O Princípio do Universo

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Será que o universo sempre existiu? Ou teve um princípio num momento definido no tempo passado? Grande parte da discussão sobre a existência de um Deus Criador repousa sobre essa questão. Afinal, se o universo sempre existiu, não parece ter havido necessidade de um ser ou inteligência exterior para o desenhar e criar (embora ainda se fique como o mistério de porque é que existe). Por outro lado, se o universo teve um princípio num dado momento específico e preciso, alguma coisa deve ter causado que viesse a existir.

Os cientistas não estão completamente de acordo sobre se o universo teve um princípio. Há ainda alguns que crêem que é possível que ele tenha existido sempre. Mas este conceito não é o ponto de vista científico predominante. Agora, a maior parte dos cientistas aceita que o universo começou subitamente e num ponto específico no tempo.

Determinação de um princípio

Nos inícios de 1900 os astrônomos descobriram um fenómeno conhecido por desvio para o vermelho—isto é, a luz das galáxias distantes é deslocada para a extremidade vermelha do espectro. O astrónomo Edwin Hubble viu isto como evidência de que o universo se está a expandir. Ele determinou que as galáxias e grupos de galáxias se estão a separar umas das outras em todas as direcções. 

Para entender esta idéia revolucionária, imagine salpicos de tinta na superfície de um balão que você esteja a encher. Consoante você enche de ar o balão, as manchas afastam-se umas das outras em todas as direcções. Da mesma forma, astrônomos como o Hubble e outros, concluíram que as galáxias através do universo estão-se a afastar, a grande velocidade, umas das outras. Eles também determinaram que quanto mais distante está uma galáxia ou grupo de galáxias de nós, mais rápido é o seu afastamento.

Agora, conforme o astrônomo Hubble observou, o universo expandia-se para onde quer que olhasse. O conceito era revolucionário, pois que até então a maior parte dos astrónomos assumia que qualquer movimento por galáxias era simplesmente movimento aleatório. Subsequentemente, outros astrónomos e físicos concordaram com as observações e conclusões de Hubble. Que poderia isto significar?

John Barrow, professor de astronomia da Universidade de Sussex, Inglaterra, no seu livro A Origem do Universo (The Origin of the Universe), explorou a questão fascinante de como o espaço, a matéria e o próprio tempo começaram. Sobre a expansão do universo, Barrow escreveu: “Esta foi a maior descoberta da ciência do século XX, e confirma o que a teoria da relatividade de Einstein tinha previsto sobre o universo: que não podia estar estático. A atracção gravitacional entre galáxias juntá-las-ia se elas não se afastassem depressa umas das outras. O universo não pode estar parado.

“Se o universo se está a expandir, então, quando invertimos o sentido da história e olhamos para o passado devemos encontrar evidência de que ele emergiu de um estado mais pequeno e denso—um estado que mostre que outrora teve o tamanho zero. Foi este começo aparente que se tornou conhecido por ‘Big Bang’” (1994, pp. 3-5).

Por outras palavras, o que os astrónomos concluíram que viam era o resultado de um poderoso acontecimento impossível de imaginar que arremessou, em todas as direcções, matéria e energia que constitui o universo conhecido—e daí o nome de “Big Bang” [Grande Explosão]. Isto significaria que o Universo teve de ter um princípio.

Um universo de idade finita

Esta decisão assertiva abalou o sistema científico. O falecido Robert Jastrow, fundador do Instituto Goddard para Estudos do Espaço da NASA e ex-professor de astronomia e geologia da Universidade Columbia, em Nova York escreveu: “Poucos astrónomos podiam prever que este acontecimento —o súbito nascimento do universo—se tornaria num comprovado fato científico, mas pelas observações dos céus com telescópios foram forçados a essa conclusão” (A Encantada Aparição: Inteligência no Universo [The Enchanted Loom: Mind in the Universe], 1981, p. 15, grifo adicionado).

Ele também exclamou: “A semente de tudo quanto aconteceu desde que o Universo foi estabelecido foi plantada no primeiro instante . . . literalmente, foi o momento da criação” (Viagem às Estrelas: Exploração Espacial— Amanhã e Além [Journey to the Stars: Space Exploration—Tomorrow and Beyond],1989, p. 47, grifo adicionado).

Os cientistas tinham chegado a uma conclusão alinhada com o que já estava registrado na Bíblia há uns 3.500 anos atrás: O universo não era eterno; ele teve um princípio.

