Seria Possível Uma Nação Cometer Suicídio?
Como tenho muito interesse no mundo antigo, eu andei entre as ruínas de vários impérios antigos — egípcio, grego, israelita, romano e bizantino, além de vários outros reinos menos conhecidos.
Todos esses povos tinham uma coisa em comum — nunca imaginaram que cairiam até ser tarde demais. Às vezes, a destruição vinha lentamente e outras vezes praticamente da noite para o dia. Mas chegava, e seu mundo desmoronava ao redor deles em um redemoinho de morte, destruição e desastre.
É impressionante ficar diante das paredes dessas antigas cidades e pensar nos últimos pensamentos de habitantes aterrorizados ao verem as hordas inimigas se aproximando. Que orações eles proferiram, suplicando por salvação, antes que seus deuses se mostrassem impotentes diante de inimigos mais poderosos que eles? Em que ponto eles perceberam que seu mundo estava prestes a ruir e que não haveria mais volta?
Sem dúvida, foram pensamentos sombrios.
Também é preocupante perceber que a tragédia nem sempre vem de fora, mas pode facilmente vir de dentro. Um dos presidentes mais amados dos Estados Unidos, Abraão Lincoln, reconheceu isso muito antes da sangrenta Guerra Civil que o levou à fama. Ainda jovem, ele demonstrou sua preocupação pelo futuro de seu país:
“Até que ponto nós devemos esperar a chegada do perigo? Como podemos nos fortalecer contra isso? Será que vamos esperar que algum gigante militar transatlântico pise no oceano e nos esmague de um só golpe? Nunca! Todos os exércitos da Europa, Ásia e África juntos...não poderiam, à força, tomar uma bebida em Ohio ou fazer trilha nas montanhas Blue Ridge nem em mil anos.
“Quais os critérios devemos considerar sobre a expectativa de perigo? Eu respondo: Se alguma vez isso chegar até nós é porque surgiu entre nós...Se nosso destino for a destruição, certamente seremos seus autores e executores. Como nação de homens livres, devemos sobreviver no tempo ou morrer por suicídio” (grifo nosso).
Uma nação realmente poderia morrer por suicídio? Abraão Lincoln certamente acreditava que sim. Este discurso de advertência lançou sua carreira política que, enfim, o levou à Casa Branca.
Sua advertência também foi estranhamente profética, uma vez que uma geração depois eclodiria uma guerra civil em que irmãos lutavam contra irmãos. Perigosamente, o país chegou perto de morrer "por suicídio". Pagou um terrível preço nessa guerra interna, onde mais de seiscentos mil jovens morreram em batalha ou de doenças. E até hoje as cicatrizes desse conflito permanecem na nação.
Thomas Jefferson, outro famoso presidente norte-norte-americano, foi um dos fundadores da nação e principal autor da Declaração de Independência. Ele também entendeu as lições da história e emitiu sua própria advertência profética sobre a nação:
“As liberdades de uma nação podem ser consideradas asseguradas quando removemos delas sua única base firme: a convicção, das mentes das pessoas, de que essas liberdades são um presente de Deus?...Na verdade, eu temo por meu país quando penso que Deus é justo, e que sua justiça não pode dormir para sempre”.
Hoje, os Estados Unidos estão em uma encruzilhada, amargamente divididos, e não apenas sobre seu futuro, mas também sobre seu passado. Uma guerra cultural está em andamento, na qual linhas de batalha claras foram traçadas.
Será que tem futuro uma nação onde milhões de pessoas estão ansiosas para reescrever seu passado e apagar Deus de sua história? O que reserva o futuro para uma nação, que é vista como uma cidade reluzente em uma colina, que se torna cada vez mais parecida com Sodoma e Gomorra, apodrecendo na imoralidade e matando um milhão de nascituros a cada ano apenas por conveniência? Quando grande parte de uma nação busca caminhos autodestrutivos, como os analisados nesta edição, o que ela pode esperar?
Em Sua Palavra, Deus faz uma pergunta importantíssima a uma nação que uma vez O conheceu e foi grandemente abençoada por Ele, mas depois Lhe deu as costas: “Juro pela Minha vida, palavra do Soberano SENHOR, que não tenho prazer na morte dos ímpios, antes tenho prazer em que eles se desviem dos seus caminhos e vivam. Voltem! Voltem-se dos seus maus caminhos! Por que iriam morrer, ó nação de Israel?” (Ezequiel 33:11, NVI).
Deus também sabe que uma nação pode cometer suicídio. Ele viu isso acontecer! Quando as nações, que um dia O conheceram, escolhem voltar-se contra Ele e não para Ele, isso significa que preferem, voluntariamente, morrer que viver!
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, vimos a força do outrora grande Império Britânico diminuir em seu âmbito territorial, e até mesmo a própria pátria está sendo destruída pela desintegração e divisão cultural ao escolher esse caminho autodestrutivo. E os Estados Unidos estão seguindo o mesmo caminho.
A advertência de Abraão Lincoln foi e é crucial. Eu também reflito com profunda preocupação que o próprio povo dos Estados Unidos pode vir a ser o "autor e executor" de sua própria destruição. E, como Thomas Jefferson, também “temo por meu país quando penso que Deus é justo, e que sua justiça não pode dormir para sempre”.
Estes são pensamentos preocupantes a considerar. Espero que você acorde para o perigo crescente, antes que seja tarde demais, e decida voltar-se para Deus e viver!