O Brutal Ataque Terrorista a Israel

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Como em toda cidade grande, em Jerusalém é normal ouvir sirenes a qualquer hora do dia. Mas aquilo foi diferente. Em vez de pararem após um ou dois minutos, essas sirenes continuaram soando e perturbando a paz da manhã daquele sábado.

Ao abrir a janela do meu quarto de hotel para tentar entender o que estava acontecendo, ouvi cerca de uma dezena de explosões abafadas em menos de um minuto. Eu tinha visto notícias suficientes para saber imediatamente do que se tratava — as sirenes alertavam os moradores de Jerusalém sobre uma onda de mísseis vindos da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, e aquelas explosões eram o sistema defensivo Domo de Ferro de Israel interceptando e explodindo aqueles mísseis antes que pudessem atingir a cidade.

Uma experiência surreal

Eu e minha esposa estávamos em Jerusalém com um grupo de 178 membros para celebrar a Festa bíblica dos Tabernáculos e o Último Grande Dia. Durante os sete dias anteriores, visitamos muitos locais bíblicos e comemoramos o futuro reinado milenar de Jesus Cristo, representado por essa Festa. Nessa ocasião, nosso grupo foi guiado a um abrigo antiaéreo no subsolo, onde realizaríamos nosso último culto.

Um dos hinos que cantamos, “Ó Soberano das Nações”, foi particularmente comovente. Algumas estrofes clamam pelo livramento das “bombas que derramam destruição durante a noite” e também pela “libertação do medo da espada e do pavor da intensificação da guerra”.

Na maior parte do tempo, estivemos numa espécie de blecaute de notícias devido ao que geralmente é descrito como “nevoeiro da guerra”. Contudo, sabíamos que a  situação era grave e que a maioria das pessoas de nosso grupo se apressou para atravessar a fronteira da vizinha Jordânia para regressar por Amã ao invés de arriscar o cancelamento dos voos que partiam do aeroporto de Israel. Essa decisão se mostrou acertada, pois apenas alguns conseguiram viajar naquela noite. Outros acabaram retidos em Tel Aviv ou Jerusalém durante vários dias, e sem ter para onde ir.

Porém, não tínhamos ideia de que, ao longo do dia, mais de 1.300 homens, mulheres e crianças israelitas haviam sido massacrados, violentados e desmembrados por fanáticos terroristas islâmicos do Hamas, que invadiram grandes áreas do sul de Israel num ataque chocante e brutal. Entre as vítimas estavam dezenas de crianças pequenas e bebês e pelo menos uma mulher idosa cadeirante. Além disso, mais de 260 jovens foram assassinados em um festival de música eletrônica ao ar livre. Mais de 3.300 pessoas foram feridas, e muitas outras estavam em estado grave.

Uma longa história de violência

Esse não foi o meu primeiro contato com episódios de derramamento de sangue no Oriente Médio. Em outra viagem, eu e o escritor e apresentador do programa Beyond Today, Darris McNeely, passamos um tempo em Israel antes de cruzar a fronteira até Amã e regressar para casa. E em nossa última noite em Amã, fomos acordados por um funcionário do hotel batendo na porta de nosso quarto gritando: “Acordem! Saiam! Precisamos evacuar!

Fomos levados às pressas até uma escadaria e conduzidos a um terreno baldio próximo dali ao relento daquela noite fria. Ali, enquanto o hotel estava sendo revistado, finalmente descobrimos que homens-bomba haviam detonado seus coletes explosivos em três hotéis próximos, matando e mutilando centenas de pessoas inocentes. Muitas das vítimas estavam em uma festa de casamento, que logo se transformou numa tragédia nacional.

Para muitos de nós, essa insensata crueldade é incompreensível. Porém, há décadas Israel e os seus vizinhos têm sofrido com essa barbárie. Mas o que está por trás desses atos de selvageria?

Embora a guerra e os assassinatos sejam tão antigos quanto a raça humana, essa região tem um longo histórico de brutalidade, com cidades-estados e impérios lutando por seu domínio. A própria Bíblia registra a ascensão e queda dos impérios egípcio, israelita, assírio, babilônico, persa, grego e romano, que dominaram essa área em determinados períodos da história.

Mas quando ocorreu a ascensão do islamismo nos anos 600 d.C., essa região foi lançada num estado de guerra quase permanente, e isso tem se estendido por séculos e continuado até nossos dias — e isso desempenhou um papel fundamental nesse recente massacre.

A sangrenta nova religião de Maomé

Poucos ocidentais leram o alegado livro sagrado do islamismo, o Alcorão, ditado por Maomé aos seus seguidores. Se fizessem isso, provavelmente ficariam chocados com as suas repetidas instruções para travar uma jihad — guerra santa — contra os não-muçulmanos. E suas incitações incluem muitas exortações como as seguintes:

• “Não deixem os incrédulos [não-muçulmanos] pensarem que algum dia escaparão. Reúna contra eles todos os homens e cavalaria sob seu comando para que possa causar terror no inimigo de [Alá]...” (Surata 8:59-60).

