Ler e estudar Diligentemente a Bíblia

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Para muitas pessoas a Bíblia é, em grande parte, um item decorativo esquecido em cima de uma estante acumulando poeira. É claro, você nunca poderá sequer começar a entender a Bíblia sem realmente ler o que ela diz (ou ser lida para você, se você não conseguir, por algum motivo).

Além disso, não basta apenas ler trechos espalhados aqui e ali. Como a Bíblia é bem extensa, há muito terreno a cobrir. Devemos ler uma grande parte—e considerar e estudar cuidadosamente o que lemos.

Nas palavras do apóstolo Paulo, “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15, ARA). “Maneja bem” também pode ser traduzido literalmente como “cortar direto” (Tradução Analítica Literal). A ideia é manter a linha reta—ao dedicar-se corretamente aos ensinamentos da Bíblia. A Bíblia na Linguagem de Hoje traduz como «ensina corretamente». Mais uma vez, isso exige muita leitura e estudo. A palavra “obreiro” aqui implica um esforço considerável e cuidadoso.

Como, então, realizar essa importante tarefa? E como podemos entender corretamente o que lemos?

A Bíblia explica o que significa

A Bíblia contém uma enorme quantidade de informação—apresentada de muitas maneiras diferentes. Às vezes, a matéria é simples narrativa histórica. Às vezes, é poesia. Às vezes deve ser entendida literalmente. Às vezes ela usa linguagem figurada, utilizando metáforas e símbolos.

Uma chave vital é entender que a Bíblia interpreta a si mesma. Devemos ter cuidado para não impor nossas próprias interpretações.

Lamentavelmente, muitas pessoas abordam a Bíblia com noções preconcebidas e tentam inseri-las nas Escrituras—ao ler erroneamente um significado dentro do texto em vez de obter honestamente o significado que sai dele.

Outra coisa relacionada a isso é o fato de cometer muitos erros ao tirar conclusões a partir de apenas um ou alguns versículos de forma isolada. Lembre-se que a Bíblia é um conjunto de condições em pacote—e devemos pensar nela dessa maneira ao discernir o que nos diz qualquer parte dela.

E ao deixar que a Bíblia interprete a si mesma, devemos sempre fazer duas coisas: Considerar o contexto e verificar todas as escrituras sobre o assunto em questão. Veremos por que isso é tão importante.

Considerar o contexto

O fato de levarmos em conta o contexto dos exemplos e dos ensinamentos da Bíblia pode nos ajudar a evitar mal-entendidos. Na verdade, a maioria dos mal-entendidos da Escritura advém ao tomar os versículos fora de seu contexto. A leitura no contexto significa simplesmente considerar cuidadosamente os versículos antes e depois do texto que está sendo estudado. E “fora do contexto” significa tentar entender os versículos com pouca ou nenhuma consideração pelo assunto ao redor.

Estudar o contexto inclui analisar os versículos no âmbito do parágrafo, capítulo e livro, e num sentido mais amplo do conjunto de escritos do autor e da Bíblia como um todo.

Por exemplo, lemos em Gênesis 3:4 que “certamente não morrereis”. Deste versículo as pessoas poderiam deduzir que o homem já possui a imortalidade, já que a alma tem a vida eterna. Mas tal interpretação estaria em contradição com outras escrituras claras (compare a 1 Timóteo 6:14-16, Romanos 2:7, 1 Coríntios 15:53). No entanto, o contexto do parágrafo explica que era Satanás, o diabo, na forma de uma serpente, que contou essa mentira, dizendo que o homem não morreria. O ensinamento correto foi entregue por Deus alguns versículos antes: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:16-17).

Vemos que não é suficiente citar uma escritura isolada, é preciso ter em mente seu propósito. Neste caso a questão é resolvida através da revisão de toda a passagem. Podemos evitar muita confusão, aplicando este importante princípio de contexto.

Às vezes só lendo capítulos inteiros podemos compreender corretamente o assunto. Por exemplo, alguns citam Marcos 7:18-19 para argumentar que a Bíblia declara que as carnes impróprias para consumo humano de Levítico 11 e Deuteronômio 14 agora podem ser consumidas. Cristo perguntou: “Assim também vós estais sem entendimento? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, porque não entra no seu coração, mas no ventre e é lançado fora, ficando puras todas as comidas?”.

No entanto, o contexto do capítulo revela o verdadeiro significado: “Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos antigos, mas comem com as mãos por lavar?” (Marcos 7:5).

A questão não era saber se determinados alimentos deviam ser consumidos, mas a maneira pela qual os discípulos estavam comendo. Os fariseus estavam criticando-os por comer sem passar pelo meticuloso ritual de lavagem das mãos que os fariseus realizavam antes de comer. Cristo respondeu: “Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens, como o lavar dos jarros e dos copos, e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas” (Marcos 7:8).

Em Mateus 15, o mesmo incidente é mencionado, porém com mais detalhes: “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias [todas são violações dos Dez Mandamentos e, portanto, pecado]. São essas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem” (versículos 19-20).

