O Manual de Instruções de Deus para o Casamento

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O Manual de Instruções de Deus para o Casamento

Quando compramos um novo aparelho ou ferramenta, é comum ver escrito do lado de fora da caixa: “Requer montagem. Manual de instruções incluso”. Claro, a maioria de nós não se importa com manuais de instruções. Geralmente, montamos o produto da melhor maneira que pudermos. E às vezes isso dá certo. Mas caso não dê certo, temos que voltar e ler as instruções para descobrir o que fizemos de errado. Como diz o velho ditado, “Se tudo mais falhar, leia o manual de instruções”.

Quando se trata de “montar” um casamento, muitos casais têm feito a mesma coisa. Eles fazem isso sem se preocupar em ler as instruções. Infelizmente, o resultado é que muitos casamentos não estão funcionando. Muitos cônjuges acham que não podem viver juntos em paz. Visto os casais não leem ou ouvem as instruções, as taxas de fracassos nos casamentos são absurdamente altas.

No final do século passado, as taxas de divórcio dispararam em muitos países. O resultado trágico é que mais e mais crianças estão sendo criadas em lares monoparentais.

Nos Estados Unidos, o psicólogo Robert Evans comentou: “Um número sem precedentes de pessoas agora adiam o casamento e até os seus vinte ou trinta e tantos anos ou coabitam sem se casarem. Quando se casam, as chances de sua primeira núpcia fracassar estão entre 40 e 50 por cento; e na segunda núpcia, entre 50 e 60 por cento (pouco mais da metade dos adultos estadunidenses são casados); e se esses casais coabitaram, as chances de rompimento são ainda maiores”.

“Mais de um quarto de todas as famílias com filhos são chefiadas por pais solteiros, predominantemente mães. Mais de 40 por cento das crianças norte-americanas não vivem atualmente com seus pais biológicos” (Evans, pág. 61).

“Hoje no Brasil a taxa de divórcios quadriplicou em relação à década de sessenta. Podemos dizer que numa classe de 60 alunos de uma escola de classe média, 15 crianças são filhos de pais separados. Em classe social baixa o número de crianças que não vive com o pai biológico atinge mais de 40%” (Doutor Malcolm Montgomery, ex-professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC-São Paulo).

Atualmente, no Canadá, é esperado que 37,7% de todos os casamentos terminem em divórcio antes do trigésimo aniversário (Behrendt, Câmara Legal do Divórcio e Direito de Família, Ottawa).

Na Inglaterra, os jornalistas David Taylor e Lucy McDonald escreveram: “Mais de um terço dos adultos na Grã-Bretanha está destinado a nunca se casar, segundo um estudo oficial da vida familiar no século XXI. O relatório, chamado A Família, prevê que até 2011, 39% dos homens e 31% das mulheres na população nunca se casarão”.

“No entanto, o número de pessoas que vivem juntas vai dobrar nos próximos vinte anos a partir da taxa atual de doze por cento. Por isso, é provável que na próxima década a maioria das crianças nasça fora do casamento” (“Dispensando o Casamento”, Expresso Diário,  2 de novembro de 2000).

Nós poderíamos ignorar as estatísticas relativas às taxas de fracasso dos casamentos em todo o mundo, mas o quadro geral permaneceria o mesmo: O divórcio, ou a dissolução do casamento como alguns preferem denominá-lo, assola a humanidade na maioria das nações.

Diante desses relatórios desanimadores, muitas pessoas, principalmente na Suécia e Dinamarca, estão optando por abandonar o casamento e simplesmente viver juntos. Sob estas condições, por não haver casamento, não existem divórcios para se resolver quando os casais rompem a relação. Embora não sejam informadas, essas relações rompidas geram mágoas em ambos adultos e crianças—especialmente os filhos sofrem muito quando estão separados de um dos pais biológicos.

