Jesus Cristo e o Sábado

Jesus Cristo e o Sábado

Como Jesus Cristo via o Sábado? Muitas pessoas veem somente aquilo que lhes interessa ver quanto à atitude de Cristo para com o sétimo dia. Induzidas pelo erro, algumas creem que Jesus ignorou ou transgrediu, deliberadamente, o mandamento do Sábado.

Na verdade, o Sábado é mencionado quase cinquenta vezes nos quatro Evangelhos (mais que nos cinco primeiros livros da Bíblia!), por isso temos muitos registros históricos de Sua atitude para com o Sábado. Porém, para compreender esses registros nos Evangelhos temos que analisar como a tradição da observância do Sábado mudou — ou, melhor dito, foi mudada — desde a sua criação e posterior inclusão nos Dez Mandamentos.

O Sábado na História

A tradição da observância do Sábado sofreu uma transformação dramática durante os séculos que antecederam o tempo de Cristo.

No começo desta publicação, vimos como Deus avisou a Israel para não se esquecer de Seus poderosos feitos e de Suas leis. Os registros sobre esses antigos israelitas mostram que eles não se importaram com o aviso. Com o passar do tempo, a antiga Israel esqueceu-se de Deus e desintegrou-se como nação, formando os reinos separados de Israel e de Judá. Isto aconteceu antes de serem conquistados pelos invasores da Assíria e da Babilônia, respectivamente nos séculos oito e seis a.C.

Um dos pecados mais flagrantes dos Israelitas, o qual os conduziu ao cativeiro, foi a violação do Sábado de Deus. Até quando o reino de Judá se autodestruía, por causa do comportamento pecaminoso de seus cidadãos, Deus continuou avisando-os por intermédio do profeta Jeremias, dizendo-lhes: “não tragais cargas no dia de sábado … nem façais obra alguma; antes, santificai o dia de sábado, como Eu ordenei a vossos pais” (Jeremias 17:21-22).  Mas, se não Me derdes ouvidos, para santificardes o dia de sábado… então, acenderei fogo… o qual consumirá os palácios de Jerusalém e não se apagará” (Jeremias 17:27).

Por intermédio do profeta Ezequiel, na Babilônia, depois que ele e grande parte do reino de Judá foram levados ao cativeiro, Deus disse o seguinte sobre os israelitas: “Também lhes dei os Meus sábados, para que servissem de sinal entre Mim e eles; para que soubessem que Eu sou o SENHOR que os santifica. Mas...profanaram grandemente os Meus sábados… Rejeitaram os Meus juízos, e não andaram nos Meus estatutos, e profanaram os Meus sábados” (Ezequiel 20: 12-13,16).

Deus também disse a Seu povo: “Os seus sacerdotes transgrediram a Minha lei, e profanam as Minhas coisas santas; entre o santo e o profano, não fazem diferença, nem discernem o impuro do puro; e de Meus sábados escondem os seus olhos, e assim Sou profanado no meio deles” (Ezequiel 22:26).

Mais tarde, muitos dos Judeus cativos regressaram da Babilônia e voltaram para as suas terras, muitos séculos antes do nascimento de Cristo. Por meio das mensagens de Jeremias e de Ezequiel, eles sabiam que a sua nação fora destruída por quebrantar a lei de Deus, e que a violação do Sábado tinha sido um de seus maiores pecados. 

Quando restauraram a nação, eles estavam determinados a jamais cometer esse erro novamente. Consequentemente, ao longo de vários séculos, as autoridades religiosas judaicas criaram regras meticulosas, que detalhavam exatamente o que era considerado permitido ou proibido fazer durante o Sábado. Eles foram de um extremo a outro — do menosprezo e abuso do Sábado às exigências opressivas e legalistas quanto a observância desse dia. 

As autoridades religiosas adicionaram normas pesadas ao Sábado

O Dicionário Bíblico Ilustrado de Zondervan descreve a que extremo chegaram essas medidas nos dias de Cristo. O código religioso referente ao Sábado listava “trinta e nove grupos principais de ações proibidas: semear, arar, colher, enfeixar, debulhar, crivar, limpar, moer, peneirar, amassar, assar no forno...Cada uma regra era bem elaborada e debatida, a ponto de haver centenas de coisas que um judeu, fiel e obediente à lei, não poderia fazer no Sábado.

“Por exemplo, era comum a proibição de se fazer um nó, por isso tornou-se necessário declarar que tipo de nó era permitido ou proibido. Assim, estabeleceu-se que os nós permitidos seriam aqueles que pudessem ser desatados com uma mão...

