Três Chaves Para Conhecer A Deus

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Você quer viver para sempre com Deus? Deixe-me fazer outra pergunta. Você realmente conhece Deus? Você sabe quem é Deus? Você sabe o que Deus quer para nós? Não tenha tanta certeza de que sabe, pois a maioria das pessoas não sabe.

Contudo, essas questões são cruciais. Como Jesus disse em oração ao Pai: “E este é o meio de obter a vida eterna: conhecer o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que o Senhor enviou à Terra!” (João 17:3, Bíblia Viva).

Observe que não há menção ao Espírito Santo nessa declaração, embora muitos afirmem que ele é a terceira pessoa de uma trindade divina. No entanto, o Espírito Santo certamente é essencial na vida de um cristão, como logo veremos.

A ideia de que Deus é uma trindade tem sido amplamente aceita, embora muitos fiéis não saibam exatamente o que a sua igreja ensina sobre o tema e, provavelmente, nem consigam explicá-lo. Apesar da confusão sobre essa doutrina, ela tornou-se para muitos um teste decisivo para saber quem é realmente cristão.

Um livro intitulado Trindade Esquecida salienta: “Baseamos a salvação de uma pessoa na aceitação dessa doutrina, mas, se formos honestos conosco mesmos, não sabemos exatamente o porquê. Esse é um assunto sobre o qual não falamos: ninguém ousa questionar a trindade por medo de ser tachado de “herege”, mas ainda temos muitas perguntas sobre isso...Muitos crentes...ficaram muitas vezes confusos com as respostas contraditórias que receberam” (James White, 2023, p. 14).

Entretanto, a mesma fonte afirma na página seguinte: “Devemos conhecer, compreender e amar a trindade para sermos plena e completamente cristãos. Por isso dizemos que a trindade é a maior das verdades reveladas por Deus” (p. 15).

Essa é uma declaração desconcertante sobre um ensinamento que, na verdade, não está nas Escrituras!

Encontramos a mesma informação em muitas fontes renomadas do cristianismo tradicional sobre ensinamentos bíblicos, algumas com declarações chocantes acerca dessa doutrina da trindade. Ela é chamada de “um mistério absoluto”, tanto em sua origem quanto em seu conteúdo. Ela também é rotulada como “ininteligível” e até “impossível para os cristãos entenderem”.

Isso é interessante. Por que seria impossível entender um ensinamento supostamente fundamental e necessário sobre Deus? Será que há um grave erro na doutrina da trindade?

Mantenha a mente aberta para ver o que podemos encontrar na Bíblia sobre Deus e a família de Deus. A verdade nos liberta do erro e da ignorância e nos permite ter um entendimento real acerca de Deus.

A seguir apresentamos três chaves bíblicas para conhecer a Deus.

Existem dois Seres divinos

Em primeiro lugar, a Bíblia revela dois Seres que são Deus, e não um Deus em três pessoas.

Começaremos com o aspecto plural disso. Gênesis 1:26, uma escritura fundamental sobre a criação dos seres humanos, diz: “E disse Deus: Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança” (grifo nosso).

Observe as formas plurais “Nós” e “Nosso”. A quem isso se refere? Ao longo do relato da criação, no primeiro capítulo de Gênesis, e em grande parte do Antigo Testamento, a palavra hebraica traduzida como “Deus” é Elohim, um substantivo plural que denota mais de uma entidade.

Então, Deus é descrito em forma plural. Porém, quem são essas entidades que juntas são Deus?

Vamos dar uma olhada noutra passagem nas Escrituras que identifica exatamente quem estava agindo na criação. Encontramos essa informação no Novo Testamento, logo no início do livro de João. Podemos dizer que aqui é onde começa a verdadeira compreensão desse tema. João 1:1-4 declara: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. nEle, estava a vida e a vida era a luz dos homens”.

