O Manual de Instruções de Deus Sobre Sexo e Casamento

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O Manual de Instruções de Deus Sobre Sexo e Casamento

Quando compramos um novo móvel, equipamento ou ferramenta é comum vir escrito na caixa que é necessário usar as instruções que estão dentro dela para fazer a montagem. E muitos de nós não se preocupam com essa informação. Assim, acabamos montando-o da melhor maneira possível. Às vezes isso dá certo, mas se não der certo, temos que ler as instruções para descobrir o que fizemos de errado. Como diz o velho ditado: “Quando tudo o mais falhar, leia as instruções”.

Quando se trata de sexo e casamento, muitos têm usado essa mesma estratégia. Eles fazem isso sem se preocupar em ler as instruções. Infelizmente, o resultado é que muitos relacionamentos e casamentos não estão funcionando. Muitos cônjuges acham que não podem viver juntos em paz. E como os casais não leem ou seguem as instruções, as taxas de fracassos nos casamentos são absurdamente altas. O resultado trágico disso é que cada vez mais crianças estão sendo criadas em lares monoparentais.

Poderíamos até ignorar essas estatísticas sobre o fracasso dos casamentos em todo o mundo, mas isso não mudaria o fato de que o divórcio ou a dissolução do casamento, como alguns preferem chamá-lo, assola a humanidade em quase todas as nações.

Diante dessas estatísticas alarmantes, muitos estão optando por renunciar ao casamento e simplesmente viverem juntos. Assim, como não houve casamento, não será preciso lidar com o divórcio quando se separam. Mas até mesmo esse tipo de relacionamento traz angústia para adultos e crianças quando chegam ao fim — e o sofrimento é ainda maior para as crianças quando são separadas de um de seus pais biológicos. E isso independe da idade dos filhos na ocasião da separação dos pais.

Instruções para o casamento

Ao ver essa taxa de fracasso de tantos casamentos hoje em dia, uma pessoa sensata examinaria as causas disso para saber o que pode ser feito para salvar seu relacionamento de um destino semelhante.

Quando tomamos a decisão de examinar essas instruções, também enfrentamos a questão crítica sobre onde encontrá-las. Se o homem é simplesmente um animal e Deus não existe, então não existe orientações divinas! Se não há instruções divinas, logicamente, gostaríamos de conseguir as melhores informações dessas estatísticas disponíveis para que pudéssemos tomar decisões para ter mais chance de ser feliz e bem-sucedido nessa empreitada.

Contudo, algumas pessoas não querem saber de nada disso. Aparentemente, elas preferem arriscar (e as chances de acerto são baixas) por conta própria, sem nenhuma orientação. Isso faz sentido?

Todavia, precisamos ser gratos pelo fato de a Bíblia fornecer essas instruções sobre o casamento. E não apenas isso, mas a eficácia dessas instruções tem sido continuamente respaldada por pesquisas. Quer saber que instruções são essas? Você está disposto a viver de acordo com essas diretrizes? Ou você prefere o caminho mais fácil e correr o risco de sofrer as consequências da infração dessas leis?

Cada um de nós deve decidir o que fazer. Lembre-se, não decidir nada já é uma decisão — geralmente, uma decisão ruim. Então, o que Deus tem a dizer sobre isso? Onde podemos encontrar as orientações dEle?

Antecedentes do primeiro casamento

Quando Deus criou os seres humanos, Ele fez dois “modelos” — um masculino e outro feminino. Gênesis 1:27 diz: “E criou Deus o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou”. E Gênesis 1:31 mostra a reflexão divina sobre Sua criação, inclusive o fato de ter nos criado homem e mulher: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom”.

A sexualidade dos seres humanos não foi planejada para ser apenas boa, mas para que fosse extremamente boa! E é maravilhoso quando usamos esse dom especial de Deus da maneira que Ele sempre quis. Infelizmente, muitas pessoas não respeitam sua própria sexualidade (ou a dos outros) como deveriam. Através do comportamento sexual imoral, as pessoas menosprezam o que Deus pretendia que fosse uma experiência muito especial.