E considerando a exortação de Cristo no contexto, vemos que todo e qualquer mal-entendido está esclarecido. Jesus não revogou as leis dadas por Deus, Ele estava afirmando que pequenas quantidades de sujeira que aparecem ao se manipular alimentos sem lavar as mãos ritualmente serão eliminadas através do processo digestivo do corpo.

Em outras situações, é necessário considerar o contexto do próprio livro. Um bom exemplo é o uso que Paulo faz da palavra lei em Romanos. Às vezes, ele usava o termo negativamente para falar do conceito legalista da lei como um meio para ganhar a salvação, que ele rejeitou: “Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé. Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei” (Romanos 9:30-32).

No entanto, em outras partes Paulo usou a lei de forma positiva: “Assim, a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom. Logo, tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum!” (Romanos 7:12-13). Aqui vemos no mesmo livro, a palavra usada de uma forma totalmente diferente em um contexto diferente. É um erro generalizar o significado da palavra quando é retirada de seu contexto apropriado. Devemos ser capazes de enxergar, então, que ao se considerar primeiro o contexto em todas as escrituras ajuda a evitar muitas interpretações erradas.

Busque todas as escrituras sobre o assunto

Também é vital para a compreensão reservar um tempo para procurar todos os versículos relacionados sobre um assunto antes de chegar a uma conclusão. O apóstolo Paulo dá um exemplo admirável quanto a isso quando ensinou algumas verdades sobre Jesus, referindo-se a muitas passagens da Bíblia de seu tempo—as Escrituras Hebraicas ou o que conhecemos como Antigo Testamento:

“E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais declarava com bom testemunho o Reino de Deus e procurava persuadi-los à fé de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde pela manhã até à tarde” (Atos 28:23). Para provar seu ponto, Paulo cuidadosamente expôs as escrituras que tratavam de Cristo como Messias.

Vemos o exemplo de Paulo mostrando que, para compreender adequadamente um assunto, devemos levar em conta todas as escrituras relacionadas. Este é o princípio de comparar “as coisas espirituais com as espirituais” (1 Coríntios 2:13). A natureza espiritual da Bíblia é descrita em Efésios 6:17 como “a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”.

Ao se comparar vários versículos sobre o mesmo assunto é possível aumentar nossa compreensão dos ensinamentos bíblicos. Muitas vezes vamos encontrar diferentes versículos que se complementam, com cada versículo contando parte da história.

Por exemplo, muitas pessoas acreditam, com base em João 3:16—“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”—que simplesmente acreditar em Jesus é tudo que precisamos fazer para herdar a vida eterna.

Mas isso é toda a história? Claro que não, pois Tiago 2:19 nos diz que “os demônios o creem e estremecem”. Certamente é necessário mais do que apenas crer. Temos de buscar outras escrituras para entender mais plenamente o que Deus espera—e requer—de nós.

Certamente a salvação é um dom maravilhoso de Deus para nós. Mas esse presente vem com condições. E a Bíblia mostra em vários lugares que Deus estabelece certas condições para receber a salvação. Algumas condições nos permitem receber esse dom, e outras nos desqualificam recebê-lo.

Uma vez que Jesus é o autor de nossa salvação, vamos examinar algumas de suas afirmações sobre o que devemos fazer para receber o dom da vida eterna no Reino de Deus.

Em Mateus 7:21 Jesus diz: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. Cristo deixou claro que simplesmente reconhecê-Lo como Senhor e Mestre—dizendo: “Senhor, Senhor”—não é o bastante. Para herdar o Reino, devemos fazer alguma coisa. Devemos fazer a vontade do Pai, como Ele claramente disse. Nossa convicção de que Ele é nosso Salvador deve ser mais do que apenas um pensamento acalorado e reconfortante ou um conceito intelectual. Jesus adverte que simplesmente invocar o Seu nome ou reconhecê-Lo como “Senhor” não é suficiente.

Em certa ocasião, um jovem rico perguntou a Jesus como poderia receber a vida eterna. “Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna?”, perguntou o homem (Mateus 19:16). A resposta de Cristo, no versículo 17, pode chocar alguns que pensam que a obediência à lei de Deus é desnecessária. Jesus respondeu: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos”.

Jesus não respondeu que nada é exigido a não se crer nEle. Ele disse ao jovem que ele deve obedecer aos mandamentos de Deus para receber o dom da vida eterna.

Jesus deu outra condição para o presente de Deus da vida eterna em Marcos 16:16: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. A água do batismo—por completa imersão—é um ato simbólico que representa a morte do nosso velho eu e o início de uma nova vida de serviço a Deus e de esforço para evitar o pecado (Romanos 6:1-23).

O batismo é também seguido pela imposição das mãos pelo ministro de Deus, e assim nos permite receber o Espírito Santo de Deus e então verdadeiramente passamos a pertencer a Ele (veja Atos 8:17; Romanos 8:9). A menos que entreguemos nossas vidas a Deus através do batismo e da imposição de mãos para receber o Seu Espírito conforme o ensinamento, não conseguiremos cumprir Suas exigências para receber o Seu dom de salvação.

