Chaves Para Ter Êxito na Administração do Dinheiro

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Chaves Para Ter Êxito na Administração do Dinheiro

Quando decidimos usar nosso dinheiro de acordo com os princípios bíblicos da gestão de dinheiro, logo vemos a necessidade de planejamento e análise. Veja este conselho do livro de Provérbios:

"Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre o gado. Porque as riquezas não duram para sempre; e duraria a coroa de geração em geração? Quando se mostrar a erva, e aparecerem os renovos, então, ajunta as ervas dos montes. Os cordeiros serão para te vestires, e os bodes, para o preço do campo. E haverá bastante leite de cabras para o teu sustento, para sustento da tua casa e para sustento das tuas criadas" (Provérbios 27:23-27).

Esta passagem mostra por que precisamos de um planejamento financeiro—um orçamento—para a nossa família. Note que vários princípios bíblicos perenes se destacam nesse provérbio.

Primeiramente, precisamos ser diligentes para ter êxito na elaboração de qualquer plano financeiro. No exemplo acima, somos aconselhados a monitorar cuidadosamente o estado e as condições de nossos animais. Se um animal ficar doente, ele precisa ter um cuidado especial. A falta de comida ou água para o rebanho requer ação imediata. Um fazendeiro que tem rebanhos deve cuidar dos animais se quiser que eles sobrevivam e o sítio prospere.

Como isto se aplica àqueles que não são fazendeiros ou lavradores? A lição fundamental é que não podemos esperar ter sucesso econômico simplesmente elaborando um plano financeiro e depois ignorando completamente os fatores que o afetam. Ao invés disso, nós precisamos saber onde, como e por que gastamos nosso dinheiro e o que está acontecendo com ele. Se ignorarmos esse princípio, certamente vamos tomar decisões equivocadas e gastar o que não temos.

Essa passagem também descreve as necessidades de uma pequena propriedade agrícola familiar e como devem ser atendidas ao longo do ano—o feno e o capim, colhidos no tempo certo, a aquisição de bens e vestuário, à medida que for necessário, como também o fornecimento de alimento deve ser constante.

Planejar é outra chave fundamental para uma gestão de dinheiro bem-sucedida. O livro de Provérbios nos alerta para a necessidade de previsão. "O prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando" (Provérbios 22:3; 27:12, BLH).

Esses princípios demonstram o valor de elaborar e seguir um orçamento. Ter um orçamento nos permite reservar metodicamente os recursos que satisfaçam nossas necessidades atuais e futuras.

Quando aceitamos a instrução de Deus sobre o dízimo, automaticamente, nós começamos o processo de elaboração de um orçamento. Passamos a calcular nossa renda e a separar porcentagens dela para a Obra de Deus, para dar ofertas, para ajudar os necessitados e para cuidar de nossas famílias.

Agora vamos manter nosso foco na aplicação desses princípios de orçamento em nossas famílias.

Calculando seu patrimônio

Onde e como começamos a elaborar uma estratégia financeira viável para nossas famílias? A seguir temos alguns passos práticos a considerar.

O primeiro passo no esboço de um plano de gastos pessoal—um orçamento—é determinar seu patrimônio. Em outras palavras, verifique toda sua condição financeira.

Comece com uma lista de seus ativos: posses que você tem e poderia vender, e o seu valor justo de mercado. (Ver tabela a página 20.)

Então faça uma lista de seus passivos: dívidas—quantia que você deve a credores (bancos, sociedades de crédito imobiliário, lojas, cartões de crédito, cheques especiais, dívidas com terceiros e coisas semelhantes).

Subtraia seu total de passivos (o total de sua lista de dívidas—Linha B) de seu total de ativos (o valor monetário total de sua lista de posses—Linha A) então você terá determinado seu patrimônio—um resumo de sua condição financeira.

Se a combinação de seus ativos (bens) e passivos (dívidas) der um número positivo, então você tem um patrimônio positivo—uma condição financeira positiva. Se der um número negativo, então você é um devedor. Se você tem uma quantidade significativa de dívidas, independente de seu patrimônio, então você precisa se preparar e seguir um orçamento para melhorar sua condição financeira.