O relato do primeiro casamento está registrado no segundo capítulo de Gênesis. Aqui nós lemos que, primeiramente, Deus criou Adão como o único ser humano. Eva não existia nos primórdios da humanidade. “Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse” (versículo 20, NVI). Naquele momento, Adão estava sozinho, pois era o único ser humano da face da Terra.

A Bíblia revela que estava faltando algo no cenário. Depois de criar Adão, Deus “o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (versículo 15). Assim, Adão tinha uma responsabilidade. Adão explorou e aprendeu tudo sobre seu mundo — os animais, as plantas, a beleza e a intrincada variedade da criação de Deus. Ele não estava apenas aprendendo, pois Deus lhe deu o privilégio de nomear a todos os pássaros, animais e outros seres vivos (versículo 19).

Entretanto, independente de Adão ter percebido, Deus sabia que algo estava incompleto nele. “Disse mais o senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (versículo 18). Vamos pensar um pouco sobre o motivo de que não era bom que Adão estivesse sozinho. Em toda a criação física, apenas ele não tinha um par compatível (versículo 20).

Imagine como Adão deve ter se sentido quando observou que os animais tinham seus pares. Observando que no reino animal havia os gêneros masculino e feminino, ele percebeu que era o único ser humano no planeta, ou seja, que era um macho sem nenhuma fêmea correspondente.

A criação de Eva

Muitas vezes, pessoas solteiras passam por momentos de solidão. Eles desejam ter amizades e não querem se sentir sozinhas. Por causa de certas situações comuns em nosso mundo, até mesmo as pessoas casadas podem se sentir solitárias. Deus reconheceu que Adão tinha um problema e lhe entregou a solução perfeita — uma mulher para ser sua esposa. E Deus sabia exatamente como formar a mulher.

A escritura enfatiza outro aspecto dessa primeira relação conjugal. Pelo fato de Deus ter feito Eva de uma costela de Adão, existia um inegável vínculo entre os dois. Sem dúvida, esse foi um fator significativo para Adão. E suas primeiras palavras sobre Eva foram: “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, [ishah, em hebraico] porque do homem [ish, em hebraico] foi tirada” (versículo 23, NVI). Adão reconheceu sua conexão àquela admirável criatura chamada Eva. Ambos estavam ligados intrinsecamente.

O primeiro casamento

Esse relato não menciona o que Adão e Eva estavam pensando ou como se sentiram quando se conheceram. Porém, nas passagens seguinte, aprendemos sobre a síntese do casamento estabelecido por Deus.

“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam” (Gênesis 2:24-25). Então, vamos examinar mais de perto essa síntese.

Deixar pai e mãe

Um importante aspecto do casamento é o fato de ter que “deixar pai e mãe”, como instruído por Deus, para estabelecer uma nova unidade familiar. Adão e Eva não tinham pais físicos para deixarem, mas as futuras gerações teriam de seguir essa instrução. Certamente, é preciso honrar os pais e buscar seus conselhos, mas os recém-casados precisam lembrar que agora são uma nova unidade familiar. E somente porque as coisas eram feitas de determinada maneira em sua família não significa que seu cônjuge vai querer fazer as coisas desse mesmo jeito.

O casal precisa aprender a trabalhar unido no casamento, demonstrando respeito e amor um pelo outro. Essa maneira de se conduzir segue os princípios bíblicos das mulheres que se submetem a seus maridos e dos maridos que amam e honram suas esposas (Efésios 5:22, 25; 1 Pedro 3:1, 7). Estabelecer diretrizes e tradições familiares em uma atmosfera de amor e respeito proporciona ao casal recém-casado uma base para edificar suas vidas.

Estar sempre unidos

Outro princípio de Gênesis 2:24 é que o marido deve apegar-se a sua esposa. Outras traduções dizem que ele deve unir-se a ela. Então, depois de Deus, a esposa deveria ser o maior compromisso do marido. E todo marido precisa construir esse relacionamento especial e íntimo com a esposa. A ideia de se apegar a vários parceiros não cabe nessa premissa.

E mesmo que Deus tenha permitido que alguns homens no Antigo Testamento tivessem várias mulheres ao mesmo tempo, obviamente, esses arranjos não faziam parte da intenção dEle no princípio. Quando Paulo enumerou as qualificações dos presbíteros da Igreja, ele deixou bem claro que um homem deve seguir as instruções de Deus e ser “irrepreensível, marido de uma mulher” (1 Timóteo 3:2).

