O Que Há de ‘Novo’ na Nova Aliança?

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No Novo Testamento, a palavra grega traduzida como "nova" em "nova aliança" é, com uma exceção, kainos. Ela significa “‘nova’ quanto à forma ou qualidade, de uma natureza diferente do que é contrastada com a antiga” (Dicionário Expositivo Completo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento de Vine, de 1985, "Nova", ênfase adicionada).

Somente em Hebreus 12:24 é usada uma palavra grega diferente, neos, para "nova" em "nova aliança". “Neos significa ‘novo’ em relação ao tempo, o que é recente; é usado para a palavra jovem, e assim traduzido, especialmente em grau comparativo ‘mais jovem’; consequentemente   neos pode ser uma reprodução do antigo em qualidade ou caráter” (ibidem, grifo nosso).

De modo algum a palavra grega traduzida por "novo" sugere que todo aspecto da Antiga Aliança do Sinai foi substituída. Ela apenas indica que a aliança mais recente foi aprimorada e melhorada em qualidade quanto à aliança original.

A Nova Aliança, sem dúvida, proporciona um melhor relacionamento com Deus do que o relacionamento retratado, apenas simbolicamente, na aliança anterior. Para garantir este relacionamento melhor, algumas novas características foram adicionadas à "nova" (ou qualitativamente melhorada) aliança e algumas características obsoletas foram substituídas. Mas características comuns em ambas as alianças permanecem inalteradas e imutáveis.

Essa nova relação somente está disponível através de Jesus Cristo, nosso novo Sumo Sacerdote e nosso verdadeiro sacrifício pelo pecado. A morte de Cristo, ao pagar pelos pecados da humanidade, abriu a porta para todos os que de boa vontade se arrependam para receberem o Espírito Santo de Deus e serem aceitos por Deus como Seus filhos e filhas. Como nosso Sumo Sacerdote permanente, Jesus substitui o sumo sacerdote que era apenas um descendente humano de Moisés, seu irmão Arão.

A "nova" aliança de Deus também oferece promessas imensamente melhores. No entanto, ela abandona nenhum dos princípios espirituais que refletem eternamente a mente e o caráter de Deus. Esses princípios são explicados, com precisão e de forma clara, nas escrituras do Antigo Testamento. Jesus e todos os Seus apóstolos, inclusive Paulo, usaram estas Escrituras como sua autoridade para os verdadeiros ensinamentos de Deus (Mateus 4:4; Atos 17:2; Romanos 1:1-2, 2 Timóteo 3:14-17).