Na verdade, eles já deveriam ter reconhecido isso. Mesmo sem o modelo do Big Bang, as leis científicas da termodinâmica impõem que o universo tenha um início. A primeira lei diz que a quantidade da energia e massa no universo é constante. A segunda lei expressa que a quantidade de energia disponível para criação está-se esgotando. Tomadas em conjunto, elas requerem que o universo tenha um começo com muita energia disponível, a qual agora escasseia. De qualquer modo, a vasta maioria dos cientistas aceitaram, finalmente, um universo de idade finita.

Enquanto cientistas e filósofos assumiam que o universo tinha existido eternamente—que não teve princípio e por conseguinte sem necessidade de um Criador para o criar—eles podiam facilmente deixar Deus fora da discussão. Hoje apenas alguns cientistas persistem em crer numa Terra e num universo que tenha existido eternamente. Simplesmente existe muita evidência contra essa teoria. A grande maioria reconhece que vivemos num universo que teve um início.

Essa admissão levanta questões desconfortáveis para muitos cientistas. Que força, poder ou leis existiram antes do início do universo para lhe dar existência? Qual foi a causa da sua existência? As nossas mentes racionais dizem-nos que o universo não podia ter surgido do nada. Isso desafia não só a lógica mas também as leis da física. O que é que—ou quem—causou o universo? Por que foi trazido à existência?

Onde a ciência para

Aqui a ciência para nos seus caminhos. Como Jastrow explica: “Pode existir uma explicação boa para o nascimento explosivo no nosso Universo; mas se isso acontece, a ciência não pode encontrar qual é a explicação. A busca do cientista sobre o passado termina no momento da criação . . . Nós gostaríamos de continuar essa investigação mais para trás no tempo, mas a barreira para mais progresso parece insuperável. Não é uma questão de mais um ano, de mais uma década de trabalho, de uma outra medida, ou outra teoria; neste momento parece que a ciência não será capaz de levantar a cortina do mistério da criação” (Deus e os Astrónomos [God and the Astronomers], 1992, pp. 106-107, grifo adicionado).

O professor Jastrow reconhece que tudo o que os cientistas sabem cessa no momento da criação. As conhecidas leis do universo não podem ser de forma alguma aplicadas para além do ponto em que o universo aparece para a existência vindo do nada. A ciência não pode oferecer nenhuma explicação racional, nenhum meio para registrar, medir ou reconstruir um acontecimento que desafia todo o conhecimento científico.

A partir destes fatos, alguns cientistas inferem conclusões erradas, assumindo que, uma vez que a ciência não pode descobrir o que é que aconteceu antes do universo ser formado, nada podia ter acontecido antes dele ter sido formado. Isto não nos diz nada sobre a existência ou inexistência de Deus, mas diz-nos muito sobre as limitações da abordagem científica tradicional. Nós temos de procurar uma fonte para além da ciência para compreendermos quem ou que existia antes da origem do universo. E somente uma fonte oferece uma explicação verdadeiramente crível e racional—a Bíblia.

Só há uma alternativa à afirmação bíblica da criação sobrenatural por uma Inteligência suprema. Os ateístas têm de argumentar que o universo inteiro veio do nada sem uma causa. Eles têm de insistir nesta infundada, insuportável asserção porque não há um outro meio de evitar a existência de uma Causa Primária.

Contudo, a afirmação mais básica dos ateístas é fundamentalmente defeituosa. Provou-se que o princípio do universo foi um acontecimento específico. Todos nós sabemos de anos e anos de experiência que uma das verdades fundamentais é que os eventos têm causas. Esta verdade fundamental sustenta as leis que governam energia e matéria. Nada acontece sem uma causa. O princípio do universo é um acontecimento que teve uma causa específica.

As reivindicações da Bíblia

“No princípio, criou Deus os céus e a terra”, diz a Bíblia (Gênesis 1:1). Esta é uma afirmação simples, mas responde à questão mais básica e científica de todas: De onde viemos nós?

Este versículo descreve o princípio do universo. O universo teve um começo causado por uma força intemporal externa ao universo físico. Quando a matéria apareceu, isso foi o princípio do tempo como o conhecemos. Para a origem do universo, este versículo responde às questões quem, o quê e quando. O por quê vem um pouco mais tarde.

