O Novo Perigo Nuclear: Rússia, Coréia do Norte e Irã
Em 29 de agosto de 1949, a União Soviética detonou sua primeira bomba atômica em uma área remoto experimental na República Socialista Soviética do Cazaquistão (hoje, Cazaquistão). Isso foi um choque para as autoridades dos EUA, que não achavam que os soviéticos tivessem a capacidade de desenvolver armas atômicas logo após a Segunda Guerra Mundial.
Após esse episódio e em grande parte das décadas de cinquenta e sessenta, aumentou muito o medo de um ataque nuclear soviético contra os Estados Unidos e seus aliados. Durante esse tempo, muitos especialistas acreditavam que o perigo imediato de uma explosão nuclear viria por conta de seu calor intenso e dos detritos e dos estilhaços de vidro no ar. Consequentemente, a defesa civil realizava exercícios de segurança de "ocultar e proteger" nas escolas e comunidades dos Estados Unidos.
Como aluno de uma escola primária durante esse período, eu participei desses exercícios. Eu e meus colegas de escola fomos instruídos, se virmos o flash de uma bola de fogo nuclear, a ir imediatamente para debaixo das mesas e cobrir as cabeças com as mãos. Após a onda de choque, nós deveríamos correr depressa para a lanchonete do porão da escola, que também servia de abrigo e proteção contra a exposição à radiação nuclear.
Embora esses exercícios da defesa civil sejam coisa do passado, a ameaça das armas nucleares continua sendo muito real. Após a dissolução da União Soviética, em dezembro de 1991, milhares de armas nucleares permaneceram na posse da Rússia. Hoje, além dos Estados Unidos e da Rússia, outros sete países possuem arsenais nucleares — China, França, Índia, Israel, Reino Unido, Paquistão e Coreia do Norte.
Durante décadas, a Rússia foi o maior perigo para os Estados Unidos e seus aliados, mas agora a Coreia do Norte parece ter tomado esse lugar devido à sua imprevisibilidade e ameaças explícitas quanto a usar armas nucleares contra os Estados Unidos. Além disso, é quase certo que o Irã representará um perigo nuclear para o mundo dentro de alguns anos. Para entender todo esse problema, vamos examinar as graves ameaças à segurança que essas nações representam.
O perigo das armas nucleares: A Rússia
Hoje, a maioria dos norte-americanos pensa muito pouco em armas nucleares. No entanto, esta tecnologia poderosa e mortal é um grande negócio para o povo russo e seus líderes. A Rússia confia em seu arsenal nuclear como uma fonte de orgulho nacional, sendo um dos últimos vestígios de seu antigo estado de superpotência. De acordo com a Federação de Cientistas Norte-americanos, que avalia os estoques de armas nucleares no mundo, atualmente a Federação Russa possui mais de 4.300 ogivas operacionais.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não se opõe ao uso da força nuclear de seu país para pressionar e ameaçar seus adversários. Por exemplo, para expressar sua insatisfação com as incursões da OTAN em regiões fronteiriças à Rússia (países do antigo bloco soviético ao longo de sua fronteira ocidental na região do Mar Báltico), Putin usou os lançadores móveis de mísseis nucleares de sua nação para demonstrar poder.
Isso aconteceu em outubro de 2016, quando ele ordenou o deslocamento dos mísseis balísticos Iskander, que têm capacidade nuclear, para Kaliningrado, uma província russa entre dois membros da OTAN, a Polônia e a Lituânia no Mar Báltico. A ação de Putin provocou e trouxe preocupação a estas e outras nações da região.
Na ocasião, Putin disse o seguinte: "Devemos tomar contramedidas, ou seja, atacar com nosso sistema de mísseis os alvos que, em nossa opinião, comecem a nos ameaçar" (citado por Nicole Stinson, "Vladimir Putin Desloca Mísseis Com Armas Nucleares Para Mais Perto da Europa no Último Movimento Contra a OTAN", jornal Daily Star, 22 de novembro de 2016).
