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A Europa Prepara Sua Defesa: Consequências Não Intencionais?

A viagem de verão do presidente Donald Trump à Europa para as reuniões da OTAN recebeu muita publicidade por sua conversa franca com os parceiros da aliança. Trump insiste que os outros países membros paguem suas despesas acordadas para manter a aliança. Espera-se que cada país-membro da OTAN gaste no mínimo 2% de seu Produto Interno Bruto com defesa. Os Estados Unidos estão gastando perto de 4%, enquanto alguns países estão pagando apenas quantias simbólicas. Isso precisa mudar, disse Trump.

À parte dos termos do pacto, podemos perguntar: Ninguém lê mais história? Será que uma Europa totalmente armada é realmente uma boa ideia? No passado, toda vez que isso aconteceu, deflagrou-se uma guerra e milhões morreram. Vemos que estão acumulando, estrategicamente, armas para combater a ameaça russa. Os Estados Unidos venderam armas poderosas à Ucrânia para combater a agressão russa. Alguns Estados bálticos têm armas de última geração para dissuadir a Rússia de tentar restabelecer o controle sobre os antigos onze territórios da União Soviética.

A OTAN tem sido um fator importante na manutenção da paz na Europa por mais de setenta anos. Ela é uma aliança importante, e o destacado papel dos Estados Unidos pela paz merece muito desse crédito. Mas, com os apelos para que a Europa coopere mais com as despesas, novamente devemos recordar o que mostra a história—que uma Europa armada quase sempre vai à guerra. E quando isso acontece, o mundo inteiro se envolve. Então, pode haver consequências não intencionais para muitas ações no cenário mundial.

A Europa desfruta desse guarda-chuva da proteção norte-americana desde 1945, o fim da Segunda Guerra Mundial. Enquanto os Estados Unidos faziam o trabalho pesado, a Europa desenvolvia a arte da diplomacia como um meio de projetar o chamado "soft power". Mas alguns acham que já existe uma mudança de postura, a qual pode alterar radicalmente o tom da Europa no mundo.

Em um artigo na revista The Atlantic, Reihan Salam, editor executivo da revista National Review, delineou um cenário futuro de intervencionismo europeu além-fronteiras: “No mês passado, nove membros europeus da OTAN declararam sua intenção de trabalhar juntos em uma ‘Iniciativa Europeia de Intervenção’, ou ‘EI2’, algo que está sendo defendido pelo presidente francês Emanuel Macron. Desde o início de seu mandato, Macron tem defendido a ideia de uma força de segurança pan-europeia capaz de intervir em crises no Norte da África e no Sahel [região ao longo do sul do Saara], e isso parece estar próximo de se tornar realidade" ("A Ruptura da OTAN", 12 de julho de 2018).

Primeiro, seria necessário que a Europa investisse significativamente em capacitação militar para projetar “hard power”, algo que não possui atualmente. Salam acrescenta: "Se a Europa quiser realmente compartilhar o ônus de garantir a segurança global, terá que reunir seus recursos e replicar algumas das capacidades existentes nos Estados Unidos. Em resumo, ela terá que caminhar com as próprias pernas".

Uma Europa militarmente mais forte seria um contraponto ao poder norte-americano, que talvez possa trazer consequências não intencionais atualmente.

A profecia bíblica prediz que uma força europeia vai atacar o norte da África e o Oriente Médio em resposta a uma provocação que ameaça desestabilizar o mundo. Daniel 11:40-43 não está descrevendo o movimento de tropas norte-americanas. Essa passagem descreve um poder que ainda não é visível para quase ninguém hoje. Entender essa ameaça futura requer a revelação de Deus e a avaliação franca da história pela perspectiva bíblica.

