O Tempo do Fim no Livro de Apocalipse

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O Tempo do Fim no Livro de Apocalipse

Aqui novamente encontramos o esboço da profecia que Jesus deu no Monte das Oliveiras, mas representado com um abrangente simbolismo. E também achamos os detalhes adicionais.

No primeiro capítulo, João escreve que, na visão, ele foi levado para o momento que chamou de “dia do Senhor” — ao mesmo período chamado de “o dia do Senhor” pelos profetas anteriores e outros apóstolos (Isaías 13:6, 9; Joel 1:15; Amós 5:18-20; Obadias 1:15; Sofonias 1:14; Zacarias 14:1; Malaquias 4:5; 1 Tessalonicenses 5:2; 2 Pedro 3:10).

Visão do fim dos tempos

O livro de Apocalipse foi escrito para revelar o futuro, e Jesus Cristo é quem faz a revelação: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer . . . Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele”  (Apocalipse 1:1, 7).

Aqui está o tema de Apocalipse — o tempo do fim desta era e do retorno de Jesus Cristo para estabelecer o Reino de Deus na Terra.

João explica de onde estava quando recebeu a visão do fim dos tempos: “Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo. Eu fui arrebatado no Espírito, no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta” (Apocalipse 1:9-10).

O dia do Senhor (também conhecido nas Escritura como “Dia de Cristo”) é o tempo da intervenção de Deus nos assuntos humanos, quando Ele estabelecerá Seu Reino. (É evidente que este contexto não se refere a um determinado dia da semana para adorar a Deus. Para entender melhor qual é o dia que Deus determinou para descanso e adoração, por favor faça o download [baixe] ou solicite nosso livro gratuito: O Sábado, de Pôr-do-sol a Pôr-do-sol, o Dia do Descanso de Deus).

O apóstolo Paulo, referindo-se a este mesmo tempo, diz: “Porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite. Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão” (1 Tessalonicenses 5:2-3).

Em outra epístola Paulo o chama de “o Dia de Cristo” (2 Tessalonicenses 2:2). A razão é que Jesus Cristo, o Senhor, intervirá de uma forma poderosa neste tempo para dominar o mundo. É por isso que este período do fim dos tempos é chamado o dia do Senhor.

A visão de João do dia do Senhor começa em Apocalipse 4: “E logo fui arrebatado no Espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono” (versículo 2). Depois de descrever a cena no céu, João se concentra em um pergaminho que Deus segura que lista os eventos do fim dos tempos. “E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos” (Apocalipse 5:1).

Somente Jesus Cristo, chamado o Cordeiro, é digno de abrir os selos e desencadear esses eventos do fim dos tempos. Quando Deus Pai, determina que chegou a hora, Jesus é autorizado a iniciar os eventos escritos no pergaminho. Então os terríveis eventos do fim dos tempos, profetizado nas Escrituras, acontecem durante três anos e meio.

Os sete selos descrevem os acontecimentos antes e durante o retorno de Cristo para governar a terra. “E olhei e ouvi a voz de muitos anjos . . . que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças” (Apocalipse 5:11-12). Aqui, Jesus Cristo está sendo autorizado a desencadear os eventos finais e, em seguida, estabelecer o Seu Reino na terra.

Cristo abre os sete selos

João, então, descreve os acontecimentos que se realizarão no período antes dos três anos e meio. Jesus abre, em Apocalipse 6, os sete selos do pergaminho da profecia. O primeiros quatro dos sete representam eventos iniciados nos dias dos apóstolos e dos líderes até o momento do fim. Jesus deu o significado dos selos sobre o tempo do fim na profecia do Montes das Oliveiras (Mateus 24, Marcos 13, Lucas 21).

