O Perdão do Pecado

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Como somos perdoados, e onde é que o batismo e Jesus Cristo se encaixam? A Bíblia diz que Deus perdoa os nossos pecados e os nossos erros. Através da fé no sacrifício de Cristo, todos os nossos pecados e culpa que temos são de nós removidos por completo. Então, somos totalmente limpos aos olhos de Deus (Actos 22:16).

É reconfortante saber que Deus não só nos perdoa, mas também nos dissocia por completo dos nossos pecados: “Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais” (Hebreus 8:12).

David ficou admirado com o complete perdão e misericórdia de Deus. Ele escreveu: “Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Salmos 103:11-12).

Por intermédio do profeta Isaías, Deus fala-nos do perdão que se segue quando nos arrependemos e nos voltamos para Ele: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos actos de diante dos meus olhos e cessai de fazer mal. Aprendei a fazer o bem... ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve” (Isaías 1:16-18).

Paulo esclarece que o injusto não herdará o Reino de Deus  (1 Coríntios 6:9). Depois explica como somos lavados e justificados: “E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus” (versículo 11). Jesus Cristo purifica a Igreja “com a lavagem da água, pela palavra”  (Efésios 5:26).

Esta lavagem de imundície acumulada dos nossos pecados é parte do que é simbolizado pelo batismo. Antes de Paulo ser batizado, Ananias disse: “agora, por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor” (Actos 22:16). Ao mergulhar o nosso corpo inteiramente na água, estamos simbolicamente lavando-nos completamente.

Obviamente, a água é só um símbolo. Na realidade, a limpeza do pecado e reconciliação com Deus são feitas pelo sangue derramado por Jesus Cristo, nosso Salvador (Romanos 5:8-10; Actos 20:28). Sem o Seu sacrifício, os nossos pecados não podem ser lavados.

Deixar a culpa para trás

Felizmente, Deus não mantém um cartão de marcação com as boas obras de um lado e as más do outro. O nosso registo fica limpo de todos os pecados se nos confessarmos e nos arrepender deles e deles pedirmos perdão. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). Como já antes referido, nenhuma boa obra, nem esforço físico de nós mesmos, jamais pode pagar a Deus pelos dons preciosos do perdão e do lavamento da nossa culpa.

É normal sentirmo-nos culpados quando pecamos, e o sofrimento das penalidades por erros passados prolongar-se muitas vezes. Contudo, a culpa não necessita de permanecer como um peso debilitante a dificultar-nos.

A culpa pode gerar sentimentos desnecessários de inferioridade e de amargor. Depois de nos arrependermos, Deus absolve por completo os nossos pecados, e, por conseguinte, não há razão para nos sentirmos culpados, salvo se voltarmos a pecar. Então aí, devemo-nos arrepender de imediato, pedindo a Deus para nos perdoar e deixarmos a culpa para trás. Deus, na Sua infinita misericórdia, aplica o sacrifício de Cristo para cobrir e remover o nosso pecado e a nossa culpa.

É-nos dito em Hebreus 10:22: “Portanto, cheguemos perto de Deus com um coração sincero e uma fé firme, com a consciência limpa das nossas culpas e com o corpo lavado com água pura” (Hebreus 10:22, BLH). Uma consciência limpa é um dos dons mais maravilhosos que Deus dá aos Seus filhos.

O rei David era um varão conforme o coração de Deus (Actos 13:22). David não era perfeito, mas lutava para evitar o pecado que o separasse de Deus. Em Salmos 139:23-24 David suplicou: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos. E vê se em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.”

Ele também rogou: “Esconde a tua face dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito recto” (Salmos 51:9-10).

Como é o pecado perdoado?

O pecado é a transgressão da sagrada lei de Deus (1 João 3:4, ARA). A punição que todos nós obtemos, por pecar, é a morte (Romanos 6:23). Esta relação causa-e-efeito é absoluta e automática. A penalidade tem de ser paga.

Nós não podemos saltar de um prédio de 10 andares, tentando futilmente quebrar a lei da gravidade, sem pagar uma penalidade pela nossa acção. Da mesma forma, quando se transgride a lei espiritual de Deus, por se fazer isso, a pena da morte tem de ser paga. O perdão não quer dizer que a penalidade para os nossos pecados foi eliminada. Significa particularmente o transferir da pena de nós para alguém que pode aceitar e pagar esse castigo em vez de nós. Assim, a questão é, quem é que paga essa penalidade?

Deus sabia que era necessário morrer um Salvador pelos pecados do mundo, porque todos nós pecamos e a penalização da morte paira sobre todos: “sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados … mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós” (1 Pedro 1:18-20).