Instruções para o casamento

Ao reconhecer a taxa de insucesso de muitos casamentos hoje em dia, uma pessoa coerente vai procurar saber quais foram as causas das falhas para ver o que pode ser feito para salvar a sua relação de um destino semelhante.

Quando decidimos examinar as instruções, também enfrentamos a questão crítica de saber qual direção seguir quanto a essas instruções. Se o homem é simplesmente um animal e não há Deus, então não existem direções divinas! Se não há instruções divinas, logicamente, que gostaríamos de obter a melhor informação estatística disponível nas pesquisas para podermos tomar decisões com base na maior probabilidade de felicidade e sucesso.

No entanto, algumas pessoas também não querem saber o que funciona. Aparentemente, elas preferem arriscar (mesmo as chances sendo mínimas) por conta própria, sem nenhuma orientação. As chances de felicidade e sucesso então são mínimas. Isso faz sentido?

No entanto, devemos agradecer que a Bíblia providencia instruções sobre o casamento. E não apenas isso, a veracidade dessas instruções está sendo apoiada constantemente pela pesquisa sociológica. Você quer saber quais são estas instruções? Será que você estaria disposto a viver de acordo com estas diretrizes? Ou você está empenhado no caminho de menor esforço e disposto a sofrer as consequências certas por infringir essas leis?

Cada um de nós deve escolher o que fazer. Lembre-se que não fazer nada é uma escolha—e, geralmente, é uma má escolha. Portanto o que diz Deus? Onde podemos buscar Suas orientações?

Origem do primeiro casamento

Quando Deus criou os seres humanos, Ele fez dois “modelos”—um macho e uma fêmea. Gênesis 1:27 diz: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou”. Numa reflexão sobre a criação de Deus, inclusive sobre o homem e a mulher, Gênesis 1:31 diz:  “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom”.

A sexualidade dos seres humanos não foi planejada para ser apenas boa, mas para que fosse extremamente boa! E é especialmente maravilhoso quando usamos esse dom especial de Deus da maneira que Ele pretendeu. Infelizmente, muitas pessoas não respeitam a sua sexualidade (ou a dos outros) como deveriam. Através do comportamento sexual imoral, as pessoas menosprezam o que Deus pretendeu que fosse uma experiência muito especial.

O relato do primeiro casamento está registrado no segundo capítulo de Gênesis. Aqui nós lemos que, a princípio, Deus criou Adão como o único ser humano. Nos primórdios da humanidade, Eva não existia. “Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse” (versículo 20, NVI). Neste momento, Adão era único, isolado, o único ser humano na face da Terra.

A Bíblia revela que algo estava errado no cenário. Depois que Deus criou Adão, Ele “o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (versículo 15). Então, Adão tinha uma responsabilidade, um trabalho que certamente se mostraria fascinante para ele. Adão explorou e aprendeu tudo sobre o mundo—os animais, as plantas, a beleza e a intrincada variedade na criação de Deus. Ele não estava apenas aprendendo, pois Deus lhe deu o privilégio de dar nomes a todos os pássaros e animais e outros seres vivos (versículo 19).

Entretanto, quer Adão percebesse ou não, Deus sabia que algo nele estava incompleto. “Disse mais o senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (versículo 18). Vamos pensar um pouco sobre o motivo de que não era bom que Adão ficasse sozinho. Ele, em toda a criação de vida física, não tinha um auxiliar de seu próprio nível (versículo 20).

Imagine como Adão deve ter se sentido quando observou que os animais tinham suas companheiras. Através de suas observações do reino animal, com seu gênero masculino e feminino, então ele percebeu que era o único ser humano no planeta. Era um macho com nenhuma fêmea correspondente.

Deus cria Eva

Frequentemente, pessoas solteiras se acham em circunstâncias de solidão. Elas querem amizades e não querem se sentir sozinhas. Por causa de situações muito comuns no nosso mundo, até mesmo pessoas casadas podem experimentar a solidão. Deus reconheceu que Adão tinha um problema e lhe deu a solução, uma mulher perfeita para ser sua esposa. Deus, como fonte de todo dom perfeito (Tiago 1:17), sabia exatamente como formar a mulher.