Vale a pena ler o livro Canhões de Agosto, da brilhante historiadora Barbara Tuchman, vencedora do prêmio Pulitzer, que trata sobre o início da Primeira Guerra Mundial. Isso nos faz lembrar que estaremos armados e apontando armas para todos que forem para a guerra. Em meio ao agravamento das ameaças, devemos refletir sobre o segundo capítulo de Salmos, que diz que as nações estão furiosas e os líderes conspiram contra Deus. Deus oferece sabedoria e bons conselhos em Sua Palavra, mas, por enquanto, grande parte disso é ignorada (versículos Salmos 2:1-2, 9-10). Mesmo em época de paz, devemos reconhecer que esta é uma condição muito difícil de manter-se. (Fonte: The Atlantic).


O Socialismo: fracasso ou futuro?

Há alguns anos, a Venezuela era um dos destaques da economia mundial. Abençoada com algumas das maiores reservas de petróleo do mundo e com uma democracia estável, ela estava caminhando firme para um futuro próspero.

Hoje, o cenário é muito diferente. "Os apagões ocorrem quase que diariamente e muitas pessoas vivem sem água corrente...crianças em idade escolar e trabalhadores da área de petróleo começaram a desmaiar de fome, e venezuelanos doentes procuram consultórios veterinários para obter remédios. A malária, o sarampo e a difteria retornaram com força e...milhões de venezuelanos estão fugindo do país" (Keith Johnson, "Como a Venezuela Golpeia o Pobre”, site ForeignPolicy.com, 16 de julho de 2018).

A taxa de homicídios do país está entre as mais altas do mundo. A produção de petróleo caiu para o nível mais baixo dos últimos vinte e oito anos. A taxa de inflação pode chegar a um milhão por cento este ano. A escassez e a carestia de alimentos fez com que os venezuelanos perdessem em média mais de dez quilos de peso corporal em 2017.

O que deu errado? Simplesmente, o socialismo.

Na década de 1970, os líderes da Venezuela nacionalizaram sua indústria petrolífera, criando um monopólio governamental e afastando o investimento estrangeiro e o know-how tecnológico. Em 1999, o autoproclamado marxista Hugo Chávez foi eleito presidente e começou a criar sua versão de um paraíso socialista, nacionalizando mais indústrias e espalhando a riqueza do petróleo para obter apoio popular. Em 2013, após a sua morte, ele foi sucedido por Nicolás Maduro, que se tornou um ditador socialista.

Para aqueles que estudaram história, a triste condição atual da Venezuela não é uma surpresa. Ela seguiu um padrão já muito desgastado, que trouxe incalculável miséria para milhões de pessoas. O que é ironicamente triste é que, enquanto dezenas de milhares de venezuelanos fogem para os Estados Unidos, muitos políticos norte-americanos defendem políticas socialistas que levariam os Estados Unidos ao mesmo caminho desastroso. (Fonte: revista Foreign Policy).


O Estado islâmico: Enfraquecido, mas ainda mortífero

O Estado Islâmico, ou EI, foi gravemente ferido e também derrotado em algumas áreas, graças aos esforços para combatê-los da coalizão liderada pelos Estados Unidos, além da perda de seu apoio local, mas os extremistas continuam agindo e espalhando terror na tentativa de recuperar o poder.

A agencia Reuters informou o seguinte em 24 de julho de 2018: "Meses após o Iraque ter declarado a vitória sobre o Estado Islâmico, seus combatentes estão retornando com uma campanha de sequestros e assassinatos. Com o fim do sonho de um Califado no Oriente Médio, o Estado Islâmico mudou sua tática para ataques relâmpagos com o objetivo de enfraquecer o governo de Bagdá...

"O desarranjo entre as forças de segurança [iraquianas] permitiu que o Estado Islâmico retornasse, de acordo com autoridades militares, policiais, de inteligência e dirigentes locais eleitos. Eles disseram que a falta de coordenação, o apoio escasso do governo central e uma cultura de evitar a responsabilidade estão dificultando os esforços para conter o grupo" (Ahmed Aboulenein, "O Estado Islâmico Volta a Ameaçar o Iraque Com Táticas de Guerrilha").

