Outras Descobertas Arqueológicas Confirmam O Registro Bíblico

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Placas de marfim mostram a opulência de Jerusalém na época de Salomão (5 de setembro de 2022). Um tesouro de mil e quinhentos fragmentos de marfim dos restos de um edifício monumental foi desenterrado, através do processo de peneiração úmida, no sítio arqueológico da Cidade de Davi, em Jerusalém. Constatou-se que eram os restos de pelo menos doze placas quadradas de cinco centímetros — com formas geométricas, lótus, árvores e rosetas esculpidas — que, provavelmente, eram incrustações decorativas para móveis de madeira.

O edifício palaciano, talvez o lar das elites ou da realeza judaica, aparentemente foi destruído quando a cidade caiu nas mãos dos babilônios no século VI a.C. Além desse material, outros bens de luxo também foram encontrados ali — vinho com especiarias de baunilha, pratos especiais e um raro selo de pedra de ágata.

O marfim também poderia ser encontrado em outras capitais antigas, como Ninrude e Samaria, e estava ligado à riqueza e à realeza. As placas evidenciam que a Jerusalém da Idade do Ferro tinha muita prosperidade e proeminência, como descrito na Bíblia. Esses fragmentos também ajudam a ilustrar a aparência dos móveis incrustados de marfim descritos nas Escrituras, como o trono de marfim de Salomão, o palácio revestido de marfim de Acabe e as camas de marfim da nobreza (1 Reis 10:18; 22:39; Amós 6:4).

Eventos bíblicos confirmados por variações no campo magnético da Terra (24 de outubro de 2022). As datas de destruição em vários locais da Idade do Ferro em Israel foram esclarecidas através de um estudo recente usando arqueomagnetismo, relativo a minúsculas partículas ferromagnéticas de materiais aquecidos em altas temperaturas, como objetos de fornos de cerâmica ou resíduos de incêndio, agindo como uma bússola no alinhamento com a magnetosfera terrestre, que oscila ao longo do tempo.

A análise da assinatura magnética residual de centenas de objetos de datas conhecidas revelou a intensidade e a direção do campo magnético da Terra ao longo de diferentes períodos. Isso é especialmente útil para datar vestígios do período védico tardio (1000-500 a.C.), quando a datação por radiocarbono não consegue fornecer intervalos de datas suficientemente detalhados.

Uma dúvida sobre se Tel Beth-Shean foi destruída pela invasão egípcia no século X a.C. ou pela Síria no século IX a.C. foi sanada — ela ocorreu no século IX a.C. Essa análise também mostrou que Bete-Semes foi destruída no início do século VIII a.C., o que não condiz com nenhuma invasão estrangeira conhecida, mas apoia a Bíblia, que se refere a uma batalha em Bete-Semes entre Judá e Israel nessa época (2 Reis 14:11-12).

Também foi provado que muitas cidades do sul de Judá não foram destruídas na última invasão da Babilônia, mas que a destruição total delas ocorreu algum tempo depois — provavelmente nas mãos dos vizinhos edomitas, correspondendo ao que a Bíblia registrou e predisse sobre o apoio dos edomitas à destruição de Judá (Salmos 137:7-8; Ezequiel 25:12-14; 35:1-15).

Arqueólogos decifram texto de fragmento que faz referência ao rei bíblico Ezequias (26 de outubro de 2022). Em 2007, durante escavações ao redor da antiga Fonte de Giom, na antiga Jerusalém, um fragmento de calcário do tamanho de uma mão foi descoberto pelos arqueólogos Eli Shukron e Ronny Reich. Eles contêm duas linhas de texto hebraico antigo, que não foram completamente decodificadas na época, mas agora foram decifradas por Eli Shukron e o epigrafista Gershon Galil.

A primeira linha foi lida como zqyh ou zequias e decifrada como Ezequias, que foi rei de Judá no fim do século VIII a.C. Uma nova técnica chamada Reflectance Transformation Imaging (RTI) — que consiste em inúmeras imagens digitais combinadas em diferentes ângulos para formar uma renderização 3D mais nítida — agora confirmou a inicial H ou heh. Na segunda linha foi reconstruída a palavra bricha, que significa “piscina”, embora tenha a primeira letra danificada. Isso corresponde ao fato de Ezequias estar ligado à construção de piscinas e aquedutos e porque esse fragmento foi encontrado em uma dessas antigas piscinas.

Embora a existência de Ezequias já tenha sido comprovada pela arqueologia, como nos prismas do rei Senaqueribe da Assíria e em vários selos de argila, até então, não havia inscrições israelitas em estilo de monumento, como estelas, mencionando esse rei ou quaisquer outros reis da antiga Israel e Judá, como as que foram encontradas no Egito, Assíria e Babilônia. Contudo, esses arqueólogos acreditam que esse fragmento seja parte de um monumento.