Em Mateus 10:22 Jesus especificou outra condição que deve ser cumprida para receber o dom divino da salvação: “Aquele que perseverar até ao fim será salvo”. Podemos perder a salvação se não conseguimos perseverar até o fim (veja também Hebreus 2:1-3; 6:4-8; 10:26-31). Uma vez que aceitemos o compromisso de obedecer a Deus e de se entregar a Ele, devemos manter o curso até o fim e não olhar para trás (Lucas 9:62, 1 Coríntios 9:27).

Vemos neste exemplo que temos de olhar muito mais que um versículo isolado para entender o ensino da Bíblia sobre um assunto. Somente buscando todas as escrituras relevantes é que podemos obter uma imagem completa.

Com esta importante consideração—comparando cuidadosamente todas as passagens relacionadas antes de concluir o que significa determinado assunto—podemos evitar confusão e erro. Este princípio simples, por si só, também resolve a maioria das situações em que as pessoas presumem que a Bíblia se contradiz. A Bíblia nunca se contradiz; seus escritores se complementam. (Para saber mais sobre isso, consulte “A Bíblia contém erros?”).

Buscar uma visão geral

Para a visão ampla, necessária para compreender a Bíblia em seus versículos específicos, é importante lê-los ininterruptamente—tópico por tópico e livro por livro.

A abordagem temática na leitura das Escrituras vai nos ajudar a ver tudo o que a Palavra de Deus tem a dizer sobre um determinado assunto. Estudar, efetivamente, desta forma requer recursos para estudo, tais como uma concordância ou um índice de tópicos. Veremos essas e outras ajudas bíblicas daqui a pouco.

Livro a livro a leitura torna-se bastante clara. Uma grande parte da Escritura é composta simplesmente de história. O início do primeiro livro, Gênesis, nos dá um relato da criação de Deus dos céus e da terra e de toda a vida física, incluindo a humanidade. Ela prossegue com a história do primeiro homem e mulher e continua com seus descendentes até o tempo de um grande dilúvio mundial.

Em seguida, relaciona o início da civilização na Babilônia e concentra-se em um grande homem de fé, Abraão; seu filho Isaque; o filho de Isaque, Jacó ou Israel; e os filhos de Israel. O livro seguinte, Êxodo, dedica-se à história da libertação dos descendentes de Israel da escravidão egípcia. E a história continua daí em diante—seguindo a história da nação de Israel. O Novo Testamento nos conta a história de Jesus Cristo nos quatro Evangelhos e também os primeiros anos da Sua Igreja no livro de Atos.

É claro, alguns livros exigem estudo mais profundo para compreendê-los―como aqueles que mostram os requisitos legais da lei de Moisés; aqueles que são poéticos, incluindo coleções de canções (Salmos) e de ditados sábios (Provérbios); e aqueles que profetizam eventos futuros (algumas já cumpridos e outros ainda a serem cumpridos no futuro).

O Novo Testamento nos entrega epístolas ou cartas de exortação e de instrução doutrinária que os apóstolos de Jesus escreveram a indivíduos ou às várias congregações da Igreja. Estes podem ser um pouco complexos em certos trechos, especialmente onde o decorrer do tempo obscureceu os assuntos exatos a serem abordados.

Em qualquer caso, a leitura através de toda a Bíblia irá assegurar que você veja tudo o que ela diz sobre todo e qualquer tópico estudado. Em um estudo por tópico você pode perder passagens relevantes. Mas, na leitura de toda a Bíblia você não perderá nada―exceto o que tenha esquecido, é claro. E, como você certamente se esquecerá de algumas coisas, é importante ler a Bíblia uma e outra vez―em partes e como um todo―para se familiarizar com seu conteúdo. Este é um esforço ao longo da vida.

Diferentes traduções da Bíblia e outras ajudas

Podemos compreender todos os aspectos das escrituras da Bíblia sozinho? Certamente uma boa compreensão da Bíblia é possível através da utilização das chaves discutidas anteriormente. No entanto, o nosso entendimento pode ser aprimorado, aproveitando o trabalho dos estudiosos que pesquisaram a cultura, a língua, a história e a arqueologia conforme estes se relacionam com os eventos e personagens bíblicos.

Vivemos distantes dois mil a três mil e quinhentos anos do tempo em que as Escrituras foram originalmente escritas. Os autores da Bíblia escreveram nas línguas e cenários de suas épocas. A cultura e a língua eram diferentes da cultura e da linguagem de hoje. E já que as línguas originais das Escrituras (hebraico, grego e aramaico) são tão diferentes dos nossos idiomas modernos, os comentários bíblicos são úteis para nos permitir compreender melhor as Escrituras tal como foram escritas e entendidas.