O que um casal precisa fazer para ser inteiramente unido e ter um relacionamento amoroso e duradouro? Simples gestos como abraços, beijos e promessas de amor edificam e fortalecem o vínculo que Deus destinou aos parceiros conjugais. Quando maridos e esposas trabalham com afinco para edificar seu relacionamento, eles terão mais facilidade para resolver desentendimentos em sua família.

Algumas pessoas pensam que o amor é uma emoção mágica e misteriosa, que acontece com duas pessoas sem nenhum motivo aparente. Mas, a verdade é muito diferente disso, pois as relações amorosas precisam ser cultivadas. E isso exige empenho de ambas as partes. O amor significa cuidar, proteger e respeitar a outra pessoa e não uma emoção volúvel e incontrolável.

Contudo, vale muito a pena despender tempo e esforço na tarefa que envolve a edificação e preservação do vínculo conjugal. Muitas vezes, o casal que está realmente comprometido com esse processo descreve o seu cônjuge como seu melhor amigo. Simplesmente, essa é outra maneira de descrever o tipo de vínculo que Deus deseja para todos os casamentos.

Um casamento que tem esse tipo de vínculo sagrado é caracterizado por duas pessoas dispostas a ouvir e falar sobre suas diferenças ou problemas em um espírito de humildade. E quando um casal não consegue resolver seus problemas sozinho, então busca aconselhamento, pois valoriza seu relacionamento e não quer perdê-lo.

Estudos confirmam que o nível de conflito em um relacionamento determina precisamente se esse casamento vai sobreviver. Muitas vezes, as pessoas, cujos casamentos estão ruindo, dizem que perderam o desejo de manter um relacionamento especial com seu cônjuge.

Alguns casais têm conseguido reavivar esse desejo pedindo a Deus que lhes dê uma atitude de amor e humildade, e fazendo coisas que demonstrem seu amor ao outro, mesmo quando não haja reciprocidade da atitude. Muitos casais descobriram que os antigos sentimentos voltam quando começam a fazer juntos as coisas que os unem.

Tornar-se uma só carne

O próximo princípio do segundo capítulo de Gênesis ressalta que o marido e a mulher serão uma só carne, ou seja, vão desfrutar mutuamente de um relacionamento sexual íntimo (versículo 24; comparar 1 Coríntios 6:16).

Os passos que levam a uma relação sexual amorosa são vitais para um casamento vitorioso. Além de querer que aqueles que planejam se casar desenvolvam uma amizade profunda e duradoura com seu futuro cônjuge, Deus também nos ensina que não devemos ter relação sexual antes do casamento. Lamentavelmente, hoje em dia, muitas pessoas não conseguem seguir essas instruções de Deus. Hoje em dia, para muitas pessoas o “namoro” significa ter relação sexual.

Nas sociedades ocidentais a maioria dos jovens adultos têm relações sexuais antes do casamento. Muitos casais acreditam que devem fazer isso antes do casamento para saber se são “sexualmente compatíveis”, pensando que isso aumentará suas chances de sucesso no casamento. Entretanto, estudos comprovam que quando um casal resolve morar juntos e fazer sexo antes do casamento, isso na verdade aumenta a probabilidade de fracasso no futuro casamento.

Deus planejou o sexo para ser parte da relação no casamento e não para ser praticado fora dele. Deus permite as relações sexuais apenas para as pessoas casadas (Hebreus 13:4; 1 Coríntios 6:9-10, 18; 7:2-5). As instruções de Deus sobre não ter nenhum tipo de atividade sexual antes ou fora do casamento têm a intenção de preservar o relacionamento conjugal.

Deus planejou o sexo para ser uma experiência íntima para unir marido e mulher. Sem dúvida, o sexo une o marido e a mulher, e seguir essas instruções auxilia na prosperidade e sobrevivência do casamento.

