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A Igreja Católica sob pressão por encobrir abusos durante décadas

Os bispos católicos reuniram-se em Roma em outubro de 2018 “para um sínodo em um momento em que ‘a Igreja enfrenta sua crise mais grave desde a Reforma Protestante: os escândalos clericais de abuso sexual’, segundo o veterano analista do Vaticano John L. Allen...que lidera o canal de notícias online católico Crux ” (Thomas Williams,“ Reportagem: A Igreja Católica Enfrenta Sua Maior Crise Desde a Reforma Protestante”, Breitbart News, 3 de outubro de 2018).

Pouco antes, a igreja foi “abalada pela revelação de que 3.677 crianças, a maioria meninos, foram vítimas de abuso sexual na Alemanha, implicando mais de mil clérigos nas últimas décadas. Os novos dados vêm de um relatório oficial encomendado na Conferência dos Bispos da Alemanha em 2014 e divulgado em [setembro de 2018]” (Damien Sharkov, “O Escândalo do Abuso da Igreja Católica: Mais de 3.600 Vítimas Reveladas Em Novo Relatório”, Newsweek, 25 de setembro de 2018).

E a isso seguiu a notícia de que "mais da metade dos membros do clero holandês estava envolvido no acobertamento de abuso sexual de crianças entre 1945 e 2010" ("Papa Francisco Abalado pelo Escândalo de Abuso Infantil na Holanda", Euronews, 17 de setembro de 2018).

Em agosto, o papa visitou a Irlanda em meio a protestos, já que “a Irlanda teve um dos piores registros de abuso do mundo... Uma série de investigações encomendadas pelo governo na última década...concluiu que milhares de crianças foram estupradas ou molestadas por padres e abusadas fisicamente em escolas administradas pela igreja, enquanto bispos abusadores eram acobertados” (Doug Stanglin, “Na Irlanda, O Papa Francisco Encontra-se com Vítimas de Abuso da Igreja Católica”, USA Today, 25 de agosto de 2018).

O jornal The Washington Post relata que “na Austrália, o abuso sexual na Igreja Católica era tão comum que milhares de pessoas podem ter direito a indenização. Uma investigação nacional realizada por mais de cinco anos sobre o abuso constatou que 7% dos padres católicos australianos foram acusados de abusar de crianças entre 1950 e 2010” (“Apesar dos Escândalos, a Igreja Católica da Austrália Protesta Contra o Abuso de Crianças Revelada em Confissão”, Siobhan O'Grady, 31 de agosto de 2018).

Isso também é um problema sério nos Estados Unidos. "Processos de vítimas de abuso até agora forçaram dioceses e ordens religiosas nos Estados Unidos a pagar indenizações que totalizam mais de três bilhões de dólares, e pelo menos dezenove dessas instituições pediram concordata" ("A Crise de Abuso Sexual do Clero Custou Três Bilhões de Dólares À Igreja Católica”, Tom Gjelten, National Public Radio, 18 de agosto de 2018). E isso se remonta aos anos oitenta.

Um artigo da revista Newsweek relata que “a ONG Bishop Accountability, cuja missão é documentar a crise dos abusos na Igreja Católica Romana...diz que também há pagamentos envolvendo mais de 8.600 casos de vítimas de abuso por um membro do clero, que remonta à década de 1950. A maior indenização conhecida foi de mais de seiscentos milhões de dólares em 2007...realizada em nome de 221 padres e outros funcionários da igreja acusados de abusar e molestar mais de quinhentas pessoas” (Emily Zogbi, “ONG Afirma Que A Igreja Católica Pagou Quase Quatro Bilhões de Dólares em Indenizações Por Alegações de Abuso Sexual”, 25 de agosto de 2018).

A Bishop Accountability diz que documentou que “indenizações envolvendo 5.679 pessoas...representam apenas um terço das 15.235 acusações que bispos afirmam ter recebido até 2009, e são apenas 5% das cem mil vítimas nos Estados Unidos” (ibidem).

O mesmo artigo relata que um júri da Pensilvânia divulgou um documento em 14 de agosto detalhando casos em que mais de trezentos padres deste Estado “foram acusados, com provas cabíveis, de abusar de mais de mil crianças ao longo de setenta anos”.

