O Que é o Pecado?

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Devemos entender o que é o pecado para que possamos identificá-lo adequadamente em nossas vidas. Este sermão examina quatro escrituras do Novo Testamento que definem o pecado e as concretiza em um contexto diário.

Transcrição

Bom dia ou boa tarde queridos irmãos aqui é Jorge Campos.

Em 1 JO 3:4 vemos uma definição do que é pecado e que todos nós, sim, provavelmente conhecemos bem! E diz assim:

“todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei porque o pecado é a transgressão da lei”

Queridos irmãos, esse é, digamos assim, o ponto inicial da definição do que é o pecado e hoje quero falar acerca de 4 escrituras do NT  que definem o que é o pecado e sim a primeira  é 1 JO 3: 4:

“o pecado é a transgressão da lei”

Ora, se você peca você está transgredindo a lei e essse é o âmago do significado do pecado. E lemos em RM que Paulo passou  por uma situação em que veio a entender melhor o significado do pecado e isso está descrito em RM 6-7-8.

Hoje vamos abordar um pouco acerca disso usando de RM 7. Aí ele descreve a sua experiência e como ele veio a discernir, compreender e descobrir que o pecado é muito mais que simplesmente quebrar a lei.

Ora, o que estou a dizer é que do ponto de vista de Paulo quando ele era Saulo o ponto de vista que tinha como um judeu, o fariseu, o ponto de vista que ele aprendeu desde a infância era que o significado do pecado era simplesmente a transgressão da lei.

Mas quando ele se tornou convertido, quando confrontou a Jesus Cristo e veio revelar a ele que ele estava a pecar isso lhe foi um grande choque! Então vamos ler um pouco em RM 7 começando no v. 7, mas da NVI. E não estou a dizer que devemos ler esta versão sempre, mas neste caso transcreve de maneira mais fácil de entender e vejamos:

“que leremos então? A lei é pecado?”

Paulo tem estado a explicar em RM que a lei define o que é pecado e vejam em RM 3:20:

“pela lei vem o pleno conhecimento do pecado”

Sim, a lei define o pecado também em RM 4:15 diz:

“onde não há lei também não há transgressão”

E por isso a lei define o pecado e quando é uma transgressão. Leia também em RM 5:13 diz:

“mas o pecado não é levado em conta quando não há lei”

Porque a lei identifica o pecado, tudo bem, e por isso Paulo agora pergunta em RM 7:7 que diremos então a lei é pecado? E continuamos a ler em:

“de maneira nenhuma! De fato, não se definiu pecado a não ser por meio da lei, pois eu não saberia na realidade o que é cobiça se a lei não dissesse não cobiçarás”

Por isso vemos que a lei define o que é o pecado: adultério é pecado, roubar é pecado, ter ídolos é pecado, usar o nome de Deus em vão é pecado, quebrar o sábado é pecado, a lei diz o que é pecado e continuando no v. 8 diz:

“mas o pecado aproveitando a oportunidade pelo mandamento produziu em mim todo o tipo de desejo cobiçoso”

O que Paulo está aqui a dizer é que eu não teria sabido uma definição de pecado se não tivesse a lei para me indicar o que era pecado, a lei me indicou que cobiça é pecado e por isso identificou que todo o desejo cobiçoso é pecado.

E como fariseu Paulo tinha um bom entendimento do que era o pecado que é explicado pela lei e ele também entendia bem que se ele quebrasse essa lei, os DEZ MANDAMENTOS, então ele teria que receber o perdão de Deus e então teria que oferecer um sacrifício para receber esse perdão.

Mas agora em RM 7 Paulo vai explicar que é muito mais do que isso e quando Paulo estava no judaísmo não entendia este nível mais profundo do significado da lei, mas ele agora como um cristão de pois de ter sido convertido tem um entendimento mais profundo, por ex., agora como um cristão ele entende que a cobiça a lei só mostrava que tinha cobiçado.

Paulo dizia eu entendia a lei, mas conforme ele veio a entender mais profundamente a lei; ele veio a entender que mais cobiça vinha na mentalidade dele e por isso para ele conforme veio a entender mais o significado da lei é que ficou como se fosse uma maldição!