O versículo em Hebreus 11:3 adiciona um outro detalhe: “Pela fé (acreditando no que Deus tem revelado) entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.”

Duas coisas devem ser apontadas nesta explicação. Primeira, o universo teve uma causa; ele veio de alguma coisa. Aquilo de que veio não era visível; isto é,não era matéria preexistente. As Escrituras dizem-nos que o nosso universo teve uma causa—um depoimento verdadeiramente científico.

A segunda diz-nos que pela fé nós entendemos que os mundos foram preparados pela Palavra de Deus. Mas isto não é fé cega. Não nos é pedido que acreditemos que o cosmos despontou sem uma causa e sem um propósito— o credo da fé do ateu. Pelo contrário, é-nos pedido que acreditemos que ele começou pelo ato de um Ser que é eterno e suficientemente poderoso para trazer o universo à existência.

Entendendo Gênesis 1:1-2

Durante os últimos 150 anos, nenhuma outra parte da Bíblia esteve sob mais ataque que o registro da criação, em Gênesis 1. Os Darwinistas têm aproveitado muito de certas indicações de que a Terra pode ter de 4 a 5 mil milhões de anos de idade e o universo cerca de 15 mil milhões. Isto contradiz a crença de muitos crentes da Bíblia que dizem que a Terra existe só há uns 6.000 anos, baseados num estudo genealógico cuidadoso dos registros bíblicos combinados com a história. Os dois primeiros versículos da Bíblia são da maior importância para este debate.

Esta controvérsia leva-nos a uma pergunta importante. Se a Terra tem milhares de milhões de anos de idade, e se as afirmações diretas da Bíblia sobre a criação são erradas, então, como se pode acreditar nas outras declarações da Bíblia? Esta questão é válida, e a controvérsia à volta dela montou o palco para a abordagem ciência-versus-religião prevalecente nos nossos sistemas educacionais. As afirmações da ciência são impressionantes. Mas de que modo se empilham os registros bíblicos, e o que é que a Bíblia diz realmente?

Várias versões da Bíblia e Bíblias de estudo notam que a expressão “a terra era sem forma e vazia” (versículo 2) pode ser traduzida corretamente por “a terra tornou-se sem forma e vazia”. A palavra Hebraica hayah tipicamente traduzida aqui por “era” quer dizer “tornar-se, ocorrer, acontecer, ser” (Dicionário Expositivo Completo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento de Vine [Vine’s Complete Expository Dictionary of Old and New Testament Words], 1985, “Ser”).

Por outras palavras, Deus criou a Terra, mas o Hebraico original pode mesmo indicar facilmente que mais tarde ela se tornou “sem forma e vazia”. Isso pode significar que alguma coisa estragou a criação original descrita em Gênesis 1:1 e fez com que Deus restaurasse a ordem dum estado de caos—o qual teria acontecido durante seis dias de restauração seguidos de um dia de Sábado para descanso. (Para um registro detalhado de fontes racionais e referências que apoiam esta opinião de Gênesis 1:1-2, por favor, baixe ou peça as nossas publicações gratuitas Criação ou Evolução: Será que Realmente Importa em que você acredita? e A Bíblia Merece Confiança?)

Temos de compreender que Deus não é o autor da confusão e do caos (ver 1 Coríntios 14:33). Deus é um ser de perfeição, ordem e beleza. O caos e a desordem resultam da rejeição ou rebelião contra Ele. Em Ezequiel 28:15, Deus disse ao poderoso ser angélico algures chamado ‘estrela da manhã’ [Lúcifer] “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade [transgressão da lei] em ti”.

Outras escrituras indicam que uma criação original, anterior (Gênesis 1:1) precedeu a Terra tornar-se, no versículo 2, “sem forma, e vazia” (o Hebraico tohu e bohu quer dizer uma condição de desordem e confusão caóticas). Isaías 45:18 diz-nos especificamente que Deus “não a criou [a Terra] vazia [tohu―para ser um caos (ARA)], mas a formou para que fosse habitada”. A condição caótica, descrita em Gênesis 1:2, apareceu mais tarde.

