O Grande Sacrifício do Cordeiro Pascal: Páscoa

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O Grande Sacrifício do Cordeiro Pascal

Páscoa

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A Páscoa é uma celebração solene , assim como é uma celebração com muita gratidão pelo grande sacrifício que Deus fez por nós para podermos ser salvos e ter a vida eterna no Reino de Deus. Paulo diz em Coríntios para nos examinarmos para que estejamos a observar esta memória anual duma maneira digna. Para nos ajudar a preparar para a Páscoa, este sermão descreve os três simbolos da cerimónia da Páscoa e os seus significados.

Transcrição

Bom dia, boa tarde, queridos irmãos!

A páscoa é um período muito importante para a vida cristã. Representa, como sabemos, o sofrimento e a morte de Jesus Cristo, nosso salvador e por isso, é muito importante prepararmo-nos para celebrarmos de uma maneira digna.

Vejamos como Paulo descreve isso em sua I carta aos Coríntios capítulo 11, começando a ler no versículo 23 até 28:

Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;

Está aqui a dizer que celebramos a Páscoa, este aniversário, na noite em que Jesus Cristo foi traído.

E, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.

E, está claro, fazemos um memorial como muitas outras comemorações, um memorial anual.

Por semelhante modo, depois de haver ceado [cerimonial depois da ceia], tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes [Quando é que o bebemos? Na Páscoa], em memória de mim.

Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice [na Páscoa], anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.

Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu [culpado] do corpo e do sangue do Senhor.

E por isso, nós não queremos ser réus do corpo do Senhor; assim sendo, procuramos observar a Páscoa duma maneira digna.

Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice;

Queridos irmãos, precisamos nos examinar, nos analisar a nós próprios. Ver aonde precisamos mudar para sermos melhores pessoas para comer o pão e beber o cálice do Senhor duma maneira digna.

Ora, hoje, neste sermão, eu quero levá-los através da Bíblia, acerca do que aconteceu durante a última Páscoa do Senhor para pudermos preparar-nos para a Páscoa que se avizinha.

Como a cerimónia da Páscoa começou?

Foi introduzida no Antigo Testamento. Então, vamos aí, em Êxodo capítulo 12 versículo 3:

Falai a toda congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro [isto é dez, do calendário hebráico], segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família. Isto é em volta de Março-Abril, quando era selecionado esse cordeiro.

No versículo 5:

O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito; Como sabemos, esse cordeiro era simbólico. Representava o nosso cordeiro pascal – Jesus Cristo.

E, por isso, aqui está um outro ponto, um outro exemplo, como Cristo está a cumprir a Lei, a cumprir esse simbolismo na Lei, sendo Ele esse cordeiro pascal.

Está claro que Ele cumpriu com a Lei e os profetas, pois estes, apontavam para Ele e nós temos que obedecer (imitar a Cristo) e acreditar a Cristo como Ele obedeceu. Claro que isto resulta num esforço, apesar das nossas fraquezas, que nós temos que fazer para obedecer a Cristo.

Versículo 6:

E o guardareis até ao décimo quarto deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará [matar o cordeiro selecionado para a Páscoa em sua própria casa] no crespúsculo da tarde [isto é, depois do pôr-do-sol].

Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem;

Pelo relato da matança do cordeiro nas suas habitações, fica claro que estavam igualmente a celebrar a Páscoa em suas casas. Era o que os israelitas desse período estavam a fazer.

Continuamos a ler um bocadinho mas adiante, veja no versículo 12:

Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito [nessa noite, preparado o cordeiro, em suas casas, comiam a noite] e ferirei na terra do Egito todos os primogénitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor.

O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós [este é o significado da palavra Páscoa – passar por cima – hebraico: pasach], e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito.

Este dia vos será por memorial [as pessoas celebravam a Páscoa como um memorial nesse dia 14 e Paulo disse que … na noite em que ele foi traído, antes de ele ser traído, nessa noite, ele observou a Páscoa] e o celebrareis como solenidade ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.

Quando diz no versículo 14, «celebrareis por … estatuto perpétuo» e por isso sabemos que Jesus Cristo observou a Páscoa e também observou individualmente. Quer dizer, essa Páscoa, não foi de matar um cordeiro no templo, mas sim, na área onde estavam a observar.