Além de movimentos na região báltica, a Rússia exibe os músculos de outras formas, como a anexação da Crimeia em 2014, o apoio aberto às forças separatistas russas no leste da Ucrânia nesse mesmo ano e seu apoio militar operacional, terrestre e aéreo (iniciado em setembro de 2015), ao presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra civil síria.
O enfoque do confronto da Rússia com os Estados Unidos e seus aliados ganhou contornos ainda mais problemáticos quando aquela aumentou seus esforços para desenvolver um novo sistema de mísseis balísticos intercontinentais. A ação de Putin foi uma resposta à percepção de ameaça quanto ao sistema de defesa antimísseis da OTAN, que entrou em operação na Europa em julho de 2016.
A revista Newsweek relatou recentemente: "Há alguns meses a Rússia testou um gigantesco sistema de lançamento de armas nucleares que pode transportar dez ogivas pesadas. A Rússia começou a testar míssil balístico intercontinental RS-28 Sarmat no ano passado e espera que ele esteja operacional em 2018. A arma russa foi projetada para sobrepujar o sistema de defesa antimíssil dos Estados Unidos. Espera-se que ele substitua o RS-36M, conhecido como ‘Satã’ pela OTAN na década de 1970" (Cristina Silva, "O Novo Sistema de Armas Nucleares Satã da Rússia Poderia Destruir o Texas ou a França", 23 de março de 2017).
Além disso, como mostra a revista Time, "Moscou também voltou ao hábito de ameaças nucleares, enquanto em seus exercícios militares, começou a fazer treinamentos de ataques nucleares, de acordo com a aliança militar da OTAN" (Simon Shuster, "Por Que A Rússia Está Reconstruindo Seu Arsenal Nuclear?", 4 de abril de 2016).
O perigo das armas nucleares: A Coreia do Norte
Outro perigo que enfrentam os Estados Unidos e seus aliados vem da Coreia do Norte, com seu célere programa de desenvolvimento de mísseis e capacidade de ataque nuclear. Embora seja o 51º país mais populoso do mundo, a Coreia do Norte de acordo com algumas fontes, possui o maior exército da Terra com 1,3 milhões de soldados, liderado pelo "líder supremo" Kim Jong un.
As forças armadas da Coreia do Sul têm 625 mil militares na linha de frente e também 28 mil soldados norte-americanos destacados neste país. A Coreia do Norte está "equipada com 20 mil peças de artilharia, 1.000 mísseis de curto e médio alcance, 70 submarinos, mais de 400 embarcações de patrulhas com mísseis e 563 aviões de combate. Um ataque contra Seul [capital da Coreia do Sul] seria devastador" (Christopher Wallace, "As Forças Armadas da Coreia do Norte: Exército de 1,2 milhões de Soldados, Equipamentos Obsoletos e Armas Nucleares”, canal Fox News, 28 de abril de 2017).
Seul é uma cidade de dez milhões de habitantes — a mais densamente povoada do mundo. E está localizada a apenas cinquenta quilômetros da zona desmilitarizada, o limite disputado entre as duas nações.
Enquanto um conflito militar naquela região empregando apenas armas convencionais seria terrível em termos de perda de vidas, ferimentos e danos materiais, a carnificina e a destruição resultantes de um ataque ou guerra nuclear seria impensável. Apesar disso, considerando sua retórica e ações beligerantes, a Coreia do Norte parece estar se preparando para tal eventualidade — depois de ter realizado cinco testes nucleares bem-sucedidos entre 2006 e setembro de 2016.
Rodong Sinmun, a agência de notícias estatal da Coreia do Norte, declarou em 2 de maio de 2017 que o Estado lançará um ataque devastador para "reduzir a ruínas todo o continente dos Estados Unidos". Um especialista norte-americano, que tem um elevado conhecimento sobre a ameaça representada pelo pulso eletromagnético (PEM), adverte que essa ameaça deve ser levada muito a sério (ver Terrorismo e Armas de Pulso Eletromagnético: Irã e Coreia do Norte").