Aparentemente, este caos resultou da rebelião contra Deus por Lúcifer, agora chamado Satanás (significando “Adversário”) e um terço dos anjos, agora ditos demónios (ver Isaías 14:12-15; Ezequiel 28:12-17;

Apocalipse 12:4). Mais tarde, depois de um intervalo de tempo não especificado na Bíblia, Deus restaurou a Terra durante seis dias seguidos pelo Sábado do sétimo dia para uma bela habitação para Sua nova criação, a humanidade (Gênesis 1; Êxodo 20:11).

Por outras palavras, uma disparidade de tempo parece estar indicada entre a criação original descrita em Gênesis 1:1 e a restauração da Terra começando no versículo 3. Este período não especificado pode ter abrangido milhares de milhões de anos, explicando “o tempo enorme” que geólogos e outros cientistas parecem ter descoberto nos últimos dois séculos.

Por conseguinte, a própria Bíblia, quando corretamente entendida, oferece uma solução lógica para este suposto enigma da criação, não tendo nenhum conflito inerente com a possibilidade de que o universo possa ter 15 mil milhões de anos. A Bíblia meramente não diz a idade do universo, ou a da Terra. Mas diz claramente que “no princípio Deus criou os céus e a terra”.

Um universo governado por leis

O que é que os cientistas determinaram sobre as leis fundamentais que existiram na origem do nosso universo? Ao contrário de uma estrutura caótica e aleatória—como seria de esperar se não houvesse inteligência envolvida no processo—a conclusão científica geral agora é que o universo se tem expandido dum modo ordeiro desde o seu início. Contudo,  ninguém deve ser induzido em erro quanto à simplicidade ou aleatoriedade desta expansão.

Keith Ward, professor de história e professor de filosofia da religião no King’s College, da Universidade de Londres, escreveu: “O universo começou a expandir-se de um modo muito precisamente ordenado, de acordo com um conjunto de constantes matemáticas e leis básicas que governam o seu subsequente desenvolvimento num universo com a forma que hoje vemos. Já existia uma ordem muito complexa de leis quânticas descrevendo possíveis inter-acções de partículas elementares, e o universo, de acordo com uma teoria principal, originou-se pela operação de flutuações num campo quântico segundo essas leis” (Deus, Acaso e Necessidade [God, Chance & Necessity], 1996, p. 17, itálico adicionado).

Tais conclusões trazem-nos, outra vez, às questões fundamentais: Quem criou as leis originais que governam a matéria e a energia? Elas apareceram por acaso ou por acidente? Ou foram postas em movimento por um Criador divino?

Leis sem um Legislador?

Os cientistas reconhecem que o nosso universo espantoso é regido por leis exatas, precisas. O professor Davies resumiu as conclusões sobre estas leis desta forma: “Cada avanço [científico] traz novas e inesperadas descobertas, e desafia nossas mentes com conceitos incomuns e às vezes difíceis. Mas apesar de tudo isso corre o fio familiar da racionalidade e da ordem . . . Esta ordem cósmica é apoiada por leis matemáticas definitivas que se entrelaçam entre si para formar uma unidade sutil e harmoniosa. As leis são dotadas de uma simplicidade elegante, e, muitas vezes têm-se elogiado a si mesmas perante os cientistas simplesmente na base de beleza intrínsica” (A Mente de Deus [The Mind of God], p. 21).

Como disse Einstein: “Todo mundo que está seriamente envolvido na busca da ciência torna-se convencido que um espírito se manifesta nas leis do Universo—um espírito muito superior ao do homem” (citado de O Einstein Citável [The Quotable Einstein], p. 152)

Será que a preexistência do sistema elaborado e intrincado da lei natural do universo significa que tem de haver um legislador? Ou a ciência pode demonstrar que a origem do universo é apenas o resultado de causas naturais?

O bioquímico Michael Behe escreve: “É comum, quase banal, dizer-se que a ciência tem dado grandes progressos na compreensão da natureza. As leis da física são agora tão bem conhecidas que sondas espaciais voam infalivelmente para fotografar mundos a bilhões de quilômetros da Terra. Computadores, telefones, luzes elétricas e outros exemplos incontáveis ​​testemunham o domínio da ciência e da tecnologia sobre as forças da natureza . . .

“No entanto, a compreensão de como algo funciona não é o mesmo que a compreensão de como ele veio a ser. Por exemplo, os movimentos dos planetas no sistema solar pode ser previsto com precisão tremenda, no entanto, a origem do sistema solar (a questão de como o sol, os planetas e as suas luas se formaram no primeiro lugar) ainda é controversa. A ciência pode, eventualmente, resolver o enigma. Ainda assim, o ponto é que a compreensão da origem de algo é diferente da compreensão do seu funcionamento no dia-a-dia “ (A Caixa Preta de Darwin [Darwin’s Black Box], p. IX, grifo adicionado).

