Dia D +75 Anos: O Que Precisamos Aprender?

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Dia D +75 Anos: O Que Precisamos Aprender?

"Pai, que foto é essa?" Eu perguntei.

"Oh", ele respondeu, "esse é o primeiro cemitério norte-americano na Europa na Segunda Guerra Mundial. Depois do Dia D, seis de junho, eu enviei uma equipe de homens com uma escavadeira para o cavar na praia de Omaha.”

A foto desbotada em preto-e-branco com algumas manchas e rugas estava em uma caixa com dezenas de outras fotos que meu pai trouxe de sua experiência na Segunda Guerra Mundial. Com certeza, olhando para o sinal e a pequena cerca ao redor da trama, você poderia ler o que dizia: "Aqui marca o local do primeiro cemitério norte-americano na França, na Segunda Guerra Mundial."

Eu estava olhando para o local de descanso de dezenas de soldados norte-americanos que morreram na "sangrenta Omaha", a praia da Normandia onde houve as mais pesadas baixas naquele dia memorável há setenta e cinco anos.

Antes de meu pai, Lloyd McNeely, morrer, ele me repassou essas fotos, escrevendo algumas anotações atrás delas para que pudéssemos conhecer a história depois de sua morte. Caso contrário, elas seriam apenas uma caixa de fotos cheias de pessoas, lugares e experiências desconhecidas.

Meu pai era um soldado norte-americano, um engenheiro combatente designado para o 149º Batalhão de Engenharia de Combate da 6ª Brigada Especial de Engenheiros. Este grupo estava entre a primeira onda de soldados a atingir a praia quando o amanhecer rompeu a costa noroeste da França em 6 de junho de 1944. O trabalho dos engenheiros de combate era o de remover as minas da praia, o arame farpado e outros obstáculos e estabelecer caminhos na praia para que os tanques, jipes e outros soldados pudessem vir e rapidamente começar a se dirigir para o interior.

Como toda tropa de ataque se dirigia primeiramente para essa famosa Muralha do Atlântico de Adolf Hitler, esses homens tiveram que executar seu trabalho de forma rápida e eficaz ou toda a invasão seria paralisada. Atrás deles havia milhares de navios carregando milhares de homens. Esses engenheiros, junto com a tropa aerotransportada, que havia sido deixada atrás das linhas inimigas durante a noite, tinham as principais missões a serem desempenhadas para que a invasão ocorresse sem problemas.

Na praia de Omaha, esses homens encontraram a mais dura defesa nazista. Os disparos de metralhadoras, colocadas estrategicamente em bunkers de concreto e atrás de trincheiras reforçadas, começaram a varrer a praia com fogo mortal. Desembarcar os homens daquelas embarcações especiais foi um desafio. Os homens que desciam na parte onde as águas eram profundas estavam sobrecarregados pelo peso dos setenta quilos de equipamento que carregavam nas costas. E muitos se afogaram antes de chegar à praia.

Nesse campo mortal, aqueles que conseguiram chegar à praia foram mortos com tiros de metralhadora e forçados a encontrar qualquer proteção. Estima-se que dois mil e quatrocentos soldados norte-americanos foram mortos ou feridos na praia de Omaha naquele dia.

O Dia D sempre teve um lugar especial na minha vida. Meu pai sobreviveu a esse inferno. Ele era um sargento encarregado de um pelotão de soldados. Ele estaria na saída ou perto da saída de um desses navios de desembarque quando a frente se abrisse e os homens começassem a sair.

Se você já assistiu às cenas de abertura do filme O Resgate do Soldado Ryan, ali mostra um soldado sendo atingido no capacete quando o portão caiu em uma dessas embarcações. É uma cena horrível, mas precisa. Isso poderia facilmente ter acontecido com meu pai, mas não aconteceu. Ele foi poupado e voltou para casa depois da guerra e, alguns anos depois, eu nasci. Se ele tivesse morrido em Omaha, eu nem estaria aqui para escrever este artigo. Meu pai, junto com milhares de outros soldados aliados, realizou atos incrivelmente corajosos naquele dia.

A maior invasão da história

O meu pai fez parte de que ação? A invasão da Normandia — o Dia D — foi a maior invasão anfíbia não apenas da Segunda Guerra Mundial, mas em toda a história. Envolvia tropas das nações de fala inglesa como Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá. Quase sete mil navios de todos os tipos e mais de onze mil aeronaves transportaram quase dois milhões de soldados da Inglaterra através do Canal da Mancha até a França.