Veja por exemplo em Lucas capítulo 22 versículo 7:

Chegou o dia [da Festa] dos Pães Asmos [a palavra “da Festa” não consta nos manuscritos; “da Festa”, aqui, foi adicionado pelos tradudores; todavia, entende-se, que já era o período de Pães Asmos, porque já estavam a tirar o fermento das casas], em que importava comemorar a Páscoa.

Segundo a Biblia, os dias da Festa de Pães Asmos é depois da Páscoa. Pois, os Asmos começam no dia 15 de Nissã, segundo se lê em Levíticos 23; Continuando a ler em Lucas …

Jesus, pois, enviou Pedro e João, dizendo: Ide preparar-nos a Pásca para que a comamos.

Eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos?

Então, lhes explicou Jesus: Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem com um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar

E, indo, tudo encontraram como Jesus lhes dissera e prepararam a Páscoa.

Jesus celebrou a Páscoa. Não foi uma noite qualquer, foi a noite da Páscoa! E, depois, diz, no versículo 14:

Chegada a hora, pôs-se Jesus à mesa, e com ele os apóstolos. [Não foi só chegado o dia, foi também chegada a hora. Quer dizer, depois do pôr-do-sol, a hora específica.]

E disse-lhes: Tenho desejado ansiosamente comer convosco está Páscoa [não está a comer uma refeição qualquer; está a comer a específica refeição da Páscoa], antes do meu sofrimento [Pois, sabia que o cordeiro pascal era Ele, ia ser traído nessa noite, aprisionado e sacrificado na parte diurna nesse mesmo dia 14 que começa no pôr-do-sol  e termina ao pôr-do-sol do dia seguinte].

Pois vos digo que nunca mais a comerei, até que ela se cumpra no reino de Deus.

E, tomando um cálice, havendo dado graças, disse: recebei e reparti entre vós;

[Vemos aqui a introdução de novo significado da Páscoa]. Por isso, ele estava com os apóstolos, comendo a refeição [a ceia] do Antigo Testamento. Como ponto de interesse, um detalhe, hoje em dia quando pensamos sentar numa mesa com cadeiras e utensílios; julgamos que era assim no tempo de Cristo. Todavia, não era assim. A mesa tinha características diferentes das que temos hoje. Talvez com 30 centímetros de altura, e as pessoas, se deitavam do lado esquerdo, com os pés para trás, e com a mão direita comiam. A outra pessoa defronte,  e outros ao lado, juntos, dividiam a mesa. Era assim a tradição nesse período.

Isto é importante entender porque quando vemos a história da Maria que lavou os pés de Jesus quando estava à mesa [ora, se você está sentado à mesa e lavou os pés de Jesus, como é que ela se chegou aos pés de Jesus? Agora, se está claro o posicionamento da tradição desse tempo, aí fica claro que, os pés declinados para trás, podem-se lavar junto à mesa, enxugando com os cabelos e perfumando com um perfume muito caro.]

Continuando a acompanhar a história, há a sublinhar um ponto importante. Vamos ver isso em João capítulo 13 … vou começar a ler  do versículo 2, vamos tomar a leitura a partir da ACF [versão Almeida Corrigida e Fiel]:

E, acabada a ceia [a seder] [quer dizer que, Jesus Cristo celebrou a Páscoa como era celebrada no Antigo Testamento. E, como lemos acima, em Lucas, ele disse: «não vai participar dessa ceia até que se cumpra no seu reino, quando ele voltar. Ora, depois da ceia, é que vemos o assunto do lava-pés], tendo o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse a Jesus,

Sabendo este [Jesus Cristo] que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus [Jesus Cristo procede do género de Deus que era Deus e voltaria para ser do género da qualidade de Deus, assim como nós somos do género humano, ele era do género, da qualidade, de tipo de ser de Deus. Como sabemos, havia o Pai e o Filho são dois seres um está ao lado do outro. E sabemos que Ele tinha vindo do Pai e se esvaziou da sua glória, da sua forma de Deus e se fez humano. Com a sua volta, tornaria na sua forma de Deus como lemos em Filipenses capítulo 2 versiculos 1 até 11],

Ele sabia que era dessa forma e voltaria para sua forma de glória como também lemos em João capítulo 17 versículo 5:

E, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.