Estima-se que a Coreia do Norte possua entre dez a trinta armas nucleares operacionais de plutônio. "A menos que alguma coisa mude, o arsenal norte-coreano poderá ter cinquenta armas nucleares até o fim do mandato de Trump, aproximadamente a metade do arsenal do Paquistão. Autoridades norte-americanas dizem que a Coreia sabe encolher essas armas para que caibam na ponta de um de seus mísseis de curto e médio alcance, capazes de atingir a Coreia do Sul e o Japão, onde estão mobilizadas milhares de tropas dos Estados Unidos" (David Sanger e William Broad, "A Coreia do Norte Corre Para Ter a Bomba e EUA Temem Não Impedir Avanço", jornal New York Times, 24 de abril de 2017, grifo nosso).
No final de abril deste ano, o chefe do Comando do Pacífico dos EUA, almirante Harry B. Harris, disse ao Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos: "A Coreia do Norte buscou vigorosamente uma capacidade de ataque estratégico em 2016. As capacidades estratégicas da Kim ainda não são uma ameaça existencial para os Estados Unidos, mas se não for controlado, ele alcançará a capacidade de combinar sua retórica" ("Atualmente a Coréia do Norte Representa uma Ameaça ao Havaí, Diz Almirante dos EUA ao Congresso", site McClatchy DC Bureau, 26 de abril de 2017).
Em 3 de junho, numa conferência de segurança internacional em Cingapura, o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, declarou o desejo da Coreia do Norte em adquirir mísseis nucleares como "um perigo claro e presente", uma "ameaça militar urgente" e "uma ameaça para todos" (citado por Robert Burns, "Coreia do Norte Representa Uma 'Ameaça Para Todos', Diz Mattis", site da ABC News, 3 de junho de 2017).
O presidente Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping concordaram em trabalhar com a comunidade internacional para tentar alcançar uma solução pacífica para a ameaça nuclear da Coreia do Norte. A China já suspendeu as importações de carvão da Coreia do Norte, seguindo as sanções da ONU, e começou a instar Kim Jong-un a interromper suas atividades nucleares e de missivas.
A abordagem do presidente Trump diz respeito a pressionar a Coreia do Norte a desmantelar seus programas de proliferação de armas nucleares e mísseis balísticos através de fortes sanções econômicas e de ações diplomáticas mais contundentes.
Após esse informe, em 26 de abril de 2017, na Casa Branca aos senadores sobre o progresso em armas nucleares e capacidade balística da Coreia do Norte, o secretário de Defesa. Mattis, o secretário de Estado. Rex Tillerson. e o diretor de Inteligência, Dan Coats, emitiram um comunicado conjunto: "Os Estados Unidos procuram Estabilidade e desnuclearização pacífica da península coreana. Continuamos abertos a negociações para esse objetivo. No entanto, permanecemos preparados para nos defendermos e também a nossos aliados".
Em uma entrevista após esse informe oficial à imprensa, o senador Chris Coons, do Delaware, comentou sobre a ameaça nuclear representada pela Coreia do Norte, afirmando: "Essa é uma situação muito perigosa".
O perigo das armas nucleares: O Irã
O Irã é o terceiro potencial risco de armas nucleares para os Estados Unidos e seus aliados. Durante mais de seis décadas, esse país vem se empenhando em desenvolver a tecnologia da energia nuclear. No entanto, sempre declarou que todas as suas atividades nucleares são para fins pacíficos.
Diversas autoridades discordam dessa afirmação e alguns relataram ter evidências que os esforços do Irã para adquirir a capacidade e a tecnologia são para construir armas nucleares. Em um relatório de 25 de novembro de 2015, a Agência Atômica da Organização das Nações Unidas avaliou "que uma série de atividades relevantes para o desenvolvimento de um dispositivo explosivo nuclear foram realizadas no Irã antes do final de 2003 com um esforço coordenado e algumas atividades que persistiram até 2009" (George Jahn," A Agência Atômica da ONU Acredita Que O Irã Conduziu Experimentos Destinados a Desenvolver Armas Nucleares", site US News & World Report, 2 de dezembro de 2015.