Analise seu fluxo de caixa mensal

Após determinar sua condição financeira geral, o próximo passo é analisar seu fluxo de caixa mensal. Isto lhe mostrará em que direção você caminha—se está acumulando dinheiro, mantendo o que tem ou a caminho de se endividar mais ainda. Você pode fazer isto examinando mensalmente as receitas e despesas. (Uma planilha para determinar sua renda e despesas mensais está nas páginas 28-29. Faça uma cópia para seu uso).

Se você tem dinheiro sobrando quando findar o mês, depois de pagar todas suas despesas (inclusive moradia, comida, roupa, utilidades, transportes, seguros, impostos e lazer), seu patrimônio está aumentando e você deveria economizar ou investir mais.

Se você não estiver conseguindo pagar seus gastos, então precisa fazer ajustes para poder pagar suas contas. Se você estiver numa condição difícil, que precisa de grandes ajustes, leia o resto deste capítulo cuidadosamente e também o capítulo intitulado "Evitando os Buracos Negros Financeiros" para ver algumas formas de cortar despesas.

Seja qual for a sua meta financeira, é importante fazer a análise diligente e periódica de suas despesas para administrar seu dinheiro com sucesso.

Aqui estão algumas coisas a considerar sobre despesas típicas.

Educação

Um dos primeiros assuntos a considerar em um plano financeiro é a educação. Embora, obter um diploma universitário ou técnico custe dinheiro, essa despesa é quase sempre um dos melhores investimentos que podemos fazer. Geralmente, as pessoas capacitadas e com curso superior ganham mais dinheiro no mercado de trabalho.

Assim nos diz Provérbios 4:5-7: "Adquire sabedoria, adquire inteligência, e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha boca. Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te conservará. A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o conhecimento". Estudar mais é um dos melhores investimentos financeiros que podemos fazer.

Provérbios 24:27 tem um conselho semelhante: "Prepara fora a tua obra, e apronta-a no campo, e então edifica a tua casa". Em outras palavras, prepare-se com recursos para ganhar dinheiro—através da educação e treinamento para o trabalho—antes de se estabelecer e de achar que está tranquilo com o que tem.

Ao buscar mais educação, é preciso também considerar os custos. Infelizmente, muitos universitários, além dos diplomas, acabam com uma montanha de dívidas quando completam os seus estudos. É necessário se pesquisar em várias instituições e comparar os custos anuais e verificar subsídios, bolsas e outras formas de auxílio gratuito, que possa nos ajudar na tomar uma sábia decisão financeira.

Normalmente é mais barato estudar em uma faculdade subsidiada (desde que a grade sirva para as faculdades federais) antes de terminar o curso numa instituição maior. As faculdades pequenas também podem ser mais baratas, especialmente se um jovem puder continuar vivendo em casa enquanto frequenta a faculdade. Alguns estudantes trabalham durante o dia e vão à faculdade à noite, assim pagando as suas próprias despesas. Tais estratégias podem ajudar uma pessoa a fazer um curso superior sem ter que se endividar.

Administrando as dívidas

Geralmente, não é uma boa ideia se endividar. "O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta" (Provérbios 22:7). O problema das dívidas é que, além de pagar o principal (a quantia que se pediu emprestado), também temos que pagar juros sobre o saldo devedor.

Por exemplo, em um financiamento habitacional de trinta anos para comprar uma casa nós acabamos pagando mais que o dobro do valor do imóvel como o pagamento de juros. A mesma coisa acontece quando pedimos um empréstimo para comprar um carro, pois o valor do veículo fica muito alto quando comprado com empréstimo em longo prazo. Quanto mais pudermos evitar pedir empréstimo melhor será para nós.

Por outro lado, às vezes, pode ser necessário pedir dinheiro emprestado. Por exemplo, você pode precisar pedir empréstimo para comprar uma casa. Entretanto, mesmo nesse caso, é sempre bom ter a certeza que você tem uma reserva emergencial antes de fazer um empréstimo. Pois, sempre surgem emergências e despesas inesperadas. Seja cauteloso antes de se endividar. As dívidas que nós não podemos quitar imediatamente têm um hábito de criar problemas financeiros.

Comprando uma casa

Além do custo total da compra de um imóvel, geralmente é preciso dar uma entrada (dez ou vinte por cento do valor total) e pagar taxas, você também deve considerar custos de manutenção e impostos.