Por isso, Jesus Cristo, antes do mundo era o Verbo, já tinha a glória do divino junto do Pai. Ele era da forma de Deus. Continuando a ler em João capítulo 13 versículo 4:

Levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela.

Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingindo.

Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe disse: Senhor, tu me lavas os pés a mim?

Respondeu-lhe Jesus: o que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois.

Disse-lhe Pedro: se eu não te lavar, não tens parte  comigo.

Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça.

Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou [quem já está baptizado, quem já está lavado espiritualmente] não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos.

Pois ele sabia quem [Judas Escariotes] era o traidor. Foi por isso que disse: nem todos estais limpos.

Continuando a ler no versículo 12:

Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz?

Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou.

Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. [Jesus Cristo deu um exemplo aqui]

Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.

Deu exemplo de sermos humildes, deu-nos exemplo de sermos servidores.

Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que o seu Senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.

Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.

Por isso vemos que Deus através de Jesus Cristo implementou essa instituição do lava-pés que é, digamos assim, a primeira parte da Páscoa do Novo Testamento – a Páscoa da Nova Aliança.

A Páscoa da Antiga Aliança era a ceia. Jesus Cristo cumpriu isso e disse que não vai fazer isso até ao seu vindouro Reino. Quer dizer que Cristo não vai estar envolvido à ceia da Páscoa até ao Reino vindouro. Mas ele vai estar envolvido no novo simbolismo da Páscoa do Novo Testamento. Isto é, da Páscoa da Nova Aliança.

Continuando a ler, no versículo 18:

Não falo a respeito de todos vós, pois eu conheço aqueles que escolhi; é, antes, para que se cumpra a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim seu calcanhar.

Desde já vos digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais que EU SOU. [EU SOU! EU SOU foi aquele Ser que se apresentou aos patriarcas].

Jesus Cristo disse que Ele era o EU SOU. Aquele Deus, aquele SER na forma de Deus que se manifestou aos patriarcas como o VERBO, como O PORTA-VOZ, como o representante do PAI.

Em verdade, em verdade vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou [o Pai].

Por isso, estamos aqui a ver que Jesus Cristo estava a dar aqui uma instrução muito importante que às pessoas iam entender mais tarde.

Ditas estas coisas, angustiou-se Jesus em espírito e afirmou: Em verdade, em verdade vos digo que um dentre vós me trairá.

Então, os discípulos olharam uns para os outros, sem saber a quem ele se referia.

Ora, ali estava conchegado a Jesus um dos seus discípulos, aquele a quem ele amava [este era João – o escritor do 4º evangelho, não se referindo a si próprio com o seu próprio nome, mas referindo-se como o discipulo que Ele ama];

Sentados à maneira como explicado anteriormente à mesa, de pés voltados para trás, ali estava conchegado a Jesus um dos seus discípulos. É como que João estivesse o mais próximo a Jesus ao lado direito, conchegado a Ele.

A esse fez Simão Pedro sinal, dizendo-lhe: Pergunta a quem ele se refere. [Pedro ou estava a frente de João ou do lado direito desta maneira que eles estavam à mesa, e deu-lhe sinal «…olha pergunta a Ele quem vai fazer isso»]

Então, aquele discípulo [João], reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: Senhor, quem é?

Respondeu Jesus: É aquele a quem eu der o pedaço de pão molhado. Tomou, pois, um pedaço de pão e, tendo-o molhado, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. [Está claro, João e Pedro sucediam-se junto ao Senhor ao lado direito e do lado esquerdo, voltando-se, deu o pão molhado a Judas. Iscariotes estava igualmente junto a Jesus Cristo, porém do lado esquerdo.]

Isto explica a maneira como eles estavam sentados à mesa.

