O Que Mostra o Registro Fóssil?

O Que Mostra o Registro Fóssil?

A teoria da evolução pode ser provada? Afinal, ela é chamada de teoria da evolução pelo fato de que não é uma lei confirmada cientificamente.

Onde podemos encontrar provas que apoiem a evolução para explicar a enorme variedade de vida na Terra?

Os evolucionistas afirmam que a transição de uma espécie para outra nova ocorre por pequenas mudanças incrementais, ao longo de milhões de anos, eles reconhecem que não podemos ver esse processo sendo realizado hoje. Nosso tempo de vida simplesmente é muito curto para se observar diretamente tal mudança. Em vez disso, dizem eles, temos que olhar para o passado—para o registro fóssil que mostra as muitas formas de vida que existiram ao longo da história da Terra—para encontrarmos transições de uma espécie para outra.

O maior desafio de Darwin

Quando Charles Darwin propôs sua teoria em meados do século XIX, ele estava confiante de que as descobertas fósseis forneceriam provas claras e convincentes de que suas conjecturas estavam corretas. Sua teoria previu que devem ter existido inúmeras formas de transição, tudo se combinando gradualmente de forma quase imperceptível de um pequeno passo a outro, conforme as espécies evoluíssem progressivamente, para formas mais avançadas e melhor adaptadas.

De fato, isso teria que ter sido o caso. Muito mais de um milhão de espécies estão vivas hoje. Para que todas estas tenham evoluído a partir de ancestrais comuns, deveríamos ser capazes de encontrar milhões, se não centenas de milhões, de formas intermediárias que evoluiram gradualmente para outras espécies. Não deviam ser apenas fósseis de espécies de transição entre macacos e seres humanos que teriam de ser descobertos para provar a teoria de Darwin. As lacunas são enormes.

O escritor de ciências Richard Milton observa que os elos perdidos “incluem todas as partes do reino animal: de búzios a baleias e de bactérias ao camelo de duas corcovas. Darwin e seus sucessores previram um processo que começa com simples organismos marinhos, que viviam nos mares antigos, evoluindo a peixes e anfíbios—vivendo parte no mar e parte na terra—e daí a répteis, mamíferos e, eventualmente, aos primatas, incluindo os seres humanos” (Abalando os Mitos do Darwinismo, 1997, pág. 253).

No entanto, até o próprio Darwin lutou com o fato de que o registro fóssil não apoiasse as suas conclusões. “Por que”, perguntou ele, “se as espécies descendem de outras espécies por finas gradações, não vemos em todos os lugares inumeráveis formas de transição? . . . Por que não as encontramos embutidas em números incontáveis na crosta da terra?” (A Origem das Espécies, de 1859, Edição Obras-primas da Ciência, 1958, págs. 136-137).

“O número de variedades intermediárias, que anteriormente existiram [deve] ser verdadeiramente enorme”, escreveu ele. “Por que, então, não está cada formação geológica e cada estrato cheio desses elos intermediários? A geologia certamente não revela nenhuma cadeia orgânica finamente graduada, e isso, talvez, seja a objeção mais óbvia e séria que possa ser feita contra a teoria” (Darwin, pp. 260-261).

Darwin reconheceu que o registro fóssil não apoiava as suas conclusões. Mas, visto que ele pensou que sua teoria era, obviamente, a explicação correta para as inúmeras variedades de formas de vida na Terra, ele e outros pensavam que era apenas uma questão de tempo e os elos fossilizados perdidos seriam encontrados para preencher as muitas lacunas. Sua resposta para a falta de evidência fóssil para apoiar sua teoria era que os cientistas não tinham observado o suficiente e não tinham procurado nos lugares certos. Eventualmente, eles encontrariam os restos fósseis previstos para provar seu ponto de vista. “A explicação está, creio eu, na extrema imperfeição do registro geológico”, escreveu ele (pág. 261).