Somente naquele primeiro dia, cento e cinquenta e seis mil homens desembarcaram na França. E dez mil deles foram vitimados, com mais de quatro mil mortos confirmados. Os alemães perderam mais de mil soldados. Nada nessa escala havia sido tentado na guerra antiga ou moderna.

Os desembarques ocorreram em cinco seções da costa francesa da Normandia, denominada Utah e Omaha (setores norte-americanos) e Gold, Sword e Juno (setores britânicos e canadenses). As tropas aliadas foram comandadas pelo general norte-americano Dwight Eisenhower. E o segundo no comando era o general britânico Bernard Montgomery.

O Dia D foi chamado de "O Mais Longo dos Dias" pelo marechal de campo alemão Erwin Rommel. O general Rommel comandou as tropas alemãs nesta região, e suas táticas criaram os formidáveis obstáculos encontrados pelos soldados nas praias. “O mais longo dos dias” começou pouco depois da meia-noite, quando os soldados das unidades da 6ª, 82ª e 101ª Divisão Aerotransportada da Grã-Bretanha desceram atrás das linhas alemãs.

A primeira localização estratégica conquistada foi a Ponte Pégaso, no Canal de Caen, tomada por tropas britânicas aerotransportadas. O historiador Andrew Roberts disse: “A Ponte Pégaso era a única rota possível para apoiar os doze mil homens da 6ª Divisão Aerotransportada que estavam prestes a enfrentar o impacto conjunto da 21ª Divisão de Panzer [tanques alemães] e várias outras unidades alemãs para descer a Sword Beach e arrojar os invasores de volta ao mar antes que eles alcançassem a cabeça de ponte” (A História dos Povos de Língua Inglesa Desde 1900, 2007, p. 340). (Para mais informações sobre isso, ver “O Dia D e a Intervenção Divina”, começando na página XX).

Os soldados canadenses que desembarcaram em Juno Beach lutaram valentemente. Suas tropas avançaram onze quilômetros para o interior, mais do que quaisquer outras. Roberts diz que as tropas canadenses, chamadas Queens Own Rifles of Canada e Royal Winnipeg Rifles, “foram as únicas unidades a atingir todos os seus objetivos no Dia D” (p. 342). Ele também inclui uma citação pouco conhecida do general Eisenhower que “os canadenses eram os melhores soldados de seu exército” (p. 343).

A resistência francesa, sabendo que os aliados estavam chegando, desempenhou um papel fundamental na libertação de seu país. Cerca de três mil membros da Resistência cortaram 950 linhas de comunicação ferroviária e rodoviária, o que atrasou significativamente o envio de reforços alemães para a Normandia, sudoeste da França.

O Novo Mundo liberta o Velho Mundo

Sob a liderança do primeiro-ministro Winston Churchill, a Grã-Bretanha e os membros do Império Britânico mantiveram a linha de contenção até que a armada de invasão pudesse ser montada. Ao visitar os Estados Unidos e o Canadá, ele conseguiu garantias de financiamento e material, conhecido como Lend-Lease, do presidente Franklin Roosevelt e do primeiro-ministro canadense MacKenzie King. Em um jantar em Ottawa em 30 de dezembro de 1941, Churchill foi informado de que o Canadá daria diretamente um bilhão de dólares e converteria as dívidas britânicas de setecentos milhões de dólares em um empréstimo sem juros.

Churchill entendeu a conexão especial entre os povos de língua inglesa. Ele também sabia que os Estados Unidos não poderiam ficar fora indefinidamente da luta europeia. Ele sabia ainda que os britânicos precisariam do poder dos Estados Unidos para ajudá-los se quisessem sobreviver e ter alguma esperança de derrotar a ameaçadora tirania que pairava sobre a Europa e outras partes do mundo. Em jogo estavam todas as liberdades duramente conquistadas da civilização ocidental.