Esta secção de João 13:21-26 é um paralelo de Mateus 26. Então, ponha uma marca em João (retornaremos) e vamos consultar Mateus capítulo 26 começaremos no versículo 21:

E, enquanto comiam [isto foi depois da ceia. Como enquanto comiam? Dá uma imagem de petiscarem… mas a ceia (a refeição) já havia acabado. Já tinha decorrido o lava-pés e estavam eles a volta da mesa, digamos assim, a pesticar, enquanto conversavam], declarou Jesus: em verdade vos digo que um dentre vós me trairá [Como lemos em João 13:21]. Vamos continuar a ler de Mateus 26:22:

E eles, muitíssimo contristados, começaram um por um a perguntar-lhe: Porventura, sou eu, Senhor? [Paralelo de João 13:22-25].

E ele respondeu: O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá. [Vemos aqui Jesus a meter a mão no prato com Judas. Como vemos uma informação suplementar ao do outro Evangelho]

O Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito, mas ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido!

[V.25:] Então, Judas, que o traía, perguntou: Acaso, sou eu, Mestre? Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste.

Voltamos a ler em João [favor de pôr a marcação da página nesta secção de Mateus]. Lendo agora João capítulo 13 versículo 26:

Respondeu-lhe Jesus: é aquele a quem eu der o pedaço de pão molhado. Tomou, pois, um pedaço de pão e, tendo-o molhado, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes.

[V.27] E, após o bocado, imediatamente [após de ter dado o pão], entrou nele Satanás. Então, disse Jesus: que pretendes fazer, faze-o depressa.

Vê-se que depois do lava-pés e dos eventos decorridos à mesa, imediatamente entrou em Judas Iscariotes Satanás e Jesus disse: que pretendes fazer, faze-o depressa.

[V.28] Nenhum, porém, dos que estavam à mesa percebeu a que fim lhe dissera isto.

Pois, como Judas era quem trazia a bolsa [era o tesoureiro], pensaram alguns que Jesus lhe dissera: Compra o que precisamos para a festa [sim, pois a festa era no dia 15, e esse era o dia 14] ou lhe ordenara que desse alguma coisa aos pobres.

Ele [Judas Iscariotes], tendo recebido o bocado [de pão], saiu logo. E era noite.

Vemos, então, que Judas, depois de ter recebido o pão molhado, saiu logo, já não era lusco-fusco, já era noite. Isto explica todo o cenário. Por isso que Paulo diz «que na noite em que foi traído».

Agora, voltemos em Mateus capítulo 26, lendo versículo 26:

Enquanto comiam [mas isso foi depois da ceia, estavam a petiscar, e também foi depois do lava-pés], tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo.

Jesus nesse ínterim, começa introduzindo os símbolos da Páscoa do Novo Testamento.

[V.27] A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos;

Outro símbolo introduzido por Jesus da Páscoa da Nova Aliança.

Fica claramente entendido que estes símbolos da Páscoa do Novo Testamento são introduzidos depois da ceia. E, vemos que Judas já tinha saído. A situação aqui de ele pegar o pão e ter saído logo imediatamente; precedendo a introdução dos símbolos [do pão e do vinho] do Novo Testamento. Concluí-se que Judas não tomou parte dos símbolos do pão e vinho da Páscoa do Novo Testamento. Sim, [Judas] tomou parte da ceia e da cerimónia do lava-pés, saiu logo, de imediato; Jesus, porém, continuou [sem o Judas presente] com os símbolos [do pão e do vinho] da Páscoa do Novo Testamento.

Vamos agora cuidar de um outro ponto importante em Lucas capítulo 22 versículos 19 e 20:

E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim.

Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.

Portanto, as escrituras concordam que a introdução dos símbolos da Páscoa do Novo Testamento deram-se depois da ceia. Também lemos isso em 1 Coríntios 11:25.

Assim numa sequência dos eventos dessa noite, podemos apontar primeiro a ceia, depois o lava-pés, depois, Judas tomou o pão molhado e saiu de imediato, depois, Jesus Cristo introduziu os símbolos (pão e vinho) da Páscoa do Novo Testamento.

Isso é a razão de não fazermos a ceia [na Páscoa do Novo Testamento ou Páscoa da Nova Aliança]. Jesus Cristo cumpriu com a ceia do Antigo Testamento [da antiga aliança] antes da introdução dos símbolos da Páscoa do Novo Testamento [da Nova Aliança].

