O Quarto Mandamento: Chave Para um Relacionamento Com Nosso Criador

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O Quarto Mandamento

Chave Para um Relacionamento Com Nosso Criador

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“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou” (Êxodo 20:8-11).

O Sábado, o sétimo dia da semana, foi separado por Deus como um tempo de descanso e renovação espiritual. É uma oportunidade especial para se aproximar de nosso Criador e é um tempo designado para buscarmos melhorar nosso relacionamento com Ele—para aprender a amá-Lo, adorá-Lo e se relacionar melhor com Ele.

Como dias na Bíblia são contados de pôr do sol a pôr do sol (Levítico 23:32), o Sábado começa ao pôr do sol da sexta-feira à tarde e termina ao pôr do sol do sábado à tarde.

Certamente, algumas pessoas apressam-se a perguntar: Por que separar um dia da semana é tão importante a ponto de Deus incluí-lo nos Dez Mandamentos? E por que exatamente o sétimo dia? Como a guarda desse dia em particular pode beneficiar nosso relacionamento com Deus e não qualquer outro dia que escolhermos? Afinal, na sexta-feira à noite e durante o dia de Sábado é quando mais temos esportes, todo tipo de diversões, negócios e outras atividades seculares. Por que deveríamos ser diferentes? Esse mandamento não é apenas simbólico e que nunca deve ser interpretado literalmente? E Jesus Cristo mesmo não ignorou esse mandamento e nos libertou de seu peso?

Estas perguntas sobre o quarto Mandamento refletem algumas das crenças e preconceitos acerca da guarda do Sábado assumidas ao longo de séculos. Mas o mandamento de Deus é simples e fácil de entender. Então por que ele é constantemente ignorado, atacado e explicado de forma a esvaziá-lo do seu verdadeiro propósito e significado por tantas pessoas? Não seria porque os argumentos usados para contrariar a observância do quarto Mandamento têm a sua origem no diabo, o governante invisível deste mundo mau? Afinal, este grande enganador quer que aceitemos o seu ponto de vista porque ele odeia a lei de Deus. Ele faz tudo o que pode para nos influenciar a ignorar, evitar ou arrazoar [argumentar] a nossa maneira de viver para não obedecermos a esse Mandamento.

Pouquíssimas pessoas percebem a grande influência de Satanás na sociedade. Visto que ele é o verdadeiro “deus deste século” (2 Coríntios 4:4), ele tem enganado a maioria da humanidade (Apocalipse 12:9). O mundo inteiro está sob sua influência (1 João 5:19). Seu objetivo sempre foi o de destruir a relação entre o verdadeiro Deus e a humanidade. A sua única intenção é evitar que o homem desenvolva um relacionamento pessoal com seu Criador e esse é o propósito do Quarto Mandamento. Ele quer nos impedir de alcançar nosso incrível destino de ser parte da família de Deus!

Jesus e seus apóstolos guardavam o sábado

O que o exemplo de pessoal de Cristo nos ensina sobre a observância do Sábado? “E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler” (Lucas 4:16). Jesus usou os Sábados de Deus de acordo com o propósito desse dia—ajudar as pessoas a desenvolver um relacionamento pessoal com seu Criador.

Após a morte e ressurreição de Cristo, Seus apóstolos seguiram seu exemplo de observância do sábado. “E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles e, por três sábados, disputou com eles sobre as Escrituras” (Atos 17:2). “E todos os sábados disputava na sinagoga e convencia a judeus e gregos” (Atos 18:4).

Hoje, no entanto, a maioria das pessoas que professam seguir a Cristo não seguem o exemplo dado por Ele e Seus apóstolos. Muitos desconhecem que a rejeição do Sábado como o dia apropriado para o culto cristão não existia até trezentos anos depois do ministério de Cristo na terra.

A substituição oficial do Sábado pelo domingo foi orquestrada por Constantino, um imperador romano, quando constituiu o Cristianismo como a religião oficial do estado, assegurando-se, assim, de uma grande vantagem sobre o seu rival político. Constantino foi esperto ao compreender a vantagem política de aceitar e apoiar os cristãos, mas essa aceitação teve um preço—o controle do Estado sobre todos os assuntos religiosos.

