Por que Alguns Cristãos não Celebram o Domingo de Páscoa?

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Por que Alguns Cristãos não Celebram o Domingo de Páscoa?

Toda primavera, a expectativa e a emoção do Domingo de Páscoa deixam muitas pessoas empolgadas. As igrejas preparam elaborados programas de Domingo de Páscoa, que ilustram a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Os pais aproveitam para colorir ovos de páscoa e escondê-los para que seus filhos os encontrem.

E na televisão, os filmes nesta época do ano retratam o Domingo de Páscoa como uma ocasião agradável de renovada felicidade. Os comerciais na televisão e os comércios também se voltam para o Domingo de Páscoa, pois vendem cestas de páscoa pintadas de várias cores, fantasias pascais e coelhos de chocolate para celebrar esse importante evento religioso.

Muitas igrejas anunciam missas ou cultos ao nascer do sol no Domingo de Páscoa ao ar livre a quem quiser participar. E, se o clima permitir, a celebração do Domingo de Páscoa é visualmente reforçada pela observação do nascer do sol.

Mas o que coelhinhos e ovos coloridos têm a ver com a ressurreição de Jesus?

E se essa celebração é tão importante, por que Jesus não a ensinou a Seus apóstolos e à Igreja primitiva? Os livros do Novo Testamento foram escritos durante um período de poucas décadas após a morte e ressurreição de Jesus Cristo, mas em nenhuma passagem vemos qualquer alusão a essa celebração do Domingo de Páscoa!

Então, de onde exatamente surgiu o Domingo de Páscoa e seus costumes? Por que centenas de milhões de pessoas comemoram esse feriado religioso hoje em dia?

A celebração do Domingo de Páscoa se encontra na Bíblia?

O Domingo de Páscoa é considerado a festa religiosa mais importante do cristianismo de hoje. “O Domingo de Páscoa foi e ainda é considerado a maior festa da igreja cristã, pois comemora o evento mais importante da vida de seu Fundador” (The International Standard Bible Encyclopedia, 1986, Vol. 2, “Easter” [Domingo de Páscoa]). Dada a sua popularidade, é fácil pensar que certamente essa celebração está na Palavra de Deus.

Alguns citam Atos 12:4 como autoridade para celebrar o Domingo de Páscoa. Mas o problema é que o Domingo de Páscoa não é mencionado na Bíblia de qualquer modo. A palavra Páscoa em Atos 12:4 é traduzida da palavra grega pascha, referindo-se à celebração da Páscoa do SENHOR do dia 14 do primeiro mês (Levítico 23:5, pêssach, em hebraico) que significa literalmente “passagem”, pois o Senhor “passou” sobre as casas dos filhos de Israel, poupando-os (Êxodo 12:27).

Parte da confusão vem de que os primitivos apóstatas que se desviaram da igreja primitiva começaram a referir à tradição pré-cristã da festa do Domingo de Ressurreição como Pascha (Páscoa), pois também chamavam Páscoa à Festa de sete dias dos Pães Asmos, que ocorria após a Páscoa. Assim, o festival anual pagão do Domingo de Ressurreição é erroneamente chamado de Domingo de Páscoa ou simplesmente Páscoa em Português e Espanhol, enquanto nas línguas germânicas e inglês o nome é Easter.

A verdade é que não há vestígio da celebração do Domingo de Páscoa no Novo Testamento.

Qual a origem do Domingo de Páscoa?

Se o Domingo de Páscoa não está na Bíblia, de onde exatamente ele veio? E o que significa exatamente o Domingo de Páscoa (Easter em inglês)?

É importante analisar as fontes históricas confiáveis para entender a verdadeira história dessa celebração. Por exemplo, A Enciclopédia Britânica nos diz: “No Domingo de Páscoa, costumes populares refletem muitas das antigas tradições pagãs — neste caso, conectadas com os ritos de fertilidade da primavera, como os símbolos do ovo de páscoa e do coelho da páscoa” (A Enciclopédia Britânica, 15ª edição, Vol. 4, p. 605, “O Ano da Igreja”).