 “A proibição referente a escrever no Sábado também foi definida em detalhes: ‘Quem escrever duas letras com a sua mão direita ou esquerda, seja de um tipo [de caligrafia] ou de dois tipos diferentes… incorre em culpa. Até mesmo aquele que, por esquecimento, escrever duas letras, será culpado…E aquele que escrever em duas paredes de modo que forme um ângulo ou em duas colunas de seu livro de contabilidade, de forma que possam ser lidas como duas letras juntas,  também será culpado’” (1967, “Sábado,” p.736).

As autoridades definiam “trabalho” de forma extrema

Para as autoridades religiosas, a definição de “trabalho”, do tipo que violaria o mandamento do Sábado, era muitíssimo diferente de qualquer significado normal de trabalho. Por exemplo, lavrar era uma categoria de trabalho proibido, e poucos contestariam que isso não fosse um trabalho pesado. Contudo, de acordo com a opinião rabínica do primeiro século, a proibição contra a aradura podia ser violada simplesmente ao cuspir na terra. O cuspe poderia agitar o solo, portanto, segundo o entendimento dos rabis, isso seria como lavrar! As mulheres eram proibidas de se verem num espelho aos Sábados, porque podiam ver um cabelo branco e arrancá-lo, e isso constituiria trabalho.

Usar calçados fabricados com pregos no Sábado era proibido, porque essas autoridades diziam que, pelo de ter pregos neles, isso significava carregar um peso desnecessário. Nem mesmo andar na grama não era permitido, pois algum relva podia dobrar-se e se partir, e isso significava  debulhar, uma das categorias de trabalho proibida.

Os líderes religiosos ensinavam que se uma casa se incendiasse num Sábado, os seus moradores não poderiam carregar suas roupas para fora dela, para evitar que se queimassem, pois isso seria transportar carga. Contudo, era permitido vestir quantas roupas pudessem e assim seria aceitável removê-la da casa incendiada.

E foi nessa atmosfera religiosa carregada e hipercrítica que Jesus Cristo veio ensinar e pregar. Hoje em dia, sem esse contexto histórico de como as autoridades religiosas tinham distorcido e desfigurado o Sábado, muitas pessoas chegam a conclusões erradas sobre a opinião de Jesus acerca do Sábado.

Os autores dos evangelhos registraram vários confrontos entre Jesus e os líderes religiosos de Sua época a respeito do Sábado. Com frequência, as Suas curas e ensinamentos no Sábado e Sua maneira de observar o Sábado provocavam controvérsias. Um breve olhar em Suas ações e ensinamentos, descritos no registro bíblico, vai ajudar-nos a compreender o ponto de vista de Cristo sobre a observância do Sábado.

À medida revemos esses registros da vida de Cristo, devemos ter em mente a sua cronologia. De forma geral, os estudiosos concordam que os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas foram escritos durante o primeiro século, entre os anos 50 e 70 d.C., ou seja, cerca de vinte a quarenta anos depois do registro desses acontecimentos (eles acreditam que João escreveu seu evangelho quase no fim do primeiro século). Se Jesus Cristo tivesse a intenção de mudar, abolir ou anular o Sábado, então os autores dos evangelhos teriam deixado isso muito evidente nos registros históricos de Sua vida. Porém, como veremos, não há nenhuma evidência que apoie esse ponto de vista.

Em um Sábado Jesus proclamou ser o Messias

A primeira referência ao Sábado na vida de Jesus Cristo está em Lucas 4:16: “E, [Jesus] chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o Seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler”.

Nessa ocasião os evangelhos mencionam o Sábado pela primeira vez, logo no princípio do ministério de Cristo, e vemos que o costume de Jesus — Sua atividade normal no Sábado — era ir à sinagoga. Isto não foi um incidente isolado; Ele também continuou ensinando durante o Sábado na sinagoga (Marcos 6:2; Lucas 13:10).

Continuando no registro de Lucas: “Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías; e abrindo-o, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre Mim, porquanto Me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-Me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e para proclamar o ano aceitável do SENHOR. E fechando o livro...Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos ouvidos” (Lucas 4:17-21).

Jesus citou a profecia de Isaías 61:1-2, que a sinagoga reconhecia como uma profecia da época messiânica. Ao dizer isso, “Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos ouvidos,” Jesus estava dizendo que Ele acabara de cumprir essa profecia — e assim proclamou que Ele mesmo era o Messias esperado! Jesus prosseguiu comparando o Seu ministério ao dos profetas Elias e Eliseu. Seus ouvintes entenderam claramente o significado do que Ele disse, por isso logo tentaram matar Jesus pelo que Ele afirmou, mas Jesus escapou deles (Lucas 4:23-30).