Ele estava convencido de que as explorações e descobertas posteriores iriam preencher as lacunas abundantes onde as espécies de transição, baseado em sua teoria, estavam faltando. Mas agora, um século e meio mais tarde, depois de literalmente centenas de serem descobertos e catalogados milhares de animais e plantas fósseis e com poucos cantos do mundo inexplorado, o que mostra o registro fóssil?

O que o registro revela

David Raup é um crente convicto da evolução e um respeitado paleontólogo (um cientista que estuda os fósseis) da Universidade de Chicago e do Museu Field. No entanto, ele admite que o registro fóssil possa ter sido mal interpretado, se não completamente descaracterizado, afirmando: “Um grande número de cientistas bem treinados, fora da biologia evolutiva e da paleontologia, infelizmente, têm uma ideia de que o registro fóssil suporta muito mais o darwinismo do que na realidade. Isto provavelmente vem da simplificação inevitável de fontes secundárias: livros de baixo nível, artigos semipopulares, e assim por diante. Além disso, há provavelmente algumas esperanças vãs. Nos anos após Darwin, seus defensores esperavam encontrar progressões previsíveis. Em geral, estas não foram encontradas—mas era difícil acabar com o otimismo, e surgia muita fantasia em alguns livros didáticos” (Ciência, vol. 213, julho 1981, pág. 289, grifo nosso).

Niles Eldredge, curador do departamento de invertebrados do Museu Americano de História Natural e professor adjunto da Universidade da Cidade de Nova Iorque, é outro veemente defensor da evolução. Mas ele vê-se forçado a admitir que o registro fóssil não apoia a visão tradicional da evolução.

“Não é de se admirar que os paleontólogos por muito tempo venham se esquivando da evolução”, escreve ele. “Parece que ela nunca existiu. A constante coleta de campo tem encontrado zigue-zagues, pequenas oscilações e muito ocasionalmente pequenos acúmulos de mudanças, ao longo de milhões de anos, o que tem sido uma taxa muito lenta para realmente poder explicar toda a prodigiosa mudança que ocorreu na história evolutiva”.

“Quando vemos a introdução da novidade evolutiva, normalmente é apresentada de repente e geralmente sem nenhuma evidência concreta de que os organismos não tenham evoluído noutro lugar! A evolução não pode sempre estar acontecendo noutro lugar. No entanto, foi assim que o registro fóssil golpeou muitos paleontólogos, que procuravam aprender algo sobre a evolução” (Reinventando Darwin: O Grande Debate na Grande Mesa da Teoria da Evolução, 1995, pág. 95, grifo nosso).

Depois de geólogos e paleontólogos terem feito uma grande busca em todo o mundo pelos “elos perdidos”, que Darwin previu que seriam encontrados para sustentar sua teoria, todavia estes continuam desaparecidos.

O falecido paleontólogo da Universidade de Harvard, Stephen Jay Gould, talvez seja atualmente o escritor mais popular da evolução. Ele foi um fervoroso evolucionista e colaborou com o Professor Eldredge para propor alternativas à visão tradicional do darwinismo. Tal como Eldredge, ele reconheceu que o registro fóssil fundamentalmente está em conflito com a ideia do gradualismo de Darwin.

“A história da maioria das espécies fósseis”, ele escreveu, “inclui duas características particularmente incoerentes com o gradualismo [a evolução gradual de uma espécie a outra]:

“[1] Stasis. A maioria das espécies não apresenta mudança direcional [evolucionária] durante o seu tempo na Terra. Elas aparecem no registro fóssil mostrando-se praticamente as mesmas que quando desaparecem; a mudança morfológica [anatômica ou estrutural] geralmente é limitada e sem direção.

“[2] Súbito aparecimento. Em qualquer área local, uma espécie não surge gradualmente pela transformação constante de seus antepassados: ela aparece toda de uma vez e ‘plenamente formada’” (“O Ritmo Errático da Evolução”, História Natural, maio 1977, págs. 13-14, ênfase adicionada).