Lembre-se novamente a instrução de Paulo em 2 Timóteo 2:15 para ser um obreiro diligente no manuseio das Escrituras. Como um artesão faz uso com um jogo de ferramentas, podemos usar ferramentas apropriadas para nos ajudar a entender melhor a Bíblia.

Além de citar muitas vezes as Escrituras Hebraicas, em certa ocasião os apóstolos citaram outras fontes para chegar a seu ponto. Por exemplo, Paulo usou uma citação de um poeta siciliano, Aratus, para transmitir aos filósofos atenienses um princípio sobre Deus (veja Atos 17:28). Da mesma forma, o apóstolo Judas citou uma profecia do patriarca Enoque não encontrada na Bíblia (Judas 14-15). Além das próprias Escrituras, esses homens, às vezes, citavam outras fontes para ajudar os irmãos a compreender a Palavra de Deus.

Quais são as ferramentas bíblicas à nossa disposição? Aqui estão algumas.

Outras versões da Bíblia: A ferramenta mais útil para o estudo da Bíblia é, sem surpresa, a própria Bíblia―ou melhor, várias versões da Bíblia, onde você pode comparar o texto entre elas.

As pessoas, muitas vezes, buscam pela tradução que é mais precisa, mais literal, ou mais fácil de ler. No entanto, nenhuma tradução se encaixa em todos estes requisitos. Mais de vinte versões em português da Bíblia estão disponíveis. Podemos dividi-las em três grandes tipos: equivalência formal, equivalência dinâmica (também chamado de equivalência funcional) e paráfrase. Normalmente, uma versão da Bíblia em particular irá explicar, em suas páginas introdutórias, qual abordagem foi utilizada na sua preparação.

Versões de equivalência formal:

As versões de equivalência formal (palavra por palavra) seguem de forma mais precisa os textos hebraicos, aramaicos e gregos. De um modo geral, o texto de João Ferreira de Almeida, na versão Almeida Revista e Corrigida (ARC) e suas equivalentes, a Almeida Revista e Atualizada (ARA) e a Almeida Corrigida e Fiel (ACF) são traduções de equivalência-formal. Estas versões são facilmente encontradas na maioria das livrarias ou na internet.

Quão confiáveis são as Edições Almeida Revista e Corrigida (ARC), a Almeida Revista e Atualizada (ARA), ou a Almeida Corrigida e Fiel (ACF) da Bíblia que temos hoje? A descoberta dos rolos do Mar Morto desde que o texto de João Ferreira de Almeida foi traduzido, confirmavam que são extremamente confiáveis.

No Novo Testamento, simplesmente por causa dos milhares de textos existentes (cerca de quatro mil e quinhentos manuscritos em grego) é evidente haver muitas variações pequenas entre os manuscritos encontrados. As versões do texto de João Ferreira de Almeida Almeida, e em particular a versão Almeida Corrigida e Fiel (ACF), por exemplo, baseia-se na maioria dos textos gregos oficiais.

A maioria dos manuscritos gregos conhecidos estão de acordo com o texto básico da tradução da Bíblia de João Ferreira de Almeida Corrigida e Fiel (ACF). Até que as variações que existem, raramente afetam o significado básico no restante dos manuscritos. O texto da Escritura tem sido muito bem preservado e transmitido ao longo dos séculos.

Os livros do Antigo Testamento são igualmente dignos de confiança. Apesar que alguns erros textuais possam ser encontrados em alguns manuscritos usados na tradução da Bíblia de João Ferreira de Almeida, as comparações com outras versões podem facilmente resolver a maioria dos problemas.

Como um especialista em crítica textual comentou: “Se algum livro desde os tempos antigos chegou até nós, sem perda substancial ou alteração, este livro é a Bíblia. A Bíblia é o livro melhor testemunhado do mundo antigo! Isso fez o lorde Frederic Kenyon dizer: ‘O número de manuscritos do Novo Testamento, de antigas traduções a partir dele, e de citações dos mais antigos escritores da Igreja, é tão grande que é praticamente certo que a leitura genuína de cada passagem duvidosa esteja preservada em alguns ou em outras dessas autoridades antigas. E isso não pode ser dito de nenhum outro livro antigo no mundo” (Neil Lightfoot, Como a Bíblia Chegou Até Nós, 1963, pág. 120).

A exatidão de uma versão é, obviamente, de extrema importância. Embembora a as versões de João Ferreira de Almeida contenham alguns erros (veja “Existem erros nas versões da Bíblia de João Ferreira Almeida?” na página 40), para estabelecer doutrinas corretas a primeira escolha de versões deve ser uma edição mais literal, como a versão de João Ferreira de Almeida Corrigida e Fiel (ACF).

Versões de equivalência-dinâmica:

E o que dizer das versões de equivalência-dinâmica? Como os padrões de gramática, sintaxe e pensamento diferem entre as línguas, culturas e épocas, a tradução de palavra por palavra (de equivalência-formal) às vezes pode ser difícil e encontra dificuldade em expressar o pensamento e intenção do autor original. Por esta razão, as versões de equivalência-dinâmica ou equivalência-funcional podem ser valiosas para expressar as Escrituras em uma tradução mais compreensível.