Ora, como fariseu ele viu a lei como uma benção e sim a lei de Deus é uma benção; ele obedeceu às leis de Deus como fariseu Paulo obedeceu às leis de Deus à letra; ele obedeceu a lei notavelmente bem e como se diz: ele era um dos melhores fariseus do seu tempo!

Mas agora como cristão Paulo entendeu isto melhor e veio entender que tinha um problema por causa da lei de Deus e então se vê aqui diz assim:

“pois, sem a lei o pecado está morto, antes eu vivia sem a lei (v. 9), mas quando o mandamento veio o pecado reviveu e eu morri, descobri que o próprio mandamento destinado a produzir vida na mesma produziu morte”

Quando ele descobriu isso? Na sua educação judaica ele tinha a lei, obedecia a lei, ele entendia que estava vivo porque obedecia a lei, ele entendia e pensava que estava espiritualmente vivo porque obedecia a lei, mas agora convertido como cristão descobriu e entendeu a lei mais de forma profunda e então chegou a ver que estava condenado porque quebrou a lei.

Imagine o choque para ele, um homem que sempre obedeceu a lei, à letra da lei, nunca cometeu adultério, sempre observou o Sábado a sua vida inteira, nunca adorou um ídolo, nunca roubou.

Ora, imagine o choque quando ele veio a realizar que ele assassinou cristãos, de todos os mandamentos um dos mais detestáveis e terríveis seria o de assassinar uma pessoa.

O que ele podia fazer de pior a outra pessoa? Ele tinha observado os mandamentos todos na sua vida, tudo absolutamente perfeito à letra da lei e um dia foi confrontado por Cristo e então ele entendeu que ele tinha assassinado. E tornando a ler o v.11:

“mas o pecado aproveitando a oportunidade dada pelo mandamento enganou-me”

O que o enganou? O pecado! E não o mandamento! Ele tinha esta crença que tinha sido salvo pelos mandamentos porque ele nunca tinha pecado, mas como um cristão, quando começou a entender os mandamentos em sua profundeza, quando foi confrontado por Jesus Cristo, ele reconheceu que os mandamentos de Deus estavam a ser que Paulo era mau!

Ele veio a reconhecer que ele não era bom, e sim um pecador, como ele pensava, mas ele estava neste grupo de pessoas boas e judaicas e que guardavam os mandamentos à letra e por isso continuando a ler no v. 11:

“e por meio do mandamento o pecado me matou”

De fato, a lei é santa diz Paulo, o mandamento é santo, justo e bom e no v. 13:

“então o que é bom se tornou em morte para mim? De maneira nenhuma, não foi o mandamento que se tornou morte para mim, mas para que o pecado se mostrasse como pecado, e produziu morte em mim por meio do que era bom e de modo que por meio do mandamento, ele o pecado, se tornasse extremamente pecaminoso”

Os mandamentos, por isso Paulo veio a reconhecer que os mandamentos foram para mostrar a mim, a você, a nós que somos pecaminosos, Paulo pensava que era bom, mas agora veio a reconhecer que não, que não era e como é que o pecado o enganou?

Sim, a lei diz: não roubes, ele nunca tinha roubado, então como é que Paulo se deixou enganar pelo pecado? e continuando a ler no v. 14:

“sabemos que a lei é espiritual eu, contudo, não sou, pois, fui vendido como escravo ao pecado”

Era Paulo alcoólatra? Não! Estava ele a cometer adultério? Não! Estava a dizer o nome de Deus em vão? Não! No mundo judaico, como um fariseu, ele era bem consciente de não usar o nome de Deus em vão então como é que o pecado enganou a Paulo?

Paulo sabia que a lei definia o pecado, mas além do judaísmo, como cristão, ele veio a entender que estava condenado à morte! E como isso é possível? Ele veio a descobrir que a lei define pecado, sim, mas a lei não tem modo de salvar uma pessoa se quebrar essa lei.

