Os Dias de Deus Para Sua Adoração
E já que a Palavra de Deus não admite a celebração do Natal ou do Domingo de Páscoa e condena os enfeites pagãos associados a esses feriados religiosos, criados por seres humanos, então como os cristãos devem adorar a Deus? Existem celebrações anuais que os cristãos deveriam observar?
Deus nos deu sete festivais anuais, ou festas, nas quais devemos adorá-Lo e honrá-Lo. Ao observarmos essas festas, de acordo com a Sua Palavra, podemos compreender Seu plano final para a humanidade. A seguir vamos estudar sobre os dias que Deus nos instruiu para Seu culto formal. Suas festas são muito mais significativas do que esses feriados religiosos deste mundo, porque revelam Seu plano para a humanidade.
O primeiro dia ordenado para o culto
O capítulo 23 do livro de Levítico lista, sequencialmente, todos os festivais ordenados por Deus. O primeiro é para ser observado a cada semana—o dia de sábado semanal (Levítico 23:3).
No primeiro livro da Bíblia, Gênesis, vemos que Deus criou o homem no sexto dia da semana da criação (Gênesis 1:24-31). “E, havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera” (Gênesis 2:2-3).
A palavra hebraica para “descansou” é shabath e está relacionado com a palavra sábado. Literalmente, Deus sabadou, ou descansou, ou seja, Ele encerrou o trabalho de criação (Êxodo 20:8-11).
Ao descansar, Deus também abençoou e santificou o sétimo dia como um presente para a humanidade (Gênesis 2:2-3; Êxodo 16:29). Santificar algo significa separá-lo como santo. Como Deus tornou santo o sábado (Êxodo 16:23; 20:11; Neemias 9:14), Ele também instruiu àqueles que O seguiriam a lembrarem-se de guardá-lo como sagrado, assim descansando nele (Êxodo 20:8-11; Deuteronômio 5 :12-15). Então, guardar o sábado nos faze lembrar que Deus é nosso Criador.
Além de criar o sábado para o descanso, Deus também revelou que este é um dia de adoração. Em Levítico 23, Ele disse a Moisés: “Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As solenidades do Senhor, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades. Seis dias obra se fará, mas o sétimo dia será o sábado do descanso, santa convocação; nenhuma obra fareis; sábado do Senhor é em todas as vossas habitações” (versículos 2-3). Santas convocações são assembléias sagradas para a adoração.
Quando Jesus Cristo veio viver como um ser humano na Terra, Ele não veio para abolir ou enfraquecer os mandamentos de Deus (Mateus 5:17). Ele veio para “exaltar a lei e torná-la gloriosa” (Isaías 42:21). Jesus guardou o sábado (Marcos 1:21; 6:2; Lucas 4:16; 6:6), como fizeram os apóstolos e outros membros da Igreja primitiva (Atos 13:14; 17:2). Os crentes gentios se reuniam com os apóstolos no sábado (Atos 13:42, 44; 18:4).
Esta bênção de Deus, consagrada em um dos Dez Mandamentos, não foi mudada. O sétimo dia da semana—observado do pôr-do-sol de sexta-feira ao pôr-do-sol do sábado—continuou como dia santo de Deus ordenado para descanso e adoração. Apesar de que pessoas mal orientadas, mais tarde, tenham começado uma mudança para a adoração no domingo, a ordem de Deus nunca foi revogada, nem houve autorização bíblica para uma mudança para o primeiro dia da semana.
Esta é apenas uma breve explicação do Quarto Mandamento de Deus. Se você gostaria de descobrir muito mais sobre o sábado bíblico, baixe ou solicite a sua cópia gratuita do nosso livro O Sábado: de Pôr-do-sol a Pôr-do-sol, O Dia do Descanso de Deus.
Além do sábado semanal, Deus deu a Seu povo os festivais anuais que correspondem com as épocas de colheitas de Israel. Estes também são “santas convocações” a serem observados no tempo apropriado (Levítico 23:4) e representam plano mestre de Deus para salvação de toda a humanidade.
A Páscoa
A Páscoa (Levítico 23:5), que cai no início da primavera na Terra Santa, é uma lembrança de como Deus tirou a vida de todos os primogênitos egípcios (Êxodo 12:7, 26-29), mas passou por cima das casas dos israelitas porque eles tinham colocado o sangue de um cordeiro sacrificado nas esquadrias das portas.
O sangue do cordeiro prefigurava o sacrifício de Jesus Cristo, quem poupa a humanidade da morte eterna. No Novo Testamento, os cristãos passaram a entender que Cristo é o verdadeiro Cordeiro pascal (comparar Êxodo 12:21 com 1 Coríntios 5:7). Ao observar a Sua última Páscoa com Seus discípulos, Jesus explicou que os símbolos do pão e do vinho representavam Seu corpo e sangue, oferecido por Ele para o perdão dos nossos pecados (Mateus 26:26-28; Marcos 14:22-24).