Em talvez seu famoso discurso desafiador, apresentado na Câmara dos Comuns em 4 de junho de 1940, Churchill sabia que podia contar com as outras nações de língua inglesa (Canadá e Estados Unidos). Nesse memorável discurso "Lutaremos Nas Praias", ele terminou com o que seria uma espécie de profecia:

“Nós iremos sobre à extremidade. Nós lutaremos na França. Nós lutaremos nos mares e oceanos. Nós lutaremos! Com confiança crescente e força crescente no ar! Nós defenderemos nossas ilhas o que quer que o custo pode ser nós lutaremos nas praias. Nós lutaremos nas terras da aterragem. Nós lutaremos nos campos e nas ruas. Nós lutaremos nos montes. Nós nunca nos renderemos! E se por um momento, o que não acredito, esta ilha ou grande parte dela fosse subjugada e exaurida, então nosso Império além dos mares, armado e protegido pela Frota Britânica, continuaria a luta, até que, no bom tempo de Deus, o Novo Mundo, com todo o seu poder e força, dê um passo adiante para o resgate e a libertação do Velho Mundo”.

O “Novo Mundo” realmente avançou para libertar. O Dia D foi o maior esforço militar palnejado pelos povos de língua inglesa no mundo.

A Muralha do Atlântico finalmente desmorona

O exército nazista de Hitler havia antecipado a invasão aliada por algum tempo. A Segunda Guerra Mundial já durava quase cinco anos desde que a Alemanha invadiu a Polônia em setembro de 1939. Na primavera de 1940, a França havia caído e os países da Europa Central e Ocidental estavam sob o controle das potências fascistas do Eixo, Alemanha e Itália. Hitler tentou subjugar a Inglaterra com uma campanha de bombardeio aéreo conhecido como a Batalha da Inglaterra, mas a Inglaterra resistiu bravamente. Como não conseguiu derrotar a Inglaterra, Hitler começou a fortificar a fronteira atlântica do continente europeu da Noruega aos Pirineus, na Espanha.

Proteger a Europa com essa “muralha” era um projeto grandioso, se não quase impossível. Hitler sabia que, com o tempo, haveria uma invasão do continente que tentaria reverter todos os avanços nazistas. Em 1943, seu fracasso em derrotar a União Soviética finalmente levou toda a sua atenção à defesa de uma esperada invasão de tropas aliadas ocidentais.

Quando o sol se pôs no Dia D, "o mais longo dos dias”, as tropas aliadas haviam rompido essa famosa muralha de defesa. Mas ainda estavam à frente dias e meses de luta cruel. Mas as cabeças-de-praia estavam seguras. Em menos de um ano, os Aliados iriam empurrar a Europa Ocidental para a Alemanha. No início de maio de 1945, o exército alemão capitulou, Hitler cometeu suicídio e a guerra na Europa acabou.

Apanhado em algo maior

Anteriormente mencionei o pequeno papel de meu pai nesse grande conflito. Mais uma vez, de que exatamente ele fazia parte? Meu pai conheceu a guerra em todas as suas formas cruéis e, quando foi dispensado, ele não quis mais participar de outra guerra. Mas ele realmente não conseguiu entender todo o alcance daquele conflito.

Lloyd McNeely era um menino de fazenda do sudeste do Missouri. Junto com três de seus irmãos, ele atendeu ao chamado da nação e partiu para a guerra. Ele não entendia todas as forças políticas e históricas que agiam para criar esse evento global. Ele e milhões de outros soldados e a população civil foram apanhados em um evento maior do que a soma de todas as suas vidas, o evento que definiria sua geração.

Eu descrevi brevemente a história da invasão. O Dia D foi um momento decisivo na Segunda Guerra Mundial. E, de certa forma, a Segunda Guerra Mundial foi a segunda rodada da Primeira Guerra Mundial, que havia devastado a Europa uma geração antes. Esses conflitos foram os maiores da história, tanto em tamanho quanto em implicação.

A visão de Daniel sobre os tempos atuais

A profecia bíblica não previu especificamente essas duas guerras, mas apresenta um esboço da ascensão de poderes na era moderna que se ajusta ao que aconteceu na Europa e na Ásia.

A profecia mostra a ascensão de grandes potências que são descritas como “bestas”. O profeta Daniel teve uma visão de quatro ventos agitando um “mar grande” (Daniel 7:2). As águas são as nações da Terra, e os ventos são as forças que atuam entre as nações para impulsionar a ascensão e queda de nações e as guerras que surgem entre as grandes potências. “E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar. O primeiro era como leão e tinha asas de águia” (versículos 3-4).