E também reconheceu que o pecado é universal, sim, o pecado não era só para os pagãos, ou talvez para os maus judeus porque nós fariseus estávamos “limpos”, digamos assim, ele veio a reconhecer que todos pecaram!  E leiam em RM 3: 10:

“como está escrito: não há justo nenhum, um se quer, não há quem entenda, não há quem busque Deus, todos se extraviaram a uma só e eram inúteis, não há quem faça o bem, não há um, se quer”

Veio a entender que todos pecaram: pagãos, maus judeus e “bons judeus”, os próprios fariseus e todos pecaram e vejam no v. 23 de RM 3:

“pois, todos pecaram e carecem da glória de Deus”

E isto foi um choque para Paulo porque ele pensava que ele era limpo, sem pecado então o que fazer? Quando peca? O ponto é que não há uma saída pela lei, a lei diz o que Deus aceita e o que não aceita, a lei define o pecado.

E por isso precisamos de entender muito claramente que essa é a primeira escritura como eu disse, 1 JO 3:4, que define o que é pecado, o pecado é definido pela lei e a lei define o que é aceitável ou não; e Paulo veio a reconhecer este ponto mais profundamente e essa é a primeira escritura que define o pecado no NT, mas vejamos uma segunda escritura está em 1 JO 5:17 que diz:

“toda injustiça é pecado”

Isso não é um pecado para morte, mas um que a pessoa tenha se arrependido e então entendemos isso outro assunto, mas toda injustiça é pecado e o que é injustiça? O que é ser justo? O que é ser correto? É uma questão de sabedoria, uma pessoa é sábia se sabe o que é certo, o que é correto e justo e tem então que atuar corretamente se tem o caráter e o domínio próprio para fazer o que sabe o que tem que fazer porque sabemos em PV 9:10:

“o temor do Senhor é o princípio da sabedoria”

Por isso a justiça e ser justo significa ser correto, fazer o que é justo e fazer o que Deus quer que nós façamos e há muitas escrituras que dizem o que Deus quer e também o oposto e por isso tem a ver com certas ações acerca da maneira como Deus pensa.

Deus sabe o que é certo!  e Deus não vai desistir do que é certo e diz que é certo e não muda! É o mesmo ontem, hoje e amanhã e Ele não desiste disso e se você tem um argumento com Deus e não concorda com o que Deus diz que é certo ou não é certo então você está pecando.

Um ponto adicional acerca do que é justiça e Deus demonstra a sua justiça por enviar a Seu Filho para morrer por nós, pensem bem: Deus é tão justo, é tão certo do que faz, que nos salva de estarmos errados, a justiça Dele é tal que Ele nos salva e deu o Seu único filho para morrer por nós porque nós estamos errados! Essa é a justiça de Deus.

Então, cabe a nós aprendermos o que é certo e errado, aprender a justiça de Deus, a maneira que Deus pensa e por isso a justiça é para além, digamos assim, da letra dos DEZ MANDAMENTOS, ou digamos assim, da lei. E vejam aqui, por ex., em RM 6:6 diz:

“não devemos servir o pecado como escravos”

O pecado, digamos assim, se torna o mestre em nós que acabamos de ser escravos do pecado e por isso precisamos de entender que o pecado não é uma lista de um sim de coisas que podemos fazer ou de um não que não podemos de fazer porque só fosse isso seria muito simples, digamos assim, seria a letra dos DEZ MANDAMENTOS.

Mas Paulo veio a chegar a um ponto de entender que justiça era mais do que essa lista de sim ou não, agora como um cristão ele vem a entender mais profundamente e, digamos assim, ele ficou chocado quando ele se moveu do farisaísmo para o cristianismo que era muito mais do que a letra da lei.

Não é o caso de que ele estava errado do que era pecado ou não, sim, a transgressão da lei é pecado, mas agora ele veio a entender mais profundamente e também é o que nós precisamos de vir a entender também; é o propósito deste sermão de vir a entender mais profundamente o significado do pecado e vejamos em rM 6:14 diz:

“o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei e sim da graça”

Debaixo da pena, do castigo da lei! Mas estamos debaixo da graça! E o que isso quer dizer? Quer dizer que você está debaixo de uma benção especial de Deus! Sim, nós pecamos e o salário do pecado é a morte e essa é a pena de quebrar a lei como lemos em RM 6:23: ”o salário do pecado é a morte”

Mas a graça de Deus é um dom especial, um favor especial de Deus, um dom gratuito de Deus para nos dar a vida eterna como lemos em RM 6:23 por Jesus Cristo Nosso Salvador.