Esta foi a primeira menção do Sábado durante o Seu ministério. Nesse dia, Jesus Cristo proclamou pela primeira vez que Ele era o Messias profetizado — apresentando a Sua missão como Salvador e Senhor da humanidade. E esse foi um acontecimento muito importante. Ele cresceu em Nazaré. As pessoas desse lugar foram as primeiras a ouvir, nesse Sábado, que Ele era o Messias. Ele estava indicando-lhes a esperança do Seu futuro reino — o cumprimento do evangelho, ou a boa nova, tanto no presente como no futuro.

Jesus realiza curas e expulsa demônios no Sábado

Logo, Jesus começou usando o Sábado para proclamar o Reino de Deus e para manifestar o Seu poder miraculoso como Messias. “Então desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e os ensinava no sábado. E maravilharam-se da sua doutrina, porque a sua palavra era com autoridade” (Lucas 4:31-32).

Em seguida, Jesus expulsou um demônio de um homem e, na sinagoga, “veio espanto sobre todos, e falavam entre si, perguntando uns aos outros: Que palavra é esta, pois com autoridade e poder ordena aos espíritos imundos, e eles saem?” (versículo 36).

Jesus então foi à casa de Pedro, onde curou a febre da sogra dele. Finalmente, no fim do dia de Sábado, “ao pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de várias doenças lhos traziam; e ele punha as mãos sobre cada um deles e os curava. Também de muitos saíam demônios, gritando e dizendo: Tu és o Filho de Deus. Ele, porém, os repreendia, e não os deixava falar; pois sabiam que Ele era o Cristo” (versículos 40-41).

Como Salvador, Jesus compreendia o propósito do Sábado, ou seja, que este era um intervalo de tempo muito apropriado para pregar a Sua mensagem de cura, esperança e redenção para a humanidade e também para viver essa mensagem através de Suas ações. Até mesmo os demônios reconheceram que Ele era o Messias (que é o significado de “Cristo,” João 1:41) profetizado, o Rei e Libertador outrora prometido. Jesus serviu-se do Sábado para mostrar às pessoas que Ele era a cura e a salvação da Humanidade.

Os fariseus confrontam Jesus pelo comportamento de Seus discípulos no Sábado

As passagens bíblicas de Mateus 12:1-8, Marcos 2:23-28 e Lucas 6:1-5 são distorcidas quando usadas para implicar que Jesus quebrantou o mandamento do Sábado. Mas vejamos o que realmente aconteceu. Comecemos com o registro de Marcos: “E sucedeu passar Ele num dia de sábado pelas searas; e os Seus discípulos, caminhando, começaram a colher espigas. E os fariseus lhe perguntaram: Olha, por que estão fazendo no sábado o que não é lícito?” (Marcos 2:23-24).

Os fariseus eram um ramo do judaísmo excessivamente rigoroso , que detinha considerável autoridade religiosa no tempo de Cristo, e eram extremistas em suas interpretações sobre o que era permitido fazer no Sábado. A maneira como falaram do assunto dava a entender que os discípulos estavam trabalhando arduamente colhendo cereais no Sábado, e por essa transgressão eles foram confrontados pelos fariseus. Mas Lucas  explica o que fizeram os discípulos : “E sucedeu que, num dia de sábado, passava Jesus pelas searas; e seus discípulos iam colhendo espigas e, debulhando-as com as mãos, as comiam” (Lucas 6:1) Eles faziam isso porque estavam com fome (Mateus 12:1) e não porque estivessem fazendo uma colheita.

Os discípulos de Cristo não violaram o mandamento do Sábado

Os atos dos discípulos eram perfeitamente aceitáveis à luz das leis que Deus tinha dado à nação de Israel. Com efeito, Deus havia estabelecido permissões para se colher um punhado de grãos do campo de outra pessoa, assim como os discípulos estavam fazendo aqui (Deuteronômio 23:25). Deus até disse ao Seu povo para deixar porções dos campos sem colher para que os pobres e os viajantes pudessem comer o que fosse deixado (Levítico 19:9-10; 23:22).

Os discípulos estavam caminhando por um campo e, enquanto andavam, pegavam espigas, tirando-lhes a palha, e comiam os grãos. Esta ação requeria um esforço mínimo, e dificilmente poderia ser considerada como trabalho. No entanto, os fariseus, que tinham as regras mais rigorosas acerca do Sábado, entenderam que os discípulos estavam “ceifando” e “debulhando”, ações que se encontravam entre as trinta e nove categorias de trabalho proibidas nesse dia. Mas isso não violava o mandamento de Deus sobre o Sábado, e sim  as regras inventadas por homens. Desta maneira, os fariseus consideraram o comportamento dos discípulos como “ilícito no Sábado” e criticaram-nos por isso. 