Por exemplo, a edição Almeida Corrigida e Fiel (ACF) em Hebreus 2:17-18 descreve por que Jesus Cristo veio para viver entre os homens como um ser humano de carne e sangue, lê-se:

“Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.”

A Nova Versão Internacional (NVI), uma tradução de equivalência-dinâmica, diz: “Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus, e fazer propiciação pelos pecados do povo. Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados”.

Esta última explica o assunto de forma mais clara para a maioria dos leitores de hoje, embora a primeira seja uma tradução mais direta do idioma original. Assim, quando o texto não é claro, muitas vezes uma tradução moderna de equivalência-dinâmica pode ajudar. A Bíblia de Jerusalém, e a Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH) são outras traduções populares de equivalência-dinâmica.

A tradução de equivalência-dinâmica também é útil para transmitir a antiga figura de linguagem―que não faria sentido para nós em nossa linguagem moderna. Considere a expressão “chutar o balde”, no idioma português moderno. Esta frase pode ser que não seja usada daqui a alguns séculos e por isso alguém ao traduzi-la daqui a uns séculos poderia ter que usar usar a palavra “morrer”―uma renderização de equivalência-dinâmica, em vez de literal. O hebraico e grego antigo tinham expressões assim também, e, nesses casos, uma tradução de equivalência-dinâmica é muito útil.

Em geral, as versões com equivalência-dinâmica usam uma linguagem mais atual e, portanto, são mais fáceis de entender―embora, repetimos, elas não sejam a melhor escolha para o estabelecimento de doutrina, porque às vezes esta envolva alguma interpretação privativa da qual os escritores originais intencionavam salientar.

Versões parafraseadas:

As Bíblias parafraseadas, como a Bíblia Viva e a Nova Tradução na Linguagem de Hoje, também podem ser úteis. Seu objetivo é fazer com que a Bíblia se torne mais fácil de ler na linguagem moderna. Devemos ser cautelosos em trabalhar com esses tipos, no entanto, porque os autores usaram um tom considerável de “licença poética” na interpretação de termos e passagens bíblicas de acordo com as ideias religiosas pessoais deles próprios.

As versões parafraseadas podem ser consultadas para melhor compreender o fluxo da história, mas não devem ser usadas para estabelecer doutrina. Elas devem ser consideradas fontes inadequadas para determinar com precisão o significado de qualquer texto.

Qual versão da Bíblia poderíamos adquirir?

A versão de João Ferreira de Almeida Corrigida e Fiel (ACF) é das mais precisas em Português, Certamente esta é a versão recomendada em primeiro lugar. No entanto, não é fácilmente encontrada em todas as lojas, mas pode ser obtida pela internet no Brasil.

Uma segunda opção é a Almeida Revista e Corrigida (ARC), que é fácilmente encontrada em todas as lojas. Visto que a maioria dos leitores têm acesso à versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), o material produzido pela Igreja de Deus Unida, editora deste livro, na maioria das vezes usa esta versão. Assim os leitores podem facilmente usar os nossos livros como guias de estudo, comparando-os com as vossas Bíblias em vossas próprias mãos. Esta versão mantém grande parte da beleza do original de João Ferreira de Almeida,e é duma maneira geral fiel ao texto original. Quando necessário, para pureja doutrinal, referimos à versão Almeida Corrigida e Fiel (ACF) ou ao grego koinê da maioria dos manuscritos.

As traduções modernas, como as mencionadas acima são úteis para comparar e esclarecer o significado. Por essa razão, e para melhor entendimento dum versículo ou trecho bíblico usamos nos nossos livros, ocasionalmente, outras versões mais modernas, como a Almeida Revista e Atualizada (ARA), a Nova Versão Internacional (NVI), ou a Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH).

Muitas pessoas acham úteis as Bíblias paralelas, que contém duas ou mais versões lado a lado nas mesmas páginas. Outro tipo de Bíblia útil para simplesmente ler e ajudar a entender o fluxo da história é uma Bíblia cronológica, que organiza as passagens das escrituras de acordo com a ordem da época―mas este arranjo torna difícil usá-la para estudar tópicos ou para outros métodos de estudo.

Independentemente da versão da Bíblia que você decidire comprar, o fator mais importante é realmente usá-la. A Bíblia deve ser considerada como um investimento que custa um pouco, à frente, porém compensará a longo prazo. Considere a compra de uma versão com margens largas, que lhe permitirá adicionar notas de seu estudo pessoal nos próximos anos (um pouco mais à frente discutiremos sobre isso). Embora mais cara, uma Bíblia de alta qualidade com capa de couro vai durar mais tempo do que um volume de capa dura ou capa mole e deve se tornar uma companheira por toda a vida.

Muitas versões da Bíblia agora estão disponíveis como softwares ou para visualização gratuita em vários sites na internet (consulte “Software de Estudo Bíblico e Recursos On-line”). Com estes, você pode comparar entre diferentes versões quase instantaneamente.