Vou tentar explicar isto mais claramente apesar do fato de você e eu sermos pecadores, estamos debaixo de um favor especial de Deus!  O que então isso significa? Então você, por ex., foi fala com Deus e disse: olha, Deus vamos ter um relacionamento? Consigo?  e eu sei, Deus, que você vai me perdoar porque sou uma boa pessoa!

Você pode iniciar e manter esse relacionamento com Deus? Está claro que não! Temos pecados! Não pensamos como Deus pensa!  Além de quebramos a lei não pensamos como Deus pensa!

Por isso esta benção e favor especial de Deus é que Deus iniciou e mantém este relacionamento consigo e comigo; se hoje Deus disser: Jorge, estou cansado de ter você (ou ponha seu nome); então eu e você não iremos respirar nem mais um segundo! Nós estamos aqui pela graça de Deus! Estamos aqui por um favor especial de Deus!

Você foi chamado por Deus para ter um relacionamento com Ele! E você não pôde iniciar esse relacionamento e muitas pessoas pensam: olha, vou iniciar um relacionamento e tem que ser Deus que nos chama e está em JO 6:44; você não pode iniciar esse relacionamento e você não pode manter esse relacionamento.

Pondo de outra maneira: seria possível você ter uma vida perfeita que Deus venha a dizer a você: ok, vou manter um relacionamento com você; não é possível! Porque somos imperfeitos, irmãos!

Além, disso você já pecou e já está condenado a morte! RM 6: 15 diz:

“e daí? Devemos de pecar porque não estamos debaixo da lei e sim da graça”

Ou porque estou debaixo desse favor especial de Deus agora posso pecar quando quiser e me apetecer! Não! De modo nenhum! E no v. 16:

“não sabeis que daquele a quem vós ofereceis servos para obediência disse a mesmo quem obedeceis sois servos seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?”

Obediência é fazermos o que é certo, o correto e o que Deus quer que você faça, a vontade do Pai! Sim, quebrar a lei é pecado! Mas qualquer coisa que não seja correta, não seja justa é pecado também; se você não pensa da maneira que Deus pensa, não atua da maneira que Deus atua então você (e eu) está pecando!  

Talvez você não tenha quebrado a letra de um dos DEZ MANDAMENTOS, mas você fez algo que não é exatamente do modo e da maneira que Deus pensa e atua? Então, se você não atuou da maneira que Deus pensa e não atua da maneira que Deus atua então você está pecando!

Isso é pecado e nos separa de Deus e nos tornamos escravos dessa maneira de viver a não ser que nos arrependamos do que somos e nos vs. 17-18:

”mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração a forma de doutrina a que fostes entregues e uma vez libertados do pecado fostes feitos servos da justiça”

Isto é, na intenção do coração, o importante, sim, é a intenção do seu coração é a maneira que você atua de acordo com essa intenção e não é só ter uma intenção e fazer nada! Você tem que ter uma intenção correta e atuar dessa maneira e de acordo como Deus quer e por isso diz:

“viestes obedecer de coração a forma de doutrina de forma fostes entregues”

E assim estamos libertos porque estamos a mudar da nossa maneira de viver e de pensar com a ajuda do Espírito Santo de Deus para sermos servos da justiça e de como atuar e como Deus pensa e atua e no v. 19:

“falo como homem por causa da fraqueza da vossa carne assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade assim oferecei agora os vossos membros para servirem a justiça e para a santificação”

Então, a justiça tem a ver como nós nos tornamos santos, separados por Deus para um propósito de Deus! Sim, escolhidos por Deus para o propósito de Deus! Através da santificação do Espírito Santo, do poder que Deus nos dá para sermos cada vez mais como Ele é.

E a qualquer momento que você e eu não estejamos a nos submeter [voluntariamente] a esta separação e santificação então estamos a ser injustos, a praticar injustiça e estamos pecando porque toda injustiça é pecado como lemos em 1 JO 5:17.