Em 14 de julho de 2015, o Irã e seis potências mundiais — China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos — chegaram a um acordo para limitar o programa nuclear iraniano em troca do alívio nas sanções econômicas. Essas negociações deixaram dúvidas quanto ao fato de o Irã ter desenvolvido armas nucleares. Mas, como observado acima, o Irã já havia desenvolvido a tecnologia necessária para realizar isso em um período relativamente curto.
Além de seu progresso, conforme dissemos, na ciência das armas nucleares, o Irã está avançando em sua capacidade de lançamento de mísseis. "Teerã está desenvolvendo mísseis cada vez mais sofisticados e melhorando a amplitude e a precisão de seus outros sistemas de mísseis" (Anthony Cordesman, "Irã, Mísseis e Armas Nucleares", Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, 9 de dezembro de 2015).
O Irã com armas nucleares representaria uma grave ameaça à segurança dos Estados Unidos e seus aliados, e também a todo o mundo. Considere o perigo nestas circunstâncias:
• O Irã com armas nucleares, juntamente com a capacidade de miniaturizar ogivas nucleares para serem montados em mísseis balísticos intercontinentais, seria uma ameaça existencial ao mundo.
• Os aliados árabes dos Estados Unidos, como os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita — que estão preocupados com as provocações regionais do Irã — se sentiriam significativamente mais vulneráveis e ameaçados por um Irã com armas nucleares.
• Se o Irã desenvolver armas nucleares, provavelmente provocaria uma corrida nuclear em outros países do Oriente Médio — como a Turquia, o Egito e a Arábia Saudita — o que levaria a uma maior instabilidade regional.
• O Irã poderia compartilhar sua tecnologia e proficiência de armas nucleares com grupos extremistas como o Hezbollah, que é declaradamente hostil a Israel e aos Estados Unidos.
Estas são algumas das razões pelas quais o desenvolvimento da capacidade nuclear do Irã é inaceitável para os Estados Unidos e seus aliados.
O que reserva o futuro?
E além dos atuais perigos e ameaças representados pela Rússia, Coreia do Norte e Irã, o que o futuro reserva para os Estados Unidos e seus aliados? Será que eles acabarão enredados em conflitos armados? A breve e curta resposta é que ninguém realmente sabe. No entanto, a Bíblia é muito clara em relação às tendências e eventos que acontecerão no que ela descreve como "o tempo do fim" (Daniel 12:4, 9).
Esse período futuro será incrivelmente perigoso e catastrófico. Como o próprio Jesus Cristo prenunciou: "Porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias" (Mateus 24:21-22).
Esse tempo de "grande tribulação" — descrito também como "um tempo de tribulação" e "tempo de angústia para Jacó" (Daniel 12:1, Jeremias 30:5-7) — será tão atemorizante que, se Jesus Cristo não retornasse à Terra para pôr fim a isso, toda a raça humana estaria em risco de extinção. Num tempo em que uma guerra envolver o uso de armas nucleares e se combinar com forças naturais e sobrenaturais imensamente destrutivas, certamente provocará um futuro de selvageria e revolta, fazendo com que todos os períodos de guerra anteriores pareçam modestos em comparação a esse.
Essa futura grande tribulação vai afetar principalmente aos descendentes modernos da antiga Israel, mas certamente não vai se limitar somente a eles. Isso inclui os Estados Unidos, a Inglaterra, outros povos de descendência britânica e Israel, o atual Estado judeu. Como indica a profecia bíblica, essas nações serão atacadas e saqueadas por inimigos perversos nessa época.
Na profecia não há nenhuma indicação de outra nação, como os Estados Unidos, sendo uma superpotência mundial no tempo do retorno de Cristo, e isso é mais uma razão para crer que o colapso dos Estados Unidos virá antes disso. (Outras profecias revelam os Estados Unidos como uma superpotência do fim dos tempos, mas o tempo definido é bem antes desses eventos finais ainda por vir).