Deus criou Adão da terra. O nome “Adão” está relacionado com a palavra hebraica adamah, que significa “solo”. Mas, em vez de usar mais terra para fazer Eva, Deus fez Adão cair em um sono profundo e criou Eva de uma de suas costelas (Gênesis 2: 21-22). A palavra hebraica traduzida como “formar” é banah, normalmente traduzida como “construir”. Deus literalmente construiu Eva. Deus, sempre amoroso e misericordioso, com muita satisfação, formou-a física e mentalmente, para ser o complemento perfeito para Adão.

Escritura enfatiza outro aspecto da primeira relação conjugal. Pelo fato de Deus ter feito Eva de uma costela de Adão, um vínculo inegável existia entre os dois. Este ponto foi, sem dúvida, significativo para Adão. Suas primeiras palavras registradas sobre Eva foram: “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, [hebraico ishah] porque do homem [hebraico ish] foi tirada” (versículo 23, NVI). Adão reconheceu sua ligação a esta maravilhosa criatura chamada Eva. Ela era parte dele e ele era parte dela.

O primeiro casamento

Este relato não nos diz o que Adão e Eva estavam pensando ou como se sentiram quando chegaram a conhecer um ao outro. Mas, nos próximos dois versículos, aprendemos o esquema do casamento, conforme estabelecido por Deus.

Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam” (versículos 24-25). Vamos examinar este esboço mais de perto.

Deixar pai e mãe

Um aspecto importante do casamento é deixar “pai e mãe”, como Deus instruiu, para estabelecer uma nova unidade familiar. Adão e Eva não tinham pais físicos para deixarem, mas as gerações futuras teriam de seguir esta instrução. É apropriado honrar os pais e buscar seus conselhos, mas os recém-casados precisam lembrar que agora são uma nova unidade familiar. E só porque as coisas eram feitas de um modo particular em sua família não significa que seu cônjuge vai querer fazer as coisas da mesma maneira.

Duas pessoas devem aprender a trabalhar juntas no casamento, demonstrando respeito e amor um ao outro. Tal abordagem segue os princípios bíblicos de mulheres que se submetem a seus maridos e maridos que amam e honram suas esposas (Efésios 5:22, 25; 1 Pedro 3:1, 7). Estabelecer diretrizes e tradições familiares em uma atmosfera de amor e respeito proporciona ao casal recém-casado uma base para construir suas vidas.

Ser apegados

Outro princípio de Gênesis 2:24 é que o marido deve “apegar-se” a sua esposa. Outras traduções dizem que ele deve “agarrar-se” ou “unir-se” a ela. Hoje diríamos que ele deveria ligar-se a ela. Além de Deus, ela deve ser o seu maior compromisso.

O texto bíblico é muito claro ao dizer que um homem deve desenvolver esta relação especial e íntima com sua esposa. A ideia de se apegar a múltiplos parceiros é estranha a este relato.

Mesmo que Deus tenha permitido que alguns homens no Antigo Testamento tivessem várias mulheres ao mesmo tempo, é claro que, desde o início, esses arranjos não faziam parte da intenção dEle. Ao enumerar as qualificações dos presbíteros, ou supervisores da Igreja, 1 Timóteo 3:2 deixa claro que um homem deve seguir as instruções de Deus e ser “irrepreensível, marido de uma mulher”.

Como é possível maridos e esposas “se juntarem” um com o outro e fazerem com que suas relações sejam amorosas e duradouras? Gestos simples como abraços, beijos e promessas de amor constroem e fortalecem o vínculo que Deus destinou aos parceiros conjugais. Quando maridos e esposas trabalham constantemente para edificar seu relacionamento, eles terão mais facilidade para entrar em acordo sobre escolhas práticas ao resolver desentendimentos familiares.