Em 321 d.C., Constantino declarou o domingo como o tempo consagrado em honra do deus sol pagão para ser o dia oficial de descanso no Império Romano, tornando-se o dia de escolha para assembleias da igreja. Mas em nenhum lugar da Bíblia Deus Pai ou Jesus Cristo deu permissão para se alterar o Sábado de descanso, o sétimo dia, para o domingo, o primeiro dia da semana. Os apóstolos do primeiro século nada mudaram. Na verdade, nenhum ser humano, instituição ou Estado tem o direito de mexer com o que Deus tem separado como santo.

O Sábado e o bom relacionamento com Deus

O Sábado, o dia reservado para nos lembrar constantemente que nosso Criador é o único Deus verdadeiro, é vital para o nosso relacionamento com Ele. Este dia molda a forma de como O entendemos e O adoramos. Por isso, Ele nos ordena a lembrar o dia de Sábado, formalmente adorando-O nesse dia.

Caso contrário, perdemos essa compreensão especial sobre Ele como Criador de todo o universo. Depois dos seis dias de reorganização e composição deste lindo planeta com tudo o que nele existe, o nosso Criador encerrou a recriação da parte física sobre a terra, e repousou no sétimo dia (Gênesis 2:1-3). Ao observar o Sábado deixamos de lado nosso trabalho e atividade normal para nos concentrar nesse importante entendimento.

O Sábado também é um dia especial para se concentrar em melhorar nossa relação espiritual com Deus. Embora seja um dia de descanso de nossas rotinas normais e um tempo de renovação, não é um dia para ficar à toa, como supõem algumas pessoas. Pelo contrário, o Sábado é o dia no qual nós mudamos radicalmente a perspectiva das nossas atividades. Deus quis que ele fosse um período agradável durante o qual devemos nos ocupar de nos aproximar Dele.

Deus disse através do livro de Isaías: “Se desviares o teu pé do sábado, de fazer a tua vontade no meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor digno de honra, e se o honrares, não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as tuas próprias palavras, então, te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra e te sustentarei com a herança a [abundância de bênçãos] de Jacó, teu pai; porque a boca do Senhor o disse” (Isaías 58:13-14).

Na verdade, “deleitar-se no Senhor” é uma das principais razões que devemos cessar, nas vinte e quatro horas do Sábado, as atividades normais de trabalho consumidas nos outros seis dias da semana, que é nosso tempo.

Qualquer tipo de relacionamento leva tempo. Cada parceria bem sucedida demanda tempo. Nenhuma relação estreita pode ter sucesso sem tempo—namoro, casamento ou amizade. Nosso relacionamento com Deus não é exceção.

Assim, Deus nos deu tempo especial para adorá-Lo como nosso Criador. E isso é o que o Sábado—o sétimo dia da semana—nos proporciona.

A palavra hebraica para Sábado, shabbath, significa “cessar, dar uma pausa ou fazer um intervalo”. No sábado, nós abandonamos todas as nossas atividades comuns e dedicamos esse tempo e atenção ao nosso Criador. Por quê? Porque em seis dias Deus reordenou “os céus e a terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou” (Êxodo 20:11). De um modo diferente de qualquer outro mandamento o Sábado nos mantém em permanente contato com a realidade de que Deus é nosso Criador.

Um mundo sem conhecimento do verdadeiro Deus

Olhe para o mundo que nos rodeia. A teoria da evolução, baseada na ideia de que o mundo e tudo que nele existe surgiu a partir do nada, domina o pensamento dos mais cultos. A maioria dos eruditos zomba da ideia de que a criação exige um Criador inteligente, onipotente e com propósito definido. Até mesmo alguns eruditos que professam o Cristianismo aceitam o ponto de vista evolutivo. A observância do sétimo dia, o Sábado, no entanto, mantém aqueles que fielmente obedecerem aos Dez Mandamentos sempre atentos de que sua fé é fundamentada na existência de um Criador todo-poderoso que não é limitado por processos naturais.

Então, lemos: “Pela fé [crendo o que a Bíblia nos diz], entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hebreus 11:3). E essa fé é nada mais, nada menos do que uma confiança inabalável de que a Bíblia foi inspirada pelo Espírito de Deus e com precisão revela como o mundo, incluindo a humanidade, veio a existir. (Para saber mais peça ou baixe gratuitamente nossos livros A Bíblia Merece Confiança? e A Questão Fundamental da Vida: Deus Existe?)