E ignorar essas instruções de Deus tem um custo. O fato de ter múltiplos parceiros antes do casamento diminui drasticamente a capacidade de alguém  formar esse vínculo estreito e duradouro após o casamento. Como muitos homens e mulheres praticam sexo antes do casamento, não é de admirar que a maioria ache difícil construir e manter esse tipo de intimidade depois do casamento.

O caminho para reverter a tendência de casamentos fracassados e salvaguardar seu próprio casamento é simplesmente aceitar e praticar a instrução de Deus de ter relações sexuais somente dentro do casamento. Esse enfoque demonstra honra e respeito pela sexualidade planejada por Deus.

Nesse aspecto, o sexo não é banalizado ou reduzido a um simples comportamento animal. Em vez disso, ele é um ato honroso reservado para o mais íntimo de todos os relacionamentos humanos e celebrado com a mais nobre das intenções.

Livre da vergonha

O último princípio dessas orientações iniciais de Deus para o casamento revela que Adão e Eva estavam nus, mas não sentiam vergonha disso (Gênesis 2:25). Como eram as duas únicas pessoas do planeta, a privacidade não era um problema. A sexualidade não era e não é intrinsecamente obscena ou vergonhosa.

No âmbito do casamento o marido e a mulher devem se sentir à vontade um com o outro quanto à masculinidade ou a feminilidade. Porém, revelar muitas partes do corpo a outras pessoas do sexo oposto fora do casamento acaba incitando à transgressão dos mandamentos de Deus contra a luxúria e as relações sexuais ilícitas.

Jesus advertiu: “Qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mateus 5:28). Homens e mulheres precisam controlar suas mentes e vestir-se modestamente para desincentivar a excitação sexual e a atração fora do casamento.

A liderança piedosa dentro do casamento

O apóstolo Paulo explica que o casamento é semelhante à relação entre Cristo e a Igreja e também nos ensina sobre liderança dentro da relação marido-mulher. Assim, como Jesus é o líder da Igreja, os maridos devem ser os líderes dentro do casamento: “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja” (Efésios 5:23).

Os maridos devem liderar suas esposas do mesmo modo que Jesus lidera a Igreja. Jesus é “o Salvador do corpo” — a Igreja  (mesmo versículo). Ele sacrificou Sua própria vida por amor à Igreja.

Com isso em mente, Paulo instruiu os maridos sobre a maneira como devem proceder: “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”.

“Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja” (versículos 25-29).

Quando um líder evidencia esse tipo de amor e compromisso que Jesus demonstrou à Igreja, torna-se mais fácil para uma pessoa segui-lo. Sabemos que esse tipo de líder sempre tem as melhores intenções no coração. O ensinamento de Paulo aos maridos era que também fossem esse tipo de líder e assim seria fácil para suas esposas os seguirem.

Baseado nessa expectativa quanto aos maridos, Paulo ensinou o seguinte às esposas: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido” (versículos 22-24).

Submissão mútua em amor

Pelo fato de não compreender esse esplêndido contexto e a liderança amorosa das instruções aqui expressas, algumas esposas se recusam a submeter-se a seus maridos. Às vezes, homens e mulheres, veem, equivocadamente, essas instruções como algo machista e humilhante para as mulheres. Mas, no contexto da explicação de Paulo, essa instrução denota muito respeito a ambos os sexos e representa uma importante chave para casamentos felizes.

Maridos e esposas que lutam constantemente entre si por autoridade e controle passam por situações de conflito e sofrimento que, muitas vezes, levam ao divórcio. O casal que se submete completamente ao padrão revelado por Paulo geralmente alcança felicidade e paz.

Quando o amor verdadeiro e o respeito mútuo prevalecem em um casamento, o casal aprende muito um com o outro. Essas são características vantajosas para o relacionamento. Por exemplo, as mulheres geralmente se destacam em coisas que têm a ver com relacionamentos. E, muitas vezes, os maridos têm mais aptidão para resolver problemas.

O casal que logo reconhece que ambos trazem vantagens ao seu matrimônio em determinados aspectos do relacionamento percebe que pode usar essas características para benefício mútuo seguindo as instruções de Deus.