Algumas pessoas pensam que o amor é uma emoção mágica, misteriosa, que acontece a duas pessoas sem nenhum motivo aparente. A verdade é diferente: As relações amorosas devem ser cultivadas. E isso exige empenho. O amor é cuidado e consideração dirigida à outra pessoa e não apenas uma emoção etérea sobre a qual não temos controle.

No entanto, vale muito a pena gastar tempo e esforço no trabalho que envolve a edificação e preservação do vínculo conjugal. Os maridos e esposas que estão comprometidos com este processo muitas vezes descrevem o seu cônjuge como seu melhor amigo. Isto é simplesmente outra maneira de descrever o tipo de laço que Deus deseja para cada casamento.

Um casamento que apresenta este vínculo santo é caracterizado por duas pessoas dispostas a ouvir e falar sobre suas diferenças ou problemas em um espírito de humildade. Se elas não conseguem resolver seus problemas por conta própria, buscam conselhos, pois valorizam o relacionamento e não querem perdê-lo.

Estudos confirmam que o nível de conflito em um relacionamento pode prever com precisão se um casamento vai sobreviver. Muitas vezes, as pessoas, cujos casamentos estão ruindo, dizem que perderam o desejo de manter uma relação especial com seu companheiro.

Alguns cônjuges têm reacendido este desejo pedindo a Deus uma atitude de amor humilde e fazendo coisas para demonstrar amor ao seu companheiro, mesmo quando eles não sentem o mesmo. Muitas pessoas casadas descobriram que os antigos sentimentos retornam quando começam a fazer juntas as coisas que as unem.

Tornar-se uma só carne

O próximo princípio de Gênesis 2 diz que marido e mulher serão uma só carne, isto é, desfrutarão de um relacionamento íntimo sexual um com o outro (versículo 24; comparar 1 Coríntios 6:16).

Os passos que levam a uma relação sexual amorosa são vitais para um casamento bem-sucedido. Além de Deus querer que aqueles que planejam se casar desenvolvam uma amizade profunda e duradoura, Ele também nos ensina que não devemos ter relação sexual antes da cerimônia de casamento. Lamentavelmente, hoje em dia, muitas pessoas não conseguem seguir as instruções de Deus quanto a isso. Atualmente, para as pessoas o “namoro” muitas vezes significa dormir juntas.

Nas sociedades ocidentais a maioria dos jovens adultos de ambos os sexos se envolve em relações sexuais antes do casamento. Eles consideram supostamente ser esclarecidos de que o sexo não faz parte de uma relação sagrada e amorosa, mas simplesmente uma função biológica que deve ser sempre suprida desde que ambas as partes queiram. Muitos casais acreditam que devem fazer isso antes do casamento para saber se são “sexualmente compatíveis”, pensando que isso vai melhorar as chances de seu casamento ter sucesso.

No entanto, estudos têm demonstrado conclusivamente que quando as pessoas vivem juntas e têm relações sexuais antes do casamento, essa ação aumenta a probabilidade de, quando se casem, o casamento fracassar.

Deus planejou o sexo para ser parte da relação do casamento e não para ser praticado fora dele. Somente na situação de casado é que Deus permite as relações sexuais (Hebreus 13:4; 1 Coríntios 6:9-10, 18; 7:2-5). Suas instruções sobre a abstenção de qualquer tipo de atividade sexual antes ou fora do casamento são as salvaguardas do relacionamento conjugal.

Deus planejou o sexo para ser uma experiência íntima, que uniria marido e mulher. Certamente, no casamento o sexo une o marido e a mulher, e seguir estas instruções ajuda os casamentos a sobreviver e prosperar.