No mundo antigo do Oriente Médio, as pessoas estavam muito mais ligadas à terra e aos ciclos da natureza do que hoje em dia. Eles dependiam da fertilidade da terra e das colheitas para sobreviver. A primavera, quando a fertilidade retornava à terra após uma longa desolação do inverno, era um período muito esperado e bem-vindo para eles.

Muitos povos comemoravam a chegada da primavera com celebrações e adoração de seus deuses e deusas, particularmente aqueles associados à fertilidade. Entre essas divindades estavam Baal e Astarte (Astarote), frequentemente mencionados e condenados na Bíblia, cuja adoração típica incluía o sexo ritualístico para promover a fertilidade em toda a terra.

Era uma prática comum dos povos do antigo Oriente Médio incorporar símbolos de fertilidade — como ovos e coelhos, que se reproduziam em grande escala — nas celebrações pagãs de seus deuses. Hoje em dia, como A Enciclopédia Britânica menciona acima, os ovos de páscoa e o coelho da páscoa são simplesmente uma continuação desses antigos rituais de fertilidade da primavera.

A obra do clérigo escocês protestante do século XIX, Alexander Hislop, as Duas Babilônias, ainda é considerada uma referência sobre os costumes pagãos que ainda sobrevivem nas práticas religiosas de hoje.

Em relação ao nome inglês Easter, que significa Domingo de Páscoa, ele escreveu: “O que significa o termo Easter (em inglês)? Não é um termo cristão. Easter tem em si mesmo a sua origem caldaica. Easter não é nada mais do que uma referência a Astarte (Astarote), um dos títulos de Beltis, a rainha dos céus, cujo nome, pronunciado pelo povo de Nínive, era evidentemente idêntico ao que hoje é pronunciado em inglês. Esse nome, conforme identificado pelo [arqueólogo Sir Austen Henry] Layard nos monumentos assírios, é Ishtar” (1959, p. 103).

Portanto o Domingo de Páscoa (Easterm)Ishtar, conhecida na Bíblia como Astarte ou Astarote.

As antigas celebrações da ressurreição

O que envolve a adoração dessa deusa Ishtar? “Os templos de Ishtar tinham muitas sacerdotisas, ou prostitutas sagradas, que representavam simbolicamente os rituais de fertilidade do ciclo da natureza. Ishtar foi identificada com a fenícia Astarte, a semita Astarote e a suméria Inana. Também existem fortes semelhanças entre Ishtar e a Isis dos egípcios, a Afrodite dos gregos e a Vênus dos romanos.

“Associado a Ishtar estava o jovem deus Tamuz [mencionado em Ezequiel 8:14], considerado divino e mortal . . . Na mitologia babilônica, Tamuz morria anualmente e renascia ano após ano, representando o ciclo anual das estações e das colheitas. Posteriormente, essa crença pagã foi identificada com os deuses pagãos Baal e Anat em Canaã” (Dicionário Ilustrado da Bíblia de Nelson, 1995,“Deuses, Pagãos”, p. 509).

Alan Watts, um especialista em religião comparativa, escreveu: “Seria tedioso descrever em detalhes tudo o que nos foi transmitido sobre os diversos rituais de Tamuz ... e muitos outros... Mas seu tema universal — o drama da morte e ressurreição — os torna precursores do Domingo de Páscoa cristã e, portanto, os primeiros “cultos do domingo de Páscoa”. Ao descrevermos a observância do Domingo de Páscoa, veremos quantos de seus costumes e cerimônias se assemelham a esses antigos rituais” (O Domingo de Páscoa: História e Significado, 1950, p. 58).

Ele prossegue explicando como práticas como o jejum durante a Quaresma, que envolvia erguer uma imagem da divindade no santuário do templo, cantar hinos de luto, acender velas e serviços religiosos noturnos antes da manhã do Domingo de Páscoa se originaram de antigas práticas idólatras (pp. 59-62).

Outro escritor, Sir James Frazer (1854-1941), condecorado por suas contribuições à compreensão das religiões antigas, descreve assim o ponto culminante dessa antiga adoração idólatra: “A tristeza dos adoradores se transformava em alegria ... Quando a tumba era aberta, o deus havia ressuscitado dos mortos; e quando o sacerdote tocava com bálsamo os lábios dos que choravam, ele sussurrava suavemente em seus ouvidos as boas novas da salvação.