A Lei de Deus permitia a misericórdia no Sábado

Jesus explicou que quando o rei Davi e seus seguidores fugiram famintos dos exércitos do rei Saul, eles comeram o pão que normalmente era consumido apenas pelos sacerdotes e, mesmo assim,  foram considerados inculpados perante os olhos de Deus (Marcos 2:25-26). Ele também realçou que até os sacerdotes, que servem no templo de Deus, trabalham no dia de Sábado, executando serviços de adoração e sacrifícios, mas Deus  os considera inocentes (Mateus 12:5).

Em ambos os exemplos, não houve transgressão do espírito e da intenção da lei, e ambas as circunstâncias foram, especificamente, permitidas por Deus para o bem do povo, disse Cristo. Ele mostrou que a lei de Deus possibilita a misericórdia, e que os fariseus estavam completamente errados ao passar por cima de tudo isso, até mesmo da misericórdia, por causa de suas rígidas normas.

Jesus disse que, por causa do ponto de vista distorcido dos fariseus, eles, na verdade, deturparam as coisas. Ele declarou: “O Sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do Sábado”. Por isso essa restrita visão legalista deles sobre o Sábado, o sétimo dia da semana, trouxe sofrimento, pois era carregada de centenas de normas e regulamentos sobre o que se podia ou não fazer nesse dia.

Contudo, Jesus mostrou o verdadeiro propósito do Sábado desde a sua criação: Deus criou esse dia para ser uma bênção, um tempo de genuíno descanso e afastamento dos labores normais, quanto mais dessas cargas intoleráveis. Era um tempo de alegria e não de sofrimento. Além disso, Ele disse que o Sábado foi criado para toda a humanidade e não somente para a nação de Israel.

Assim o Dicionário Bíblico Anchor resume o ensinamento de Jesus nesses versículos: “Às vezes diz-se que Jesus revogou ou suspendeu o mandamento do Sábado por causa das controvérsias acerca das curas e de outros atos dEle no dia de Sábado. Uma análise cuidadosa das respectivas passagens não parece dar credibilidade a esta interpretação.

“A ação dos discípulos de colher espigas no Sábado é particularmente importante neste assunto. Jesus profere uma declaração fundamental...‘O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado’ (Marcos 2:27). A ação dos discípulos de pegar o cereal infringia a halachá rabínica [conjunto de leis judaicas derivadas de costumes e tradições], detalhista e casuística [raciocínio baseado em casos], que proibia  colher, debulhar, crivar e moer no Sábado...

“Jesus reforma e restaura o Sábado à posição correta tal como designado na criação, onde o Sábado foi feito para toda a humanidade e não apenas especificamente para Israel, como é reivindicado pelo judaísmo normativo…durante a criação, a vontade de Deus era , que o Sábado cumprisse o propósito de servir de descanso e bênção para humanidade” (1992, Vol. 5, “Sabbath,” p. 855).

Nesse exemplo, vemos que Jesus Cristo compreendeu e explicou a verdadeira intenção do Sábado — ou seja, que foi criado para ser um dia de repouso dos afazeres cotidianos, sendo uma bênção e um benefício para toda a humanidade.

Outra cura no Sábado

Imediatamente depois da disputa com os fariseus porque os discípulos colheram espigas no Sábado, os registros dos Evangelhos dizem que Jesus se encontrou noutro confronto a respeito do que se podia ou não fazer no Sábado (Mateus 12:9-14; Marcos 3:1-6; Lucas 6:6-11). Os regulamentos dos fariseus eram tão absurdos que chegavam até a proibir uma pessoa de ajudar quem estivesse doente no Sábado, exceto se a vida deste estivesse em risco!

Durante o Sábado na sinagoga, Jesus viu um homem com uma mão atrofiada — uma incapacitação severa, mas não fatal. Então, Ele disse ao homem: “Levante-te e vem para o meio” (Marcos 3:3). Jesus estava irritado e angustiado porque as mentes insensíveis e endurecidas deles eram incapazes de entender as intenções mais fundamentais da lei de Deus. Então Jesus perguntou a todos os presentes: “É lícito no sábado fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida ou matar?”

Incapazes, ou não querendo responder, eles ficaram calados. Em frente a todos na sinagoga, Jesus curou a mão do homem, deixando-a “restaurada”. E, em vez de alegrarem-se pela bênção concedida ao homem, os fariseus “saíram e começaram a conspirar com os herodianos contra Jesus, sobre como poderiam matá-Lo” (Marcos 3:4-6, NVI).