A ruína dos Estados Unidos, da Inglaterra e de outros descendentes modernos da antiga Israel ocorrerá porque seus cidadãos se afastaram muito de Deus e se tornaram desobedientes e imprudentes e, por isso, perderam Sua proteção divina. Antes dessa futura destruição, eles já terão recebido abundantes bênçãos e ficaram em evidência no mundo. (Para saber mais, você pode baixar ou solicitar nosso guia de estudo bíblico gratuito, Os Estados Unidos e a Inglaterra na Profecia Bíblica).
É importante notar que a profecia bíblica muitas vezes tem dupla aplicação e cumprimento — tanto nos tempos antigos como no fim dos tempos. O profeta Isaías descreveu as pessoas da antiga Israel e seus descendentes contemporâneos: "Pois este é um povo rebelde, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do SENHOR; que dizem aos videntes: Não vejais; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, e profetizai-nos ilusões; desviai-vos do caminho, apartai-vos da vereda; fazei que o Santo de Israel deixe de estar perante nós" (Isaías 30:9-11).
A maioria das pessoas dessas nações não apenas abandonou a Deus como também zomba ou despreza Suas leis. Isso inclui desonrar a sagrada relação matrimonial através do divórcio desenfreado e da imoralidade sexual generalizada, bem como o horrível assassinato de milhões de crianças por meio do aborto.
Durante a época da antiga Israel, Deus admoestou repetidamente o Seu povo eleito para abandonar o pecado (Ezequiel 14:6, Jeremias 8:6). Mas por se recusarem, Deus disse-lhes que iria puni-los (Amós 3:2; Levítico 26:19). Através de Seu profeta Ezequiel, Deus disse: “Vem a tua ruína, ó habitante da terra! Vem o tempo; está perto o dia, o dia de tumulto, e não de gritos alegres, sobre os montes. Agora depressa derramarei o Meu furor sobre ti, e cumprirei a Minha ira contra ti, e te julgarei conforme os teus caminhos; e te punirei por todas as tuas abominações... e sabereis que Eu, o SENHOR, castigo... a visão, no tocante a toda a multidão deles, não voltará atrás; e ninguém prosperará na vida, pela sua iniquidade" (Ezequiel 7:8-9, 13).
O que você deve fazer para se preparar?
Deus enviou Seus profetas para advertir o povo naquela época, mas e Sua mensagem para as nações de hoje? A Igreja de Deus tem a crucial responsabilidade de proclamar aos modernos descendentes da antiga Israel — e, claro, a todas as nações — as advertências de Deus nas Escrituras, que diz respeito às consequências do pecado e a necessidade de parar de desobedecer (Isaías 58:1, Mateus 24:14; 28:19-20). O evangelho (ou Boa Nova) que Jesus entregou a Sua Igreja para proclamar inclui a mensagem vital do arrependimento e da salvação através dEle, bem como o Seu iminente retorno à Terra como a única esperança de sobrevivência da humanidade!
Mas, infelizmente, quando o fim desta era se aproximar, a Bíblia explica que homens, mulheres e até mesmo filhos se tornarão cada vez mais egoístas, corruptos e intratáveis. O apóstolo Paulo descreve vividamente essa atitude e temperamento:
"Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se desses também" (2 Timóteo 3:1-5, NVI).
Porque a grande maioria das pessoas hoje não conhece a Deus ou a Sua Palavra, a Bíblia, eles estão cegos para os crescentes sinais de perigo em toda a sociedade. Como resultado, eles ficarão chocados e assustados por causa da situação calamitosa e dos eventos terríveis que acontecerão (Mateus 24:37-39).
E quanto a você e a mim? Estamos ignorando a Deus ou estamos dispostos a mudar nossos caminhos e obedecer, sinceramente, a Sua Palavra? Será que estamos nos preparando para o que as Escrituras nos dizem que vai ocorrer num futuro próximo?