Porém, o cônjuge que “esfrega na cara do outro” as escrituras que são para o benefício de ambos perde esse foco. Alguns maridos impetuosos, que quase não têm respeito pelos sentimentos ou contribuições de suas esposas, exigem que estas se submetam a eles de qualquer forma e algumas esposas indignadas dizem que só vão se submeter quando eles começarem a mudar de atitude. Diante disso, a solução é cada um fazer a sua parte.

Cada um deve praticar as instruções que receberam. Embora seja possível um influenciar o outro positivamente por suas próprias atitudes, mas é muito melhor quando o marido e a esposa decidem viver seus respectivos papéis no casamento de acordo com as instruções de Deus.

Como se poderia esperar, as instruções de Deus para o casamento provaram ser a melhor maneira de experimentar paz e felicidade. O casamento é um dos presentes mais extraordinários de Deus para a humanidade. Ele é um tesouro que merece ser cuidado, valorizado e defendido. Ainda hoje as instruções de Deus são muito benéficas ao casamento. E segui-las significa fazer uma escolha honrosa e santa. A pessoa nunca deve se envergonhar por seguir as instruções de Deus — pois nelas há recompensas benéficas e duradouras!


Deus Aceita a Homossexualidade?

O que a Bíblia diz sobre a homossexualidade? O termo homossexual pode ser definido como uma pessoa que sente constante atração pelo mesmo sexo em vez de atração pelo sexo oposto (heterossexual). A maioria dos homossexuais acredita ser incapaz de mudar essa orientação.

Como muitos homossexuais sentem essa atração desde tenra idade, isso parece “inerente” a eles — ou seja, que sempre foram assim. Consequentemente, um número crescente de pessoas está sendo condicionada a aceitar a homossexualidade como uma variação normal da sexualidade humana.

A Bíblia não aborda o assunto da homossexualidade do ponto de vista da orientação sexual. Mas tem leis claras que tratam das escolhas que as pessoas fazem em relação à atividade sexual e relacionamentos, porque essas são coisas que as pessoas podem controlar.

Deus criou os seres humanos como macho e fêmea, e Sua Palavra nos diz que o sexo foi projetado para ser praticado apenas dentro do casamento entre um homem e uma mulher. Assim como o adultério, a fornicação (sexo antes do casamento) e a atividade homossexual são atos fora do casamento entre homem e mulher, sendo tudo isso uma violação das instruções de Deus.

A Bíblia proíbe práticas homossexuais em diversas passagens, tais como Gênesis 19:1-25, Levítico 18:22 e 20:13 e Juízes 19:1-25. Qualquer transgressão de uma lei de Deus é pecado (1 João 3:4; 5:3). E se alguém deseja ter um relacionamento correto com Deus é imprescindível que se arrependa de todos os seus pecados.

E o Novo Testamento (Romanos 1:24-27, 1 Coríntios 6:9-11 e 1 Timóteo 1:9-10) se refere à homossexualidade da mesma maneira. E nessa citada passagem de Romanos tem uma proibição específica sobre o homossexualismo, tanto masculino como feminino. Em nenhuma passagem a Bíblia apoia ou aprova a homossexualidade. As duas únicas opções reconhecidas para os cristãos adultos são o casamento heterossexual e a abstinência sexual.

Argumentos falhos

Alguns homossexuais argumentam que Deus os fez assim e, por isso, Ele deve aprovar a homossexualidade. Esse tipo de raciocínio é errôneo por diversas razões.

Primeiramente, Deus criou todos os seres humanos com livre arbítrio, então nós é que escolhemos o que vamos pensar, acreditar e fazer. Pois não somos robôs incapazes de tomar decisões ou controlar nosso comportamento.

Em segundo lugar, o ambiente e as experiências da infância provaram ter um grande impacto no desenvolvimento da sexualidade de uma pessoa. Além disso, estudos com gêmeos idênticos, onde um é homossexual e o outro não, provaram que a homossexualidade não é determinada pela genética. Após anos de pesquisas, nenhum “gene homossexual” foi encontrado. Esses fatores mostram que a homossexualidade é desenvolvida após o nascimento e, às vezes, tem origem em circunstâncias da primeira infância.

Em terceiro lugar, independentemente da circunstância que tenha predisposto uma pessoa à homossexualidade, todos nós devemos tomar decisões morais. Deus não permite ao ser humano mudar Suas regras simplesmente porque nossa natureza corrompida está inclinada ao pecado.