“A ressurreição do deus era saudada por seus discípulos como uma promessa de que eles também ressurgiriam triunfantes da corrupção do túmulo. No dia seguinte ... a ressurreição divina era celebrada com uma explosão selvagem de alegria. Em Roma, e provavelmente em outros lugares, a celebração tomava a forma de um carnaval” (O Ramo de Ouro, 1993, p. 350).

Uma nova celebração com antigas raízes idólatras

A adoração a esse deus de nomes Tamuz, Adonis e Attis, entre outros, e por diversas formas, espalhou-se dos confins do Império Romano até a própria Roma. Aí houve um desenvolvimento verdadeiramente notável: Os líderes da Igreja Católica Primitiva fundiram os costumes e práticas associados a esse deus “ressuscitado” e as celebrações da fertilidade aplicando-os ao Filho de Deus ressuscitado.

Os costumes das antigas celebrações de fertilidade e ressurreição não foram os únicos a se transformar em uma nova celebração “cristã”, mas estão entre as mais evidentes. Enfim, muitos historiadores admitem prontamente que a origem do nome para o Domingo de Páscoa em inglês, Easter, advém desse antigo simbolismo da fertilidade de coelhos e ovos decorados (que você pode verificar em quase todas as enciclopédias).

Frazer observa: “Quando refletimos com que frequência a Igreja habilmente planejou plantar essas sementes da nova fé nos antigos costumes do paganismo, podemos concluir que a celebração pascal do Cristo morto e ressuscitado foi enxertada em uma celebração similar de Adonis [Tamuz] morto e ressuscitado” (p. 345).

Ele prossegue observando que o desejo de trazer mais pessoas pagãs para a Igreja Católica, sem forçá-los a abandonar suas celebrações idólatras, “pode ter levado as autoridades eclesiásticas a assimilar o festival pascal da morte e ressurreição de seu Senhor ao festival da morte e ressurreição de outro deus asiático [do Oriente Médio] que ocorria na mesma temporada ... A Igreja pode ter adaptado conscientemente o novo festival [Domingo de Páscoa] do seu antecessor pagão para ganhar almas para Cristo” (p. 359).

Surpreendentemente, a celebração do Domingo de Páscoa não teve plena aceitação até o ano 325 d.C., quase trezentos anos após a morte e ressurreição de Jesus Cristo!

Como explica o Catecismo da Igreja Católica na seção intitulada “O Ano Litúrgico”: “No Concílio de Nicéia, em 325, todas as Igrejas concordaram que o Domingo de Páscoa . . . deveria ser comemorado no domingo seguinte à primeira lua cheia . . . depois do equinócio de primavera” (1995, p. 332).

Até então, muitos crentes continuavam comemorando a morte de Jesus através da Páscoa bíblica do dia 14 do primeiro mês, como Jesus e os apóstolos haviam instruído (Lucas 22:19-20; 1 Coríntios 11:23-26; Levítico 23:5). Porém, agora respaldada pelo poder do Império Romano, a Igreja Católica reforçou sua preferência pelo Domingo de Páscoa. Aqueles que queriam continuar observando a Páscoa bíblica foram obrigados a esconder-se para evitar perseguição.

Será que Jesus Cristo celebraria o Domingo de Páscoa?

O registro do Novo Testamento é muito claro: Os membros fiéis da Igreja primitiva continuaram observando tudo o que lhes ensinaram os apóstolos, que, por sua vez, foram ensinados por Jesus Cristo. De igual modo, o registro da história é evidente: Nos séculos posteriores foram introduzidos novos costumes, práticas e doutrinas que eram bastante estranhos aos cristãos originais, constituindo assim um novo “cristianismo” que dificilmente estes reconheceriam.

Portanto, esta é a principal questão: Um cristão deveria seguir o que Jesus ensinou ou o que ensinavam os mestres religiosos?

Sempre é uma boa ideia fazer esta pergunta: O que Jesus faria?