Se você decidir vender sua casa, em geral, você vai ter que pagar uma taxa a um corretor, que pode variar entre 6 a 8 por cento do valor da venda. Por isso, comprar uma casa, viver por pouco tempo nela e depois revendê-la pode ser uma decisão financeira arriscada.

Outros fatores que você deve considerar na compra de uma casa são o mercado local (se casas nessa área estão aumentando ou diminuindo de valor), a localidade (casas em áreas atraentes normalmente são melhores para se revender); e também se a casa vai suprir suas expectativas como também as de um futuro comprador, quando a desejar revendê-la.

Se você está pensando em comprar uma casa, uma maneira de atenuar seu custo é alugar um apartamento barato e poupar dinheiro mensalmente, pois assim vai poder dar uma entrada maior. Em seguida, quando conseguir o empréstimo para comprar a casa, procure um empréstimo de prazo de quinze ou vinte anos ao invés de trinta anos. Dessa maneira você pagará o empréstimo mais rapidamente e, certamente, vai economizar milhares de reais (ou euros) em juros.

Transporte

Possuir um automóvel é muito conveniente, mas vai consumir bastante de seu orçamento doméstico ou pessoal. Sempre considere que os custos do combustível, seguro, consertos e pagamento do carro (se não o comprou à vista) podem aumentar rapidamente. Por causa disso, talvez usar o transporte público (ônibus, trens, etc.) pode ser uma melhor escolha. Embora não seja a mais conveniente, geralmente, essa opção é a menos dispendiosa.

Se realmente precisarmos de um carro ou uma motocicleta, seja pelo fato de o transporte público não estar disponível ou por outras razões válidas, então precisamos ter certeza de que podemos pagar todos os custos para manter esse veículo, inclusive o seguro.

Muitos países exigem que os motoristas paguem um seguro obrigatório para os veículos. E Deus também espera que Seus seguidores obedeçam às leis da terra (Romanos 13:1-7) e amem aos seres humanos, cobrindo os custos de acidentes ou danos que causarem (Mateus 22:37-39; Êxodos 21:18-19). A falta de seguro pode deixar você vulnerável perante uma enorme responsabilidade financeira, caso se envolva em um acidente.

Alguns consultores financeiros têm incentivado as pessoas a economizarem para realizar a compra de um veículo à vista. Em outras palavras, é melhor não pedir um empréstimo para comprar um veículo.

Se você precisa de um carro ou uma motocicleta e só pode comprar usado, então compre o melhor veículo que seu dinheiro permite e sempre de pessoas ou empresas confiáveis. Depois, poupe (numa conta poupança) o dinheiro que teria gasto em pagamentos mensais, se tivesse comprado um veículo novo. Ao longo do tempo, você vai poder ir trocando de veículo até conseguir comprar um novo e sem ter jogado dinheiro fora com juros. Assim você vai conseguir ter um bom veículo, à medida que continue poupando.

Roupas

Todo mundo precisa de roupas, contudo essa área também possibilita várias oportunidades para economizar. Uma compra planejada em vez de compras impulsivas o ajudará em seu orçamento de vestuário. Comprar roupas de estilo tradicional, mas de boa qualidade, geralmente traz muita economia.

Visto que esse tipo de roupa vai durar e ficar no estilo por muito tempo, além de ser mais barata que uma roupa da moda atual, que pode ser até de qualidade inferior, e logo sai de moda.

Ao tentar minimizar a despesa com roupas, algumas pessoas cautelosas procuram barganhas em lojas de atacado, brechós, feira de roupas e até mesmo em lojas voltadas para instituições de caridade. A chave importante na compra de roupas é comprar apenas o necessário e que seja de boa qualidade. A roupa só é uma barganha se o comprador a apreciar e usar.

Alimentação e provisão

O custo da alimentação é uma parte significativa de um orçamento doméstico. Em geral, comprar artigos básicos a granel e preparar refeições em casa é mais barato e saudável que comprar alimento industrializado e comer em restaurantes. Algumas famílias têm uma horta e compram frutas e legumes da época a granel, isso também ajuda a melhorar o orçamento com a alimentação.