Daniel continuou observando e viu outros três animais saírem das “águas”. O segundo era “semelhante a um urso” (versículo 5). O terceiro era “semelhante a um leopardo” (versículo 6), e o quarto era algo “terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava”. Essa besta “era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres” (versículo 7, ARA). E a atenção de Daniel está voltada para esse quarto animal.

Mais tarde, ele diz: “Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros” (versículo 19). E foi-lhe dito: “O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino” (versículos 23-24, ARA).

Daniel estava vendo a história avançar de sua época, século VII a.C., até o fim dos tempos, um período antes e até a segunda vinda de Jesus Cristo. A quarta besta é compreendida como o império de Roma, e os dez chifres são sucessivos reavivamentos de um sistema político-religioso modelado no Império Romano.

Um estudo da história mostra o cumprimento dessas notáveis profecias na forma de sucessivos renascimentos do Império Romano. O império recebeu uma “ferida mortal” quando o Império Romano do Ocidente caiu em 476 d.C., mas esta ferida deveria ser curada (ver Apocalipse 13:3, 12). O nono chifre dessa besta começou a se desenvolver antes da Primeira Guerra Mundial. Sua forma mais terrível surgiu na década de 1930 com a ascensão da Alemanha nazista sob Adolf Hitler e o governo fascista da Itália, liderado por Benito Mussolini.

Ambos os ditadores assinaram acordos com a igreja romana que deram legitimidade aos seus regimes fascistas.

Ao proclamar o ressurgimento do Império Romano, Mussolini formou uma aliança com Hitler, formando o Eixo Roma-Berlim. Orgulhosamente, Hitler anunciou o Terceiro Reich da Alemanha, imaginando um novo império alemão que rivalizaria com o Sacro Império Romano da nação alemã estabelecido por Otto o Grande. De 1939 até 1945, as potências aliadas e do Eixo lutaram na Segunda Guerra Mundial, batalhando entre si pela Europa, África, Ásia e Oceanos Atlântico e Pacífico. O sonho da Alemanha de uma Europa unida sob um novo império quase foi realizado — a um custo horrendo.

E ainda há de surgir o décimo chifre, um último poder da besta, novamente baseado no modelo de Roma, que mergulhará o mundo na guerra mais uma vez — mas, desta vez, em uma época final de problemas e crises muito piores do que a da Segunda Guerra Mundial ou qualquer outra guerra.

Qual será o resultado?

O Dia D: O começo do fim

O Dia D foi um contra-ataque a um poder tirânico despótico no continente europeu, há muito tempo previsto para surgir nas profecias de sua Bíblia. Se a máquina de guerra nazista tivesse tido sucesso em seus planos, estaríamos vivendo em um mundo muito diferente. Líderes como Winston Churchill entenderam o que estava em jogo e por que precisavam de uma resposta para derrotar aquela fera “terrível e espantosa” que surgira dentre as nações.

A coalizão de nações de língua inglesa que preparou o ataque à Muralha do Atlântico e à Fortaleza Europeia foi única na história do mundo. Primeiramente, ela surgiu da combinação de riquezas da Grã-Bretanha, dos Estados Unidos e do Canadá. Essas nações representam povos com direito de primogenitura, que se originou nas promessas que Deus fez ao patriarca Abraão. Essas nações são as mais ricas de toda a história. O fato de elas terem riqueza e poder neste momento crítico da história não foi uma coincidência. Deus providenciou tempo delas no cenário mundial e deu-lhes o poder de fazer o que fizeram (ver Atos 17:26).

Essa aliança de nações foi capaz de atingir mortalmente o coração do poder dessa besta e matá-la — removendo seu poder. Os norte-americanos tinham, especialmente, a capacidade industrial de preparar um esforço de guerra para produzir tanques, aviões, armamentos e munições para travar uma guerra total. Eles poderiam cultivar o alimento, fabricar roupas e produzir materiais para apoiar os soldados nos oceanos Pacífico e Atlântico. A princípio, a nação estava relutante, mas assim que despertou “o arsenal da democracia”, ela fez uma diferença crucial, inclinando a balança a favor dos Aliados.