A inexistência de fósseis em lugares cruciais

Francis Hitching, membro da Sociedade de Pré-História e da Sociedade de Pesquisa Física, também vê problemas em usar o registro fóssil para apoiar o darwinismo.

“Há cerca de 250 mil espécies diferentes de plantas e animais fósseis em museus do mundo”, escreve ele. “Isso comparado a cerca de 1,5 milhão de espécies conhecidas vivendo atualmente na Terra. Diante das taxas conhecidas de volume da rotatividade evolutiva, estima-se que pelo menos cem vezes mais espécies fósseis tenham vivido do que as que foram descobertas . . . Mas o curioso é que há uma consistência sobre as lacunas fósseis: fósseis não existem em todos os lugares importantes.

“Quando você procura ligações entre os principais grupos de animais, elas simplesmente não existem, pelo menos, não em número suficiente para não restar dúvidas. Ou não existem ou são tão raros que o argumento interminável continua se um fóssil particular é, ou não é ou poderia ser, de transição entre este grupo e aquele outro . . .

“Deveria haver armários cheios desses intermediários—de fato, seria de esperar que os fósseis combinassem tão delicadamente um com outro que seria difícil dizer onde começam os invertebrados e terminam os vertebrados. Mas isto não é o caso. Em vez disso, grupos bem definidos e fácilmente identificáveis de peixes aparecem no registro fóssil aparentemente do nada: misteriosamente, de repente, completamente formados, e de um modo que não é darwiniano. E antes desses fósseis, existem lacunas ilógicas e enlouquecedoras aonde seus antepassados deviam de existir” (O pescoço da girafa: Darwin, Evolução e a Nova Biologia, 1982, págs. 9-10, grifo nosso).

Reconhecendo que o registro fóssil contradiz ao invés de apoiar o darwinismo, os professores Eldredge e Gould propuseram uma teoria radicalmente diferente que chamaram de “equilíbrio pontuado”, sustentando que rajadas de evolução ocorreram em populações pequenas, isoladas, que depois se tornaram dominantes e não demostraram nenhuma mudança ao longo de milhões e milhões de anos. Isso, dizem eles, é a única maneira de explicar a falta de evidência para a evolução no registro fóssil.

Como a revista Newsweek explica: “Em 1972, Gould e Niles Eldredge colaboraram em certo papel destinado a meramente resolver o embaraço profissional dos paleontólogos: sua incapacidade de encontrar os fósseis de transição entre as espécies, chamados de ‘elos perdidos’. Darwin, e a maioria dos que o seguiam, acreditavam que o trabalho de evolução era lento, gradual e contínuo e que uma linhagem completa de antepassados, uma sombra imperceptível de um a outro, poderia, em teoria, ser reconstruído para todos os animais vivos . . . Mas um século de escavação desde então, só fez a sua ausência ainda mais gritante . . . Foi ideia de Eldredge e Gould cancelar as buscas e aceitar a evidência do registro fóssil em seus próprios termos” (“Enigmas da Evolução”, 29 de março de 1982, pág. 39, grifo nosso).

Como alguns observadores apontam, esta é uma teoria que inerentemente não pode ser provada onde a principal evidência dela é a falta de evidências no registro fóssil para apoiar as formas de transição entre as espécies.

Registro fóssil não está mais incompleto

O registro fóssil tem sido exaustivamente explorado e documentado. A desculpa de Darwin da “extrema imperfeição do registro geológico” já não tem mais credibilidade.

O quanto está completo o registro fóssil? Michael Denton, médico e pesquisador biológico, escreve que “quando as estimativas são feitas da percentagem das [atuais] formas de vida encontradas fossilizadas, o percentual passa a ser surpreendentemente elevado, sugerindo que o registro fóssil não pode ser tão ruim como geralmente sustentavam” (Evolução: Uma Teoria em Crise, 1985, pág. 189.).

