Convidado Para Uma Aliança Com Deus!

Quanto mais nós, humildes seres humanos, entendermos a verdadeira religião de Deus em comparação com todas as outras religiões, mais ficaremos impressionados com o que nosso Criador nos oferece! Obviamente, a verdadeira religião de Deus é aquela baseada precisamente em Sua revelação à humanidade — a Bíblia.
O Salmos 103 lista muitos dos magníficos benefícios que Deus nos oferece. O amor, a misericórdia e a generosidade de Deus são surpreendentes! O rei Davi ponderou: “Quando olho para o céu, que Tu criaste, para a lua e para as estrelas, que puseste nos seus lugares — que é um simples ser humano para que penses nele? Que é um ser mortal para que Te preocupes com ele?” (Salmos 8:3-4, BLH).
O mais surpreendente disso é como Deus, humildemente, nos oferece uma aliança em que Ele se compromete a cuidar de nós amorosamente — agora e no futuro — contanto que permaneçamos fiéis a Ele e continuemos a nos arrepender quando erramos.
Será que damos o devido valor ao significado de viver em aliança com Deus?
Primeiras alianças bíblicas
As alianças aparecem frequentemente na Bíblia. A palavra “aliança” aparece mais de trezentas vezes na Bíblia! O Antigo Testamento revela várias alianças, especialmente aquelas que Deus fez com os patriarcas.
Mas o que é uma aliança? Geralmente é um contrato ou acordo legal formal entre duas ou mais partes, que especifica o que cada participante concorda em fazer ou oferecer, detalhando promessas e responsabilidades.
Mas como Deus tem todo poder e autoridade, o que O impede de descumprir Suas alianças e rever Suas promessas? O caráter santo e puro dEle, que inclui o fato de Ele nunca mentir e sempre cumprir Suas promessas. E a Bíblia confirma isso continuamente!
Uma das alianças que Deus fez com o ser humano foi a Aliança do Sábado, em que Deus disse que Seus sábados seriam uma “aliança perpétua” e um “sinal” entre Ele “e os filhos de Israel para sempre” (Êxodo 31:16-17). E ainda hoje o sábado continua sendo um sinal importante que ajuda a identificar o povo de Deus.
Antes do ministério de Jesus Cristo, a adoração judaica continuava sob os termos da aliança mais ampla que Deus havia feito com a nação de Israel no Monte Sinai, conhecida como Aliança do Sinai ou Antiga Aliança — Hebreus 8:13 a declara como “antiga” ao introduzir a nova aliança.
Este artigo enfoca mais na nova aliança que Jesus Cristo, o “Mediador de uma nova aliança”, introduziu e instituiu (Hebreus 12:24). Para entender completamente a nova aliança e as diversas alegações controversas sobre ela, recomendamos nosso guia de estudo bíblico gratuito “A Nova Aliança: Será que a Lei de Deus foi Abolida?”.
A antiga aliança era valiosa e maravilhosa de inúmeras maneiras. Na verdade, tudo o que Deus ensinou com a antiga aliança — inclusive os Dez Mandamentos e muitos outros princípios — serve como a fundação essencial e introdução para a nova aliança (ver artigo complementar “Tábuas de Pedra”). Até mesmo os vários “sacrifícios de sangue” — o sacrifício de animais pelo derramamento de seu sangue — eram muito significativos por terem sido proféticos e simbólicos quanto à morte e o derramamento do sangue de Jesus Cristo.
A antiga aliança estabeleceu um relacionamento especial entre Deus e Seu povo, no qual Deus se comprometia a cuidar da nação de Israel enquanto esta fosse fiel a Ele. Deus ofereceu bênçãos incríveis aos israelitas que continuassem obedientes.
Na verdade, Deus não seria apenas Rei e Governante de Israel, pois Ele se referiu a esse relacionamento pactual com Seu povo como um casamento dizendo, em termos espirituais, que os havia “desposado” (Jeremias 31:32). Mas eles romperam seriamente essa aliança (mesmo versículo). Deus via a nação de Israel — posteriormente dividida nos reinos de Israel e Judá — como uma esposa infiel que cometeu adultério com falsos deuses e potências políticas estrangeiras.
Hebreus 8:7-8 explica que a “falha” da antiga aliança não estava nas regras entregues por Deus, mas na incapacidade do povo de continuar seguindo Seus caminhos fielmente devido à sua fraqueza espiritual. Eles não tinham um “coração disposto” a crer, confiar e obedecer a Deus (ver Deuteronômio 5:29; 9:24). A antiga aliança também não continha a oportunidade para o perdão definitivo dos pecados, o recebimento do Espírito Santo de Deus para capacitar a obediência e a concessão da vida eterna.