Se hoje Jesus estivesse vivendo em carne, será que Ele celebraria o Domingo de Páscoa? A resposta simples é não. Cristo não muda. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente", como nos diz Hebreus 13:8 (grifo nosso). Jesus nunca observou o Domingo de Páscoa, nem nunca respaldou ou ensinou Seus discípulos a celebrá-lo. E nem mesmo os apóstolos ensinaram isso à Igreja.

Hoje, Jesus observaria a Páscoa bíblica e os Dias dos Pães Asmos como ensinam as Escrituras e como Ele praticava e ensinava (João 13:15-17; 1 Coríntios 5:7-8; Levítico 23:5-8). Sem dúvida, Ele disse especificamente que celebraria a Páscoa bíblica com Seus verdadeiros seguidores “no reino de Meu Pai” após Seu retorno (Mateus 26:26-29).

As festas da Páscoa e dos Pães Asmos têm um profundo significado para os verdadeiros discípulos de Cristo. Essas festas revelam certos aspectos do plano de Deus para a salvação da humanidade — comemorando o fato de que Jesus morreu por nós, vive em nós e por nós (1 Coríntios 11:26; Gálatas 2:20; Colossenses 3:3-4).

Você deveria comemorar o Domingo de Páscoa?

Se você quer ser um verdadeiro discípulo de Cristo Jesus, então precisa examinar cuidadosamente se suas crenças estão de acordo com a Bíblia. Simplesmente, assumir que Deus aprova ou aceita celebrações não bíblicas não é aceitável para Ele, independentemente de elas terem sido criadas pelos melhores motivos.

O fato é que Deus diz: “Não peguem o mau costume que outros povos têm" — aqueles que não conhecem a verdade de Deus (Jeremias 10:2, Bíblia Viva).

A Palavra de Deus contém advertências claras sobre adorar a Deus por meio de práticas adotadas da idolatria pagã: “Não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não farás ao SENHOR, Teu Deus, porque tudo o que é abominável ao SENHOR ... Tudo o que Eu te ordeno observarás; nada lhe acrescentarás nem diminuirás” (Deuteronômio 12:30-32).

Jesus Cristo agora ordena a todos que se arrependam de seguir essas tradições advindas da religião falsa: “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam" (Atos 17:30; comparar Mateus 15:3).

Será que você vai honrar essas instruções vitais de Cristo para que Deus possa abençoá-lo? Ele disse: “Se alguém Me serve, siga-Me; e, onde Eu estiver, ali estará também o Meu servo. E, se alguém Me servir, Meu Pai o honrará” (João 12:26).

Deus quer que eu e você obedeçamos à Sua Palavra de vida. Ao fazer isso, poderemos servir a Cristo como Seus embaixadores na Terra. Não há nada mais importante na Terra do que atender a esse chamado. Para sua eterna felicidade e segurança, volte-se para Deus agora e busque Seu íntegro e perfeito caminho!


O Entendimento de Alguns Cristãos Que Não Celebram o Domingo de Páscoa

Notadamente, há milhares de cristãos que não celebram o Domingo de Páscoa, mas acreditam firmemente em Jesus Cristo, em Seu sacrifício e em Sua ressurreição. Por que eles fizeram essa escolha? A seguir, eles explicam com suas próprias palavras:

Um gerente de escritório escreveu: “Eu não observo o Domingo de Páscoa porque ele não tem nada a ver com Cristo, com Seu sacrifício ou com a Bíblia. Esse costume se originou das celebrações e rituais pagãs que Deus nos diz para não aprendermos: ‘Não aprendais o caminho dos gentios’ (Jeremias 10:2, ACF).

“Deus não quer que aprendamos o caminho dos pagãos para não fazermos o que os pagãos fazem. O que o coelhinho da páscoa e os ovos coloridos têm a ver com Cristo e Sua morte pelos pecados do mundo e Sua ressurreição no terceiro dia? Eles não têm nada a ver com isso. O cristianismo adotou festivais pagãos e os chamou de cristãos numa clara demonstração de desobediência a Deus”.

—A.H., Austrália

Um diretor de escola de ensino médio compartilhou as razões pelas quais ele não celebra o Domingo de Páscoa: “Há muitos anos, eu e minha esposa descobrimos que o Domingo de Páscoa é um costume pagão e não tem nada a ver com a morte e ressurreição de Jesus Cristo. O Domingo de Páscoa nunca foi observado pela igreja primitiva do Novo Testamento. Quando descobrimos sua origem pagã, parámos de observá-lo.