O primeiro selo (Apocalipse 6:1-2) representa o engano generalizado de um falso cristianismo que começou nos dias dos apóstolos (Mateus 24:4-5). O segundo selo (Apocalipse 6:3-4) refere-se ao aumento da devastação causada pela guerra ao se aproximar o fim (Mateus 24:6-7). O terceiro selo (Apocalipse 6:5-6) representa a escassez de alimento e a fome (Mateus 24:7). Outras consequências da guerra e da fome são representadas pelo quarto selo (Apocalipse 6:7-8) — tais como doenças, pragas e revoltas civis que matarão muita gente (Mateus 24:7).

Todos os eventos dos primeiros quatro selos vêm ocorrendo, com frequência e intensidade variável, desde a época de Cristo até nossos dias. Mas, têm se intensificado consideravelmente ao longo do século passado e vai aumentar mais ainda o sofrimento que a humanidade terá que suportar ao se aproximar os últimos tempos.

O quinto selo (Apocalipse 6:9-11) nos leva diretamente ao tempo do fim. Ele atesta o passado de perseguição e o martírio dos Servos de Deus e anuncia que eles terão que esperar “ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram”, antes que Deus vingue suas mortes.

Em Mateus 24:9 (ACF) Jesus diz a seus seguidores que este será o momento em que “vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome”. Ele também descreve-o como um momento de “grande aflição” diferente de tudo que o mundo já experimentou (versículo 21).

O sexto selo

O selo seguinte descreve como “as potências dos céus serão abaladas” (Mateus 24:29), após o fim da tribulação e martírio dos santos já em andamento, mas antes da ira de Deus ser desatada no “dia do Senhor”  (Joel 2:31). Estes sinais celestes anunciam o início do Dia do Senhor.

Sinais celestiais apavorantes anunciam a intervenção direta de Jesus Cristo nos eventos mundiais para salvar a humanidade de si mesma. Isso mostra que Deus permitia os desastres anteriores ao fim dos tempos e Satanás foi a sua força motriz. Agora Deus começa a destruir o reino de Satanás, derramando Sua ira sobre um mundo rebelde e insolente.

“E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue. E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.

“E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” (Apocalipse 6:12-17).

Jesus descreveu esse sexto signo em sua profecia do Monte das Oliveiras: “E haverá sinais no sol, e na lua, e nas estrelas, e, na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo, porquanto os poderes do céu serão abalados. E, então, verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção [resgate] está próxima” (Lucas 21:25-28).

Por conseguinte, na última parte do três anos e meio da ira de Satanás, Deus vai intervir, primeiro com sinais e prodígios no céu, então orquestrará Suas punições finais antes do retorno de Jesus Cristo.

O sétimo e último selo

Finalmente, o sétimo selo é aberto (Apocalipse 8). Ele descreve sete outros aspectos dos eventos do fim dos tempos, cada um anunciado com um toque de trombeta. Nas primeiras quatro destas pragas, Deus atinge a terra e seu ecossistema. A praga da quinta trombeta inflige grande sofrimento aos que se recusaram servir a Deus. Na praga da sexta trombeta, Deus permite que se inicie uma guerra incrivelmente destrutiva envolvendo o mundo inteiro (Apocalipse 8-9).

Com o soar da sétima trombeta, a Bíblia revela que “se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos” (Apocalipse 10:7).

Este mistério do tempo fim foi brevemente mencionado no Jardim do Éden e seu significado vislumbrado pelos patriarcas e profetas. João escreve: “E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Apocalipse 11:15).

Deus está no controle. Cada detalhe profético será realizada de acordo com seu tempo. (Para saber mais sobre este livro intrigante, solicite o nosso livreto grátis O Livro de Apocalipse Revelado).

Cristo concluiu sua profecia do Monte das Oliveiras, em Lucas 21:34-36, advertindo a Seus discípulos que viveriam durante o tempo do fim: “E olhai por vós, para que não aconteça que os vossos corações se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas que hão de acontecer [os terríveis acontecimentos do fim dos tempos] e de estar em pé diante do Filho do Homem”.