Cultivar parte de seu próprio alimento e ter comida extra à mão também pode ser útil em tempos de crise. Em um mundo sujeito a desastres aleatórios, quer sejam inundações e terremotos ou quedas de energia e ataques terroristas, ter disponível em nossas casas, comida e água suficiente para pelo menos uma semana (se não muito mais) é uma boa idéia, mesmo quando não haja nenhuma ameaça imediata. A agência Federal de Gestão de Emergência (FEMA), nos Estados Unidos, enumera vários conselhos e sugestões práticas de suprimentos para um família em casos de emergência em seu site (www.fema.gov/areyouready/). No Brasil, a Defesa Civil do seu Estado tem várias dicas sobre isso em seus sites, por exemplo, no site do Estado de Minas (www.defesacivil.mg.gov.br).

Seria sensato estar preparado, pelo menos no básico, para situações de emergência. Como já mencionado, o livro de Provérbios diz que pessoas prudentes tomam precauções diante de um potencial perigo (Provérbios 22:3; 27:12). E, certamente, tempos perigosos estão chegando, como indicado em muitas profecias bíblicas.

É claro que precisamos fazer a nossa parte e nos preparar, mas também devemos lembrar que a Bíblia enfatiza que devemos confiar em Deus para suprir nossas necessidades físicas, à medida que buscamos o Seu Reino. Na verdade, somos instruídos a buscar em primeiro lugar o Seu Reino e Seu caminho de vida, assim Ele irá suprir todas nossas necessidades físicas (Mateus 6:33).

Seguros

Outra forma importante de estar preparado para os grandes problemas e despesas que podem surgir é através do seguro.

Hoje em dia, há muitos tipos de seguro—seguro de vida, seguro residencial, seguro de veículo, plano de saúde, etc. Talvez esses seguros sejam caros, mas podem valer a pena se acontecer um desastre repentino—e, certamente, isso pode lhe trazer tranquilidade.

A Bíblia nos diz: "O prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando" (Provérbios 22:3, ACF). Visto ao potencial para enormes despesas nestes casos, cada um de nós tem que tomar importantes decisões relativas aos seguros.

Quanto ao seguro de vida, ele é muito necessário quando um casal tem filhos pequenos. Quando os filhos deixam a casa e passam a se sustentar sozinhos, a necessidade desse seguro de vida diminui. Por isso, é importante investigar o montante e o prazo ideal para seguro de vida familiar.

Diante da possibilidade de se perder uma propriedade por tempestades, enchentes, incêndios e coisas como essas, o seguro residencial é especialmente importante se não temos reservas para consertar danos. Se o imóvel for hipotecado, é bem possível que os credores tenham exigido um seguro para salvaguardar o investimento.

Neste dia de aumento de custos dos serviços médicos e odontológicos, a assistência médica e odontológica também é vital. Embora os prêmios (custo dos seguros) possam ser caros, ter que pagar contas astronômicas que podem surgir de um único acidente ou doença pode ser devastador quando não se tem nenhum seguro. Muitos têm algum tipo de seguro de vida e de saúde como benefícios do emprego, mas isso pode não ser suficiente.

Como há uma grande variedade de seguros disponíveis, nós temos que considerar nossas circunstâncias individualmente e tomar decisões sobre o tipo de seguro que precisamos.

Um tipo importante de 'seguro' que todos devemos ter é a poupança pessoal, como uma estratégia inteligente de alocação de renda. Vamos prestar mais atenção nisso.

Planejamento financeiro, poupança e reserva de emergência

Depois de pagar o dízimo e as despesas de subsistência necessárias, temos de decidir o que fazer com o restante do nosso dinheiro.

Os consultores financeiros divergem pouco nas recomendações, entretanto, o famoso consultor financeiro Dave Ramsey ensina que as pessoas podem ter paz financeira por meio de uma sequência de ações, que ele se refere como "os sete passos de bebê" para o sucesso financeiro. Estes sete passos estão a seguir:

1) Criar um fundo de emergência de dois a quatro mil reais (cerca de mil euros).

2) Pagar todas as dívidas, exceto a hipoteca da casa.

3) Adicionar ao fundo de emergência um montante de três a seis meses de despesas.