“O coelhinho da páscoa, os ovos de páscoa, as procissões de Páscoa e todos os costumes desse feriado religioso não estão na Bíblia e não devem ser observados. Nós acreditamos, no entanto, na Páscoa da Nova Aliança, como observada pela Igreja do Novo Testamento, e instruída pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios 11, e também cremos na ressurreição de Jesus Cristo”.

—D.S., Califórnia

Uma editora de redação expressou assim seus sentimentos sobre o Domingo de Páscoa: “Como esposa e mãe, não observo o Domingo de Páscoa porque entendo que vestir elegantemente a mim e a meus filhos para assistir o culto do Domingo de Páscoa, às vezes até usar um chapéu da moda nessa ocasião, não tem absolutamente nada a ver com a morte e a ressurreição de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Na verdade, isso até parece um escárnio.

“E permitir e ensinar aos jovens a esconder e procurar ovos coloridos, coelhos de chocolate ou de pelúcia significa não instruí-los nos princípios corretos de que Deus espera que vivam. Há muitos maravilhosos princípios divinos corretos a ensinar. Eu não desejo corrompê-los ou enganá-los”.

—M.A., Texas

Um professor universitário deu várias razões pelas quais o Domingo de Páscoa não deveria ser celebrado: “O termo Domingo de Páscoa não é mencionado em nenhum lugar da Bíblia. A observância dessa celebração não é bíblica. Ademais, a Bíblia descreve muitos outros dias que devem ser observados e que são ordenados por Deus.

“Os eventos que cercam a ressurreição de Cristo não indicam que Ele ressuscitou num nascer do sol nem mesmo próximo a isso. Por exemplo, João indica que, quando Maria Madalena chegou ao sepulcro, ainda estava escuro — e Cristo já havia ressuscitado. A etimologia do termo Easter [Domingo de Páscoa] pode ser rastreado até a um falso deus da fertilidade e não da Bíblia”.

—P.A., Geórgia

Um comerciante apresentou suas razões por não participar da celebração do Domingo de Páscoa: “Em primeiro lugar, o feriado religioso ou a celebração do Domingo de Páscoa pela comunidade cristã mundial não é um evento, uma comemoração ou um culto que pode ser encontrado. em algum lugar da Bíblia. De fato, o nome Easter (Domingo de Páscoa) na verdade se origina de uma antiga deusa pagã que existia no tempo da antiga Babilônia e antes do nascimento de Cristo.

“Segundo, não há nenhum ensinamento de Cristo ou Seus apóstolos no Novo Testamento sobre o Domingo de Páscoa ou algo relacionado. A prática e a observância do Domingo de Páscoa entraram na Igreja de Roma muito tempo depois de todos os apóstolos terem morrido e a Igreja que Cristo estabeleceu ter sido dispersa.

“Em terceiro lugar, se Cristo queria que observássemos e honrássemos Sua ressurreição através do Domingo de Páscoa, por que Ele não deu instruções específicas a Seus discípulos e líderes da Igreja? Você não vai encontrar nenhum ensinamento em qualquer parte do Novo Testamento para celebrar Sua ressurreição. Não há festas ou cerimônias ordenadas ou descritas na Bíblia para celebrar a Sua ressurreição.

“Entretanto, há muitas instruções e exemplos de Cristo nos ensinando a honrar, lembrar e observar Sua morte através da Páscoa bíblica. Claramente, a Bíblia mostra evidências de Cristo sendo o Cordeiro Pascal e da Páscoa simbolisando Sua morte. Além disso, após a morte de Jesus, os apóstolos e a Igreja do Novo Testamento continuaram celebrando a Páscoa bíblica e não o Domingo de Páscoa”.

—J.B., North Carolina

O Tempo de Jesus no Túmulo Prova Que Ele Era O Messias

Jesus Cristo deu um sinal que seria a prova de Sua ressurreição como nosso Salvador — o tempo em que Ele ficaria no sepulcro.

Jesus declarou: “Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra” (Mateus 12:40).