• Estudo de palavras e recursos de ajuda em assuntos específicos: Em ordem de importância, certamente a primeira ajuda básica de estudo Bíblico é um meio de procurar específicas palavras, frases ou versículos bíblicos. Por exemplo, uma concordância é uma compilação de muitos ou todos os versículos referentes a uma palavra específica usada em toda a Bíblia. Cada palavra aparece em ordem alfabética, começando onde é usada pela primeira vez, seguido por muitos ou todos os versículos onde aparece a mesma palavra, até chegar à sua última utilização na Bíblia.

Ao buscar uma palavra em particular, você pode localizar rapidamente qualquer versículo na Bíblia. Porque uma concordância lista cada uso de uma palavra específica, é extremamente útil para compilar, analisar e comparar todas as escrituras sobre um determinado assunto, permitindo-lhe obter uma visão geral de quase qualquer assunto.

As três concordâncias impressas mais populares são a Concordância Exaustiva de Strong, a Concordância Analítica de Young e a Concordância Bíblica de Cruden. Esta última é a menor, mais barata e mais fácil de usar. A concordância de Strong e a de Young são livros enormes, mas dão breves explicações sobre as palavras no original hebraico e grego e por isso são apropriadas para estudos mais detalhados. Embora a maioria das concordâncias foi compilada a partir da versão da Bíblia King James, outras baseadas em outras versões estão disponíveis.

Se você tem um programa com a Bíblia ou pode acessar Bíblias on-line na Internet, a pesquisa de palavras em qualquer versão disponível é instantânea―eliminando a demorada tarefa de abrir e folhear uma concordância volumosa.

Outros recursos de estudo bíblico também estão disponíveis. A Concordância Exaustiva de Strong muitas vezes inclui um léxico no verso―um dicionário das palavras em hebraico, aramaico e grego usadas na Bíblia. Você também pode obter dicionários expositivos que oferecem uma análise mais detalhada das palavras bíblicas. O Dicionário Expositivo Completo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento de Vine é um bom ponto de partida.

Outra ferramenta inestimável para pesquisar tudo que a Bíblia diga a respeito de assuntos específicos é uma Bíblia de tópicos, tais como a Bíblia em Tópicos por Nave, na qual os versículos são listados por assunto, em vez de palavras individuais. Ou você pode simplesmente usar um índice de tópicos como Onde Encontrar na Bíblia: De A a Z de Ken Anderson. A ajuda de índices e tópicos também são impressos em algumas Bíblias, como a Bíblia Anotada Expandida.

• Enciclopédias ou dicionários bíblicos: O próximo em importância é uma enciclopédia ou dicionário bíblico. Este tipo de referência explica um determinado assunto ou o que uma palavra significava nos tempos bíblicos. Esteja preparado para uma grande variedade, desde edições simples de um único volume, a obras que contém quatro, cinco, ou uma dúzia de volumes ou ainda mais. Para começar a estudar, um dicionário corrente de um volume ou uma pequena enciclopédia escrita por autores conservadores devem fornecer-lhe significados básicos muito bons de palavras bíblicas. Exemplos dessas obras são O Novo Dicionário da Bíblia e o Manual Bíblico Unger.

Esteja ciente, no entanto, que muitas dessas obras mostram a opinião do autor ao discutir questões teológicas, de modo que muitas vezes não são guias confiáveis em questões doutrinárias. Autores conservadores tendem a ser mais precisos porque geralmente acreditam que a Bíblia é divinamente inspirada e, portanto, confiam no que ela diz. Alguns outros autores tratam a Bíblia apenas como uma combinação de literatura étnica, histórica e mitológica.

• Comentários e estudos bíblicos: Um comentário é outra ferramenta potencialmente valiosa de ajuda da Bíblia. É exatamente o que o nome implica: O escritor comenta os versículos tratados nesse volume em particular.

O conteúdo varia muito, de obras com volume único a múltiplos volumes, alguns com um autor e outros com vários. Tenham em mente as origens e tendências dos autores. Elas podem variar de estudiosos conservadores que creem na inspiração da Bíblia a teólogos liberais, que consideram muitas Escrituras como não inspiradas e mera literatura humana. Naturalmente, os seus comentários variam consideravelmente entres estes e os dos autores conservadores e frequentemente se contradizem.

Por essa razão nunca devemos estabelecer doutrina bíblica a partir do que esses autores escrevem nessas ajudas bíblicas. Mas apenas comparando “as coisas espirituais com as espirituais” (1 Coríntios 2:13) é que a doutrina verdadeira pode ser estabelecida. Nós nunca devemos colocar os escritos dos homens no mesmo nível das Escrituras. As ajudas bíblicas são apenas isso—recursos limitados para nos auxiliar a entender o cenário antigo das Escrituras através da geografia, língua, cultura e história.

