hábeis em decorar grandes partes das Sagradas Escrituras. Hoje somos abençoados por termos muitas traduções da Bíblia, juntamente com vários comentários, dicionários bíblicos e outras ajudas disponíveis para estudar a Palavra de Deus como nunca antes na história.
A capacidade humana de raciocinar, analisar e imaginar é um dom maravilhoso de Deus, que se dá do fato de termos sido criados à imagem de Deus (ver Gênesis 1:26-27). Evidentemente, a Bíblia incentiva o uso adequado de nossos poderes de raciocínio. "Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR" (Isaías 1:18, ARA).
Durante Seu ministério terreno, Jesus Cristo fez muitas perguntas aos seus discípulos, o arrazoamento com eles era diário. Em uma ocasião, uma mulher não israelita pediu a Cristo para curar sua filha de possessão demoníaca. No começo, Ele respondeu que em uma casa os filhos devem ser alimentados primeiro referindo-se ao povo judeu dos Seus dias. Mas ela argumentou com Ele, de forma correta, e então, alegremente, Ele atendeu o seu pedido, louvando a sua fé.
Em contraste, a abordagem islâmica do Alcorão difere acentuadamente do modelo bíblico de raciocínio. O escritor David Burnett afirma: "No Islamismo, é a revelação dada por Alá que é importante, e não o conhecimento intelectual através da análise. O Corão [Alcorão] é a personificação dessa revelação e para o muçulmano o Corão está além de questionamento ou arrazoamento... A importância não está na sua compreensão, mas no significado que depende do seu próprio poder intrínseco. Assim, o Alcorão deve ser memorizado, mas não necessariamente compreendido. O aprendizado vem primordialmente por sabê-lo de cor e não pela lógica dedutiva" (Choque de Mundos [Clash of Worlds], 2002, págs. 116-117, grifo nosso).
O assunto em pauta é nossa mente! O Cristianismo não é uma religião desatenta. Deus não quer afastar nosso poder de raciocínio quando nos deparamos com informações claramente duvidosas ou irremediavelmente ambíguas. Nosso Criador fez o homem com a capacidade do pensamento racional, um atributo divino da imagem de Deus. É claro, devemos arrazoar com humildade diante da Palavra de Deus e não exaltar o nosso raciocínio humano acima de Sua revelação evidente (Provérbios 3:5).
Em qualquer caso, a confiança em Deus e Sua Palavra tem ser baseada em uma fé fundamentada e não em uma fé cega.
O Objetivo do Presidente iraniano para a Humanidade
O Alcorão, livro sagrado do Islamismo, imagina um mundo em que o Islã acabará por dominar todo o globo. A incapacidade de compreender este fato básico tem cegado muitos líderes ocidentais quanto ao objetivo global dos líderes muçulmanos que levam a religião a sério. Alguns muçulmanos, predominantemente xiitas, acreditam na vinda de um messias islâmico, a quem eles se referem como o mahdi, que significa "O Guiado". Este mahdi, creem, vai levar o Islamismo ao que eles acreditam ser seu lugar de direito como religião dominante sobre o mundo inteiro, com os seguidores de outras religiões forçados a se converter ou sendo submetidos ao Islamismo.
Apesar do fervor religioso parece tão absurdo para aqueles que vivem no Ocidente, em sua maioria secular e irreligioso, alguns líderes islâmicos são bastante transparentes ao afirmar isso como sua crença e objetivo final. Por exemplo, em seus três últimos discursos diante da Assembléia Geral da ONU (2009, 2010, 2011), o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad expressou seu principal desejo para o mundo — uma nova era na qual o mahdi viria e estabeleceria o Islamismo como a religião para toda a humanidade em um mundo governado pelo Alcorão. Observe estes trechos:
• Discurso na ONU em 2009: "Louvado seja Alá, o Senhor do universo, e a paz e as bênçãos estejam sobre nosso mestre e profeta Maomé... Ó Alá apresse a chegada do Iman Mahdi" (23 de setembro de 2009).
• Discurso na ONU em 2010: "O Corão Sagrado [Alcorão] é o livro divino e eterno, o milagre do Profeta do islamismo [Maomé]" (23 de setembro de 2010).
• Discurso na ONU em 2011: "Um futuro será construído quando a humanidade começar a se inclinar para o caminho dos divinos profetas e os justos sob a liderança do Iman Al-Mahdi, o supremo Salvador da humanidade... A criação de uma sociedade superior e ideal com a vinda de um ser humano perfeito, que ama verdadeiramente e sinceramente todos os seres humanos, é a promessa garantida de Alá" (22 de setembro de 2011).
A Bíblia, porém, apresenta um quadro muito diferente. O apóstolo Pedro disse a respeito de Jesus Cristo: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12). O ser humano perfeito, sem pecado, já veio a esta terra há cerca de dois mil anos. Para entender todos os fatos bíblicos essenciais, solicite ou baixe gratuitamente o livro Jesus Cristo: A Verdadeira História.