Uma pedra com esse mesmo tipo de inscrição foi encontrada um pouco mais ao sul da Fonte de Giom, em 1978, com a palavra “décimo sétimo” ou “dezessete”, o que pode se referir ao décimo sétimo ano do reinado de Ezequias. Juntos, isso parece fazer parte de uma inscrição num monumento que celebra a construção de Ezequias, talvez semelhante ao memorial resumido de 2 Reis 20:20: “Ora, o mais dos atos de Ezequias, e todo o seu poder, e como fez a piscina e o aqueduto, e como fez vir a água à cidade”.

Alguns estudiosos se opuseram a essas conclusões e outras descobertas de Gershon Galil baseando-se em teorias acadêmicas antibíblicas sobre a origem e o desenvolvimento da nação israelita, do alfabeto e da língua hebraica.

Estudo recente da Estela de Mesa confirma a referência à “Casa de Davi” (12 de janeiro de 2023). A Estela de Mesa ou Pedra Moabita é uma pedra basáltica, datada de cerca do ano 840 a.C., descoberta a leste do Mar Morto em 1868. Atualmente a peça pertence ao acervo do Museu do Louvre, em Paris. Essa pedra contém uma inscrição no idioma moabita, muito próxima do paleo-hebraico, que tem muitos pontos de contato com referências bíblicas.

Antes de ser danificada em 1869, havia sido feita uma versão impressa dela em papel machê. O texto contém referências à “Casa de Davi” (btdwd), mas, até hoje, os estudiosos não conseguiam ter certeza absoluta de que estas referências ao rei Davi estavam sendo corretamente decifradas. Alguns minimalistas bíblicos, que negam a existência de um reino davídico, sugeriram que essa palavra deveria ser interpretada como Balak, um rei moabita muito anterior, também mencionado na Bíblia, embora não esteja claro por que ele seria mencionado nesse relato.

Recentemente, usando novas imagens RTI (técnica mencionada anteriormente) tanto na pedra gravada quanto na impressão de papel, os renomados epigrafista Andre Lemaire e Jean-Philippe Delorme reexaminaram as evidências e confirmaram que o texto se refere a Davi. Mas suas conclusões foram contestadas em um artigo subsequente na Biblical Archaeology Review, cujos autores sustentaram que, embora a inscrição talvez se referisse à “casa de Davi”, duas ou mais letras ainda são incógnitas — ou seja, “b??wd...”. Provavelmente, ainda haverá mais divergências.

Em todo caso, a inscrição da Pedra Moabita contém outras conexões claras com o relato bíblico do início do período monárquico — tais como o nome divino YHWH, seis citações a Israel, o nome de Onri, rei de Israel e referências a homens de Gade (tribo israelita que se estabeleceu a leste do Jordão e norte de Moabe) e ao rei moabita Mesa.

Na verdade, a inscrição traz um longo relato da guerra do rei Mesa contra Israel, correspondendo, embora não precisamente, a um relato semelhante ao de 2 Reis 3. Este capítulo diz que Judá e Edom se aliaram a Israel contra Moabe, contextualizando assim a menção à casa de Davi nessa pedra. Além disso, outra inscrição do início do século 800 a.C., a Estela de Tel Dã, menciona a “casa de Davi”.

Nova interpretação da inscrição em jarra liga os reinos de Salomão e Sabá (25 de março de 2023). Uma inscrição numa grande jarra de cerâmica, datada do século 10 a.C., encontrada em 2012 nas escavações de Ofel, entre a cidade de Davi em Jerusalém e o Monte do Templo, revelou-se de difícil tradução para os arqueólogos, que presumiram se tratar de uma antiga escrita cananeia.

Porém, o epigrafista Daniel Vainstub percebeu que na verdade se tratava do alfabeto sabeano, ou seja, de Sabá, sul da Arábia. Assim, ele traduziu a inscrição como referindo-se ao ladanum (ládano), uma resina marrom aromática de Sabá que era o ingrediente do incenso usado na adoração em Israel (Êxodo 30:34-38). Essa inscrição foi encontrada entre os fragmentos de outras seis jarras grandes, que eram muito usadas nessa época, no ano 900 a.C., durante o reinado de Salomão. Assim, entende-se que eram utilizadas principalmente no templo de Salomão.

Embora as jarras fossem fabricadas em Israel, a inscrição era gravada por um falante do sabeano, antes de serem levadas ao forno. Isso sugere que um escriba sabeano estava envolvido no mercado de jarras, importando resina de Sabá. A descoberta dessa conexão entre Israel e Sabá apoia fortemente o relato bíblico sobre a visita da Rainha de Sabá a Jerusalém na época de Salomão (1 Reis 10).

Como temos visto acontecer sistematicamente, essas descobertas ajudam a demonstrar que a Bíblia não é um registro mitológico, mas de histórias verdadeiras! Para saber mais sobre outras comprovações do registro bíblico, peça ou baixe nosso guia de estudo bíblico gratuito “A Bíblia Merece Confiança?”.