Deus revela poucos detalhes sobre como Ele criou o universo―apenas diz que Ele o criou. Observar o Sábado faz com que este fato de que Ele é o Criador, esteja permanentemente presente em nossa mente durante a semana inteira. Deus não quer que percamos esse entendimento. Ele sabe que todo aquele que negligencia este conhecimento perde a visão de quem e o que Ele é. Por isso, esse conhecimento é fundamental.

E também é por isso que a observância semanal do Sábado é tão importante para o nosso relacionamento com nosso Criador. A guarda do Sábado mantém, constantemente, na nossa memória a lembrança de que o Ser a quem adoramos é o Criador do Universo.

Uma criação continuada

O Sábado não é simplesmente uma lembrança de uma criação passada. Deus terminou a parte física de sua criação em seis dias. No entanto, a parte espiritual ainda está em andamento. O sábado é o dia principal para desenvolver o foco de nosso ser interior em Cristo. Como o apóstolo Paulo disse: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” (2 Coríntios 5:17, NVI).

A nova criação espiritual é interna―no coração e caráter de cada pessoa. Ela começa quando “vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso sentido, e . . . revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:22-24). Este novo homem “. . . se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Colossenses 3:10).

O carácter espiritual não se desenvolverá apenas por nossa própria vontade. O “velho homem” inevitavelmente sucumbirá perante as debilidades e impulsos da natureza humana. Assim, Paulo resume essa luta: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7:18-19).

É o próprio Deus quem cria em nós um caráter espiritual justo e santo. Ele reestrutura nosso modo de pensar e nos dá força para resistir às tendências da nossa natureza. Paulo confirma isso, dizendo que “é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele” (Filipenses 2:13, NVI).

O dia da renovação

Você entende como isso é importante? Se estamos em Cristo, então nosso Pai Celestial está criando em nós Seu próprio caráter, Sua natureza divina (2 Pedro 1:4). O tempo semanal que Deus estabeleceu perpetuamente para nos lembrar de que Ele é o Criador é o mesmo período de tempo no qual nos instrui e nos molda como Sua nova criação.

A Palavra de Deus nos chama de “meninos novamente nascidos” e diz que devemos desejar “o leite racional, não falsificado, para que, por ele, ir crescendo” (1 Pedro 2:2). O Sábado é o tempo que Deus nos reservou para que possamos crescer e aproximar mais dEle através do estudo da Sua Palavra, da oração pessoal e do aprendizado em grupo. Deus santificou-o―separou-o―como um tempo sagrado (Gênesis 2:1-3). Devemos usá-lo para nos alegrar em Deus e diligentemente buscar a Sua ajuda para nos desenvolver e crescer espiritualmente (Isaías 58:14).

O Sábado é o dia em que os discípulos de Cristo devem estreitar o seu relacionamento uns com os outros. Como afirma Hebreus 10:24-25: “E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia”.

O Sábado é o único dia em que Deus ordena uma assembleia semanal. “Em seis dias realizem os seus trabalhos, mas o sétimo dia é sábado, dia de descanso e de reunião sagrada. Não realizem trabalho algum; onde quer que morarem, será sábado dedicado ao Senhor” (Levítico 23:3, NVI).

A evidência contida no Novo Testamento mostra-nos que os apóstolos de Cristo e seus conversos continuaram a reunir-se no Sábado, o sétimo dia. Eles observavam o dia de Sábado, e em suas reuniões nesse dia enfatizavam especialmente na ‘nova’ pessoa que Deus estava criando neles. A relação com o sétimo dia tornou-se muito importante em suas vidas. O livro de Hebreus confirma que décadas após a morte e ressurreição de Cristo, Seus seguidores continuaram guardando o sábado, afirmando que “ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus” (Hebreus 4:9, NVI).

Assim, Jesus e seus apóstolos perseveraram na obediência ao mandamento de guardar o Sábado como dia santo. Eles guardaram o sétimo dia, o Sábado, assim como seus companheiros judeus da época. E hoje em dia, o mandamento de Deus para nós continua sendo este: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar” (Êxodo 20:8).

Precisamos desesperadamente desse tempo para aumentar e estreitar o nosso relacionamento com o nosso Criador. É Deus quem diz quanto tempo precisamos separar para o nosso relacionamento especial com Ele e quando o devemos fazer. Então, cabe a nós decidirmos se confiamos em Seu julgamento e se estamos dispostos a obedecer ao Seu mandamento de santificar o Sábado.