A terminologia original grega aqui diz que Aquele chamado de Verbo estava com “o Deus”, enquanto esse Verbo também era Deus. Existem dois Seres mencionados nesses versículos. Novamente, não há menção a uma terceira pessoa. Se Deus fosse três seres, essa informação não deveria estar nessas passagens? Não está porque isso não é verdade. Há Um chamado “Deus” e outro junto com Ele chamado “o Verbo”, que também é Deus.

Continuando no relato, vemos exatamente quem era esse Ser chamado de Verbo. O versículo 14 declara: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. O Verbo foi concebido e nasceu na carne como um ser humano físico — Aquele que conhecemos como Jesus Cristo.

Assim, nessa passagem de João, temos dois grandes personagens, dois Seres eternos incriados, Aquele chamado o Deus, ou Deus Pai como O conhecemos, e Deus, o Verbo, que se tornou Jesus Cristo — ambos divinos e autores da criação de tudo o que existe.

O que isso significa? Significa que a doutrina trinitariana clássica é falsa. Pois, não existe uma terceira pessoa, apenas duas que são Deus. Essa verdade também derruba o argumento comum de que rejeitar a trindade equivale a negar a divindade de Cristo — mas seu caráter divino não pode ser negado pela aceitação do fato de que, evidentemente, tanto o Pai quanto Cristo são Deus. O problema é acrescentar uma terceira pessoa na divindade e alegar que essas supostas três pessoas são um só ser.

Se você acredita nessa ideia popular de três pessoas divinas em uma, então você tem um entendimento errado sobre Deus. E você não pode adorar verdadeiramente o Deus descrito nas Escrituras com esse falso conceito, pois Jesus mesmo disse que devemos “conhecer o que adoramos” e “adorar em espírito e verdade” (João 4:22-24).

Igualmente, Jesus disse que a vida eterna consiste em ter um verdadeiro conhecimento sobre Deus e também sobre Ele. O que você acredita sobre a natureza de Deus é importante, pois é vital para a salvação. E não podemos ter um relacionamento com Deus a menos que entendamos realmente quem e o que Ele é.

Deus é uma família

Há uma descrição mais específica relacionada ao fato de Deus ser uma pluralidade: Deus é uma família. Essa é a nossa próxima chave. Essa relação desses dois Seres divinos, novamente não são três, está registrada em muitas passagens.

O apóstolo João iniciou sua primeira epístola de forma semelhante ao seu Evangelho, mas de modo mais pessoal, escrevendo: “Proclamamos a vocês aquele que existia desde o princípio, aquele que ouvimos e vimos com nossos próprios olhos e tocamos com nossas próprias mãos. Ele é a Palavra da vida. Aquele que é a vida nos foi revelado, e nós o vimos. Agora, testemunhamos e lhes proclamamos que Ele é a vida eterna. Ele estava com o Pai e nos foi revelado” (1 João 1:1-2, Nova Versão Transformadora).

Um aspecto importante do que é revelado aqui é o relacionamento especial entre esses dois Seres divinos, que Eles queriam expandir, como veremos. João continua: “Nós lhes proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo” (versículo 3, Nova Versão Transformadora).

Aqui e em outras passagens está revelado claramente que Deus Pai e Jesus Cristo constituem uma família divina — um Pai e um Filho, como as Escrituras se referem repetidamente a Eles. E eles têm uma relação muito estreita e amorosa.

Esse vínculo de amor sempre existiu entre Eles. Na verdade, Jesus orou assim: “Pai...Me amaste antes mesmo do princípio do mundo” (João 17:24, NLT). Eles coexistiam em uma relação amorosa.

E, surpreendentemente, Eles decidiram criar outros seres para compartilhar esse relacionamento — gerando descendentes que também teriam a natureza divina. Nesse ponto é que eu e você entramos na história. Através desse relacionamento familiar é que os seres humanos, feitos à imagem de Deus, podem ter a possibilidade de compartilhar esse amor divino em um nível muito mais elevado do que podemos imaginar!