Ele explica que “das 329 famílias viventes de vertebrados terrestres [mamíferos, aves, répteis e anfíbios] 261 ou 79,1 por cento foram encontradas nos fósseis e, quando as aves (que não são fossilizadas facilmente) são excluídas, o percentual sobe para 87,8 por cento” (Denton, pág. 189).

Em outras palavras, quase 88 por cento das variedades de mamíferos, répteis e anfíbios que povoam a Terra foram encontradas no registro fóssil. Então, quantas formas de transição têm sido encontradas? “. . . Embora cada uma destas classes [peixes, anfíbios, répteis, mamíferos e primatas] esteja bem representada no registro fóssil, ninguém ainda descobriu fósseis de uma criatura que indiscutivelmente seja produto de transição de uma espécie a outra espécie. Não há um único indiscutível ‘elo perdido’ que tenha sido encontrado em todas as rochas expostas da crosta da Terra, apesar de extensas e cuidadosas buscas” (Milton, págs. 253-254, ênfase adicionada).

Se a teoria de Darwin fosse verdade, as criaturas de transição, como invertebrados com esqueletos parcialmente desenvolvidos, peixes com pernas rudimentares, répteis com asas primitivas e inúmeras criaturas com características anatômicas semidesenvolvidas seria a regra e estariam espalhadas ao longo dos estratos fósseis. Mas simplesmente eles não existem.

E as provas dos fósseis?

Ocasionalmente várias espécies fossilizadas têm sido apresentadas como prova cabal da obra da evolução. Talvez a mais famosa seja a suposta evolução do cavalo, assim apresentada em muitos livros de biologia. Mas isso realmente representa o que afirma ser?

Observe o que o professor Eldredge tem a dizer sobre esta “prova” clássica da evolução: “George Gaylord Simpson passou parte considerável de sua carreira examinando a evolução do cavalo. Sua conclusão final: a evolução do cavalo de modo algum foi um caso simples, linear e direto como foi dado a entender que aconteceu . . . A evolução do cavalo não procede de uma série única, a partir do passo A ao B e assim por diante, que tenha culminado nos atuais, cavalos grandes com apenas um dedo na pata. A evolução do cavalo, para Simpson, parecia muito mais complexa, como muitas espécies vivas, a qualquer momento—espécies com diferenças bem acentuadas de uma a outra, que tinham um número variável de dedos, uma variedade de tamanho dos dentes, e assim por diante”.

“Em outras palavras, é fácil, e muito tentador, pesquisar a história de fósseis de um grupo e selecionar exemplos que melhor pareçam exemplificar a mudança linear ao longo do tempo . . . Mas escolher apenas essas espécies que exemplificam estágios intermediários ao longo de uma tendência, e ignorar todas as outras espécies que não parecem se encaixar bem, é outra coisa. A imagem se encontra distorcida. O padrão atual da evolução não está plenamente representado” (pág. 131).

Efetivamente, Eldredge admite que os paleontólogos tenham escolhido e continuam escolhendo as espécies que acham que melhor se encaixam com a sua teoria e ignoram o resto. George Gaylord Simpson foi ainda mais direto: “A transformação contínua e uniforme de Hyracotherium [uma espécie fóssil que pensam ser o ancestral do cavalo] até Equus [o cavalo moderno], tão querida ao coração de gerações de escritores de livros didáticos, nunca aconteceu na natureza” (Vida do Passado, 1953, pág. 119).

O professor Raup discorre sobre o problema dos paleontólogos frente à tentativa de demonstrar a evolução no registro fóssil: “Estamos agora cerca de 120 anos depois de Darwin e o conhecimento do registro fóssil foi bastante expandido. Temos, agora, um quarto de milhão de espécies fósseis, mas a situação não mudou muito. O registro da evolução ainda é surpreendentemente irregular e, ironicamente, temos ainda menos exemplos de transição evolucionária do que tínhamos no tempo de Darwin”.