Então, a morte de Cristo realmente aconteceu durante as horas diurnas que se seguiram—que ainda era a mesma data, de acordo com o cômputo hebraico dos dias serem dum pôr-do-sol a outro. Assim, Ele foi sacrificado no dia da Páscoa.
A observância deste evento anual, indicando a morte de Jesus, (1 Coríntios 11:26) nos lembra que a vida eterna só é possível por meio dEle (João 6:47-54; Atos 4:10-12). Seu sacrifício é o ponto de partida para a salvação e é o fundamento das festas anuais seguintes.
A Festa dos Pães Asmos
Juntamente com a Páscoa, Deus instituiu a festa de sete dias dos Pães Asmos, que segue imediatamente à Pascoa (Levítico 23:6-8). Historicamente, os dias dos Pães Asmos comemoram a fuga dos antigos israelitas do Egito a qual foi tão apressada que não tiveram tempo para deixar o seu pão fermentar (Êxodo 12:33-34). Esta festa ocorria em Israel ao começo da colheita da cevada durante o início da Primavera.
Deus ordenou aos israelitas que observem este festival removendo o fermento (levedura) de suas casas por sete dias. O primeiro e o último dia deste festival, que dura uma semana, foram designados especificamente como santas convocações—sábados anuais—dias dedicados ao descanso e à reunião para adoração.
Durante Seu ministério terreno, Jesus identificou o fermento como símbolo do pecado (Mateus 16:6-12; Marcos 8:15; Lucas 12:1). Posteriormente, os membros da Igreja primitiva continuaram a observar essa festa, tirando o fermento de suas casas por uma semana como símbolo de mentes limpas e atitudes que Deus deseja de Seu povo (1 Coríntios 5:6-8). Depois de aceitar o sacrifício de Cristo por nossos pecados, nós devemos seguir o Seu exemplo na prática da justiça.
E foi durante esta festa que Jesus ressuscitou dentre os mortos—um fator essencial para que nós sejamos guiados para longe do pecado e para o Reino de Deus.
A Festa de Pentecostes
O terceiro festival anual é a Festa das Semanas ou Pentecostes (Levítico 23:16-21; Atos 2:1). Esta festa, também chamada de Festa da Colheita ou Primícias (Êxodo 23:16; 34:22), corresponde ao início da última colheita de trigo da primavera em Israel, sendo o dia em que Deus milagrosamente concedeu o Espírito Santo para a Igreja do Novo Testamento (Atos 2).
A Festa de Pentecostes continua lembrando-nos que Deus é o Senhor de Sua colheita, escolhendo e preparando as primícias de Seu Reino vindouro, concedendo-lhes o Seu Espírito (Mateus 9:38; Lucas 10:02; Romanos 8:23; Tiago 1:18). O Espírito de Deus nos capacita a ter o Seu amor, a motivação para obedecer-Lhe e uma mente sã para discernir a Sua verdade (2 Timóteo 1:7; João 15:26; 16:13). Apenas aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus são chamados filhos de Deus (Romanos 8:9, 14).
A Festa das Trombetas
A próxima festa, no final do verão ou início do outono em Israel, é a Festa das Trombetas (Levítico 23:24-25). A antiga Israel compreendeu que as trombetas eram usadas como forma de anunciar mensagens especiais (Números 10:1-10).
O Novo Testamento revela um grande evento a ser anunciado ao som de uma trombeta—o retorno de Jesus Cristo à Terra (Apocalipse 8:2; 11:15). Este dia também retrata o momento em que os cristãos fiéis, já falecidos, serão ressuscitados para a vida (1 Coríntios 15:52; 1 Tessalonicenses 4:16) para reinar com Cristo por mil anos (Apocalipse 20:4-6).
É interessante notar que foi nesta época do ano que Jesus nasceu—não no auge do inverno (ver “As Evidências Bíblicas Mostram que Jesus não Nasceu em 25 de Dezembro” na página 14). E essa temporada da festa de outono representa o momento em que Cristo virá novamente à Terra para reinar esplendorosamente.
As outras festas de outono descrevem passos no estabelecimento na Terra do profetizado Reino de Deus e o julgamento da humanidade após o retorno de Cristo.
O Dia da Expiação
O Dia da Expiação é a próxima convocação santa (Levítico 23:26-32). Observada com jejum (versículo 27; comparar Isaías 58:3), abstendo-se de comer e de beber (Ester 4:16), este dia representa a necessidade da humanidade de se reconciliar com Deus através do perdão dos pecados.