Por isso o casamento e a família são tão importantes na humanidade. Eles refletem o que Deus está fazendo em um nível muito mais elevado. Esse impressionante paralelo é algo que falta nos falsos ensinamentos como o da trindade, que esconde a verdade sobre o que Deus está fazendo ao expandir Sua relação familiar divina por meio da humanidade.

As Escrituras, desde Gênesis até Apocalipse, revelam a Deus em termos de um relacionamento familiar — Deus, o Pai, e Jesus, o Filho, juntos como a família de Deus. E quando compreendemos isso, a forma como entendemos o plano eterno de Deus muda para nós, pois isso é o que Ele tem proposto a fazer e compartilhar com Sua criação humana feita à imagem dEle.

Deus nos diz: “Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso” (2 Coríntios 6:18). Assim, nós também podemos nos tornar parte da família espiritual de Deus, levando o nome de Deus, juntamente com Cristo, como outros filhos do “Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome” (Efésios 3:14-15).

Infelizmente, muitas pessoas não tiveram uma família ou tiveram más experiências com familiares. Mas entenda que Deus criou as pessoas para fazerem parte de Sua perfeita família divina — algo que Ele concederá a todos os que aceitarem Sua proposta e viverem em conformidade com a vontade dEle.

Vemos, então, que Deus é um ser pessoal e quer expandir Seu relacionamento divino. E, de fato, através de Cristo, Deus está “trazendo muitos filhos à glória” para compartilharem Sua natureza divina (Hebreus 2:10). Novamente, a Bíblia ensina que existem dois Seres que são Deus — Deus Pai e Seu Filho Jesus Cristo. E o propósito dEles é compartilhar Sua natureza divina com os seres humanos, transformando a família humana em família divina.

A doutrina trinitariana tradicional não ensina isso. Na verdade, essa ideia antibíblica distorce e até oculta quem e o que é Deus, juntamente com o supremo propósito de Deus para a vida humana. Por isso esse assunto é tão importante. Precisamos ter esse fundamento correto para conhecer a Deus — e para que Seu propósito para nós seja cumprido!

Deus deseja ter um relacionamento com você

E nessa última chave, vamos nos aprofundar mais no desejo de Deus de expandir Sua família, particularmente no fato de que Ele deseja um relacionamento com você. Ademais, abordaremos um aspecto fundamental concernente ao Espírito Santo.

Em Gênesis 2 temos um segundo relato da criação. O versículo 7 nos diz: “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Estas palavras descrevem uma cena comovedora em que Deus expressa seu desejo de estar íntima e plenamente envolvido no processo de formação e modelagem do homem a partir da terra — tal como trabalha um oleiro com o barro, conforme mostrado em outras passagens.

Portanto, desde o princípio, vemos que Deus não se mostra indiferente. Os atos de criação anteriores foram apenas enunciados, mas aqui vemos algo mais — um Deus amável, que deseja interagir e ter uma comunhão profunda conosco, ou seja, com os seres humanos, a expressão máxima de Sua criação. O homem foi criado à imagem de Deus. Reflita sobre isso. Nós fomos projetados e moldados para ter um relacionamento familiar com Deus.

E mesmo depois de o homem ter pecado e se rebelado contra Ele, Deus ainda queria ter esse relacionamento. Mais tarde, Deus, o Verbo, desceu novamente, dessa vez como homem — o Verbo feito carne como Jesus Cristo — para viver entre nós e morrer para nos redimir.

Em uma bela passagem do apóstolo Paulo na epístola aos filipenses afirma o seguinte sobre Cristo: “Embora sendo Deus, não considerou que ser igual a Deus fosse algo a que devesse se apegar. Em vez disso, esvaziou a Si mesmo; assumiu a posição de escravo e nasceu como ser humano. Quando veio em forma humana [sendo realmente um homem, ainda que incorrupto], humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses 2:6-8, Nova Versão Transformadora).

