A Marca e Número da Besta
O que está por trás dessa prática estranha? Como isso afetará as pessoas ao se aproximar o tempo do fim?
Há evidência histórica de que, na antiga cultura babilônica, os escravos “eram identificados... [por] algum tipo de marca, seja tatuagem ou marca no rosto ou nas costas da mão . . .” (A Grandeza Passada da Babilônia [The Greatness That Was Babylon], por H.W.H. Saggs, 1962, pág. 173). Pode haver um paralelo entre esta prática antiga e o que Deus revela que acontecerá no fim dos tempos.
Muitos têm especulado sobre o significado desta profecia intrigante. Alguns interpretam que isso diz respeito a supercomputadores, a números únicos de identificação pessoal e até mesmo a microchips embutidos sob a pele.
No entanto, devemos considerar que receber uma marca na mão ou na testa poderia muito bem ser figurativo. Lembre-se de Apocalipse 7:3, onde diz que os servos de Deus foram selados em suas testas. E em Deuteronômio 6 Moisés disse ao povo de Deus para guardar “todos os seus estatutos e mandamentos”, observando que “também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por testeiras entre os teus olhos” (versículos 2, 8). A mão e a testa aqui representam suas atitudes e pensamentos, respectivamente, que devem ser dedicados a obedecer a Deus.
Da mesma forma a marca da Besta é, evidentemente, uma marca de desobediência a Deus. Muitos estudantes da Bíblia têm indicado o sétimo dia, sábado, de Deus como um sinal de identificação de Seu povo em Êxodo 31:12-17 e veem a marca da Besta como uma contraposição. Eles acreditam que a observância forçada do domingo—um dia originalmente dedicado ao culto do Sol como um deus, em vez da observância do Sábado do sétimo dia—poderia estar envolvido no significado. Essa visão é reforçada pelo fato de que outras profecias no livro de Apocalipse mostram um sistema e uma grande e falsa figura religiosa desempenhando um papel importante na condução das pessoas para longe do Deus verdadeiro e sendo um instrumento nas mãos de Satanás neste tempo.
A Bíblia não define claramente os métodos específicos que a Besta usará para identificar aqueles que participarão voluntariamente nesse comércio do tempo do fim. E pode significar algum tipo moderno de vigilância.
Quanto ao número da Besta, 666, nos é dito para “contar o número” e que é “o número de um homem” (Apocalipse 13:18). Uma explicação inicial é atribuído a Policarpo, discípulo de João, que, de acordo com seu aluno Irineu, disse que este número é derivado da soma dos equivalentes numéricos das letras da palavra Lateinos, a palavra grega para “Romano”—sendo este o nome do império da Besta, de seu governante e de tudo o mais. Portanto, o número pode muito bem indicar esta distinção geral, embora possa também ser mais específico.
Como ser que seja que esta profecia se cumpra, é claro que envolverá transigência [fazer concessões desonrosas] e a negação dos mandamentos de Deus. E provar, de alguma forma, que se está oficialmente associado com a Besta será necessário para que se receba autorização para comercializar.
Exatamente como o número da Besta, 666, será utilizado e aplicado no fim dos tempos ainda não está claro. Mas, de alguma maneira ele estará ligado ao nome da Besta e será aplicado em suas atividades malévolas.