No retorno de Cristo, Satanás, o diabo, que agora lidera a humanidade para o caminho errado, (Efésios 2:2; Apocalipse 12:9), será preso (20:1-3), para que as nações possam ser reconciliadas com o Pai através de Cristo. Lucas se referiu a esta observância como “o jejum” em Atos 27:9.
A Festa dos Tabernáculos
O próximo período festivo dura oito dias (Levítico 23:33-39) e retrata as etapas finais no plano mestre de Deus para trazer toda a humanidade à Sua família eterna. Este período inclui as duas últimas festas anuais de Deus e marca a celebração da conclusão de um ano cheio de colheitas. As duas festas simbolizam as duas últimas grandes colheitas espirituais dos seres humanos sob o reinado de Jesus Cristo.
Os primeiros sete dias, a Festa dos Tabernáculos, também conhecida como a Festa da Colheita, marcam este período de grande colheita (Êxodo 23:16), retratando o reinado de mil anos de Jesus Cristo, logo após Seu retorno à Terra (ver Apocalipse 20:4-6), conhecido como o Milênio.
Isaías descreve esse período futuro como um tempo de paz, quando a lei de Deus abrangerá todas as nações desde Jerusalém (Isaías 2:2-4). A natureza selvagem de alguns animais será transformada (Isaías 11:6; 65:25), a terra se tornará altamente produtiva (Isaías 35:1), e, ainda mais importante, “a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Isaías 11:9). Com a remoção da influência maligna de Satanás, toda a humanidade passará a aprender os caminhos de Deus.
Este ambiente perfeito será estabelecido para oferecer a todas as pessoas a oportunidade de se arrepender de seus pecados e se aproximar de Deus Pai, por meio de Jesus Cristo. A Bíblia mostra que Jesus guardou esta importante festa (João 7:2, 10, 14).
O Oitavo Dia (O Último Grande Dia)
O passo final no plano de salvação de Deus para toda a humanidade é representada por uma festa ao encerramento da Festa dos Tabernáculos (Levítico 23:39). Também chamado de Oitavo Dia ou o Último Grande Dia, esta festa representa o grande julgamento da humanidade descrito em Apocalipse 20:11-13. Durante este tempo todas as pessoas que morreram sem conhecer o plano de Deus para a humanidade serão ressuscitadas à vida para receberem a oportunidade de responder ao chamado de Deus. Assim, esta festa representa a conclusão da colheita espiritual da humanidade.
Nosso Criador quer que “todos os homens se salvem” (1 Timóteo 2:4), “não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3:9). Através do Seu maravilhoso plano todos terão a oportunidade de conhecer a Sua verdade, arrepender-se e receber a salvação.
A Igreja do primeiro século seguiu o exemplo de Jesus, observando esses dias. Pedro e João exortavam aos irmãos a seguir as pisadas de Jesus (1 Pedro 2:21), para “andar assim como Ele andou” (1 João 2:6). Eles obedeceram a ordem de Cristo de ensinar os convertidos a “guardar todas as coisas que Eu [Jesus] vos tenho mandado” (Mateus 28:19-20).
Obediência ou idolatria?
Os costumes enraizados no paganismo violam os dois primeiros Mandamentos. Será que Deus está contente quando as pessoas alegam adorá-Lo através de celebrações de deuses e deusas pagãs em seus feriados religiosos inventados, enquanto ignoram os Seus dias e modos de adoração ordenados?
Comemorar o aniversário do deus sol ou adotar rituais de fertilidade para outros deuses e deusas viola a instrução clara de Deus: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3).
Inventar festas religiosas para substituir aquelas dadas por Deus contradiz o Seu ensinamento: “Não farás para ti imagem de escultura . . . Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso” (versículos 4-5). Substituir com costumes e práticas pagãs o que Deus tem ordenado—independente de quão boa seja a intenção—é idolatria.
Por que alguém iria optar por rejeitar as instruções de Deus e Suas festas maravilhosas, especialmente ao saber que elas nos revelam nosso destino final? Para descobrir mais sobre esses magníficos festivais e como observá-los, certifique-se de solicitar a sua cópia gratuita do nosso livro O Plano dos Dias Santos de Deus: A Promessa de Esperança Para Toda a Humanidade. Você vai encontrar provas de que Jesus e os apóstolos observaram esses dias e vai aprender muito mais sobre sua importância, que nos ajudam a entender o plano mestre de Deus para toda a humanidade.
Seguindo o ensinamento e exemplo de Jesus Cristo, dos apóstolos e da Igreja primitiva do Novo Testamento, os membros da Igreja de Deus Unida continuam observando esses dias anuais. São bem-vindos todos os que desejam se juntar a nós na adoração ao nosso Criador nesses grandes festivais de esperança. Convidamos-lhe a entrar em contato com nosso escritório mais próximo para localizar uma congregação perto de você.