A Páscoa da Nova Aliança como se referiu Jesus, começa com o lava-pés, seguido do pão sem fermento e depois o vinho; símbolos estes que apontam para Jesus Cristo, está claro [o pão representa o corpo de Jesus Cristo, sem fermento, isto é sem pecado, e o vinho representa o sangue de Cristo].

O ponto que causa confusão em algumas pessoas é o versículo 21 de Lucas capítulo 22, pois, diz assim:

Todavia, a mão do traidor [está] comigo à mesa.

Querendo parecer que Judas Iscariotes estava à mesa quando estes símbolos da Páscoa (pão e vinho) foram introduzidos. Interessante ver que ARC (versão Almeida Revista e Corrigida), a palavra “está” está em itálico; isto é, uma palavra que não está no grego. Por isso, não é que estava literalmente nesse momento mas que indica que estava à mesa.

Outro ponto aqui, é que esta secção de [Lucas 22 versículos] 21 a 23, é uma secção que não necessariamente narra os factos de acordo a ordem real dos factos tal qual aconteceram. Como pode ser isso? Porque Lucas pôs tudo direitinho acabando por agrupar os eventos. Mas os referenciais de Lucas foram Marcos e Mateus. Assim, vamos para Marcos capítulo 14 versículos 21 e 22; por isso estamos a considerar aquilo que se chama “o peso das Escrituras”.

Pois o Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito; mas ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido!

Para maior entendimento podemos ler o versículo 20:

Respondeu-lhes: é um dos doze, o que mete comigo a mão no prato.

E, como lemos, depois de ter feito isso, o demónio entrou em Judas e saiu imediatamente.

E, enquanto comiam [petiscavam], tomou Jesus um pão e, abençoando-o, o partiu e lhes deu, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo.

Aqui vemos que o ato de identificação do traidor foi antes da introdução dos símbolos da Páscoa do Novo Testamento. E sabemos que ele [Judas] saíu logo depois de ter sido identificado. Temos aqui, de novo, essa sequência que defende esse ponto importante.

Vamos agora em Mateus capítulo 26 versículos 25 e 26:

Então, Judas, que traía, perguntou: Acaso, sou eu, Mestre? Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste.

Vemos que o traidor é identificado, ficou apossado e saiu imediatamente.

E depois, no versículo 26 é onde vem a parte do pão e do vinho. Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo.

Portanto, quando vemos em Lucas tudo em ordem, ressalta o ponto que não é necessariamente na sequência dos eventos. Ele agrupou-os numa sequência lógica. Veja por exemplo em Lucas capítulo 3 versículos 19 e 20; está a falar acerca de João Baptista:

Mas Herodes, o tetrarca, sendo repreendido por ele [João Baptista], por causa de Herodias, mulher de seu irmão, e por todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito,

Acrescentou ainda sobre todas a de lançar João no cárcere. [E sabemos que depois o matou também].

Está claro que João Baptista teve que baptizar Jesus Cristo antes que ele fosse preso. Mas o baptismo de Jesus Cristo é mencionado (em Lucas) depois de João Baptista ir ao cárcere. Veja no versículo 21:

E aconteceu que, ao ser todo o povo baptizado, também o foi Jesus; e, estando ele a orar, o céu se abriu, ...

Por isso vemos que Lucas embora tivesse posto tudo em ordem, agrupando certos assuntos juntos, não quer dizer que todos detalhes foram exactamente sequentes um ao outro; como vemos no exemplo do baptismo. João Baptista repreendeu a Herodes e este o aprisionou; certa sequência, correto. No entanto, o baptismo de Jesus foi antes de João ser preso. E depois, Lucas é que começa a falar da genealogia de Jesus Cristo. Está também claro que vem antes. Como se lê no versículo 23:

Ora, tinha Jesus cerca de trinta ans ao começar o seu ministério. Era, como se cuidava, filho de José, filho de Eli; [o mais correto era dizer genro de Eli, pois, está a dar uma genealogia física de Maria. Eli é pai de Maria. Essa é uma genealogia de Jesus Cristo através da mãe.]