• “Faça guerra contra eles. [Alá] irá castigá-los e humilhá-los por suas mãos” (Surata 9:14).

• “Lute contra eles até que a idolatria [adoração de qualquer deus que não seja Alá] não exista mais e a religião [de Alá, ou seja, o islamismo] reine supremamente” (Surata 2:193).

• “Fiéis, não façam amizade com judeus ou cristãos...Qualquer um de vocês que buscar sua amizade torna-se um deles” (Surata 5:51).

• “Se vocês não forem para a guerra, [Alá] irá puni-los [muçulmanos] severamente e irá substituí-los por outros homens... Marchem e lutem pela causa de [Alá]...” (Surata 9:38-41).

• “Ó fiéis, combatei os vossos vizinhos incrédulos, para que sintam severidade em vós; e sabei que Alá está com os tementes” (Surata 9:123).

• “Quando você encontrar os incrédulos no campo de batalha, corte suas cabeças e, depois de derrubá-los, amarre seus prisioneiros com firmeza...” (Surata 47:4).

Ao levarem a cabo o massacre surpresa de mais de 1.300 pessoas, os terroristas islâmicos do Hamas fizeram exatamente o que seu livro sagrado ordena: decapitaram israelitas capturados, até mesmo crianças, e levaram mais de duzentos prisioneiros para Gaza. (Em décadas recentes, jihadistas muçulmanos recitaram esses mesmos versos em vídeos enquanto gravavam as decapitações de suas vítimas — eles estavam simplesmente citando o que seu livro sagrado ordena-lhes fazer).

A curta e mortífera história do Hamas

O Hamas é uma ramificação da Irmandade Muçulmana, estabelecida em Gaza em 1946, antes da existência do moderno Estado de Israel. O Hamas foi formado oficialmente em 1987 e realizou os seus primeiros atentados suicidas alguns anos depois. Devido aos seus ataques contra civis, a maioria das nações ocidentais designaram o Hamas como uma organização terrorista. Ao longo da sua história sangrenta, esse grupo lançou centenas de ataques contra israelitas, matando e ferindo milhares de pessoas.

Em 1967, após derrotar o Egito na Guerra dos Seis Dias, Israel assumiu o controle de Gaza, que se situa em sua fronteira sudoeste, mas retirou-se em 2005 e entregou a área ao autogoverno da Autoridade Nacional Palestina. No ano seguinte, o Hamas venceu as primeiras eleições e em 2007 assumiu o controle total de Gaza, após travar uma breve guerra civil para expulsar o Fatah, a facção adversária. Isso preparou o terreno para um ciclo de repetidos ataques de foguetes e morteiros do Hamas contra colonatos israelitas próximos, levando à retaliação militar israelita e ainda mais morticínio.

Agora o Hamas voltou a fazer ataques sangrentos contra civis israelitas. E para colocar os números em perspectiva, os terríveis ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos mataram quase três mil estadunidenses. Se as proporções tivessem sido iguais ao percentual da população de Israel assassinada recentemente pelo Hamas, o total seria de quarenta mil estadunidenses mortos e mais de cem mil feridos. Esses números são surpreendentes. Quase toda família em Israel conhece alguém assassinado ou ferido nesses ataques.

Desde que assumiu o controle de Gaza, o Hamas não permitiu mais eleições. Esse quase constante estado de guerra com Israel trouxe grandes dificuldades e sofrimento ao povo de Gaza. Os palestinos também são vítimas do Hamas e, infelizmente, muitos deles ainda vão sofrer durante a tentativa de Israel de eliminar essa organização terrorista.

Qual é o objetivo do Hamas?

Embora o Hamas tenha tentado mostrar publicamente seu lado moderado, o fato é que esse grupo continua sendo essencialmente uma organização terrorista dedicada à destruição do Estado de Israel, como está expresso claramente em seu estatuto. Esses trechos declaram inequivocamente suas intenções (grifo nosso):

• “Israel existirá e continuará existindo até que o Islã o faça desaparecer, como fez desaparecer a todos aqueles que existiram antes dele”.

• “O Movimento de Resistência Islâmica...se dedica a levantar a bandeira de Alá sobre cada centímetro da Palestina” (que para o Hamas significa toda a terra de Israel).

• “Não há solução para o problema palestino a não ser pela jihad (guerra santa). Iniciativas de paz, propostas e conferências internacionais são perda de tempo e uma farsa”.

• “Diante da ocupação da Palestina pelos judeus é necessário levantar a bandeira da jihad”.

O lema do Hamas é: “Alá é o nosso objetivo, o Profeta é o nosso modelo, o Alcorão é a nossa constituição, a jihad é o nosso caminho e morrer pela causa de Alá é nossa maior esperança”.

