Comentário Bíblico: Deuteronômio 16:1-17

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Comentário Bíblico

Deuteronômio 16:1-17

Três Vezes Ao Ano

Algumas das sete festas anuais de Deus são listadas e revistas aqui. Os sacrifícios que Deus acrescentou mais tarde para acompanhar essas festas não estão mais em vigor. Contudo, as festas ainda devem ser observadas. Logo após a Páscoa, Deus ordenou que os israelitas deixassem de comer pão fermentado por sete dias e que, em vez disso, comessem pão asmo durante esse período (versículos 3, 8). Não deveria haver nenhum fermento em todo o território deles durante esses sete dias (versículo 4) — essa era a Festa dos Pães Asmos. E sete semanas depois, eles deveriam celebrar a Festa das Semanas, ou Pentecostes (versículo 9). E depois viria a Festa das Trombetas, seguida pelo Dia da Expiação, porém, nenhuma delas é mencionada aqui — nem o Último Grande Dia. Entretanto, a Festa dos Tabernáculos é mencionada especificamente aqui (versículos 13-15).

Isso não significa que a Festa das Trombetas, o Dia da Expiação e o Último Grande Dia não sejam mais dias santos. Na verdade, Deus está listando aqui apenas as três temporadas de Suas festas anuais, como pode ser visto no versículo 16. A primeira temporada, início da primavera, inclui a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; a próxima temporada, fim da primavera e já se aproximando do verão, refere-se a Festa de Pentecostes, e a terceira temporada, fim do verão e outono, inclui a Festa das Trombetas, o Dia da Expiação, a Festa dos Tabernáculos e o Último Grande Dia (todas essas festas são celebradas num período de tempo inferior a um mês).

Como parte das instruções para guardar Suas festas, Deus também ordenou ir diante dEle com uma oferta durante cada uma dessas três temporadas de festas (versículo 16). Geralmente, os israelitas faziam três viagens para adorar juntos nessas três temporadas festivas. Muitas dessas ofertas eram mercadorias ou animais, então talvez tenha sido prático para as famílias entregarem suas ofertas assim que chegassem ao local de adoração. Aliás, como atualmente as ofertas geralmente são em forma de dinheiro (transferências bancárias, dinheiro vivo, etc.), e já que Deus ordena que não devemos “aparecer diante dEle de mãos vazias”, a Igreja de Deus da atualidade instituiu uma tradição de recolher ofertas em cada Dia Santo, que Deus nos ordena comparecer diante dEle em assembleia para cultos de adoração.

Por que Deus mencionou apenas os homens? Considerando que cada família era chefiada por um homem, então ele apresentava a oferta de toda a família. Ainda hoje, muitas vezes, há apenas uma oferta de cada família — embora muitos pais incentivem os filhos a darem uma pequena quantia para ensiná-los o hábito de ofertar a Deus. Finalmente, deve ser mencionado que Deus não estabelece nenhuma quantia para as ofertas, exceto que seja “conforme a bênção que o SENHOR, Teu Deus, te tiver dado” (versículo 17). Obviamente, isso não significa que devemos colocar um “preço” em tudo o que Deus nos deu e tentar pagá-Lo por isso — pois nem em um milhão de vidas poderíamos pagar pelo que Ele tem feito por nós. Na verdade, isso deve se referir à cláusula da primeira parte desse versículo, ou seja, que devemos dar conforme pudermos — ou, mais precisamente, conforme a capacidade recebida de Deus.