Todos nós pecamos, pois nossa mente é antagônica à Deus e Seus caminhos (Romanos 3:23; 8:7; Jeremias 17:9). Portanto, nosso desafio para nos alinharmos a Deus é o arrependimento dos pecados — mudar nossas vidas e, com a ajuda dEle, aceitar as instruções divinas (Romanos 12:1-2).

Mudar com a ajuda de Deus

A obediência à Deus pode mudar a vida de uma pessoa envolvida no homossexualismo. O apóstolo Paulo dirigiu-se a homens e mulheres da igreja em Corinto, explicando que determinados tipos de comportamento — incluindo atos homossexuais — podem impedir alguém de entrar no Reino de Deus (1 Coríntios 6:9-10). Então Paulo faz esta declaração: “Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus” (versículo11, NVI).

Aparentemente, Paulo sabia que alguns membros da igreja de Corinto haviam sido homossexuais. Portanto, a mensagem de que os homossexuais podem se arrepender e abandonar esse estilo de vida não é nova. Os homossexuais têm passado por mudanças em seu estilo de vida desde que a Bíblia foi escrita. A Palavra de Deus apresenta a abordagem de odiar o pecado, mas amar o pecador e tratar a todos com respeito e bondade, reconhecendo que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23; comparar João 3:16).

Qual é a responsabilidade de alguém que quer ser cristão, mas está lutando com uma atração pelo sexo oposto profundamente arraigada em sua mente? Essa pessoa deve controlar seus desejos sexuais assim como os adultos heterossexuais também são obrigados a controlar seus desejos libidinosos. Ao reconhecer que o pecado começa na mente (Tiago 1:13-15), alguém que luta contra qualquer tipo de pecado sexual deve se esforçar para levar “cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo” (2 Coríntios 10:5, NVI). Nenhum de nós deve ceder às tentações sexuais — sejam motivadas pela luxúria ou pelo desejo de amar e ser amado. Todos devem evitar colocar-se em situações em que possam ser tentados a se envolver em comportamentos pecaminosos (1 Coríntios 6:18).

Novamente, é importante lembrar a diferença entre orientação homossexual, ou atração pelo mesmo sexo, e comportamento homossexual ativo e luxuriante. Por si só, a atração pelo mesmo sexo não é pecado, mas fantasiar sobre isso e ceder às tentações sexuais denotam pecado. Enquanto muitas pessoas em nossa sociedade hoje rejeitam a orientação de Deus sobre esse assunto, há muitas outras, que sentem atração pelo mesmo sexo, que estão procurando sair desse estilo de vida homossexual para viver em obediência às instruções de Deus.

Sabemos que lutar contra a tentação homossexual é algo difícil e pode até ser doloroso. Entendemos que os fatores de desenvolvimento da homossexualidade são complexos e que pessoas homossexuais também são filhos de Deus e são dignas de amar e ser amadas.

A importância de saber escolher as amizades

Nosso amoroso Criador criou os seres humanos como macho e fêmea — planejando que o homem e a mulher tivessem uma conexão sexual íntima em um relacionamento conjugal amoroso. A atividade sexual fora desse contexto desvirtua o objetivo de viver segundo o plano de Deus ao nos criar como homem e mulher. Contudo, Deus também nos projetou para demonstrar um amor fraterno, não erótico, às pessoas do mesmo sexo. (O amor fraterno entre Davi e Jônatas é um exemplo bíblico bem conhecido desse amor fraterno entre dois homens). E como o amor e o sexo não são a mesma coisa, alguém que luta contra uma atração homossexual pode aprender a sentir profunda afeição e amor por outra pessoa do mesmo sexo de maneira não sexual.

E para mudar esse estilo de vida, é muito importante que homens e mulheres com orientação homossexual tenham bons amigos e boas amigas — mas, todos comprometidos a viver de acordo com os padrões morais de Deus.

Em nosso site, www.revistaboanova.org, tem diversos artigos esclarecedores dedicados a ajudar os cristãos que lutam contra a homossexualidade, os vícios e outros comportamentos disfuncionais.