Mas ignorar a instrução de Deus tem um preço. Como veremos no próximo capítulo, engajar-se nesse ato íntimo com múltiplos parceiros antes do casamento diminui-se drasticamente a habilidade de formar esse vínculo estreito e duradouro após o casamento. Como muitos homens e mulheres praticam sexo antes do casamento, não é de admirar que a maioria ache difícil construir e manter esse tipo de intimidade depois do casamento.

Além disso, uma vez que cerca de um terço dos homens casados e um quarto das mulheres casadas nos Estados Unidos admitem terem casos extraconjugais, não devemos nos surpreender que cerca da metade dos casamentos nesse país terminam em divórcio. Tudo isso faz parte de um ciclo vicioso e destrutivo que acontece quando ignoramos a guia de Deus em relação ao sexo e ao casamento.

O caminho para reverter a tendência de casamentos fracassados e salvaguardar seu próprio casamento é simples: Aceitar e praticar a instrução de Deus, que restringe o sexo ao casamento. Essa abordagem demonstra honra e respeito pela sexualidade dada por Deus.

Neste ponto de vista, o sexo não é banalizado ou reduzido a um simples comportamento animal. Em vez disso, é um ato honroso reservado para o mais íntimo de todo o relacionamento humano, celebrado com as mais nobres intenções.

Livre de vergonha

O último princípio das primeiras orientações de Deus para o casamento revela que Adão e Eva estavam nus, mas não sentiam vergonha disso (Gênesis 2:25). Como eram as duas únicas pessoas do planeta, a privacidade não era um problema. A sexualidade não era e não é intrinsecamente obscena ou vergonhosa.

Dentro do casamento o marido e a mulher deve se sentir à vontade um com o outro quanto à masculinidade ou a feminilidade. Porém, revelar demasiadas partes do corpo a outras pessoas do sexo oposto, fora do casamento, acaba incitando à quebra dos mandamentos de Deus contra a luxúria e as relações sexuais ilícitas.

Jesus advertiu: “Qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mateus 5:28). Homens e mulheres precisam controlar suas mentes e vestir-se modestamente para desencorajar a excitação sexual e a atração fora do casamento.

Novamente, essas ações demonstram respeito à nossa sexualidade, respeito aos outros e respeito a Deus—o Autor dessas instruções. As pessoas que vivem por essas orientações não são nem puritanas nem mentalmente refreadas a ponto de não apreciarem o sexo quando forem casadas.

O conselheiro Pam Stenzel, em seu livro Sexo Tem Um Preço, escreve: “Muitos anos atrás, os pesquisadores fizeram um estudo sobre a satisfação sexual. A sabedoria popular diz que as pessoas mais satisfeitas sexualmente são aquelas que tiveram várias experiências com diversos parceiros, e que se sentiam livres de regras e regulamentos sobre a atividade sexual, em outras palavras, pessoas que sempre fazem sexo como querem e com quem querem.

“Sabe de uma coisa? A sabedoria popular está errada. De acordo com estudos, as mulheres cristãs casadas estão sexualmente mais satisfeitas. Isso mesmo. As mulheres participantes de igreja são o grupo mais satisfeito entre as pessoas sexualmente ativas. E aposto que seus maridos também são muito felizes” (2003, pág. 34). Em termos simples, aqueles que seguem as instruções de Deus são pessoas que se beneficiam muito do sexo e estão muitíssimo satisfeitas!

A liderança segundo Deus dentro do casamento

Na explicação de Paulo, de que o casamento é semelhante à relação entre Cristo e a Igreja, ele também nos ensina sobre liderança dentro da relação marido-mulher. Assim como Jesus é a cabeça da Igreja, os maridos devem ser os líderes dentro do casamento: “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja” (Efésios 5:23).

A maneira como Jesus conduz a Igreja é a maneira como os maridos devem levar suas esposas. Jesus foi e é “o Salvador do corpo”, a Igreja  (versículo 23). Ele literalmente deu a Sua vida por amor à Igreja.

Com este pensamento em mente, Paulo instruiu os maridos sobre o modo como devem proceder: “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”.

“Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja” (versículos 25-29).

Quando um líder exibe o tipo de amor e compromisso que Jesus demonstrou à Igreja, torna-se fácil para uma pessoa segui-lo. Sabemos que este tipo de líder sempre tem as melhores intenções no coração. O ensinamento de Paulo aos maridos era para que eles também fossem esse tipo de líder e assim seria fácil para suas esposas os seguirem.

Com base nesta expectativa sobre os maridos, Paulo ensinou o seguinte às esposas: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido” (versículos 22-24).

Submissão mútua em amor

Por não compreender o esplêndido contexto e a liderança amorosa destas instruções aqui expressas, algumas esposas se recusam a dizer que vão seguir a seus maridos. Às vezes, homens e mulheres, equivocadamente veem estas instruções como machista e humilhante para as mulheres. Mas, no contexto da explicação de Paulo, esta instrução denota muito respeito a ambos os sexos e representa uma importante chave para que os casamentos sejam felizes.

Maridos e esposas que estão constantemente lutando entre si pela autoridade e pelo controle passam por situações de conflito e sofrimento que muitas vezes levam ao divórcio. O casal que, plena e mutuamente,  se submete ao padrão revelado por Paulo geralmente encontra a felicidade e a paz.

Quando o amor verdadeiro e o respeito prevalecem em um casamento, o marido e a esposa aprendem muito um com o outro. Cada um traz características vantajosas para o relacionamento. Por exemplo, geralmente as mulheres se destacam em coisas que dizem respeito a relacionamentos. E os maridos, muitas vezes, têm uma forte inclinação para solução de problemas.

Maridos e esposas que reconhecem bem cedo no seu matrimônio que cada um traz vantagens em alguns aspectos ao seu relacionamento e discutem como juntos podem usar essas características para benefício mútuo ganham mais das instruções de Deus.

Porém, aqueles cônjuges que “continuamente brigam um com o outro” usando escrituras para favorecer o seu lado do relacionamento não entendem a questão. Alguns maridos abusivos, com pouco ou nenhum respeito pelos sentimentos ou contribuições de suas esposas, exigirão que elas se submetam, e algumas esposas impetuosas respondem que só se submeterão quando seus maridos começarem a agir de forma correta. Aqui, o importante é cada pessoa fazer a sua parte.

Cada um deve lançar mão das instruções que receberam. Embora, individualmente é possível influenciar, de forma positiva, seus parceiros por suas atitudes unilaterais, é muito melhor quando o marido e a esposa aceitem e vivam, de acordo com as instruções de Deus, seus respectivos papéis no casamento.

Como era de se esperar, as instruções de Deus para o casamento têm provado ser a melhor maneira de alcançar a paz e a felicidade.

Estudos mostram que os casais que não vivem juntos antes do casamento conseguem resolver mais facilmente os conflitos, comunicam-se melhor e têm menos probabilidade de divórcio. E também mostram que a maioria dos homens e mulheres (60 por cento) acredita que a relação sexual é mais satisfatória dentro da união matrimonial.

Ao se analisar os dados estatísticos conhecidos (por exemplo, que um em cada quatro estadunidenses vão contrair uma doença sexualmente transmissível, uma doença evitável pela prática das orientações segundo Deus), torna-se óbvio que os ensinamentos de Deus são superiores a qualquer coisa concebida pelo homem. A maneira de Deus nos protege e nos oferece maior probabilidade de ser feliz.

O casamento é um dos presentes mais extraordinários de Deus para a humanidade. É um tesouro que merece ser cuidado, apreciado e apoiado. Suas instruções são tão válidas hoje como antes. E segui-las significa fazer uma escolha honrosa e segundo Deus. Nunca se deve ter vergonha de seguir as instruções de Deus—pois, há recompensas benéficas e duradouras. Nos próximos dois capítulos, veremos o que esses princípios têm a ver com o namoro e o casamento.