Deus queria tanto compartilhar a glória e a vida no nível de existência divina com Sua criação humana que o Verbo divino se desfez disso para converter-se em carne humana. E, ao fazer isso, Ele deu o mais longo dos passos a favor da humanidade. A sua vinda como Filho unigênito de Deus tornou possível a nossa redenção e esperança de salvação e participação na glória divina.

Ele também desceu com outro propósito criativo, como em Gênesis 2:7, desta vez para nos moldar intimamente em uma nova criação — e para infundir em nós uma nova vida.

Como foi dito no início, a própria essência da salvação — viver eternamente com Deus — é saber que, graças a vida de Jesus Cristo, Deus pode iniciar o processo de uma nova vida naqueles que são chamados segundo Seu propósito. E esse propósito é colocar em nós Sua vida, Seu Espírito, Seu poder e Sua própria essência, mediante uma criação espiritual, para nos formar à Sua imagem pelo poder de Sua vida, que é o Espírito Santo.

O Espírito Santo não é uma terceira pessoa de um conceito trinitariano de Deus. O Espírito Santo é o próprio poder de Deus pelo qual Ele criou o universo. Ele é a própria essência da natureza divina que Deus coloca dentro de nós. Além disso, o Espírito Santo é o agente da concepção espiritual em um relacionamento profundo com Deus. Como declara Romanos 8:16: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.

O Espírito de Deus se une ao nosso espírito humano para dar testemunho de que somos filhos de Deus — a família espiritual dEle. Através desse Espírito é que temos a possibilidade de participar da natureza divina (2 Pedro 1:4), a própria natureza de Deus, segundo o propósito e plano que Ele está realizando.

Além disso, Deus habita em nós através de Seu Espírito, que é Sua essência vital. O “DNA espiritual” de Deus, por assim dizer, está em todos os verdadeiros cristãos — aqueles que se arrependeram de seus pecados, aceitaram Jesus Cristo como Salvador pessoal, foram batizados e, através da imposição de mãos realizada por ministros de Cristo, receberam o dom do Espírito Santo. Essa é a fonte do poder que nos conecta com Deus em nossa nova vida nEle.

Em 2 Timóteo 1:7 Paulo diz que “Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação”. Esse é um espírito e um poder que nos transforma.

Como já vimos, o Espírito Santo não é uma terceira pessoa de uma trindade. O Espírito Santo é a essência e o poder de Deus. Ele é o meio pelo qual Deus Pai e Deus Filho vivem em nós, a projeção de presença dEles que nos transmite a própria natureza divina. Essa é forma de começar uma relação definitiva com Deus e também de permanecer nela.

Para ser franco, a doutrina da trindade é uma heresia destrutiva que nega o verdadeiro Deus, tanto o Pai quanto o Seu Filho Jesus Cristo — iludindo as pessoas com a ideia de uma inexistente terceira pessoa e rejeitando o grande propósito de Deus de elevar a humanidade à divindade dentro da família divina. Negar o Pai e o Filho, como apregoa essa ideia da trindade, faz parte da doutrina do anticristo (1 João 2:22). Aqueles que promovem esse falso ensinamento terão que responder por isso no julgamento diante de Deus. Pense nisso ao estudar a natureza de Deus. A verdade da Palavra de Deus tem muito mais sentido — e é maravilhosa!

Como foi perguntado no início deste artigo, você quer viver para sempre com Deus? Você pode, tendo um relacionamento espiritual profundo com Deus Pai, como seu Pai, e Jesus Cristo, como seu Irmão Mais Velho. Deus está expandindo a família divina e você pode fazer parte dela. A vida eterna é o resultado do conhecimento e da compreensão do Deus verdadeiro e do propósito que Ele está realizando. Comece a adorar esse Deus verdadeiro hoje mesmo!