“E esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe” (Jonas 1:17). A duração da experiência de Jonas é a mesma quantidade de tempo que Jesus estaria no túmulo. Jesus disse que esse período de tempo seria a prova de que Ele é nosso Salvador vivente.

Se você quiser provar se o Domingo de Páscoa representa a ressurreição de Jesus dentre os mortos, tudo o que você precisa fazer é contar os dias corretamente. Seguindo a contagem tradicional de uma crucificação na tarde de sexta-feira e da ressurreição na manhã do Domingo de Páscoa, na melhor das hipóteses, somente se pode chegar a um dia inteiro, duas pequenas partes do dia e duas noites. No entanto, Jesus disse que a prova de que Ele era o Messias era que estaria no sepulcro ou tumba três dias e três noites.

Obviamente, algo está muito errado com a tradicional contagem do tempo da Sexta-Feira Santa até ao Domingo de Páscoa. E onde está a terceira noite? Simplesmente não existe, e não importa de que maneira contar.

Uma chave para contar esse tempo corretamente se encontra em uma tradução correta de Mateus 28:1. A tradução em inglês de Ferrar Fenton é uma das poucas que traduzem corretamente essa passagem: “Depois dos sábados [plural], no alvorecer do dia seguinte aos sábados [plural], Maria Madalena e a outra Maria, vieram examinar o túmulo”.

Houve, de fato, dois Sábados naquela semana em particular. Ao reunir todas as informações, vemos que Jesus morreu no meio da semana, numa tarde de quarta-feira [que era o dia 14 do primeiro mês; Levítico 23:5], e foi colocado no túmulo quase ao pôr do sol dessa quarta-feira (João 19:31-42). Ele teve que ser colocado na tumba antes do pôr do sol porque a noite e dia que se seguiu [a quinta-feira] era um dia sagrado (‘grande o dia de Sábado’, João 19:31). Era o primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, dia 15 do primeiro mês, um Dia Santo de Sábado anual, em que “nenhuma obra servil fareis” (Levítico 23:6-7), que poderia cair em qualquer dia da semana [e que nesse ano caíu numa quinta-feira].

Depois, chegou a sexta-feira, um dia de trabalho comum, e seguido pelo Sábado semanal de Deus, o sétimo dia da semana de pôr-do-sol de sexta-feira ao pôr-do-sol de Sábado. Ferrar Fenton acerta ao traduzir a palavra grega sabbaton, em Mateus 28:1, como sábados.

Uma vez que entendemos a existência desses dois sábados diferentes nessa semana, um Sábado anual [na quinta-feira] e um Sábado semanal, torna-se claro que Jesus ficou de fato três dias e três noites no túmulo, cumprindo o único sinal que Ele deu para confirmar que era o Messias. Do pôr-do-sol de quarta ao pôr-do-sol de quinta-feira foi a primeira noite e dia; do pôr-do-sol de quinta ao pôr-do-sol de sexta-feira foi a segunda noite e dia; e do pôr-do-sol de sexta-feira ao pôr-do-sol do Sábado, quando terminava o Sábado semanal, foi a terceira noite e dia — três dias e três noites, exatamente tal como Ele preditou.

A profecia de três dias e três noites também é uma chave importantíssima para reconhecer o fato de que Jesus ressuscitou no fim do Sábado semanal e não no domingo de manhã.

João 20:1 diz o seguinte: “E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro”. Ela encontrou o sepulcro vazio e o anjo disse a Maria que Jesus já havia ressuscitado (Mateus 28:5).

Isso significa que Ele ressuscitou um pouco antes do alvorecer, o que nos leva de volta ao tempo correto da ressurreição como sendo no fim do sétimo dia da semana, ou seja, próximo ao pôr do sol de Sábado. Quando comparamos e entendemos corretamente os relatos do Evangelho fica claro que o nascer do sol do Domingo de Páscoa não pode ser o momento da ressurreição de Jesus. Sem dúvida, o tempo de Jesus no túmulo — o mesmo tempo que Jonas esteve no ventre de um grande peixe — prova que Jesus era o Messias. (Para mais informações, pesquise o tema “três dias e três noites” em nosso site portugues.ucg.org).