Aqueles que conhecem e entendem a verdade são admoestados a reconhecer claramente "os sinais dos tempos" e, sobretudo, estar espiritualmente acordados e alertas (Mateus 24:3, Lucas 12:40; 1 Tessalonicenses 5:4). "Não durmamos, pois, como os demais, antes vigiemos e sejamos sóbrios. Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite; mas nós, porque somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação" (1 Tessalonicenses 5:6-8).
Esteja sempre pronto
Para conseguir isso precisamos estudar a Bíblia com diligência, aplicar suas instruções com fidelidade e construir um relacionamento forte, próximo e duradouro com Deus. Nós também precisamos levar a cabo, firmemente, o nosso dever de pregar e publicar o evangelho, mesmo que as pessoas ignorem ou se oponham.
Aqueles que se recusam a seguir as instruções de Deus para serem obedientes, vigilantes e dedicados estarão espiritualmente despreparados e, por isso, sofrerão as consequências de sua negligência (Mateus 25:1-13). “Tenham cuidado, para não sobrecarregar o coração de vocês de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente. Porque ele virá sobre todos os que vivem na face de toda a terra” (Lucas 21:34-35, NVI).
O que mais é aconselhável fazer? Devemos estar espiritualmente preparados e sempre vigilantes. “Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do Homem virá numa hora em que vocês menos esperam" (Mateus 24:44, NVI). "Estar preparado" inclui manter o zelo a Deus e a Sua obra na Terra, enquanto se prepara ativamente para a segunda vinda de Cristo (Mateus 25:1-13, Lucas 21:36, Apocalipse 3:3).
Precisamos fazer todo o esforço, com a ajuda de Deus, para superabundar em amor, alegria e fé através do Seu Espírito divino, ao mesmo tempo em que ignoramos todo cansaço e letargia espiritual (Filipenses 1:11; Atos 13:52; Gálatas 6:9; Apocalipse 3:14-17). Como vimos, a Bíblia nos dá muita informação sobre nos preparar para a vinda do virtuoso Reino de Deus.
Finalmente, embora devêssemos estar atentos sobre o atual risco nuclear representado pela Rússia, Coreia do Norte e Irã, entendemos que a situação mundial vai piorar cada vez mais antes do retorno de Jesus à Terra. Para sobreviver e até mesmo crescer nesse futuro período catastrófico, devemos ter certeza que nossa atenção e concentração estejam no desenvolvimento de nossa condição espiritual e em nosso relacionamento com Deus. Isto é o mais importante e o que devemos fazer agora. Será que isso é o que você está fazendo agora?
Terrorismo e Armas de Pulso Eletromagnético
A morte e a destruição por causa do terrorismo são algo generalizado na sociedade de hoje. O potencial desse mal desprezível assusta os cidadãos de vários países. Entre as nações e grupos que promovem e executam esses atos malévolos estão o Irã e a Coreia do Norte. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, descreveu o Irã como o "principal Estado patrocinador do terrorismo".
Daniel Byman, professor e decano associado da Universidade Walsh School of Foreign Service de Georgetown e um colega sênior do Centro de Políticas para o Oriente Médio do Brookings Institution, escreveram: "Os líderes do Irã usaram o terrorismo desde que assumiram o poder em 1979. Mais de trinta e cinco anos depois, o Irã continua usando o terrorismo e trabalhando com uma série de grupos violentos que usam o terrorismo dentre outras táticas" ("O Patrocinador do Terrorismo: A Ameaça Global do Irã", 11 de fevereiro de 2015, Brookings Institution).
Em outubro de 2008, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, retirou a Coreia do Norte da lista dos Estados patrocinadores do terrorismo do Departamento de Estado na expectativa de que ela concordaria em interromper seu programa de desenvolvimento de armas nucleares. Mas essa estratégia não funcionou. "Diversas transferências de armas foram interceptadas da Coreia do Norte a caminho do Irã e seus representantes terroristas. A Coreia do Norte certamente proveu apoio material a terroristas e organizações terroristas" (Ethan Epstein, "A Coreia do Norte é Definitivamente um Estado Patrocinador do Terrorismo”, The Weekly Standard, 6 de março de 2017).