Continuando a falar acerca do que Paulo instruiu, vamos ver em I Coríntios capítulo 5 versículos 7, está a falar, na secção do homem que tinha cometido pecado por um relacionamento ilícito com a sua madrasta (mulher do seu próprio pai) e Paulo estava a dizer a eles que tirasse esse velho fermento (velho pecado) da vossa vida porque estava a falar num contexto dos Pães Asmos. Tomemos a leitura:

Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento [porque estavam no periodo dos Pães Asmos]. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.

Portanto, vemos que Jesus Cristo introduz os novos símbolos da Páscoa do Novo Testamento que representavam Ele próprio. O pão – que representava o Seu corpo, o sofrimento da carne Dele e o vinho que representava o Seu sangue derramado pelos nossos pecados para comprar-nos de volta. A nossa redenção.

Vejamos agora esses símbolos sendo profetizados por Isaías no capítulo 53; e começa com os sofrimentos. Versículo 3:

Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer [sabe o que é ter/passar sofrimentos]; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.

Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

Quando ele foi aprisionado, batido… nesse dia 14 de Abib, durante a parte diurna do dia, depois de ser traído e ter introduzido os novos símbolos da Páscoa, ele sofreu essas dores, carregou tudo por nós. E as pessoas pensavam «é culpa de Jesus Cristo! Deus o está a castigar!» Não.

Às vezes sofremos, padecemos várias aflições isto não é necessariamente por termos cometido pecados. Jesus Cristo sofreu não por ter pecado. Por isso não foi ferido da parte de Deus. Versículo 5:

Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

Nós somos curados pelas pisaduras, pelos sofrimentos, pelas dores que Cristo sofreu. Vejamos em Mateus capítulo 8 versículos 16 e 17:

Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes;

Para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.

Jesus Cristo sofreu para nos curar das nossas dores. Veja também em I Pedro capítulo 2 versículos 20 a 24:

Pois que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso, o suportais com paciência? Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus. [Quando sofremos, sem culpa, isto é grato a Deus].

Porquanto para isto mesmo fostes chamados [nós cristãos fomos chamados para sofrer pelos outros], pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos,

O qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca;

Pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente,

Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro [ou sobre a cruz, onde foi crucificado], os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.

Somos curados pelos sofrimentos de Jesus Cristo. E este é o simbolismo do pão que é quebrado, que é partido – sofrimento físico do corpo de Cristo. Por isso entendemos que por causa do sacrifício de Jesus Cristo podemos pedir cura quando estamos doentes. Esse é nosso socorro. Veja comigo, se faz favor em Hebreus capítulo 4 versículos 14 a 16:

Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.

Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.

Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. [Quando precisamos de ajuda, temos essa confiança da parte de Deus].

Somos curados pelo sacrifício de Jesus Cristo. Isto não quer dizer que permanentemente vamos ser curados, que não venhamos a morrer. NÃO!

Algumas vezes Deus permite que o sofrimento nos alcance para o nosso crescimento espiritual. Mas, na ressureição, vamos estar certamente curados.

Por isso, temos que ver a graça que Deus está a fazer por nós através de Jesus Cristo. Examinando a nós próprios como recomenda Paulo aos 1 Coríntios 11.

Fazemos parte da Páscoa do Novo Testamento com os novos símbolos: o lava-pés, o pão e o vinho; examinando-nos a nós próprios para observar a Páscoa de uma maneira digna, respeitosa. Por isso, precisamos antes da Páscoa, estar a meditar, a avaliar-se pessoalmente e isto de uma maneira muito séria para observar a Páscoa de uma maneira digna.

Pois, o ponto é, examine para observar a Páscoa e não o contrário.

Vamos ver algumas escrituras acerca de significados adicionais do pão:

Em João capítulo 6 versículos 30 a 35: Jesus Cristo disse que é o pão da vida. Por isso estamos a meditar não só so sacrifício de Cristo, mas que também temos Cristo em nós, simbólicamente, através do Espírito de Deus, porque é o pão da vida:

Disseram-lhe, pois: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu?

Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu.

Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. [Deus é quem dá o Espírito Santo, sua essência e através disso em nós temos o Pai e Jesus Cristo a viverem em nós. Porque o Espírito do Pai é o Espírito do Filho. É essa essência em unidade, a maneira de pensar, de agir, de sentir, de ver as coisas que recebemos do Pai através de Jesus Cristo]

Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.

Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão.