O significado disso hoje

Tudo isso parece um paradoxo. A guerra é o flagelo da humanidade. Mais de sessenta milhões de pessoas morreram na Segunda Guerra Mundial. No entanto, outros milhões teriam morrido se esse poder bestial não tivesse sido derrotado. As nações livres do mundo lutaram contra essa tirania. Mas outra tirania surgiu na União Soviética. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo mergulhou em uma "Guerra Fria" que durou mais de quarenta anos. Outros dois grandes conflitos foram travados no leste da Ásia; primeiro na Coréia e depois no Vietnã. Ainda há questões não resolvidas de ambas as guerras. Por mais justa que seja, a guerra ainda é guerra. As pessoas sofrem, vidas são arruinadas e mais conflitos são gerados.

E, como já mencionado, a profecia bíblica mostra que outro poder mundial surgirá um dia e vai tentar escravizar os “corpos e almas dos homens” (Apocalipse 18:13). Será que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha conseguiriam unir-se novamente para enfrentar e derrotar essa superpotência? A profecia mostra que eles não vão conseguir. Muitos fatores estão atuando contra a força dessas duas nações. Sem dúvida, os Estados Unidos ainda tem o exército mais poderoso do mundo e ambas são potências nucleares. Mas cada um desses países também está profundamente dividido internamente e ambos enfrentam um futuro incerto.

A Grã-Bretanha está em vias de deixar a União Europeia e, ao fazer isso, ela vai afetar a sua própria estrutura política. Mais da metade da nação votou pela saída, mas aqueles que desejam permanecer na União Europeia estão entre os mais ricos e, politicamente, poderosos do país. O processo de saída está abrindo grandes feridas no país que talvez não se curem. O esforço da Grã-Bretanha para sair, comumente chamado de "Brexit", levará a Europa a se remodelar como uma potência continental, seu papel histórico no mundo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou a Europa para que assumisse mais obrigações financeiras com sua defesa. Embora essa não seja uma nova postura dos Estados Unidos em relação à Europa (presidentes recentes disseram o mesmo), a personalidade de Trump e sua postura agressiva e posição em várias questões alienam os líderes europeus. Eles transferem seus sentimentos anti-Trump para uma posição geopolítica da Europa encarando a Rússia e o Oriente Médio, criando o potencial para uma grande mudança. Suas palavras e políticas tiveram o efeito de aumentar os entraves visíveis entre os Estados Unidos e a Europa.

Ambos os acontecimentos poderiam provocar mudanças fortes o suficiente para despertar os espíritos adormecidos. A Europa passará por mudanças para se preservar e se reinventar, reafirmando-se no mundo como um poder a ser levado em conta. Os fantasmas do passado retornarão. A integração europeia anda cambaleando. A demografia em mutação e a imigração imensa e desassimilada estão provocando medo. Combine isso com um sentimento crescente de que as elites não se importam com as pessoas comuns, então temos uma mistura volátil. Acrescente a isso uma crise de origem desconhecida, e um poder poderia surgir no continente e surpreender o mundo.

A Europa não é um antigo museu empoeirado e irrelevante para turistas visitarem. Ela é mais do que um cenário antigo e uma fonte de culinária deliciosa para entusiastas de viagens e lazer. A Europa é o lugar onde quase trezentos e quarenta e cinco mil soldados norte-americanos morreram durante o último século. Suas muitas sepulturas bem cuidadas testemunham esse fato. O que acontece na Europa diz respeito aos Estados Unidos e a todas as nações.

Uma Europa unida é maior em território e população que os Estados Unidos. Seus problemas e vantagens têm influência direta na economia e na política norte-americana em relação a outras nações. O que acontece no Oriente Médio e na Ásia e com o terrorismo islâmico sofre um impacto direto da Europa. O continente europeu é relevante para todos nós e precisamos entender melhor seu papel histórico e profético.

Novamente, a profecia bíblica mostra que um último reavivamento romano surgirá no mundo. Esse grande poder terá como núcleo o poder político da Europa. Em união com a igreja romana, ele é chamado de “Mistério, a Grande Babilônia”, e é apresentado como um poder político, econômico e espiritual mundial.

Quando reunimos e examinamos todas as profecias sobre esse evento, parece que esse sistema será visto como a solução para todos os problemas do mundo. Ela oferecerá esperança e prometerá paz e prosperidade para todos. As pessoas serão envolvidas por um grande engano, até mesmo aquelas que estão atentas a sua aparência. E, apesar de discernir tudo isso, os cristãos verdadeiros também correm o risco de ser enganados (ver Mateus 24:24). Quando a máscara do engano for removida, esse poder será revelado pelo que é em sua essência — uma manifestação satânica que trará guerra e sofrimento a níveis sem precedentes.