Muitas pessoas inteligentes e cultas crêem—e têm uma fé como que religiosa—que as leis complexas que governam o universo surgiram puramente por acidente ou acaso. Mas é crível esse ponto de vista? Sabemos de certeza que esse ponto de vista não é apoiado com evidência demonstrável. Eis, pois, a verdadeira questão: Faz sentido acreditar que o universo governado por um sistema preciso de leis bem ordenadas aparecesse por si mesmo?

O ponto de vista bíblico

Aqui, uma vez mais, precisamos de prestar toda a atenção ao que as Sagradas Escrituras nos dizem. Elas apresentam-nos um ponto de vista completamente diferente: “Pois [o Senhor] mandou, e logo foram criados [os céus]. E os confirmou para sempre e lhes deu uma lei que não ultrapassarão” (Salmos 148:5-6).

As Escrituras dão a conhecer que Deus criou leis nos “céus” para os governar perpetuamente. “Com as minhas mãos, coloquei a terra no seu lugar e estendi o céu. Dei uma ordem, e eles começaram a existir” (Isaías 48:13 BLH).

Algumas verdades impressionantes estão expressas nesses versículos. Este ponto de vista faz sentido, quando comparado com todas as outras alternativas. É o único ponto de vista que reconcilia todas as dificuldades.

Repare-se a reacção que o astrónomo Hugh Ross teve na primeira leitura do registro bíblico da criação: “Os distintivos [do registro em Gênesis] impressionaram-me imediatamente. O registro é simples, direto e específico. Fiquei admirado com a quantidade de referências históricas e científicas e com os detalhes delas.

“Levou-me uma noite inteira só para investigar o primeiro capítulo. Em vez de mais um outro bizarro mito da criação, aqui estava um registro, como que de um jornal, das condições iniciais da Terra—corretamente descritas sob o ponto de vista da Astrofísica e da Geofísica—seguido de um sumário de sequência de mudanças através das quais a Terra veio a ser habitada por coisas vivas e finalmente por humanos. 

“A descrição era simples, elegante e cientificamente correta. Do que eu entendi ser o ponto de vista declarado de um observador da superfície da Terra, ambas a ordem e a descrição dos acontecimentos ajustavam-se perfeitamente ao registro da natureza estabelecida. Fiquei maravilhado” (O Criador e o Cosmos [The Creator and the Cosmos], 1993, p. 15).

A evidência de que o universo teve um princípio claro, com leis pré-determinadas governando todos os seus aspetos, é prova poderosa de que um Deus Criador o fez e o sustém. Este preciso ponto é muitas vezes apontado na Escrituras.

Muitos livros modernos escritos por cientistas estão cheios de pontos de vista de evolução naturalista. A maior parte da instrução moderna é baseada nela. Mas este não é o único ponto de vista mesmo entre os académicos. Considere-se esta franca confissão da História do Mundo pela Universidade Columbia [The Columbia History of the World]:“Na verdade, o nosso melhor conhecimento corrente, sem a magia poética das escrituras, parece de certo modo menos crível que o registro da Bíblia . . . ” (John Garraty and Peter Gay, editores, 1972, p. 3, grifoadicionado).

O jornalista de ciências Fred Heeren aponta que “a tendência atual da cosmologia [o estudo da origem da origem do universo] do século XX . . . tem-se mudado de um ponto de vista que era inconsistente com o registro da criação de Gênesis para um que segue muito bem o antigo cenário [bíblico]. De facto . . . a revelação Hebraica é a única fonte religiosa vinda até nós de tempos antigos que se ajusta ao cenário da cosmologia moderna. E, em muitos casos, a arqueologia do século XX e peritos de história lendária também têm sido forçados a desviar-se de pontos de vista antigos que tratavam a Bíblia como um mito para pontos de vista que tratam a Bíblia como história” (Mostre-me Deus: O que a Mensagem do Espaço Está a Dizer-nos Acerca de Deus [Show Me God: What the Message From Space Is Telling Us About God], 1997, prefácio).

Já é tempo de se dar ao livro de Gênesis o devido respeito.