E Jesus lhes disse: EU SOU o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.

Jesus Cristo é o pão da vida. E ele é que nos dá a salvação por intermédio do seu sacrifício e ainda nos envia esse pão (Espírito Santo) para ele e seu Pai viverem em nós.

Portanto, quando comemos esse pão na Páscoa também estamos a pensar, a meditar, a avaliar não só a nós próprios, mas avaliamos a necessidade de termos Jesus Cristo em nós permanentemente.

Por isso, seguimos com os dias de Pães Asmos para a cada dia que formos consumindo os pães sem fermento, possamos ser, digamos assim, cuidar de viver uma vida sem pecado completamente. Porque? Porque agora temos o compromisso de imitar Jesus Cristo. Cumprindo suas Leis, incluíndo os sabádos, não só o sábado do sétimo dia, como os sábados anuais, os sete festivais bíblicos descritos em Levíticos 23.

Por isso, irmãos, todos somos muitos membros mas somos só um corpo. Então, aí, vemos em I Coríntios capítulo 10 versículos 16 e 17:

Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? [o pão é a comunhão do corpo de Cristo].

Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão.

Somos um só corpo, um organismo espiritual que é a verdadeira Igreja de Deus. Nós, igualmente somos um pão. Temos que entender isto claramente. Sim, somos muitos membros mas somos só um corpo. Isto representa uma união, uma comunhão. Por isso, o pão da Páscoa que tomamos, na cerimónia da Páscoa é:

  1. simbólico dos sofrimentos de Cristo para nos sarar, curar;
  2. é simbólico de Cristo viver em nós – vivermos como ele é, imitá-lo;
  3. e é simbólico porque representa a união porque somos um, em unidade.

Então, continuando em Isaías capítulo 53, já lemos a primeira parte desta profecia; agora, vamos a segunda parte, começando no versículo 10:

Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado [quando der Ele a Sua vida pela remissão dos pecadores], verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.

Versículo 12:

Por isso, eu lhe darei muitos [Cristãos, muitos filhos de Deus] como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma [a Sua vida] na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.

Ele deu a Sua vida para nós e o Seu sangue nos purifica e esse é o simbolismo do vinho – que simboliza o sangue de Cristo.

Vamos em I João capítulo 1 versículos 7 a 9:

Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. [É o sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado.]

Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

Como? Pelo sangue de Cristo! O sangue de Cristo nos purifica se confessarmos a Deus. Temos que admitir os nossos erros a Deus. E temos que nos arrepender com sinceridade, mudar essa mentalidade carnal que temos.

Por isso, lê-se também em Romanos capítulo 3 versículos 23 a 26:

Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, [quem dentre nós não pecou? Nenhum. Todos pecamos.]

Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, [isto é a compra de volta que há em Cristo], a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, [isto é uma coberta de misericórdia; que pelo seu sangue nos cobre os nossos pecados e passa por cima – o simbolismo da Páscoa. Lembram-se?].

Em Êxodo 12, punham o sangue na porta, nas umbreiras e nas vergas e o Senhor passou por cima. Por causa do sangue – simbolicamente, o sangue de Cristo. Por isso que o sangue de Cristo é de propiciação como um ato de misericórdia para cobrir, para Deus passar por cima, para fechar os olhos pelos nossos pecados passados. Não quer dizer que continuamos a pecar. Os pecados do passado é que perdoa. Agora liberados, perdoados, não podemos quebrar as leis de Deus. Não podemos roubar, or estar a mentir. Não! Está claro que não.

A quem Deus propôs. No seu sangue, como propiciação, mediante fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;

Ressalta-se o ponto anteriormente cometidos, não está a se referir do futuro. Temos que mudar a vida, a maneira de ser, mudar o género de pessoas que somos, termos um novo eu.

Mas uma vez, isso representa o simbolismo quando estamos a sair das águas baptismas. Saí um novo eu, uma nova pessoa. Porque arrependemos do que somos.

Tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele msmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.

Pela fé somos justificados pela fé que Jesus teve de fazer este sacrifício por nós, mas também temos que acreditar em Jesus Cristo. É de fé em fé. São ambas. A fé de Jesus e em Jesus.