“Com isto quero dizer que alguns casos clássicos de mudança darwiniana no registro fóssil, como a evolução do cavalo na América do Norte, tiveram de ser descartados ou modificados pelo resultado de informações mais detalhadas—o que parecia ser uma delicada e simples progressão quando relativamente havia poucos dados disponíveis agora parece ser muito mais complexa e muito menos gradualista [evolucionária]” (“Conflitos entre Darwin e Paleontologia”, 50o Boletim do Museu Field de História Natural, Janeiro de 1979, págs. 22-25, ênfase adicionada).

O segredo bem guardado da paleontologia

O que tudo isso significa? Numa linguagem clara, se a evolução significa a mudança gradual de uma espécie de organismo a outra espécie, a característica marcante do registro fóssil é a ausência de provas dessa evolução —e inúmeras provas ao contrário. O único lugar lógico para encontrar provas para a teoria da evolução é o registro fóssil. Mas, em vez de mostrar a mudança lenta e gradual ao longo de eras, com novas espécies surgindo continuamente, os fósseis mostram o oposto.

O professor Eldredge, comentando sobre a magnitude do problema, admitiu que Darwin “essencialmente inventou um novo campo de pesquisa científica—o que hoje é chamado de ‘tafonomia’—para explicar por que o registro fóssil é tão deficiente, tão cheio de lacunas, a ponto de simplesmente não apresentarem os padrões previstos de mudança gradual” (Reinventando Darwin, págs. 95-96, grifo nosso).

O professor Gould igualmente admitiu que a “extrema raridade” de evidência para a evolução no registro fóssil é o “segredo comercial da paleontologia”. Ele chegou a reconhecer que “as árvores evolutivas que enfeitam nossos livros didáticos somente têm dados das extremidades e dos nós de seus ramos, o resto é dedução, seja quão razoáveis sejam, mas nenhuma prova dos fósseis” (Gould, pág. 14, grifo nosso).

Mas os paleontólogos compartilham esse segredo comercial com os outros? Dificilmente. “A leitura popular ou até mesmo as introduções dos livros didáticos sobre a evolução . . . dificilmente deixam você enxergar que elas [as lacunas fósseis] existam, pois a maioria dos autores, sem hesitação e confiantemente passa por essas lacunas como se nada fossem. Na ausência da evidência fóssil, eles escrevem o que tem sido chamado de histórias ‘do que simplesmente ocorreu’. Uma mutação apropriada ocorreu em certo lugar num momento crucial, e voilá, um novo estágio de evolução foi alcançado” (Hitching, págs. 12-13).

Quanto a esta deturpação de provas, Phillip Johnson escreve: “Quase todo mundo que fez um curso de biologia da faculdade nos últimos sessenta anos ou mais tem sido levado a acreditar que o registro fóssil era um baluarte de apoio à tese clássica de Darwin, e não uma suposta probabilidade que precisava ser explicada . . .”.

“O registro fóssil mostra um padrão consistente de aparecimento súbito seguido de uma estagnação; que a história da vida é mais uma história de variação em torno de um conjunto de desenhos básicos do que um acúmulo de avanços; que a extinção tem sido predominantemente pela catástrofe em vez da obsolescência gradual; e que as interpretações ortodoxas do registro fóssil, frequentemente devem mais ao preconceito darwinista do que à própria evidência. Os paleontólogos parecem pensar que é seu dever proteger o restante de nós das conclusões errôneas às quais poderiamos chegar se tivéssemos conhecido o verdadeiro estado da evidência” (Darwin em Julgamento, págs. 58-59).

O segredo que os evolucionistas não querem revelar é que, segundo suas próprias interpretações, o registro fóssil mostra espécies totalmente formadas que aparecem por um tempo e depois desaparecem sem nenhuma alteração. Outras espécies que apareceram em tempos anteriores, também, desapareceram com pouca ou nenhuma mudança. O registro fóssil simplesmente não apoia a tese central do darwinismo, que as espécies evoluíram lenta e gradualmente de uma forma para outra.