Ao invés de aprenderem uma lição espiritualmente vital sobre a intenção e propósito do Sábado e o ministério de Jesus Cristo, os fariseus enfureceram-se porque Jesus ignorou as normas rigorosas deles. Em vez de ouvirem a mensagem de misericórdia e compaixão, eles conspiraram para matar o Mensageiro.

Longe de anular o Sábado, Jesus demonstrou que o Sábado é uma ocasião apropriada para ajudar e confortar aqueles que necessitam. O mandamento do Sábado não instruía ao povo sobre o que se devia fazer nesse dia, mas sim sobre o que não se devia fazer. Jesus esclareceu o que era aceitável a Deus: “Portanto, é lícito [dentro da lei de Deus] fazer bem nos sábados” (Mateus 12:12).

O legalismo farisaico tinha ido muito além do mandamento de Deus, que ordena não trabalhar, e criado miríades de regras que restringiam até mesmo as atividades básicas da vida — algo que jamais foi intenção de Deus. Ademais, esses regulamentos dos fariseus davam mais prioridade a emergências tais como tirar uma ovelha de uma cova no Sábado (versículo 11). Jesus declarou que o Sábado era um dia em que se deveria praticar o bem.

Alguns, que se opõem à observância do Sábado, consideram a declaração de Cristo de que “é lícito fazer bem nos sábados”, como algo que acaba com qualquer distinção de dias para repouso ou para outros propósitos religiosos. Contudo, para se deduzir que Jesus anulou o propósito do Sábado pelo ensinamento de que ‘é lícito fazer bem nesse dia’, então, seria preciso aceitar que, a princípio, era ilegal praticar o bem nesse dia. Entretanto, esse não é o caso. Frequentemente, Ele admoestava aqueles que O criticavam, dizendo que fazer o bem no Sábado era especificamente permitido (Mateus 12:12; Marcos 3:4; Lucas 6:9). O Sábado é um dia que Deus nos deu para repouso e adoração, mas isto não impede que se faça o bem nele.

Os atos de cura de Jesus no dia de Sábado também prenunciavam algo muito maior — as curas miraculosas que vão ocorrer na era Messiânica, quando Ele reinar sobre o mundo. Isaías profetiza a respeito desse tempo: “Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão. Então o coxo saltará como o cervo, e a língua do mudo cantará de alegria” (Isaías 35:5-6).

As ações do Salvador no Sábado são lembranças desse tempo vindouro de paz, restauração e cura para toda a humanidade.

Jesus cura uma mulher encurvada no Sábado

Lucas registra outro incidente com uma pessoa que tinha uma doença crônica e que foi curada por Jesus no Sábado dentro da sinagoga. E era “uma mulher que tinha um espírito de enfermidade havia já dezoito anos; e andava encurvada, e não podia de modo algum endireitar-se” (Lucas 13:11). Chamando-a, Ele impôs as Suas mãos sobre ela, e “imediatamente ela se endireitou, e glorificava a Deus” (versículo 13).

Os espectadores, sabendo que Jesus acabara de violar aquela exígua e restritiva proibição que era contra ajudar a uma pessoa doente, salvo se a situação fosse de risco de morte, ficou espernado para ver o que aconteceria a seguir. Mas não tiveram que esperar muito. “O chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que se deve trabalhar; vinde, pois, nesses dias para serdes curados e não no sábado” (versículo 14, ARA).

Jesus Cristo não aceitou essa atitude. “Hipócritas!”, Respondeu Ele: “No sábado, qualquer um de vocês vai à estrebaria e desamarra o seu boi ou o seu jumento a fim de levá-lo para beber água. E agora está aqui uma descendente de Abraão que Satanás prendeu durante dezoito anos. Por que é que no sábado ela não devia ficar livre dessa doença?” Sua resposta fez sentido à multidão. “Os inimigos de Jesus ficaram envergonhados com essa resposta, mas toda a multidão ficou alegre com as coisas maravilhosas que Ele fazia” (versículo 17, BLH).

Aqui, Jesus realça que o Sábado representa um tempo de libertação, de saída da escravidão, como vimos em Deuteronômio 5: 12-15, e isso nos ajuda a compreender melhor a intenção de Deus acerca da observância do Sábado. Pois, até mesmo os rigorosos regulamentos dos fariseus permitiam que se alimentasse e desse de beber aos animais no Sábado. Se cuidar das necessidades básicas da vida de animais não viola o Quarto Mandamento, então ainda mais apropriado seria “dar liberdade” a um ser humano, curando-o no Sábado! 

O exemplo de Jesus lembra-nos que o Sábado é uma boa ocasião para se visitar os enfermos e os idosos, ajudando-os a celebrar esse dia como um tempo de liberdade. Como Jesus já havia proclamado, que Ele veio para “...curar os quebrantados do coração, apregoar liberdade aos cativos” (Lucas 4:18-19) — referindo-se à gloriosa independência e liberdade da escravidão espiritual, que será Sua marca, ao governar como o Messias.