Este relacionamento com Deus é mais do que a letra dos DEZ MANDAMENTOS do que fazer ou não, é ser tudo o que nós devemos de ser como Deus é! E isto foi o que Paulo veio a descobrir. Por isso é o que ele descreve em RM 6;7 E 8. Foi um choque para Paulo que era um judeu que obedecia a lei, mas ele veio a reconhecer que ele não estava a ser aceitável por Deus, estava pecando, e se chocou.

Então, vimos duas escrituras acerca do pecado e vejamos, então, a terceira que está em TG 4:17 que diz:

“portanto aquele que sabe o que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando”

Então aqui não é uma questão de roubar ou não, de mentir ou não, é uma questão de que deve saber fazer as coisas para o bem e que não está a fazer, sim, realmente o pecado é a transgressão da lei, mas isso não chega.

Então como vamos definir o que é fazer o bem? Talvez, a melhor explicação esteja aqui mesmo em TG porque Tiago estava falando nesta epístola e que ele escreveu à igreja de um modo geral e não foi uma epístola como Paulo escreveu, por ex., aos CO, e aos FP e aos CL; aqui Tiago está escrever à igreja em geral e a todas as congregações e ele por isso estava a lidar com várias situações na igreja, ora e veja aqui o que escreve em TG 2:1 diz:

“meus irmãos, não tenhais a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas”

Aqui, estamos a ver que ele estava a falar a certo de uma coisa que não era bom, onde ele está a dizer: não mantenhas a fé quando tens um sistema de castas na igreja.

Quer dizer, uns bons, outros meios bons e outros não assim tão bons e então qual o grupo que você está?  E há estas castas e níveis na igreja, isto é, eu vou aceitar este nível, mas não vou aceitar o outro nível e continuando a ler nos vs 2-4:

“se, portanto, entrar na vossa sinagoga, ou na igreja, algum homem cheio de ouro nos dedos e em traje de luxo e entrar também algum pobre, andrajoso, e tratares com deferência o que tem os trajes de luxo e lhe disseres: tu, senta-se aqui em lugar de honra e disseres ao pobre: olha, tu ficas ali em pé, ou assenta-te aqui debaixo do estrado dos meus pés; então não fizestes distinção entre vós mesmos? E não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos?”

Queridos irmãos, juízes com pensamentos perversos; imagine que vem a igreja uma pessoa que não tomou banho, está a cheirar mal, está malvestida e eu não estou a dizer que não há um padrão correto quando as pessoas aprendem, de vir a igreja para respeitar a Deus, mas quando aparece a primeira vez e não sabe, então, vamos ter uma aceitação dessa pessoa ou não!

Precisamos de ter cuidado principalmente que ele está a escrever acerca de riquezas e então continuando no v. 5:

“ouvi, meus amados irmãos, não escolheu Deus os que para o mundo são pobres para serem ricos em fé? E o reino que Ele prometeu aos que o amam? Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre e não são os ricos que vos oprimem e não aqueles que vos arrastam para tribunais? Não são eles os que blasfemam o bom nome que sobre vós foi invocado? Se vós, contudo, observeis a lei régia segundo a escritura: amarás o teu próximo como a ti mesmo fazeis bem! Se, todavia, fazeis acepção de pessoas cometeis pecado sendo arguidos pela lei como transgressores”

Quem você pensa que é ou não é membro da igreja? Por ele ter mais dinheiro do que o outro? Ou por ele ser mais pobre ou menos pobre? Ou você omite de fazer isto ou aquilo a uma certa pessoa por causa que você vê na sua mente vê que esta pessoa não merece isto ou aquilo?

E isso é o que chamamos de pecado de omissão porque você sabe o que é fazer o bem e não está a fazer o bem!  em TG 1:27 diz:

“religião pura e sem mácula para com o nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e viúvas nas suas tribulações e assim mesmo guarda-se incontaminado do mundo”

Sim, visitar aqueles com dificuldades, se não pode visitar porque vive longe ao menos comunicar com eles e se você sabe que deve de fazer isso e não o faz é um pecado de omissão.