Além de inúmeros atentados terroristas e assassinatos que o Irã e a Coreia do Norte ajudaram a perpetuar, essas nações estão pesquisando meios para desenvolver e empregar armas nucleares de pulso eletromagnético (PEM).
"Um ataque PEM contra os Estados Unidos poderia se materializar de duas formas: nuclear e não nuclear. A forma mais devastadora, e a mais difícil de conseguir, é uma PEM que resulte em uma arma nuclear. Esta forma destrói qualquer equipamento eletrônico desprotegido e sistema de energia elétrica, que significa praticamente qualquer infraestrutura civil nos Estados Unidos" (Jena Baker McNeill e Richard Weitz, "Ataque de Pulso Eletromagnético (PEM): Uma Catástrofe de Segurança Interna Previsível", The Heritage Foundation , 20 de outubro de 2008).
Enquanto os mísseis iranianos ainda não conseguem atingir os Estados Unidos, uma potencial capacidade bélica nuclear ainda poderia ameaçar diretamente a pátria norte-americana. Muitos especialistas em segurança nacional estão preocupados com a possibilidade de uma arma nuclear chegar num contêiner em algum grande porto dos Estados Unidos. Além disso, existe uma grande preocupação de que um único míssil, contendo uma ogiva nuclear, seja lançado de um navio ou submarino na costa dos Estados Unidos e detonado na atmosfera possa destruir a infraestrutura elétrica de todo o país.
"Suspeita-se que há muito tempo existam planos para desmantelar a rede elétrica dos Estados Unidos, oficiais norte-americanos confirmaram que autoridades iranianas apoiam uma explosão de pulso eletromagnético nuclear em um ataque ao sistema de energia do país. Especialistas norte-americanos em defesa fizeram essa descoberta ao traduzir um manual militar secreto iraniano. Uma fonte bem informada disse que o livro de texto discute um ataque PEM em vinte lugares diferentes nos Estados Unidos" (Paul Bedard, Washington Examiner, 19 de março de 2015).
Além disso, a Coreia do Norte lançou mísseis no espaço em abril de 2012 e em fevereiro de 2016 e agora possui dois satélites de observação terrestre em órbita baixa. Michael Maloof, um ex-analista de política de segurança do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, explicou seu significado mortal: "A Coreia do Norte poderia orbitar um satélite que seria do tamanho de uma bomba nuclear e detoná-lo a mais de 480 km acima da Terra, apenas por comando, e isso torna a Coreia do Norte uma ameaça a qualquer país” ("Especialista Diz: A Coreia do Norte Tem Capacidade de Ataque PEM", site WND.com, 25 de abril de 2017).
Ao contrário do pensamento convencional, a Coreia do Norte na verdade não precisa de um míssil capaz de chegar ao continente dos Estados Unidos para causar danos e devastação. Isso ocorre porque uma arma nuclear baseada em satélite poderia realizar um ataque PEM incapacitante que poderia efetivamente derrubar a rede elétrica dos Estados Unidos.
Além disso, não há necessidade de uma arma nuclear de alto padrão (um megaton) e alto rendimento para um ataque efetivo de PEM, de acordo com o Dr. Peter Vincent Pry, diretor-executivo da Força Tarefa Nacional e de Segurança Interna e chefe de gabinete da Comissão sobre PEM do Congresso. Ele afirmou: "Eu estou olhando para um gráfico não confidencial do governo dos Estados Unidos que demonstra que uma ogiva de dez quilotons (o poder da bomba A de Hiroshima) detonada a uma altitude de setenta quilômetros irá gerar um campo de PEM e causar problemas e danos em eletrônicos desprotegidos" ("Hora de Reconhecer as Sérias Ameaças de uma Coreia Nuclear", Newsmax, 4 de maio de 2017).
Segundo estimativas, apenas três detonações PEM colocadas estrategicamente acima dos Estados Unidos podem matar noventa por cento da população do país por fome e doença dentro de um ano. O perigo é real e crescente.