Satanás, o Diabo

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Antes do reino físico, Deus criou poderosos servos espirituais que são mencionados nas Escrituras como anjos, que significam literalmente "mensageiros" (Hebreus 1:7, 14). Descritos em alguns versículos como “filhos de Deus” em virtude de terem sido criados por Deus, eles testemunharam a formação da terra (Jó 38: 4-7).

Existem centenas de milhões de anjos justos servindo a Deus (Apocalipse 5:11). Mas um grande contingente de anjos se rebelou contra Deus antes da criação da humanidade. Eles escolheram o caminho da vaidade e do egoísmo, em vez do caminho de Deus, que transmite amor aos outros. (Ver capítulo intitulado “O Pecado e a Lei de Deus”.) O líder dessa rebelião agora é conhecido como Satanás. Ele e seus cúmplices são referidos no Novo Testamento como espíritos imundos ou demônios.

Satanás é o adversário de Deus, pois o nome Satanás realmente significa "adversário" no hebraico do Antigo Testamento. A tradução grega da Septuaginta do Antigo Testamento apresenta essa palavra como diabolos, donde deriva a palavra diabo. Essa palavra significa “caluniador” e pode ter o sentido de acusador ou oponente num tribunal (comparar Zacarias 3:1). Esses termos hebraico e grego são usados no Novo Testamento.

O diabo se opõe a Deus continuamente em todas as oportunidades. Ele despreza o plano de Deus, particularmente Seu objetivo de trazer os seres humanos para a família de Deus. Portanto, Satanás também odeia os seres humanos. Ele é o enganador e o acusador dos irmãos (Apocalipse 12:9-10). Ele é assassino, mentiroso e pai da mentira (João 8:44). Ele é descrito, figurativamente, como um leão que ruge buscando a quem devorar (1 Pedro 5:8).

Satanás não é um inimigo comum. Ele é um adversário extremamente engenhoso e astuto, cujo principal objetivo é impedir a salvação da humanidade, enganando e desencaminhando as pessoas, levando-as a pecar e a voltar-se contra Deus (Efésios 6:11-18; 2 Coríntios 2:11; Lucas 8:12)

Como demonstra o livro de Jó, Satanás pode agir somente dentro dos limites permitidos por Deus (Jó 1:12; 2:6). O relato de Jó também ilustra a atitude acusatória de Satanás e o descreve claramente como um ser real que tem personalidade própria. Como mostra o Novo Testamento, mais tarde, como um ser real, ele veio até Jesus Cristo com o intuito de tentá-Lo (Mateus 4:1-11).

Assim como as ações de Satanás são limitadas pela vontade de Deus, também seu tempo é limitado. Atualmente ele é "o governante deste mundo" (João 12:31; 14:30; 16:11) e também é descrito como "o deus desta era" (2 Coríntios 4:4, NVI), mas seu reinado chegará ao fim na sétima e última trombeta quando Jesus Cristo retornar (1 Coríntios 15:52; 1 Tessalonicenses 4:16; Apocalipse 11:15).

Então, satanás será removido e preso durante o reinado milenar do Messias, mas, após isso, ele será libertado por um curto período de tempo (Apocalipse 20:1-3, 7-8). Depois disso, ele será afastado permanentemente quando for “lançado no lago de fogo e enxofre” (versículo 10), que está “preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25:41).

Satanás foi criado como um anjo de alta posição e autoridade. Em Isaías 14:12, ele é chamado em hebraico de Heylel, seguido pela distinção "filho da alva". A tradução em latim desse nome aqui é Lúcifer, um nome para o planeta Vênus quando este aparece como uma estrela da manhã, que significa "portador da luz”. Entretanto, algumas versões traduzem essas palavras como “brilhante estrela da manhã”, “estrela brilhante” ou “luzeiro” (Bíblia na Linguagem de Hoje, Nova Versão Transformadora, Bíblia Reina Valera em Português).

Mencionado em Ezequiel 28 como o "rei de Tiro", ele é o poder invisível por trás do governo dos reinos terrenos. A princípio, esse ser era um "querubim ungido para proteger" (versículos 14, 16), sendo um dos dois seres angélicos cujas asas ficavam estendidas sobre o trono de Deus, como representado na Arca da Aliança (ver Êxodo 25:20-21; Hebreus 9:23-24; Apocalipse 11:19). Evidentemente, ele tinha uma posição pelo menos igual a Miguel, um “arcanjo” e “grande príncipe” (Judas 9; Daniel 12:1).

Lúcifer foi criado perfeito e irrepreensível, mas acabou escolhendo o caminho do pecado e da rebelião (Ezequiel 28:12, 15, 17). Aparentemente, um terço dos anjos o seguiu em sua insurreição e, juntamente, tentaram destronar Deus, mas eles foram derrotados e lançados na Terra (Apocalipse 12:4; Lucas 10:18; Isaías 14:12-15; 2 Pedro 2:4) agora o reino de Satanás é caracterizado por trevas, não por luz, embora ele possa se apresentar, enganosamente, como um anjo de luz (Lucas 22:53; Efésios 6:12; Colossenses 1:13; 2 Coríntios 11:14).

Sob determinadas circunstâncias, o diabo e seus demônios são capazes de possuir e controlar seres humanos e até animais (Mateus 8:28-33; 9:32-34). O próprio Satanás possuiu Judas, o traidor (Lucas 22:3). Cristo, cuja autoridade é maior que a de Satanás, expulsou demônios durante Seu ministério na Terra e deu poder a Seus servos, devidamente ordenados, para fazer o mesmo (Marcos 16:17).

Satanás é referido por diferentes nomes e definições, que ressaltam algumas de suas funções, características e atitudes malignas. Além do nome "diabo", ele também é chamado de Abadom e Apoliom, que significa respectivamente "destruidor" e "destruição", (Apocalipse 9:11); Belial, que significa “desprezível” ou “iníquo” (2 Coríntios 6:15); Belzebu, o nome de um deus filisteu que significa "Senhor das moscas" (Mateus 12:24-27, comparar 2 Reis 1); o grande dragão e antiga serpente (Apocalipse 12:9); o tentador (Mateus 4:3; 1 Tessalonicenses 3:5); e o príncipe das potestades do ar (Efésios 2:2).

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