Vemos em Hebreus capítulo 9 versículos 11 a 14:

Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação,

Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, [Quer dizer, Jesus Cristo quando morreu entrou no trono de Deus, na parte central, onde Deus está, uma vez por todas, não precisa fazer mais sacrifícios] tendo obtido eterna redenção [uma compra de volta para sempre].

Vemos claramente que é um pagamento enorme, é um sacrifício enorme. Estamos a entender este enorme sacrifício de Jesus Cristo?

Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne,

Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu semo mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!

O sangue de Cristo purifica a nossa consciência de obras mortas. Temos que servir nesta nova aliança. Servir corretamente.

Versículo 15:

Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança [é este novo compromisso de termos o Espírito de Deus em nós santificando-nos, sendo como Deus e Cristo são], a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.

A nova aliança tem uma melhor promessa.

Assim, Jesus tomou esse cálice como símbolo desta nova aliança. Por isso é que diz observem isto como memorial.

Sabemos que os nossos pecados causaram a morte de Jesus Cristo. Mas Deus sabia que nós íamos pecar. Sabia que somos fracos. Mas temos esta carne e esta fraqueza para aprendermos a lutar contra esta fraqueza. Para aprendermos a ser vencedores.

Por isso é que diz em Apocalipse capítulo 13 versículo 8:

E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

Tinha-se decidido desde o princípio que o Cordeiro tunha que ser imolado, sacrificado desde antes da fundação do mundo. Isto é, tinha sido predestinado a morrer antes da fundação do mundo.

Assim, quando Cristo morreu, o Pai o ressuscitou. Mas que grande sacrifício de Jesus Cristo!

A cerimónia da Páscoa é uma cerimónia muito solene. É uma cerimónia que representa o grande sacrifício, o grande preço que Jesus Cristo pagou por nós.

O sacrifício que Jesus fez por nós, em primeiro lugar, sua atitude de humildade. Representada pelo lava-pés. Atitude de sofrer por nós e por tais sofrimentos nós sermos sarados, curados. Representado pelo simbolismo do pão. E o simbolismo do vinho que representa o pagamento da Sua vida pela nossa vida. Para podermos ser ressuscitado.

Por isso que ele orou, depois desta cerimónia, mas antes de ir ao Getsêmani, onde foi captado, digamos assim, orou: «Pai vivifica-me com a glória que eu tinha…» como lemos em João17:5.

Vamos ler em João capítulo 17 versículo 9:

É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus;

Jesus Cristo está a orar por nós. Nós somos importantes a Cristo. Nós somos os filhos de Deus.

Continuando no versículo 11:

Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome [no nome de Deus. [Por isso é que é Igreja de Deus…], que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.

Queridos irmãos, a única forma de sermos unidos é sermos humildes, carinhosos e amorosos uns para com os outros. Quando somos arrogantes e soberbos… e quando dizemos que eu tenho todas soluções, todas as respostas; cuidado, irmãos, porque não estamos a enverdar no verdadeiro caminho cristão, não estamos a ser humildes. Jesus Cristo na Páscoa deu-nos o simbolismo da humildade através do lava-pés. Temos sempre e sempre começar com a humildade e estar preparados a sofrer pelos outros como Cristo que deu a sua vida por nós.

Continuando a ler no versículo 12:

Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.

Nos versículos  20 e 21:

Não rogo somente por estes, [pelos apóstolos que estavam com Ele] mas também por aqueles que vierem a crer em mim, [nós hoje nestes anos do fim] por intermédio da sua palavra;

A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós [para nós todos com o Pai sejamos um]; para que o mundo creia que tu me enviaste.

Continuamos a ser pessoas individuais mas estamos a ser unidos em atitudes mentais, em objectivo, em amor, em carinho, em humildade. Para sermos um.

Versículos 22 e 23:

Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos;

Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amste, como também amaste a mim.

Irmãos, precisamos de ser aperfeiçoados. Temos uma grande bênção. A bênção é do sacrifício de Jesus Cristo. Por isso, agora que nos aproximamos da Páscoa, é imortante de maneira cuidadosa examinarmo-nos, entendermo-nos, respeitarmo-nos e darmos glória a Deus por este sacrifício enorme do Cordeiro Pascal.