Jesus cura um homem no Sábado

A seguinte menção do Sábado, durante o ministério de Cristo, aparece em Lucas 14. E isso ocorreu na casa de um proeminente fariseu, onde Jesus tinha ido participar de uma refeição no Sábado.

Um homem com um problema crônico de saúde veio até Jesus. Então, Ele perguntou diretamente aos doutores da lei e aos fariseus: “É lícito curar no sábado, ou não?” Ninguém respondeu. Jesus, então, curou o homem, que logo saiu daquela reunião tensa (versículos 2-4).

“Qual de vós, se lhe cair num poço um filho, ou um boi, não o tirará logo, mesmo em dia de sábado?” Perguntou Jesus. Mas eles não responderam (versículos 5-6). Questões como estas foram debatidas, ao longo dos anos, entre os mestres religiosos judeus, e até eles reconheceram que o mandamento do descanso não incluía ignorar situações de emergência em que vidas estivessem em risco.

A forma como Cristo abordava essas situações era que quando surgisse uma oportunidade de libertar alguém de um sofrimento, então era preciso agir. Em Seu mandamento do Sábado, Deus nunca teve a intenção de proibir fazer o bem nesse dia. Jesus conhecia intimamente a lei de Deus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Levítico 19:18). Tiago e Paulo compreenderam que o amor era a finalidade e o cumprimento da lei de Deus (Tiago 2:8; Gálatas 5:14).

O exemplo de Jesus mostrou que todos os dias devem ser vividos no espírito e no propósito da lei de Deus, que é amor.

Jesus cura um inválido no Sábado

O quinto capítulo do Evangelho de João registra uma cura no Sábado que não é referida nos outros Evangelhos, e que acrescenta  outra dimensão às atividades de Cristo no Sábado. Nessa ocasião, Jesus curou um homem que esteve inválido por 38 anos. E Jesus disse ao homem: “Levanta-te, toma tua cama e anda” (versículo 8).

Naquele mesmo instante o homem foi curado, pegou sua cama e estava indo embora quando alguns judeus o repreenderam por carregar a cama. “Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito”, advertindo-o para que não fizesse aquilo. “Ele, porém, lhes respondeu: Aquele que me curou, esse mesmo me disse: Toma o teu leito e anda” (versículos 10 e 11).

Depois de saber que foi Jesus quem curou o homem, e que lhe tinha dito para transportar a sua cama, eles “perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado” (versículo 16). O ponto de vista deles sobre o Sábado era tão distorcido que davam mais atenção às suas normas irrelevantes, sobre o que não se podia carregar no Sábado, do que à maravilhosa cura de uma pessoa afligida por trinta e oito anos!

A resposta de Jesus à acusação deles sobre infringir o Sábado deixou Seus acusadores ainda mais revoltados. Jesus respondeu-lhes: “Mas Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (versículos17-18).

Obviamente, o que Jesus Cristo infringiu não foi o mandamento do Sábado, mas as normas restritivas dos fariseus em relação ao que eles pensavam ser permitido no Sábado. Jesus Cristo não podia ter transgredido o Sábado, pois Ele mesmo já havia pronunciado uma maldição quanto a essa transgressão: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus...” (Mateus 5:19).

Mas qual foi o propósito de Cristo ao dizer: “Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também”? A obra Bíblia de Aplicação na Vida [The Life Application Bible], comenta o seguinte sobre esse versículo: “Se Deus interrompesse todo tipo de trabalho no Sábado, a natureza se tornaria um caos, e o pecado invadiria o mundo. Gênesis 2:2 diz que Deus descansou no sétimo dia, mas isso não quer dizer que Ele parou de fazer bem. Jesus quis ensinar que quando uma oportunidade surge para se fazer bem, então ela não deve ser ignorada, nem mesmo no Sábado”.

Deus fez o Sábado como um dia de descanso para a humanidade e não para Si mesmo. Deus repousou de Seu trabalho no sétimo dia ao criar o mundo, para nos mostrar que também devemos repousar de nosso trabalho normal. Mas Deus continua fazendo alguns trabalhos sem cessar: Ele trabalha dia e noite, sete dias na semana, para trazer a humanidade para o Seu Reino. Ele trabalha no Sábado para ajudar as pessoas a crescerem espiritualmente. Ele trabalha constantemente para criar uma relação íntima e pessoal com o Seu povo.