Muitas Bíblias de estudo atuais têm comentários impressos juntamente com o texto bíblico, proporcionando acesso imediato a informações durante a leitura da Bíblia. Como acontece com qualquer comentário, devemos ser prudentes na avaliação desse material.

Assim como acontece com as versões da Bíblia e ajudas bíblicas, muitos comentários também estão disponíveis como programas de computador ou através da internet. Como mencionado, o material eletrônico geralmente oferece um estudo mais completo e mais rápido e as opções de busca mais eficazes do que com os tradicionais materiais impressos.

Os pacotes de programas de computador geralmente incluem uma série de recursos bíblicos. Tais produtos geralmente incluem várias versões da Bíblia, dicionários, concordâncias, atlas e comentários—praticamente bibliotecas completas de referência bíblica—ao preço de uma pequena fração do que você pagaria pelas versões impressas. Na verdade, hoje já existem até bons pacotes gratuitos disponíveis. A desvantagem dos pacotes gratuitos é que as ajudas bíblicas inclusas são obras geralmente mais antigas as quais os direitos autorais já expiraram, e então parte do conteúdo pode estar desatualizado.

Você pode encontrar programas de ajuda bíblica através de pesquisas na Internet, em livrarias de materias Bíblico e em anúncios de muitas revistas religiosas. Elas economizam um pouco de dinheiro e de espaço se você tiver um computador disponível para utilizar. (Para saber mais sobre isso, consulte “Software de Estudo Bíblico e Recursos On-line” a partir da página 41).

Busque orientação

Todas as chaves e ajudas bíblicas do mundo não substituem a orientação de mestres qualificados em nossa busca das verdades bíblicas. O servo fiel de Deus pode nos ajudar imensamente na compreensão adequada das Escrituras.

Observe o que aconteceu no livro de Atos quando Deus enviou o discípulo de Cristo Filipe para atender um funcionário da corte real da Etiópia:

“E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar?” (Atos 8:30-31).

Então, Filipe explicou a passagem que o etíope estava lendo como uma profecia de Jesus—depois disso o etíope foi batizado (versículos 32-39).

Portanto, está claro que buscar a ajuda de servos de Deus no objetivo de compreender a Sua Palavra é um exemplo bíblico.

Como Paulo pergunta: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!” (Romanos 10:14-15).

Cristo disse que iria edificar a Sua Igreja, “e as portas do inferno [‘hades’, sepultura ou morte] não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18). E Ele instruiu a Seus seguidores: “Portanto, ide, ensinai todas as nações . . . ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mateus 28:19-20).

Note aqui que a Igreja tem a responsabilidade de ensinar a verdade bíblica de Deus. Mas isso também significa que todos nós, individualmente, temos a responsabilidade de ouvir e atender o que a Igreja ensina.

E o que é exatamente a Igreja? A Bíblia descreve-a não como um edifício ou organização física, mas como pessoas guiadas pelo Espírito de Deus. A comunhão com essas pessoas podem nos ajudar a aprender essas verdades espirituais proferidas por Jesus Cristo.

Deus nos diz: “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Tessalonicenses 5:21). Nós temos um papel a cumprir, mas Ele nos providenciou a Sua Igreja, que é “a coluna e firmeza da verdade” (1 Timóteo 3:15). Ele concedeu professores fiéis em Sua Igreja para ensinar a Palavra de Deus sem distorcê-la.

Paulo instruiu a Tito: “A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros em cada cidade, como eu o instruí . . . Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo [ancião] seja irrepreensível . . . e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela” (Tito 1:5-9, NVI).

Cristo avisou que enganadores usariam Seu nome e diriam representá-Lo: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis . . . Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:15-16, 22-23).

Um ministro deve ensinar e obedecer às leis de Deus fielmente. Como a Escritura afirma: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Isaías 8:20, ACF).

Precisamos considerar como a Bíblia descreve a Igreja de Deus e Seus ministros para que possamos discernir quem são.

Uma característica importante da Igreja é sua obediência às leis de Deus (ainda não perfeitamente, mas se esforçando para obedecer com a ajuda de Cristo). O povo de Deus é retratado em Apocalipse 14:12 como “os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”.

Além disso, a Igreja de Deus, como descrita nas Escrituras, não é uma organização ou denominação grande e popular. Cristo disse a respeito daqueles que fariam parte de Sua Igreja: “Não temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino” (Lucas 12:32). Eles também são descritos como seguindo um caminho de vida estreito e difícil que poucos estão dispostos a seguir nesse presente século mau (Mateus 7:13-14).

O apóstolo Tiago advertiu a seus leitores ao longo dos tempos para não sucumbir aos padrões do mundo quando estes não estão em harmonia com os mandamentos de Deus: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4:4).

Como consequência de não seguir os caminhos deste mundo—que na realidade é o mundo de Satanás (2 Coríntios 4:4, 1 João 5:19), a Igreja acabará sendo perseguida e obrigada a fugir antes do retorno de Jesus Cristo (Apocalipse 12:13-17). (Você pode aprender muito mais em nosso livro grátis A Igreja de Jesus Edificou).