Uma aliança melhor — que proporcionava perdão e ajuda para obedecer
Deus disse que finalmente faria uma “nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá” (Jeremias 31:31, Almeida Revista e Atualizada). Essa era “uma melhor aliança... confirmada em melhores promessas” (Hebreus 8:6, ACF). Então, sob os termos dessa aliança, Deus não aboliria Suas leis, como muitos imaginam, mas as escreveria nos corações e mentes de Seu povo, além de perdoar suas transgressões e esquecer-se de seus pecados (Jeremias 31:33-34).
Esse seria um novo contrato de casamento. Uma das parábolas de Jesus compara o Reino de Deus com um casamento (Mateus 22:1-14). Apocalipse 19:6-9 revela que a Igreja se casará com Jesus Cristo assim que Ele voltar! Efésios 5:22-33 enfatiza o paralelo entre o casamento humano e o casamento da Igreja com Cristo. A Igreja, como uma Israel renovada, é precursora do relacionamento que Deus pretende ter com o restante de Israel e com todas as pessoas de outras nações que vão se submeter a Ele e fazer parte desse Reino.
Jesus iniciou essa nova aliança com Israel entre Seus discípulos, oferecendo-lhes um cálice de vinho na noite anterior à Sua morte, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no Meu sangue” (1 Coríntios 11:25, Almeida Revista e Atualizada). O preço de Sua noiva espiritual seria alto, pois somente Seu sangue real derramado na morte poderia prover expiação pelo pecado.
E essa aliança depende do perdão total de Deus! Uma parte fundamental do plano de salvação de Deus é Sua disposição em perdoar os pecados das pessoas. Quando uma pessoa chamada por Deus é batizada, todos os pecados de sua vida passada são perdoados, independentemente do quão perversos tenham sido (Atos 2:38).
Citando Deus, Paulo disse: “Esta é a Minha aliança com eles, quando Eu tirar os seus pecados” (Romanos 11:27, Almeida Revista e Atualizada).
Quando a Bíblia menciona o perdão de Deus, ela se refere ao perdão total. Também citando Deus, Isaías disse: “Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve...” (Isaías 1:18). Assim que Deus nos perdoa, Ele nos considera puros e sem pecado!
Um salmo de Davi diz: “Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade... Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniquidades. Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a Sua misericórdia para com os que O temem. Quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Salmos 103:8-12).
Essa graça, misericórdia e perdão impressionantes estão fundamentados na disposição de Jesus Cristo de sofrer e morrer para pagar a pena de nossos pecados.
Mas para manter a harmonia desse nosso relacionamento pactual com Deus, precisamos viver pelo “manual de instruções divino”, a Bíblia, e arrepender-se e pedir perdão a Deus sempre que pecarmos (ver Lucas 4:4; 1 João 1:9). A Bíblia menciona inúmeras pessoas que cometeram grandes pecados, mas que acabaram sendo perdoadas por Deus após se arrependerem. Sem dúvida, a graça é maravilhosa!
Por favor, entenda que a exigência de Deus para vivermos em obediência a Ele não promove a salvação pelas obras. Nunca poderíamos ganhar a salvação! Contudo, os mandamentos de Deus definem o caráter divino, então precisamos desejar fervorosamente ter um caráter cada vez mais parecido com o caráter de Deus. A graça de Deus não é uma “graça barata” — uma graça falsa que promove a permissão para continuar pecando (ver Judas 4).
Além disso, não podemos alcançar isso sozinhos. Precisamos da ajuda e do poder de Deus. A nova aliança oferece o dom interior do Espírito Santo, novamente descrito como ter as leis de Deus escritas em nossos corações e mentes em vez de em tábuas de pedra. Isso nos proverá o coração necessário para permanecermos fiéis. E através do arrependimento e do batismo nos comprometemos com esse processo para então receber o dom do Espírito (Atos 2:38).
Entretanto, devemos entender que permanecer fiéis não significa não pecar mais nesta vida. Nenhum ser humano, exceto Jesus Cristo, viveu uma vida completamente sem pecado. Às vezes, os cristãos convertidos ainda cometem pecados (ver Romanos 7; 1 João 1:8). Felizmente, sob os termos da nova aliança, Deus perdoa aqueles que se arrependem sinceramente, considerando-os sem pecado por meio do sacrifício de Cristo. Ademais, Ele nos ajuda a crescer em conversão espiritual e obediência pelo resto de nossas vidas, se continuarmos nos rendendo a Ele.
Aceitando o “jugo” de Cristo
E ao contemplar esse relacionamento pactual, fica claro a enorme e destoante diferença do que Deus nos oferece e o que podemos oferecer a Ele! E para ilustrar isso, imagine alguém prometendo lhe dar um milhão de dólares toda semana se você simplesmente podar o jardim dele! Um absurdo, não é mesmo?!
Entretanto, o que Deus nos oferece é muito mais extraordinário do que isso! Ele oferece “grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina” (2 Pedro 1:4). Ele nos oferece vida eterna como seres espirituais glorificados em Sua família e Reino divinos!