A Autoridade Nacional Palestina, que governa a Cisjordânia, é menos maléfica que o Hamas. O Pacto da Palestina, que expõe essa ideologia, afirma no Artigo 9: “A luta armada é a única forma de libertar a Palestina...O povo árabe palestino afirma sua absoluta determinação e firme resolução de continuar sua luta armada e o esforço por uma revolução popular armada para a libertação de seu país...”.

A verdadeira questão, como mostram essas declarações, é a própria existência de Israel. Tanto o Estatuto do Hamas quanto o Pacto da Palestina apelam à jihad violenta para que aquela região seja etnicamente limpa de judeus e Israel deixe de existir.

Declarações sinceras

Pelo fato de poucos ocidentais ter lido o Alcorão ou o Estatuto do Hamas, a maioria considera esse raciocínio incompreensível. Por isso eles não conseguem entender o que poderia motivar ataques tão horrendos. Contudo, devemos acreditar nessas asseverações claras do Hamas e seus apoiadores, pois eles dizem explicitamente quais são as suas motivações.

O nome Hamas é um acrônimo árabe para Harakat al-Muqawama al-Islamiya, que significa “Movimento de Resistência Islâmica”. Esse acrônimo também tem um significado próprio. Geralmente, a palavra árabe hamas é definida como “zelo” ou “força e bravura guerreira”, mas também deriva de conotações mais antigas que significam contundência ou severidade.

A língua árabe tem ligação, e em grande parte é derivada, com o hebraico antigo (já que muitas das tribos árabes são descendentes de Ismael, filho do patriarca bíblico Abraão). Portanto, não deveria nos surpreender o fato de que o termo hamas também é uma palavra hebraica que aparece na Bíblia. Ela significa “violência, maldade, malignidade e agravo” (Dicionário Vine: O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e Novo Testamento). Um nome muito apropriado para uma organização terrorista!

Um dia após os ataques do Hamas, o chefe de Relações Nacionais do Hamas no Exterior, Ali Baraka, numa entrevista em dia 8 de outubro, resumiu sucintamente as mentalidades amplamente contrastantes entre os apoiadores do Hamas e os israelenses: “Os israelenses são conhecidos por amar a vida. Nós, por outro lado, nos sacrificamos. Consideramos mártires nossos mortos. O que todo palestino mais deseja é ser martirizado pela causa de Alá ao defender a sua terra”.

Um hadith (ditado atribuído a Maomé), particularmente vil e frequentemente citado, afirma: “O Dia do Juízo Final não acontecerá até que os muçulmanos lutem contra os judeus, quando os judeus se esconderão atrás de pedras e árvores. As pedras e árvores dirão, ó muçulmanos...há um judeu atrás de mim, venham e mate-o”.

Na mente dos terroristas do Hamas, que assassinaram tantos israelitas naquele dia horrível, eles estavam simplesmente realizando os seus objetivos e abreviando o tempo predito por seu profeta em que o islamismo governará o mundo inteiro.

O Oriente Médio é o “marco zero” da profecia bíblica

Jerusalém e Israel são o “marco zero” da profecia bíblica e o foco dos eventos proféticos do fim dos tempos, que conduzirão ao regresso de Jesus Cristo. No momento em que esta edição da revista estiver chegando à gráfica, muita coisa ainda estará acontecendo. Essa guerra poderá expandir-se dramaticamente da noite para o dia, caso a Síria, o Hezbollah, que tem a sua base no Líbano, ou o Irã decidam lutar ao lado do Hamas. Isso poderá atrair potências ocidentais como os Estados Unidos, particularmente pelo fato de o Hamas ter feito reféns cidadãos de mais de vinte países.

Seja qual for o resultado dessa guerra, uma coisa é certa: haverá mais guerra, violência e destruição. E tudo isso foi predito há muito tempo nas páginas da Bíblia.

O Salmo 122:6 nos diz: “Orai pela paz de Jerusalém!”. Todos devemos orar pela paz daquela terra e daquele povo longamente atribulado, mas essa paz somente virá com o regresso de Jesus Cristo ao Monte das Oliveiras. Até então, essa cidade que sofre há tanto tempo continuará sendo assolada pela violência e pelo derramamento de sangue.

Entretanto, devemos nos consolar com as palavras de Cristo registradas em Lucas 21:28: “Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima”. Junte-se a nós em oração para que esse dia chegue logo!

Saiba mais

Por que o Oriente Médio tem sido um foco de violência e derramamento de sangue por tanto tempo? Mas isso será sempre assim? O que as Escrituras dizem sobre o futuro dessa região? Peça ou baixe nosso guia de estudo bíblico gratuito O Oriente Médio na Profecia Bíblica para aprender muito mais sobre o assunto!