Não há lugar na igreja de Deus para ter preconceitos contra alguém que esteja na igreja, não deve de ser assim e em TG 2:10 continua:

“pois, todo aquele que guarda a lei, mas tropeça em um só ponto se torna culpado de todos”

Sim, podemos expandir esse ponto em muitos ângulos, mas veja aqui no v. 11:

“porque aquele que disse: não adulterarás também ordenou não matarás, ora se não adulteras, mas matas, vens a ser transgressor da lei”

Lembrem-se que Tiago estava a escrever à igreja de Deus e está claro que as pessoas não estavam literalmente a matar! Então ao que ele está a referir-se aqui? Está a referir-se a oprimir, causar um tropeço e uma ofensa a essas pessoas com certos problemas.

E qual é o problema dessa pessoa? Você esteja, talvez, digamos assim, a matar, a desprezar; e talvez na sua mente esteja a pensar: essas pessoas não são suficientemente boas e você está a fazer a tal acepção de pessoas com níveis e castas.

E por que razão você pensa disso? Que essa pessoa é pobre? Ou porque essa pessoa tem uma doença mental e você, então, rejeita a essa pessoa? Seja que razão for; se você diz: eu não gosto deles ou você diz; esta pessoa não devia estar aqui na igreja então você lê no v. 11 ao fim:

“então, você é transgressor da lei”

Se você pensa desse modo contra um irmão ou irmã na igreja então você está pecando e isto é uma definição mais completa do pecado, não é? Sim, é o pecado da omissão e sabemos que devemos de fazer algo e não fazemos!  por que razão seja, talvez porque estejamos muito ocupados ou talvez devamos de ser benignos para essa pessoa sendo delicados com ela e não somos!

Então, se não somos delicados e benignos estamos pecando e há muitas instruções no NT para sermos delicados, tratar o próximo com amor e cuidado, mas não está na letra dos DEZ MANDAMENTOS a dizer que você deve de ser delicado!

Mas nós queremos que as pessoas nos tratem bem! E vou dar outro exemplo: você ora pelos seus inimigos? Ora, Cristo ordena para orarmos pelos nossos inimigos, não ordena?  então, se não estou a orar pelos inimigos estou pecando! Estou a ser injusto e cometendo um pecado de omissão! E você pode até dizer: mas não estou a fazer nada contra o meu inimigo ou você pode dizer: não estou machucando o meu inimigo, você pode dizer: não estou reclamando contra ele, mas está orando por ele? Ou por eles?

Não, eu não quero e podem ser abençoados e você vai dizer se Deus trouxer essa pessoa ao arrependimento, mas eu não tive o que é justo para mim porque ele era meu inimigo e fez isto ou aquilo outro contra mim! Eu não tive uma retribuição e agora eles estão a ser perdoados!  e eu tenho que os perdoar? O que eu devo fazer? Está claro que tem que perdoar! Não só perdoar, tem que orar por eles! E isso é um pecado de omissão!

Ora, neste momento depois de abordar estes pontos todos você, provavelmente, está um pouco desencorajado e esta coisa do pecado é muito maior do que eu tinha pensado e isto é o que Paulo descobriu e na última parte de RM 7, Paulo está em agonia sobre este entendimento mais profundo do pecado porque não é só o que fizemos, mas é o que somos.

E lembrem-se ele tinha sido um apóstolo muitos anos e agora quero ver a quarta escritura no NT que dá uma definição do pecado e essa está descrita em RM 14 requer um pouco de explicação e começaremos no v. 1 de RM 14:

“acolhei o que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões”

Recebe aquele que é fraco na fé que está a aprender, mas não é pra ter discussões, e argumentos e zangas acerca de opiniões que você tenha ou eu tenha! Isto é como diz a BKJ:

“os assuntos controvertidos ou, digamos assim, assuntos controversos, e aqui não está a falar que é transgressão da lei, ou está falar aqui o que é justiça, ou certo, ou como Deus é ser santo e não está a falar de omissão e do que você sabe do que é bom ou não, mas está falar de opiniões! Que são pessoais, e assuntos que uma pessoa pode ter esta opinião e a outra pessoa pode ter uma outra opinião e por serem diferentes vem o choque!

Sim, pode haver mais de um ponto de vista de assuntos duvidosos, digamos assim, e então começam a ter zangas e divisões sobre coisas controversas e continuando a ler no v. 2:

“um crê que de tudo pode comer, mas um come legumes!”