E o que Deus requer de nós? Ele não requer, como exigem muitas religiões, uma vida de ascetismo e extrema autonegação. Em vez disso, devemos “amar a Deus e guardar os Seus mandamentos...e os Seus mandamentos não são pesados” (1 João 5:2-3). E Ele até nos ajudará a fazer isso e nos perdoará quando nos arrependermos ao tropeçarmos. O resultado disso é sermos abençoados com vidas felizes e saudáveis, cheias de amor, alegria, paz e outros aspectos do caráter divino (Gálatas 5:22-23).
Aliás, Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10:10-11). Nosso Bom Pastor dá a vida por nós — as ovelhinhas fracas — enquanto, comparativamente, temos muito pouco a oferecer a Ele!
Uma aliança pode ser comparada como uma forma de união para alcançar um objetivo em conjunto, assim como animais se unem para puxar um arado. Surpreendentemente, a aliança de Deus retrata nosso ser unido a Jesus Cristo em uma parceria, uma equipe! Obviamente, Cristo é quem detém o verdadeiro poder dessa equipe!
Observe o que Jesus disse para nos encorajar nessa responsabilidade: “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve” (Mateus 11:29-30).
Quando Jesus disse que o Seu jugo é suave, Ele se referia à nossa parte em carregá-lo. Jesus carregou a dificuldade e o peso desse jugo! Cristo se sacrificou por nós de inúmeras maneiras e ainda continua nos ajudando!
A vida humana não é fácil, pois padecemos com a atração da natureza humana egoísta e estamos rodeados de muitas tentações e, às vezes, sofremos perseguições no mundo de hoje, que ainda é governado por Satanás, o diabo. Jesus alertou que a porta é estreita e o caminho é difícil para quem busca a vida eterna (Mateus 7:13-14).
Lembre-se sempre desta promessa do apóstolo Paulo: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Coríntios 10:13).
Ao alertar Seus seguidores, atuais e futuros, sobre as diversas provações, tentações e perseguições que viriam, Jesus os confortou dizendo: “Aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mateus 10:22). Contudo, Ele nos garantiu a vitória, desde que continuás semos nos aproximando de Deus através dEle.
A verdadeira religião de Deus é única
Compare a religião bíblica com qualquer outro sistema de adoração. O deus de algumas religiões não oferece benefícios, apenas ameaças de punições, talvez evitadas por meio de apaziguamento. E noutras religiões, uma divindade pode conceder alguns benefícios de forma caprichosa, pois seus adeptos não têm nenhuma garantia de recebê-los sempre. Esse tipo de deus pode ser visto como alguém que concede algo para melhorar sua própria reputação, e não por um cuidado genuíno com seus adoradores. O deus das religiões pagãs não ama as pessoas nem pede que elas o amem — apenas que obedeça, sirva e adore.
Em contrapartida, o Deus verdadeiro tem um amor humilde e sacrificial que ultrapassa a nossa compreensão! Considere o fato de que a Bíblia é o livro do amor divino, pois expressa o amor de Deus pelas pessoas e como elas precisam aprender a amá-Lo!
O ponto principal é que o deus de nenhuma outra religião oferece uma aliança que o obrigue a cuidar bem do povo para sempre — mesmo que esse povo permaneça fiel a ele. E até mesmo nas histórias de religiões pagãs sobre deuses que morrem e redimem, não há menção a um deus que se sacrifica voluntariamente pelas pessoas — certamente nada acerca de um sacrifício tão monumental como Deus Pai sacrificando Seu Filho e Jesus Cristo sacrificando a Si mesmo!
Obviamente, Deus Pai e Jesus Cristo desejam fervorosamente compartilhar Sua alegria com os outros! E para conseguir isso, Eles têm um grande plano mestre de salvação para construir Sua família divina, que, como vimos, compartilhará da gloriosa natureza dEles! Mas como será isso? O rei Davi escreveu: “Na tua presença há abundância de alegrias; à Tua mão direita há delícias perpetuamente” (Salmos 16:11).
Deus está chamando relativamente poucos nesta era para entender e viver de acordo com Seus caminhos hoje — como primícias de uma grande colheita espiritual da humanidade dessa salvação que Deus, enfim, oferecerá a todos (comparar Tiago 1:18; 2 Pedro 3:9).
E se você já faz parte do povo espiritual de Deus, a Noiva de Cristo, que aceitou os termos dessa nova aliança, alegre-se e permaneça fiel! Mas se ainda não faz parte desse povo chamado, volte-se para Deus de todo o coração e busque esse magnífico relacionamento pactual com Deus e Jesus Cristo!
Aprofundando o Tema
E para compreender mais essa relação pactual que Deus nos oferece e o que Ele espera de nós sob os termos dessa aliança, peça ou baixe nosso guia de estudo bíblico "A Nova Aliança: Será que a Lei de Deus Foi Abolida?". Ademais, para orientá-lo a se preparar para entregar sua vida a Deus, peça também "O Caminho para a Vida Eterna". Ambos estão disponíveis gratuitamente.