Segundo os Evangelhos, Jesus curou mais pessoas no Sábado do que em qualquer outro dia. Ele ensinou e pregou no Sábado. E por causa disso, Ele estava pecando? Não. Tudo isso fazia parte da obra de Deus para ajudar as pessoas a compreender e, finalmente, entrar no Reino de Deus e, por conseguinte, se tornarem perfeitamente aceitáveis a Deus.

A Circuncisão e o Sábado

Em João 7:24, Jesus resume o que deveria ser óbvio para aqueles que O criticavam por fazer curas aos Sábados: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”. O ponto de vista intolerante e limitado dos fariseus estava focado mais na aparência externa do que em qualquer outra coisa. Jesus reprovava-os pela importância que davam às coisas físicas, enquanto negligenciavam assuntos mais importantes como a justiça, a misericórdia e a fé (Mateus 23:23).

Para ilustrar a que extremo os fariseus levavam as suas opiniões, Jesus serviu-se do exemplo da circuncisão. Ele apontou que a circuncisão, um sinal da aliança entre Deus e a nação de Israel, podia ser feita no Sábado sem assim transgredi-lo. E se essa modificação de uma das 248 partes do corpo (segundo o cálculo judaico) pode ser feita no Sábado, então, Ele argumentou: “Por que vocês ficam cheios de ira contra mim por ter curado completamente um homem no sábado?” (João 7:22-23, NVI).

A incoerência deles em permitir o ritual da circuncisão nesse dia, enquanto declaravam ser ilegal demonstrar compaixão para com os que precisavam ser  curados, significava desprezar friamente a intenção da lei de Deus. “Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos” (João 7:24, NVI), admoestou Cristo a Seus depreciadores.

Em vez de defender a lei de Deus com suas normas e regulamentos adicionais, sua visão distorcida dos mandamentos de Deus levou-os a infringir a lei, segundo o que disse Jesus (Mateus 23:3; Marcos 7:6-9).“Nenhum de vós observa a lei” (João 7:19), disse-lhes Jesus, reprovando-os por causa das interpretações distorcidas da lei de Deus. Eles não estavam guardando corretamente a lei, e, por isso, Jesus restaurou o entendimento e a prática corretos da lei.

Jesus cura um cego no Sábado

Jesus usou esse incidente da cura de um cego no Sábado para proclamar, por duas vezes, a Sua identidade messiânica. Falando aos Seus discípulos, Ele disse: “Convém que Eu faça as obras daquele que Me enviou, enquanto é dia… Enquanto estou no mundo, Sou a luz do mundo” (João 9:4-5, ACF). Então, curou o homem de sua cegueira.

Os fariseus aproximaram-se do homem que acabara de ser curado e o interrogaram e também o intimidaram. E disseram: “O homem [Jesus] que fez isso não é de Deus porque não respeita a lei do sábado” (versículo 16, BLH). Mas o homem argumentou: “— Que coisa esquisita! Vocês não sabem de onde Ele é, mas Ele me curou...Se esse homem não fosse enviado por Deus, não teria podido fazer nada” (versículos 30 e 33, BLH).

Irados ao ver sua autoridade ser questionada e suas opiniões serem desafiadas, eles “expulsaram-no” (versículo 34), excomungando o homem da sinagoga. Eles o  condenaram como herege, afastando-o da família e dos amigos.

Jesus procurou o homem e perguntou-lhe: “Crês tu no Filho de Deus?”

O homem replicou: “Quem é Ele, Senhor, para que nEle creia?”

Cristo respondeu-lhe: “Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo”. Assim, o homem aceitou Jesus como o Filho de Deus. Então, Cristo disse: “Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem sejam cegos” (versículos 35-39, BLH).

Mais uma vez, Jesus Cristo deixou bem claro que Ele era o Messias, o verdadeiro Filho de Deus. Nesse incidente, Jesus continuou a ensinar, como em outras ocasiões  no Sábado, a respeito de Sua obra redentora da humanidade.

Jesus mudou a lei?

Esses registros, testemunhados nos quatro Evangelhos, resumem as atividades específicas de Cristo no Sábado. Conforme dito anteriormente, alguns só vêem o que querem ver nesses versículos — a suposta prova de que Jesus Cristo transgrediu o Quarto Mandamento. Contudo, como provam as Escrituras, Jesus nunca fez isso. Ele ignorou as regras equivocadas e restritivas dos líderes religiosos acerca do Sábado, mas nunca invalidou os mandamentos de Deus. Se tivesse feito isso, Ele teria pecado (1João 3:4), mas Jesus nunca pecou. Ele viveu uma vida impecável e, por isso, pôde ser o nosso sacrifício perfeito, o Salvador da humanidade (1Pedro 2:22; Efésios 5:2; 1 João 4:14).