Um fato ou uma interessante especulação?

O professor Johnson observa que os “darwinistas consideram que a evolução é um fato, não apenas uma teoria, porque fornece uma explicação satisfatória para o padrão de relacionamento que liga todos os seres vivos —um padrão associado em suas mentes com o que eles consideram ser a causa necessária desse padrão—descendência com mutação—que, para eles, uma relação biológica significa uma relação evolucionária” (pág. 63, ênfase no original).

A linguagem da evolução que é enganosa como uma cortina de fumaça e espelho gira principalmente em torno da classificação das espécies vivas. Os darwinistas tentam explicar as relações naturais que observam no mundo animal e vegetal pela categorização de animais e plantas de acordo com as semelhanças físicas. É possível se dizer que a teoria de Darwin não é nada mais do que a observância culta do óbvio, isto é, da conclusão de que a maioria dos animais parece estar relacionada entre si, porque a maioria dos animais tem uma ou mais características comuns.

Por exemplo, você pode ter uma classificação superficial de baleias, pinguins e tubarões em um grupo classificado como animais aquáticos. Você também pode ter pássaros, morcegos e abelhas agrupadas como criaturas voadoras. Estas não são as classificações finais, porque há muitas outras diferenças óbvias. A abordagem darwinista, no entanto, é a de utilizar as semelhanças óbvias gerais para demonstrar, não que os animais eram meramente semelhantes em muitos aspectos, mas que estão relacionados uns com os outros pela descendência de um ancestral comum.

Professor Johnson expressa desta forma: “Darwin propôs uma explicação naturalista para as características essencialistas do mundo vivo que foi tão impressionante em seu apelo lógico que conquistou o mundo científico, mesmo enquanto havia dúvidas sobre algumas partes importantes de sua teoria. Ele teorizou que os grupos descontínuos do mundo vivo eram descendentes de ancestrais comuns há muito extintos. Os grupos listados tinham uma relação muito estreita (como répteis, aves e mamíferos), compartilhando um ancestral comum relativamente recente; todos os vertebrados compartilham de um ancestral comum mais antigo; e todos os animais compartilham de um ancestral comum ainda mais antigo. Ele, então, propôs que os ancestrais devem ter sido ligados a seus descendentes por longas cadeias intermediárias de transição, também já extintas” (pág. 64).

Os evolucionistas exercem uma percepção seletiva quando olham para as provas—semelhante a decidir ver metade de um copo de água como meio vazio ou meio cheio. Eles escolhem pairar nas similaridades em vez das diferenças. Ao fazer isso, eles são levados para longe da verdade do assunto: que as semelhanças são evidências de um Projetista comum por trás da estrutura e função das formas de vida. Cada espécie de animal foi criada e concebida para existir e se desenvolver de forma particular. Darwin e os subsequentes proponentes da visão evolucionária da vida centrada em semelhanças se concentraram nas principais classificações de animais e chamaram a suposição dessas semelhanças de prova de que todos os animais são relacionados um ao outro através de ancestrais comuns.

No entanto, existem diferenças importantes nas formas de vida na Terra. Se, como a evolução supõe, todas as formas de vida tinham ancestrais comuns e correntes de intermediários ligando esses ancestrais, o registro fóssil deveria transbordar de muitas dessas formas intermediárias entre as espécies. Mas, como já vimos, os paleontólogos admitem que o registro fóssil não mostra isso.

Simples formas de vida?

Uma vez que o registro fóssil não apoia a visão tradicional da evolução, o que isso demonstra?

Nós já vimos como vários renomados paleontólogos admitiram que o registro fóssil mostra somente o súbito aparecimento de formas de vida. Como Stephen Jay Gould diz, “Em qualquer área local, uma espécie não surge gradualmente pela transformação constante de seus antepassados: ela aparece de uma vez e ‘inteiramente formada’” (Gould, págs. 13-14).