Pessoas podem pensar que estou aqui a falar de comer carnes imundas e irmãos aqui o assunto é de opiniões e de assuntos com controvérsias, não tem nada a ver com comer carnes limpas ou imundas, não tem nada a ver de guardar o Sábado ou não e está a falar de assuntos controversos, opiniões.

Basicamente é um assunto de comer carne ou não, ou de jejuar num dia ou outro, são opiniões, está claro, não é nada a ver com quebrar as leis de Deus e por isso o assunto neste caso, o principal, era acerca do vegetarianismo, mas não é por causa de consciência e então no v. 3 diz assim:

“quem come que não despreze o que não come e o que não come que não julgue o que come porque Deus O acolheu!

Se você não come carne não faça uma zanga contra aqueles que não querem comer carne ou com aqueles que só querem comer carne ou comer só legues não façam zanga. A situação aqui temos que ler no contexto da cultura daquele período pois, não era uma questão de saúde ou de vegetarianismo que hoje em dia encontramos, mas era uma situação de que as pessoas tinham visto nessa altura a carne era vendida e oferecida a ídolos pagãos e depois, sacerdotes de igrejas ou congregações pagãs davam a benção sobre essa carne e as pessoas tinham uma consciência de que não queriam comer essa carne porque tinha sido dedicada a deuses pagãos e algumas pessoas sentiam isso e diziam: não quero isso! E por isso, estamos aqui a ver uma luta de um assunto de que uma pessoa tem um ponto estadista desse assunto e outra pessoa tem um ponto de vista do assunto e então há estas zangas.

E no nosso contexto moderno talvez seria umas pessoas tem uma grande crença ou maneira de dizer que eu não vou usar máscaras e outro diz: olha eu quero usar e então começam a ter desnecessárias ou eu não me vou vacinar ou eu vou me vacinar e então há estas zangas baseadas em opiniões!

“e diz assim: o que tem a opinião não despreze o outro que tem a opinião diferente que é o que diz no v. 3”

E não julgue o que tem opinião diferente e distinta pois Deus o aceitou e o acolheu e no v. 4:

“quem és tu que julgas o servo alheio para o seu próprio senhor estar em pé ou cai, mas estará em pé porque o Senhor é poderoso para o suster”

Somos todos servos de Jesus Cristo, e não é uma questão de cometer adultério, ou de ser alcoólatra ou não, é uma questão de assuntos controversos e no v. 5:

“um faz diferença dia a dia e outro julga todos os dias, cada um tem uma opinião bem definida em sua própria mente?”

Sim, uma pessoa quer jejuar numa segunda feira e outro as quintas, e no costume judaico é jejuar duas vezes na semana, era mais de um jejum de doze horas e não vinte e quatro horas e então está a dizer que cada um tem a sua opinião bem definida em sua própria mente. E continuando no v. 6:

“quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faze quem come para o Senhor come e dá graças a Deus e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus”

Você tem essa opinião de comer carnes, não é uma questão que sejam imundas, é uma questão de que acreditavam e viam e sabiam que aquelas carnes tinham sido oferecidas a ídolos e eles na consciência deles não queriam comer a carne porque tinham sido oferecidas a ídolos e no v. 7:

“porque nenhum de vós vive para si mesmo nem morre para si” e no v. 8:

“porque se vivemos para o Senhor, vivemos, e se morremos para o Senhor, morremos, quer, pois, vivamos ou morramos somos do Senhor”

Por isso temos que nos concentrar no que Deus está a fazer nas nossas vidas e parar de ter argumentos sobre assuntos controversos e por isso vemos aqui que alguns judeus podiam dizer: olha, não podemos comer essa carne que foi oferecida a ídolos, alguns ex pagãos diriam: saímos desse mundão e não queremos comer essa carne.

E por isso alguns na igreja de Deus em Roma diziam uma coisa e ouros diziam: não me importa, não é nada! Não é acerca de carnes limpas ou imundas, mas era acerca de carnes oferecidas a ídolos e veja no v. 14:

“eu sei que estou persuadido no Senhor Jesus que nenhuma coisa é de si mesma impura ou comum, a palavra grega aqui é koinos que significa cerimonialmente impura; não é uma questão de imunda.