A Igreja Católica tem passado por escândalos sexuais há décadas, então, talvez isso não seja tão chocante para muitos. O que é chocante é o tempo que se levou para essas acusações avançarem ou serem descobertas e ações legais serem instauradas. Como algo tão hediondo ficou oculto por seis décadas?

Realmente é horrível o fato de a Igreja Católica ter conseguido esconder todos esses casos de abuso por tanto tempo. Porém, o mundo de hoje é muito diferente do de 1945. A Igreja Romana já não é mais vista como o pináculo da autoridade como antes. Ela está sendo forçada a defender sua imagem como nunca antes por causa da Internet e da comunicação global.

A profecia bíblica mostra que uma igreja poderosa, localizada em Roma, terá um papel nos eventos do fim dos tempos antes do retorno de Cristo. Será interessante ver como a Igreja Católica vai aumentar sua influência política apesar dessas acusações. Como ela vai lidar com esses escândalos daqui para frente? (Fontes: Breitbart, Newsweek, Euronews, USA Today, Washington Post, NPR).


Será que uma “OTAN Árabe” está prestes a surgir?

No fim dos tempos, e da perspectiva de Jerusalém, Daniel 11:44 descreve um ataque de uma força militar, liderada por alguém chamado "rei do sul" contra outro chamado "rei do norte". Como explicado em nosso guia de estudo bíblico gratuito O Oriente Médio na Profecia Bíblica, estes são sucessores de uma linha de outros governantes nesses papéis, que começou na antiguidade. Esse último poder do norte estará baseado na Europa, enquanto o poder do sul agressor surgirá em uma região que há muito tempo é islâmica. O Salmo 83 também prevê uma confederação de árabes e outros povos do Oriente Médio contra Israel.

Diante disso, uma reunião planejada para janeiro de 2019 dos líderes dos Estados Unidos e de vários países árabes é um assunto interessante a ser observado. Em setembro de 2018, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, reuniu seis de seus colegas do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), além do Egito e da Jordânia. O objetivo declarado é uma coalizão de Estados árabes para combater a crescente influência do Irã na região. O nome dessa proposta é Aliança Estratégica do Oriente Médio (MESA). Os planos estabelecem que a reunião de janeiro seja presidida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Apelos para esse tipo de coalizão árabe não são novos. Isso remonta à década de 1950, quando o presidente do Egito, Gamal Abdul Nasser, presidiu uma República Árabe Unida, mas não durou muito tempo. Nenhuma das mais recentes coligações árabe foi bem sucedida. No passado, os esforços tinham como objetivo reprimir e derrotar Israel, mas todos falharam ou foram humilhados em guerras com o Estado judeu. Hoje, o inimigo comum não é Israel, mas o Irã. O Irã projetou uma influência disruptiva em um arco que se estende do Afeganistão, a oeste, até ao Mar Mediterrâneo. Buscando reviver sua antiga glória, o Irã é visto como uma grande ameaça a todas as nações na perspectiva dessa nova proposta.

A proposta dessa aliança árabe não é de uma pequena e insignificante potência militar. A Arábia Saudita é bem suprida pelos Estados Unidos com os mais recentes mísseis e aviões. A revista The Economist relata que, mesmo excetuando os Estados Unidos, os gastos anuais de defesa dessa aliança excederiam cem bilhões de dólares e teria mais de trezentos mil soldados, cinco mil tanques e mil aviões de combate (“Uma OTAN para Árabes? Uma Nova Aliança Militar Traz Perspectivas Sombrias”, 6 de outubro de 2018).

As consequências estratégicas de tamanha força poderiam desestabilizar a região. George Friedman, escrevendo para o Geopolitical Futures, afirmou: “Se essa aliança realmente funcionar, os árabes passam de um povo dividido e mutuamente hostil a uma entidade unida e virtualmente poderosa. Há uma chance muito real de que isso possa ameaçar tanto a Turquia quanto Israel. Como os dois países têm imensas forças armadas, isso pode acabar, na pior das hipóteses, como no caso de uma potência árabe cercada por potências não árabes (Israel, Turquia e Irã)” (“A Criação de uma OTAN Árabe”, 1 de outubro de 2018). As apostas são altas quando se considera tal poder na volátil vizinhança do Oriente Médio.

Uma OTAN árabe é uma ideia remota e problemática. Mas isso poderia acontecer. Se isso acontecer, o mundo poderia estar um passo mais perto do cumprimento da profecia de Daniel. (Fontes: The Economist e Geopolitical Futures).