Seria impensável para Jesus desobedecer aos mandamentos de Deus. Ele disse sobre Si mesmo: “O Filho por si mesmo nada pode fazer, senão o que vir o Pai fazer; porque tudo quanto Ele [Deus Pai] faz, o Filho o faz igualmente” (João 5:19).

E o que Jesus fez? Em Suas próprias palavras, Ele fez exatamente o que o Pai faria. Não obstante, há quem pense, erroneamente, que Ele veio para destruir a santa lei de Deus e excluí-la como padrão de guia e comportamento para a humanidade.

“Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo, e o Meu juízo é justo, porque não busco a Minha vontade, mas a vontade do Pai, que Me enviou” (João 5:30). A motivação de Cristo era agradar ao Pai. O desejo do Pai era muitíssimo importante para Ele.

“A Minha comida é fazer a vontade Daquele que Me enviou e realizar a Sua obra”, disse Jesus a Seus discípulos (João 4:34). Esta era a Sua motivação e razão de viver — fazer a vontade de Deus Pai. Através do ensino de Cristo nos Sábados, durante o Seu ministério terreno, Ele revelou a vontade de Deus e esteve determinado a concluir a obra de Deus, independente de sofrer oposição e perseguição, e isso, enfim, O levou a ser torturado e morto de forma cruel.

A inequívoca declaração de Jesus Cristo

O próprio Jesus rejeitou claramente essa ideia de que Ele tinha a intenção de mudar ou abolir o Sábado ou qualquer parte da lei de Deus. Ele disse: “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir” (Mateus 5:17).

A palavra grega pleroo, traduzida como “cumprir”, quer dizer “preencher”, “completar” (Léxico Grego de Thayer “Cumprir”). Em outras palavras, Jesus disse que veio para completar a lei e torná-la perfeita. Como? Demonstrando a intenção e a aplicação espiritual da lei de Deus. E esse significado é muito claro no restante do capítulo, onde Ele mostra a intenção espiritual de determinados mandamentos.

Alguns distorcem o significado de “cumprir”, afirmando que Jesus disse: “Eu não vim para destruir a lei, mas para acabar com ela ao cumpri-la”. Entretanto, isso é completamente incoerente com as Suas próprias palavras. Ao longo do restante do capítulo, Ele demonstrou que a aplicação espiritual da lei tornava-a um padrão ainda mais elevado de comportamento e pensamento, e não que ela fora anulada ou que já não era necessária.

Jesus deixou isso bem claro ao dizer que não estava abolindo nenhuma parte da lei de Deus: “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido” (versículo 18). Aqui, outra palavra grega é usada significando “cumprir”— ginomai, que quer dizer “tornar-se”, “vir a ser” ou “vir a acontecer” (Léxico Grego de Thayer). Então, o que Cristo disse foi que somente depois de tudo que é necessário deixar de existir é que qualquer ínfima parte da lei de Deus poderá deixar de existir também.

E, prevenindo-se de qualquer mal entendido, Ele advertiu àqueles que tentassem abolir a lei de Deus: “Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus” (versículo 19).

Jesus, ao explicar, expandir e exemplificar a lei de Deus, cumpriu uma profecia do Messias que se encontra em Isaías 42:21: “Foi do agrado do SENHOR, por amor da Sua própria justiça, engrandecer a lei e fazê-la gloriosa” (ARA). A palavra hebraica gadal, aqui traduzida como “engrandecer”, quer dizer literalmente “ser ou tornar-se grande” (Estudo das Palavras do Antigo Testamento de Wilson, “Engrandecer”). E Jesus Cristo fez exatamente isso ao mostrar o verdadeiro propósito e âmbito do Sábado de descanso do Senhor.

Seguir o exemplo de Cristo

Quando Lhe perguntaram “qual é o primeiro de todos os mandamentos”, Jesus Cristo respondeu: “O primeiro é: Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Amarás, pois, ao SENHOR teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças” (Marcos 12:28-30).

Aqui, Jesus recitou o maior mandamento do Antigo Testamento (Deuteronômio 6:4-5). Aqueles que observam o Sábado bíblico, sempre se esforçam para obedecer a esse mandamento, colocando Deus em primeiro lugar em suas vidas e guardando o Seu mandamento do Sábado. E também seguirão a instrução de Cristo: “Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, este é o que Me ama” (João 14:21).

Jesus Cristo é o nosso Senhor e Mestre (Filipenses 2:9-11). Ele proclamou ser “Senhor também do sábado” (Marcos 2:28, ARA). Por isso, devemos seguir o Seu exemplo, observando o Sábado — e todos os mandamentos de Deus — da maneira como Ele os ensinou e viveu (1 João 2:6).