"Não Te Esqueças..."

Moisés continua explicando que Israel não herdará a Terra Prometida pela sua retidão, mas por causa da maldade do povo estrangeiro, e também por conta da promessa incondicional que Deus fez a Abraão, Isaque e Jacó de trazer seus descendentes para aquela terra (versículos 4-6). E para enfatizar ainda mais esse ponto, Moisés os lembra do episódio com o bezerro de ouro, além de outras rebeliões deles, e também que eles, sendo um povo de dura cerviz, provocaram tanto a Deus que Ele só não os destruiu completamente por causa da intervenção de Moisés (versículos 14, 18-20). Para introduzir essa seção, Deus inspirou Moisés a usar uma declaração contundente: “Lembra-te e não te esqueças..." (versículo 7). Esse duplo imperativo enfatiza e aumenta o peso das sérias advertências que viriam a seguir.

Hoje em dia, nós também, quando somos abençoados com bens físicos ou status, podemos achar que obtivemos isso por causa de nossa própria retidão. Mas Deus pode ter nos dado bênçãos por um motivo bem diferente. Então, é possível nos enganarmos, pensando que Deus está nos dando coisas físicas porque estamos buscando a Ele primeiro, quando, na verdade, não estamos fazendo nada disso. Talvez as bênçãos sejam até mesmo um teste para ver onde está a nossa lealdade.

Os versículos 9 e 19 mostram Moisés como um amado servo de Deus por causa do amor dele pelo povo de Deus. Assim como Jesus fez por todos nós, ele “se colocou na brecha”— e refletiu o verdadeiro caráter de Deus em sua atitude. Os versículos 25-29 demonstram que Deus se agrada quando O lembramos de Seu caráter firme e de Suas promessas. Obviamente, Ele não precisa ser lembrado disso — na verdade, isso mostra a Ele que nos lembramos de quem Ele é e do que Ele fez por todos nós.