“nenhuma coisa de si mesmo cerimonialmente impura, salvo para aquele que assim considera, para esse é impura”

Por isso vemos aqui que a situação era acerca de um assunto de consciência e no v. 16:

“não seja, pois, vituperado o vosso bem porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça e paz e alegria no Espírito Santo”

Justiça, e não está aqui a falar dos DEZ MANDAMENTOS, da sua letra, e sim está a falar de justiça e da maneira que Deus pensa e faz e no v. 18:

“aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e levado pelos homens, sim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros "

Estamos a edificar o irmão? Ou estamos a ter zangas acerca de opiniões que nós temos como máscaras, vacinas ou não. Como é da situação corrente e não estamos a falar de desobedecer às leis de Deus e sim estamos a falar de opiniões que são assuntos de controvérsias! E no v. 20:

“não destruas a obra de Deus”

Estavam a causar tanta divisão que estavam a destruir a igreja e a obra de Deus por causa destes assuntos de opiniões e de controvérsia!  e no v. 21:

“é bom não comer carne nem beber vinho nem fazer qualquer coisa que teu irmão venha a tropeçar ou se ofender ou se enfraquecer”

Aí está o pontoe você pode dizer: olha ele tem uma consciência fraca e por isso é culpa dele e eu vou fazer o que eu sei que está certo! E vou fazer! Você que tem uma consciência fraca é que tem que mudar! Não, não e no v. 22:

“a fé que tens tenha para ti mesmo perante Deus e bem-aventurado aquele que não se condena e que aprova”

Por isso não vai contra acerca do que sente sobre isso e diz: está bem, mas mantenha para si próprio, tenha para si mesmo perante Deus e v. 23:

“mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer”

Aquele que acha que não deve comer é condenado se comer porque é contra a fé dele.

“porque o que faz não provém de fé e tudo o que não provém de fé é pecado”

O que não é de fé é pecado, ora, comer um bife ou filé não é pecado e a maioria das pessoas, provavelmente, vão dizer que isso não é pecado, mas se alguém que se sente que não quer a fazer isso que é contra a fé dele então não esteja a forçara essa pessoa.

Porque se você vai forçar essa pessoa então é você que peca! Se uma pessoa por ex., não quer beber vinho e vimos aqui também a falar vinho como comida e bebida como no v. 21 não esteja a forçar essa pessoa a beber vinho! Porque, então, você está a pecar!

E não é que o vinho é pecado, mas forçar uma pessoa a ir contra a fé dele é pecado, para ambos, é ir contra a fé dele e você forçar a pessoa a ir contra a fé dele é pecado para você também!

Em outras palavras, se você faz alguém a fazer algo contra a consciência dessa pessoa você pecou! Por isso não ofenda ninguém! Mesmo que você esteja certo! Ou correto! Não ofenda! E por isso em RM 14 está a falar de assuntos controversos e não de questões diretas da lei.

Então irmãos como vimos nestas quatro escrituras do NT este assunto de pecado é muito complexo e não é só a letra dos DEZ MANDAMENTOS, mas é muito mais o que é o pecado!

Nós vimos irmãos nestas quatro escrituras do NT que definem bem e amplamente o que é o pecado: é a transgressão da lei, que injustiça é pecado, e por isso temos que ser santos como Deus é santo, vimos pecados de omissão e vimos pecados quando forçamos uma pessoa em assuntos controversos e por isso não faça a outro ir contra a sua própria consciência.

Então para concluir vejamos então RM 7:14-17 diz:

“porque bem sabemos que a lei é espiritual e eu, todavia, sou carnal vendido a escravidão do pecado”

Não é só o que eu faço e sim o que eu sou.

“porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir pois não faço o que prefiro e sim o que detesto”

Por que pecamos? Eu demonstrei que todos nós falhamos e precisamos de trabalhar nisto e sermos melhores, mas estamos falhando e temos que estar nos esforçando para sermos melhores.

“ora, se faço o que não quero consinto que a lei é boa, neste caso quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim”

Queridos irmãos, isto é muito mais do que Paulo acreditava como um judeu, é muito mais do que você, provavelmente, pensava o que era o pecado!