Novamente, essas descrições devem nos ajudar a identificar os membros da Igreja de Deus. Que Deus ajude-os nessa busca para compreender as Escrituras e, através dos indicadores entregues, encontrar Seus seguidores fiéis e obedientes.

Para saber mais sobre a Igreja de Deus Unida, editora desta publicação, solicite a sua cópia gratuita do livro Esta é a Igreja de Deus Unida. Para ajudá-lo em seus estudos da Palavra de Deus, nós oferecemos A revista Boa Nova e muitos livros e artigos abrangendo praticamente todas as doutrinas fundamentais da Bíblia—todos de graça.

Além disso, também oferecemos gratuitamente nosso Curso de Estudo Bíblico e o Comentário da Bíblia da Unida On-line (em Inglês: http://bible.ucg.org/bible-commentary/default.aspx), que foi projetado para ajudá-lo a ler a Bíblia ao longo de alguns anos com comentários e explicações bíblicas detalhadas. Nosso site também oferece muito material impresso, em áudio, sermões em vídeo e comentários abrangendo centenas de temas bíblicos, ensinamentos e personalidades. Temos também ministros disponíveis em todo o mundo para aconselhamento ou apenas para responder a quaisquer de suas perguntas. Sinta-se à vontade para entrar em contato conosco. Nós ficaremos satisfeitos em ajudar.

Torne-se um estudante da Palavra

Os seguidores de Jesus eram conhecidos como Seus discípulos—ou seja, Seus estudantes—uma forma comum de designar os seguidores de um mestre rabínico nessa época. Como já mencionado, à Igreja foi dada a comissão de proclamar o evangelho de Cristo a todas as nações e tornar discípulos aos que atenderiam (Mateus 28:19-20).

Deste modo, nós, hoje, podemos nos tornar discípulos, estudantes de Deus Pai e Jesus Cristo. O livro principal do nosso curso ao longo da vida de estudo é a revelação de Deus para nós, a Bíblia Sagrada.

Assim, como em qualquer aula, será útil anotar frequentemente para acompanhar as informações—talvez até mesmo para tomar notas e destacar as palavras certas em nosso livro.

A Bíblia mostra-se impressionante, com suas centenas de páginas com pequenas letras. No entanto, a Bíblia é um livro destinado a ser usado. Para se familiarizar com os versículos chaves, pode ser útil marcar sua Bíblia para ajudá-lo a encontrar mais facilmente certas passagens. Os métodos utilizados pelos estudantes da Bíblia é usar destaques com cores, setas, anotações, parênteses e sublinhar palavras, frases e sentenças.

Qualquer pessoa que passa pelo processo de marcação de sua Bíblia sentirá a necessidade de simplificar. Depois de um tempo uma Bíblia pode acabar parecendo um confuso livro de colorir. Algumas orientações vão ajudá-lo a evitar o excesso de marcação em sua Bíblia.

Use cores para destacar apenas palavras ou frases importantes. Certifique-se de escolher uma caneta ou marcador que a tinta não escorra, manche ou atravesse a página, ou use uma lapiseira. Ao sublinhar frases, margeie em linha reta, com uma régua, um marcador de livros, ou um cartão. Com uma marca adequada, uma palavra importante ou frase deve informá-lo imediatamente sobre o assunto.

A marcação de sua Bíblia vai ajudá-lo a ter uma ideia de onde você está em uma determinada página. E isso vai economizar muito seu tempo ao tentar procurar as escrituras concernentes.

Muitos programas informatizados de estudo da Bíblia permitem que você digite suas próprias anotações (ou importe-as de outros arquivos de texto eletrônico) e anexa-as aos versículos específicos, deixando que você crie seus próprios comentários pessoais e estudos (veja “Software de estudo Bíblico e Recursos On-line” na página 41). Este método permite uma quantidade quase ilimitada de espaço para suas notas pessoais e comentários, mantendo-os acessíveis e arrumados. E essas notas eletrônicas podem ser posteriormente editadas, expandidas ou excluídas muito mais facilmente do que anotações escritas à mão em uma Bíblia impressa.

Depois de ter estudado em um assunto particular, faça o que um bom aluno faria em qualquer aula—rever o que foi visto. Reveja todas suas anotações. Reserve um tempo para meditar sobre o assunto—para pensar sobre isso—assim sua mente conseguirá fixá-lo. Mais tarde, volte a meditar um pouco e faça uma revisão para fixar melhor em sua memória por muito tempo.

Esforce-se de verdade para ler e estudar a Palavra de Deus. Como um princípio de vida geral, a Bíblia nos diz: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças” (Eclesiastes 9:10). Isso não significaria especialmente mergulhar na própria Bíblia? É claro!

Assim, com o espírito preparado e uma abordagem humilde, você deve se esforçar para se tornar um estudante dedicado à Palavra de Deus. Sua compreensão vai crescer a passos de gigante. Então é uma questão de aplicar o que se aprende—como veremos a seguir.