Será que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha vão conseguir deter essa futura tirania?

A tragédia nessa época da história é que os povos de língua inglesa não serão capazes de elaborar outro ataque ao estilo do Dia D contra essa tirania. O tempo de poder e influência deles já terá passado. A profecia mostra que os descendentes de Jacó passarão por um período de problemas devastadores e inauditos e que seu poder fracassará (Jeremias 30:7).

As crescentes guerras culturais norte-americanas são apenas um sintoma de uma doença espiritual maior, uma ferida tão grave que é quase incurável. Não se encontrará nenhum remédio para curar e corrigir essa decadência moral. Seus aliados vão virar-lhes as costas e não vão levantar um dedo para ajudar a aliviar sua dor. Deus disse que isso será por causa dos grandes pecados da nação, que são uma afronta a Ele. É difícil acreditar nisso, mas haverá um tempo em que Deus diz que a nação como um todo está além do arrependimento e que Ele não ouvirá o triste chorar dos povos que foram abençoados por Ele até que a nação seja punida (Jeremias 30:12-15).

Hoje em dia, pode ser que ainda haja tempo para que os Estados Unidos e outras nações de ascendência britânica se voltem para Deus. Isso pode acontecer? Poderia, mas a possibilidade parece remota. No entanto, você pode voltar-se para Deus e mudar sua vida. Você pode obter entendimento do plano de Deus para as nações, que incluem as nações de língua inglesa. Para ajudar nisso, não deixe de solicitar nosso guia de estudo bíblico gratuito Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha na Profecia Bíblica. Ele lhe mostrará na sua Bíblia a história sobre o futuro dos povos de língua inglesa.

A maior de todas as libertações ainda está por vir

Assim que as nações de língua inglesa romperam a Muralha do Atlântico no Dia D, o reino de terror de Hitler sobre a Europa, essencialmente, havia terminado. Em um ano, o Terceiro Reich foi derrotado e a Europa começou a ser reconstruída. O destino de Hitler foi selado no pôr do sol do Dia D.

O resultado do plano de Deus é ainda mais seguro. Deus estabeleceu Sua promessa de redimir a humanidade. Em Gênesis 12, Ele prometeu a Abraão: “E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção... e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:2-3). Essa promessa incluía aspectos físicos e espirituais.

A dimensão espiritual dessa promessa refere-se principalmente a Deus enviando Jesus Cristo, cuja vida, morte e ressurreição permitiram a salvação libertadora para toda a humanidade. Cristo é o Rei do vindouro Reino de Deus. Ele irá substituir todo o governo humano em Sua segunda vinda. “O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve altas vozes no céu que diziam: "O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre” (Apocalipse 11:15, NVI).

Jesus ainda não voltou, mas Sua vinda e vitória são certas. O reinado de Satanás como "o deus desta era" (2 Coríntios 4:4, NVI) está praticamente terminado. Não resta muito tempo.

A parte física dessa promessa foi cumprida, em grande parte, nas nações de língua inglesa do mundo moderno, principalmente pela Grã-Bretanha e pelos Estados Unidos. Sua influência, riqueza e poder tem sido uma grande bênção para todas as nações do mundo moderno. O fato de que Deus tenha cumprido as promessas físicas à descendência de Abraão nesta era, é um indicador claro que Ele cumprirá todas as promessas espirituais para toda a humanidade através de Jesus Cristo, em Sua segunda vinda. O mundo então experimentará a libertação da influência maligna de Satanás. “E deles fugirá a tristeza e o gemido” (Isaías 35:10; 51:11).

Meu pai foi envolvido em uma grande luta pela liberdade. Eu não segui seus passos, indo para uma guerra na arena humana. Em vez disso, fui envolvido na grandiosa causa espiritual do Reino de Deus.

Eu sempre me perguntei o que ele achava da minha escolha na vida. No seu leito de morte, ele me deu sua bênção. Acho que ele sabia que minha escolha traria um mundo melhor, uma solução melhor para os problemas da humanidade. Ele ressuscitará da sepultura um dia e receberá a compreensão dos acontecimentos da história humana e da Bíblia. Que Deus possa antecipar esse dia de liberdade para todos!