Hisham al-Hashimi, especialista em Estado Islâmico, que assessora o governo iraquiano, acredita que o número de combatentes do EI no Iraque seja "mais de mil, com cerca de 500 em áreas desérticas e o restante nas montanhas" (ibid.). Ele também notou que uma vez a Al Qaeda dominou as áreas sunitas do Iraque até a campanha de 2006-2007 e que "seus remanescentes se esconderam no deserto entre a Síria e o Iraque e que, mais tarde, estes se transformaram em Estado Islâmico. Algumas autoridades temem que um grupo ainda mais radical possa emergir se houver lacunas na segurança".

Até o momento, muitas das tentativas de rastrear e matar o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, fracassaram e o grupo ainda está ativo em outros Estados árabes. "No Egito, ele está concentrado no deserto do norte do Sinai, que é pouco povoado. Ele não detém nenhum território, mas realiza ataques de atropelamento e fuga. O Estado Islâmico tentou se reerguer na Líbia através de unidades móveis no deserto e de células adormecidas nas cidades do norte" (ibid).

"Na Síria", como ainda ressaltou a Reuters, "o Estado Islâmico ainda detém algum território, mas sofreu perdas militares". No entanto, no dia seguinte, o grupo organizou um ataque significativo naquele lugar. Como noticiou a National Public Radio (NPR), em 25 de julho: "Atentados suicidas atingiram um mercado de rua e outros alvos na cidade de Sweida, no sul da Síria...Os quatro ataques mataram dezenas de pessoas e feriram outras dezenas...em uma região onde o governo tem lutado contra os militantes do Estado Islâmico” (Bill Chappell, "Ataques Suicidas do Estado Islâmico Matam Dezenas de Pessoas, Desencadeando Combates Intensos na Síria”).

O primeiro ataque foi com uma motocicleta cheia de explosivos, logo após o amanhecer, Pouco depois, um segundo ataque aconteceu em uma praça da cidade, onde dois outros terroristas explodiram seus cinturões quando eram perseguidos por forças de segurança. "Ao todo...mais de 150 pessoas foram mortas naquele dia, incluindo pelo menos 62 civis e mais de 90 residentes que se juntaram na luta contra o Estado Islâmico" (ibid.).

Voltando a falar do Iraque, como disse o relatório da Reuters, alguns membros da tribo sunita, que auxiliaram os Estados Unidos e as forças iraquianas contra o Al-Qaeda, agora estão dizendo que precisam de ajuda, pois "o Estado Islâmico está se recuperando...e o Chefe tribal de Shammar, Ali Nawaf...diz que tem 1.400 homens prontos para lutar, mas que precisam da ajuda do governo de Bagdá. Se o governo não enviar mais forças, nós vamos erguer a bandeira do Daesh [Estado Islâmico]. Se não taparmos esse buraco agora, todas as cidades vão cair, disse Nawaf”.

Talvez o próprio Estado Islâmico não consiga retornar, mas outro grupo ou movimento perigoso poderia surgir de suas cinzas — como aconteceu antes. E até um eventual califado não está fora de questão. De qualquer forma, o terrorismo continua sendo um terrível flagelo.

Muitas agências de inteligência das principais nações têm conseguido frustrar os planos hostis do Estado Islâmico e de outros radicais nos últimos anos, mas nem todos eles. A dura realidade é que esses ataques precisam apenas de alguns indivíduos, e isso dificulta sua prevenção.

Oramos para que Deus traga alívio e consolo àqueles que estão sofrendo desse mal contínuo. E também oramos para que Jesus venha estabelecer logo o Seu Reino de paz. Deus está plenamente ciente das atrocidades que acontecem em nosso mundo e intervirá quando for a hora certa de a humanidade ter um coração receptivo ao Seu julgamento e ensino. (Fontes: Reuters, NPR).