O Arrependimento e a Fé

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O arrependimento de obras mortas e a fé em Deus estão listados em Hebreus 6:1 como parte do fundamento que, enfim, levará à perfeição e à vida eterna. Jesus Cristo estabeleceu um padrão importante em Sua pregação, quando incentivava os ouvintes a se arrepender e a crer (Marcos 1:15). O apóstolo Paulo também pregou o “arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (Atos 20:21, ARA).

Jesus ressaltou a importância do arrependimento quando afirmou duas vezes: “Se vos não arrependerdes, todos de igual modo perecereis” (Lucas 13:3, 5). Deus exige que todos se arrependam (Atos 17:30; 2 Pedro 3:9). No primeiro sermão registrado na Igreja do Novo Testamento, Pedro disse ao povo para se arrepender (Atos 2:38).

Devemos nos arrepender do pecado, que é a transgressão da lei de Deus (1 João 3:4). O arrependimento vai além de um sentimento de comiseração ou de uma demonstração de remorso pelos erros do passado (2 Coríntios 7:8-11). O verdadeiro arrependimento envolve o reconhecimento de nossa natureza e sua oposição a Deus (Romanos 8:7). Também requer uma mudança, uma reviravolta completa e austera na vida da pessoa, abandonando imediatamente a prática do pecado — passar da desobediência para a obediência à lei de Deus.

Devemos parar de seguir o caminho do mundo e começar a trilhar o caminho de Deus (Isaías 55:7-8; Atos 26:20; Romanos 12:2). O arrependimento é uma rendição total, voluntária e obediente, baseado no entendimento de como Deus deseja que vivamos nossa vida. (Ver capítulo intitulado "O Pecado e a Lei de Deus”).

O arrependimento começa com nosso clamor a Deus pelo perdão de nossos pecados e a aceitação de Jesus Cristo como nosso Salvador pessoal. Esta não é uma decisão meramente emotiva, embora a emoção certamente seja uma parte importante (Atos 2:37), mas deve ser uma decisão sincera de obedecer a Deus pela fé em Jesus Cristo. A justiça de Cristo se torna nossa através da fé nEle (Filipenses 3:8-9; Romanos 8:1-4).

Essa fé é uma crença profunda e confiante (Hebreus 11:1). E sem ela não podemos nos aproximar de Deus: “Ora, sem fé é impossível agradar-Lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que O buscam” (versículo 6). Essa fé levará à obediência a Deus. Ela denota não apenas confiança no perdão dos pecados, mas também o reconhecimento de que Deus ajudará os fiéis a permanecerem firmes.

O arrependimento pela fé não significa simplesmente cumprir com um sistema religioso ou um conjunto de regras. A confiança em Deus e em Seus caminhos levará a pessoa a agir de acordo com Sua vontade e a manifestar obras de justiça (Tiago 2:17-26). O verdadeiro e piedoso arrependimento não é algo que uma pessoa possa desenvolver sozinha. Isso é um dom de Deus (2 Timóteo 2:25; Atos 11:18). E também é uma das muitas coisas boas que nosso Pai Celestial nos dá (Tiago 1:17). Ademais, Ele é quem nos leva ao arrependimento (Romanos 2:4).

O arrependimento é uma parte importante do processo de conversão. Como Pedro disse naquele primeiro sermão: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38). Portanto, o arrependimento precede o batismo — este último é um sinal externo de nosso compromisso de abandonar nossos velhos caminhos e passar a viver uma nova vida, purificada através de Cristo.

Após o arrependimento e o batismo, o Espírito de Deus é oferecido a uma pessoa pela imposição de mãos de um servo de Deus devidamente ordenado (Atos 8:14-18; 2 Timóteo 1:6; Hebreus 6: 1-2). (Ver capítulo intitulado “O Batismo”). Então, o Espírito Santo começa a nos ajudar a honrar nosso compromisso de arrependimento, levando-nos a viver o caminho de Deus (Romanos 8:14). E o amor de Deus nos motiva a cumprir Suas leis (1 João 5:3). Os verdadeiros cristãos têm o Espírito Santo (Romanos 8:9) e se esforçam para viver como Cristo viveu (1 João 2:6).

O arrependimento envolve pesar e alegria. O arrependimento leva a um relacionamento alegre e eterno com nosso Deus amoroso, nosso Criador e doador da vida. O arrependimento concentra nossa visão no amor e na misericórdia de Deus e no perdão dos pecados, que se tornou possível pelo sacrifício de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O arrependimento é necessário para nos despojar do “velho homem”, nosso antigo caráter, e tornar-se parte da família de Deus (Efésios 4:20-24).

E, novamente, essa é uma resposta de fé. Em Marcos 1:15, citado em parte anteriormente, Jesus pediu especificamente que as pessoas se arrependessem e cressem no evangelho — referindo-se às boas novas do Reino de Deus (versículo 14). A expectativa de fazer parte do Reino de Deus certamente é motivo de alegria — e motiva aqueles que se preocupam seriamente em fazer a vontade de Deus.

Logo após o arrependimento piedoso, como vimos, devemos ser batizados para que todos os pecados passados sejam apagados (Romanos 3:25) e para receber o dom do Espírito Santo (Atos 2:37-38). A seguir devemos viver uma vida guiada pelo Espírito de Deus, crescendo em graça e conhecimento, produzindo frutos e sendo aperfeiçoados em santidade e justiça (2 Pedro 3:18; Mateus 13:23; 2 Coríntios 7:1).

Um efeito importante de ter o Espírito Santo dentro de nós é o desenvolvimento da fé (Gálatas 5:22-23; 1 Coríntios 12:4, 9). Agora passamos a viver na “fé do Filho de Deus" (Gálatas 2:20). De fato, os justos (aqueles que são justificados ou tornados retos diante de Deus) vivem pela fé (Habacuque 2:4; Romanos 1:17; Gálatas 3:11; Hebreus 10:38).

Precisamos entender que o arrependimento deve ser contínuo. Ele não acontece uma única vez na vida do crente. Uma pessoa convertida deve continuar combatendo o pecado em sua vida (1 João 1:8-10; 2:1). Os vestígios da natureza humana permanecem em nós pelo resto de nossas vidas, combatendo contra nossa mente e levando-nos a pecar (Romanos 7:17, 20-21).

Uma pessoa espiritualmente convertida deseja, enfim, agradar e obedecer a Deus. O amor de Deus, derramado no coração dessa pessoa pelo Espírito Santo (Romanos 5:5), a ajuda a seguir o caminho perfeito de Deus, mas a fraqueza da carne muitas vezes impede de realizar esse desejo interior (Romanos 7:12-25).

Deus não condena a pessoa convertida (Romanos 8:1) enquanto ela estiver nesse processo contínuo de arrependimento e superação do pecado (Apocalipse 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21). E somente se a pessoa deixar definitivamente de se arrepender é que não haverá mais perdão. (Novamente, consultar capítulo intitulado "O Pecado e a Lei de Deus”).

Através do arrependimento e da fé no sacrifício de Jesus Cristo para cobrir seus pecados, a pessoa convertida continua nesse processo de superação ao longo da vida. E com a milagrosa ajuda de Cristo vivendo na pessoa, através do Espírito Santo, o cristão é capaz de crescer no caminho de vida de Deus e andar cada vez mais pela fé e obediência à lei do amor de Deus (Gálatas 2:20; Filipenses 4:13 Colossenses 1:29).

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