O apóstolo João falou do grande amor de Deus para connosco e do sacrifício de Jesus Cristo que paga o castigo dos nossos pecados, tornando o perdão possível. “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 João 2:2).

E: “Nisto se manifestou a caridade de Deus para connosco: que Deus enviou seu Filho unigénito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4:9-10).

Na verdade, Deus criou todas as coisas por intermédio de Jesus Cristo (João 1:1-3, 14; Efésios 3:9; Colossenses 1:16-17; Hebreus 1:1-2). Como Criador da humanidade, sendo o Filho perfeito de Deus, Jesus Cristo viveu uma vida impecável na carne, e foi capaz, de uma vez por todas, servir como sacrifício perfeito dos pecados de toda a humanidade.

O perfeito amor e o sacrifício de Jesus Cristo

A asombrosa verdade é que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Ainda mais incrível é que Deus nos amou quando ainda éramos pecadores; nós ainda estávamos sob a penalidade da morte quando Ele nos chamou para nos convertermos (Romanos 5:8).

Jesus tem um profundo, ardente desejo em ajudar a humanidade a partilhar a eternidade com Sigo (Mateus 23:37). A carta aos Hebreus diz que nós devemos olhar “para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” (Hebreus 12:2).

Não foi nada agradável passar por flagelação e crucifixão, uma forma incrivelmente brutal e atormentadora de execução. Isaías 52:14 profetizou que a face de Cristo seria “tão desfigurada, mais do que a de outro qualquer, e a sua figura, mais do que a dos outros filhos dos homens.”

O Salmo 22 descreve alguns dos pensamentos e sentimentos de angústia e dor que Jesus enfrentou aquando e durante a Sua traição e morte. Apesar disso Ele teve a visão espiritual de consentir o Seu próprio sofrimento para ter o prazer de passar à eternidade com outros que escolheriam o caminho da vida eterna (Hebreus 12:2).

Ele de bom grado aceitou a maldição, a penalidade da morte indicada para nós, “fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gálatas 3:13). (Para saber mais sobre quem foi realmente Jesus e o que é que Ele passou por nós, descarregue ou peça o nosso livro gratuito Jesus Cristo: A Verdadeira História).

O sacrifício de Cristo foi tão completo que nenhum pecado jamais cometido é tamanho ou tão pequeno que Deus não o perdoe (Salmos 103:3). Paulo chamou-se a si próprio o principal dos pecadores, mesmo assim Deus usou-o poderosamente depois da sua conversão (1 Timóteo 1:15). O Rei David ao longo do livro dos Salmos glorifica a misericórdia de Deus. Ele via a misericórdia de Deus como infinita, enchendo a terra (Salmos 119:64).

Exemplos assim inspiram grande esperança. Não importa o nosso passado ou os nossos erros passados, quando nos arrependemos de verdade e nos batizamos, Deus promete completo perdão.

Ensinos de psicologia desenvolvidos pelo homem podem fazer-nos sentir-nos bem com nós próprios e procurarmos melhorar a nossa própria imagem, contudo, nenhum destes esforços humanos pode perdoar o pecado e remover por completo a penalidade espiritual associada a ele. Só o sacrifício de Cristo pode limpar perfeitamente e perdoar-nos.

Enterrar o passado

Como Deus já não nos associa com os nossos velhos pecados, assim nós devemos deixar para trás o passado. Com os nossos velhos males sepultados, como representa o batismo, não devemos ir atrás e desenterrá-los. Considerando o simbolismo envolto, isso será o mesmo que profanação.

Para alguns, tal roubo da sepultura em forma de permanecer interminávelmente angustiado pelos pecados passados,  pode parecer arrependimento, mas é mais um jeito de auto punição. Nós precisamos de compreender que Deus quer arrependimento, não penitência. Ele não quer que arremessemos pecados velhos à Sua face para continuamente sermos consumidos pensando neles. Ele espera que confiemos n’Ele e no Seu desejo para perdoar e esquecer completamente.

Nós precisamos de aprender dos nossos erros; mas uma vez isso feito, devemos deixá-los enterrados no passado. Nós devemos “andar em novidade de vida” (Romanos 6:4). Aos olhos de Deus, quem assim faz, torna-se uma nova pessoa, alguém completamente perdoado, como se ele ou ela nunca tivesse pecado.

É importante que nos observemos a partir desta perspectiva e nos foquemos no futuro. Em Filipenses 3:13-14, Paulo expressou o conceito deste modo: “uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”

Apercebendo-nos como o perdão completo é possível através do sacrifício perfeito de Cristo, temos de olhar em frente para mantermos a rota certa. No próximo capítulo veremos como permanecer no caminho da vida eterna.