Quando detalhamos o viés evolucionista inerente a maioria das apresentações do registro fóssil, descobrimos que o registro não mostra uma subida gradual do simples ao complexo. Bastam ver alguns dos fósseis mais antigos encontrados, os das bactérias. O que é interessante é que as bactérias não são organismos completamente simples.

Na realidade, não existem formas de vida simples. A tecnologia moderna tem mostrado que até mesmo uma única célula é extra- ordinariamente complexa.

Michael Behe é professor associado de bioquímica da Universidade de Lehigh, na Pensilvânia. Depois de observar a percepção dos cientistas quanto à mudança das mais elementares formas de vida, ele escreve: “Nós, seres humanos, tendemos a ter uma opinião bastante exaltada de nós mesmos, e essa atitude pode ofuscar a nossa percepção do mundo biológico. Em particular, a nossa atitude sobre o que é mais alto e mais baixo em biologia, o que é um organismo avançado e o que é um organismo primitivo, começa com a presunção de que o auge da natureza somos nós mesmos . . . No entanto, outros organismos, se pudessem falar, poderiam argumentar veementemente pela sua própria superioridade. Isso inclui as bactérias, que, muitas vezes, as vemos como as mais rudes formas de vida” (A Caixa Preta de Darwin, 1996, págs. 69-70).

Quando Darwin escreveu A Origem das Espécies, cerca de um século e meio atrás, os cientistas não sabiam tanto sobre a célula (e organismos unicelulares) como sabem hoje. Darwin pensava que organismos unicelulares eram muito primitivos. Na verdade, naquela época muitos ainda pensavam que a vida poderia surgir naturalmente de matéria inanimada—por exemplo, que a carne em decomposição espontaneamente produzia moscas.

Muitos anos se passaram antes que o cientista francês Louis Pasteur demonstrasse, através de uma série de experimentos meticulosos, a impossibilidade de tal ideia. No entanto, até mesmo Pasteur teve que travar uma batalha com os cientistas de sua época para convencê-los de que a vida só pode vir a partir de formas de vida pré-existentes.

Assim, a ideia de Darwin—que unicelular significa simples—não foi questionada na época. Mais tarde, descobertas mostraram que até mesmo os organismos unicelulares, encontrados no início do registro fóssil, são muito mais complexos do que Darwin e outros poderiam ter imaginado.

Uma explosão de formas de vida

Os paleontólogos consideram largamente o Período Cambriano, um dos mais antigos na opinião deles, como o período mais primitivo no qual extensas formas de vida estão preservadas. Uma vez que apenas restos de vida marinha são encontrados em estratos Cambrianos, os paleontólogos interpretaram esses depósitos com uma data de um período antes de os animais terrestres terem evoluído.

A Enciclopédia Encarta diz desta época: “Pelo início da Era Paleozóica, o conteúdo de oxigênio cada vez maior da atmosfera e nos oceanos . . . tinha tornado possível ao ambiente marinho apoiar novas formas de vida que poderiam derivar da energia advinda da respiração. Embora a vida ainda não tivesse invadido a terra seca ou o ar, os mares do período Cambriano fervilhavam com uma grande variedade de invertebrados marinhos, incluindo esponjas do mar, vermes, briozoários (“musgos”), hidrozoários, braquiópodes, moluscos (entre eles os gastrópodes e espécies ancestrais do nautilus), artrópodes primitivos, como o trilobita e algumas espécies de equinodermos.

“A única planta viva da época consistia de algas marinhas. Como muitos desses novos organismos eram relativamente grandes, invertebrados marinhos complexos com conchas e esqueletos rígidos de quitina ou cal, eles tinham uma chance muito maior de preservação de fósseis do que as criaturas de corpo mole da Era Pré-cambriana anterior” (1997, “Período Cambriano”, ênfase adicionada).