4) Investir regularmente 15% da renda familiar para aposentadoria.

5) Poupar dinheiro para a faculdade dos filhos.

6) Pagar a hipoteca da sua casa.

7) Construir sua riqueza através de investimentos e compartilhar bastante.

Ramsey aconselha que apenas quando cada passo for realizado inteiramente se deve ir para o passo seguinte.

Embora, ter uma poupança para situações de emergência seja frequentemente considerado um luxo ou exagero, esse hábito deveria ser incluído em todo orçamento doméstico. A razão é simples: Emergências e despesas inesperadas sempre vão surgir. Quando temos poupança para amortecer o golpe, os efeitos dessas surpresas não são tão devastadores. Sob esta perspectiva, economizar é simplesmente atrasar os gastos futuros.

A pessoa prudente com as finanças poupará para um fundo de emergência para vencer as dificuldades econômicas temporárias. Nunca se sabe quando vão surgir as emergências, tais como conserto dispendioso do veículo, emergências médicas ou odontológicas, a perda do emprego ou uma recessão econômica; e por causa dessas eventualidades vale a pena estar preparado.

Assim como José, patriarca bíblico, aconselhou faraó a poupar grãos no antigo Egito durante sete anos de colheita abundante para que a nação pudesse sobreviver por sete anos de seca à frente (Gênesis 41:28-36), portanto, precisamos nos preparar com antecedência para as tempestades financeiras que certamente surgirão a qualquer momento em nossas vidas.

Com as incertezas dos problemas econômicos de hoje, outro consultor financeiro bem conhecido, Suze Orman, recomenda a criação de um fundo de emergência de até oito meses de despesas. É claro que isso pode variar um pouco, dependendo das circunstâncias individuais, por exemplo, o quão seguro você esteja no emprego ou se ambos os cônjuges estão trabalhando ou se têm condições de trabalhar.

Quanto a poupar para a aposentadoria ou para um fundo da faculdade dos filhos, Ramsey, Orman e outros consultores recomendam ter reservas apropriadas para o seu próprio futuro, antes que para seus filhos―caso contrário vão precisar seus filhos cuidar de vocês, e, em última análise sobrecarregam os filhos em vez de ajudá-los.

Quando começar a poupar para a aposentadoria, você vai querer tirar proveito de qualquer programa para a aposentadoria que a sua empresa onde trabalha tenha, caso exista esse benefício. Se uma empresa custeia para a sua aposentadoria uma porcentagem correspondente ao que você poupa, seja 100%, 50% ou mesmo apenas 25%, não deixe de poupar essa quantidade máxima que eles correspondem de acordo com o plano de benefícios de sua empresa, visto que é dinheiro adicional que poupa de graça.

A sua empresa também pode ter opções de investimento no plano de aposentadoria. Se você não gostar das opções de investimento do plano de sua empresa, você pode manter as economias numa conta poupança, visto que esta continua sendo um bom investimento, considerando que você começou a poupar assim que começou a receber um salário. Além disso, dependendo do país, talvez não haja cobrança de impostos sobre as reservas de aposentadoria.

Além do montante correspondente de sua empresa, talvez haja melhores opções de poupança para aposentaria privativas. Não deixe de fazer sua própria averiguação, visto que diferenças que pareçam pequenas hoje em honorários e taxas, podem fazer grandes diferenças ao longo de décadas de poupança e juros compostos.

Naturalmente, emergências e aposentadoria não são as únicas razões para se poupar dinheiro. Outros exemplos dizem respeito a casas, carros, itens pessoais caros, educação e herança, e tudo isso exige economizar dinheiro regularmente, e em contas separadas. A autodisciplina é uma qualidade necessária e importante para se alcançar prosperidade e sucesso financeiro.

Esteja ciente de que as técnicas de marketing vão tentar desviar sua mente disso. Pois, elas vão lhe incentivar a comprar agora e pagar depois e vão provocar um sentimento, mostrando um estilo de vida, de "você merece isto agora". A autodisciplina para economizar, e saber quando é apropriado comprar são os princípios muito importantes para ter sucesso na criação de reservas financeiras.

No próximo capítulo, vamos analisar como um casal, marido e mulher, podem trabalhar juntos e aplicar alguns desses conceitos básicos.