Observe que invertebrados marinhos complexos são encontrados em depósitos de fósseis do Período Cambriano. Muitos não entendem, mas até mesmo os paleontólogos reconhecem que a vida não começa com apenas algumas criaturas simples. Nos níveis mais baixos dos estratos geológicos, o registro fóssil é composto de criaturas complexas como as trilobitas.

A revista Time disse em uma longa reportagem de capa que descrevia as criaturas fossilizadas encontradas nos estratos cambrianos: “Em uma explosão de criatividade como nunca visto antes ou depois, a natureza parece ter esboçado os planos em praticamente todo o território do reino animal. Esta explosão de diversidade biológica é descrita pelos cientistas como o Big Bang da biologia” (Madeleine Nash, “Quando a Vida Explodiu”, 4 de dezembro de 1995, pág. 68).

Ao contrário do que supunham os antigos evolucionistas, a vida não começa com apenas algumas espécies rudimentares. Mesmo aqueles que defendem a interpretação tradicional do registro fóssil admitem que ela tenha começado com muitas formas de vida similares às que encontramos hoje. Ao mesmo tempo, eles não conseguem explicar essa grande “explosão” de formas de vida em tão curto espaço de tempo geológico, o que prevê a teoria evolutiva levaria muito mais tempo.

Perguntas sem respostas

Os defensores da evolução tiveram que recuar das afirmações de Darwin e outros. “Ao longo das décadas, os teóricos evolucionários, começando com Charles Darwin, tentaram argumentar que o aparecimento de animais multicelulares durante o Período Cambriano simplesmente parece ter sido súbito, e de fato foi precedido por um longo período de evolução para que o registro geológico que se encontra faltando. Mas essa explicação, embora remendado o buraco dessa teoria de forma magistral, agora isso parece cada vez mais insatisfatório” (ibidem).

Novamente, os fatos gravados na rocha não coincidem com as suposições e previsões do pensamento evolutivo. Mesmo se aceitássemos a interpretação do registro fóssil dos evolucionistas, vemos o início da vida nos níveis mais baixos, com criaturas complexas, com órgãos elaborados e outros recursos—mas sem antepassados conhecidos. A vida não começa como previsto pela evolução, com formas simples gradualmente se transformando em espécies mais complexos.

Embora acatando a linha evolutiva, o artigo da revista Time admite: “É claro, entender o que tornou possível a explosão cambriana não aborda a questão maior do que a fez acontecer tão rapidamente. Aqui os cientistas escorregam suavemente na delicada situação da escassez de dados, sugerindo cenários que são baseados na intuição e não em evidência sólida” (Time, pág. 73).

Os evolucionistas têm sido conhecidos por criticar incisivamente os cristãos, porque eles não têm prova científica dos milagres registrados na Bíblia.

No entanto, aqui está um acontecimento geológico extremamente importante e com abrangentes implicações para a teoria da evolução—mas para o qual os cientistas não têm explicação: Obviamente, assim eles têm que assumir que a vida surgiu a partir de antecedentes não vivos—violando assim as leis da biogênese! Então, suas hipóteses fundamentais não seriam também uma forma de fé?

Uma explicação razoável é que as formas de vida encontradas no estrato Cambriano foram criadas por Deus, que não deu certo por acaso, mas pelo desenho.

O registro fóssil é a única prova objetiva que podemos examinar para ver se a evolução é verdadeira. Mas, em vez de apoiar o darwinismo, o registro fóssil mostra organismos extremamente complexos os quais os evolucionistas interpretam como os estratos de fósseis mais antigos; mostra que não existem formas intermediárias entre as espécies; mostra pouca ou nenhuma mudança nas espécies em toda sua extensão do registro fóssil; e mostra o súbito aparecimento de novas formas de vida, em vez da mudança gradual suposta por Darwin e seus seguidores.

Se olharmos para a prova objetivamente, concluimos que a história da criação em Gênesis 1—descrevendo o súbito aparecimento de formas de vida—é uma explicação crível.