Quem São Os Palestinos?
Para as nações árabes, o nascimento do Estado judeu de Israel em 1948 não é motivo de comemoração, pois eles chamam esse evento de Nakba ou "Desastre". A declaração do Estado de Israel foi seguida imediatamente por uma invasão de nações árabes vizinhas, que disseram aos muçulmanos daquela terra, que na época era chamada Palestina, a maioria árabes, para se unirem à luta ou evacuarem temporariamente enquanto os israelenses eram conquistados — para retornarem depois a um país livre de judeus. E, de fato, muitos partiram.
Mas as coisas não saíram como planejado. Os judeus israelenses derrotaram as forças árabes invasoras, e os habitantes que haviam saído se tornaram expatriados, a maioria mudou-se para países árabes, onde não foram absorvidos pela população nativa, mas passaram a viver como refugiados. Uma situação semelhante ocorreu quase vinte anos depois, em 1967, na Guerra dos Seis Dias, que resultou na fuga ou expulsão de muitos outros e que acabaram se juntando aos refugiados nos países árabes.
Os habitantes não judeus daquela terra, incluindo os que se dispersaram como refugiados, passaram a ser conhecidos como palestinos. A maioria dessas pessoas agora vive na Jordânia e nos territórios conhecidos como Cisjordânia e Faixa de Gaza, e em menor número na Síria, no Líbano e em outros países.
Geralmente, eles se denominam como povos nativos da terra, que dizem chamar-se Palestina ou Filístia em árabe. A alegação é porque os judeus sionistas, que migraram para a terra do final de 1800 até meados da década de 1900, não possuíam qualquer direito legal sobre a terra — supostamente, eles estavam roubando essas terras dos antigos palestinos há muito estabelecidos ali. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse recentemente que Israel é “um empreendimento colonial que não tem nada a ver com o judaísmo” — como se os judeus fossem invasores estrangeiros de terras “palestinas”.
E foi isso que realmente aconteceu há setenta anos e nas décadas anteriores e seguintes? A quem a terra realmente pertence? E quem são os palestinos?
Nativos cananitas ou árabes de outros lugares?
Como mostra a história, a ideia de um povo ou nação “palestina” é uma invenção. Nenhum povo étnica ou culturalmente distinto desse nome jamais existiu. Evidentemente, os palestinos de hoje são principalmente árabes, mas de muitas outras áreas, junto com vários outros povos.
Os líderes palestinos, no entanto, insistem nessa falácia. Nas palavras de Mahmoud Abbas: “Nós dissemos-lhe [ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu], quando ele afirmou que os judeus têm um direito histórico que remonta 3.000 anos a.C., que a nação da Palestina na terra de Canaã tinha 7.000 anos históricos. Esta é a verdade que deve ser dita: Netanyahu, você é incidental na história. Nós somos o povo da história. Nós somos os donos da história” (citado por David Bukay, “Fundando Mitos Nacionais: Fabricando a História da Palestina”, revista Middle East Quarterly, Verão de 2012).
Yasser Arafat, líder da Autoridade Palestina antes de Abbas, afirmou que os palestinos são descendentes dos jebuseus, o povo cananeu da antiga Jerusalém.
No entanto, pondere estas palavras do Ministro do Interior do governo do Hamas, Fathi Hammad, em março de 2012: “Quem são os palestinos? Temos muitas famílias chamadas al-Masri [egípcias], cujas raízes são egípcias! Podem ser de Alexandria, do Cairo, de Damietta, do norte, de Assuã, do Alto Egito. Nós somos egípcios; somos árabes. Nós somos muçulmanos. Nós somos parte de você. Egípcios! Particularmente, metade da minha família é egípcia — e a outra metade é saudita” (citado por Pinhas Inbari, “Quem São os Palestinos?” Comitê de Assuntos Públicos de Israel, 7 de agosto de 2017, grifo nosso). De fato, os palestinos têm suas origens de diversas nações.
Veja que eles não são um grupo único e nativo de povos da antiga Palestina. De fato, Arafat e seus compatriotas admitiram isso. Em 31 de março de 1977, numa entrevista ao jornal holandês Trouw, o membro do comitê executivo da Organização para Libertação da Palestina (OLP), Zahir Muhsein, disse:
“O povo palestino não existe. A criação de um Estado palestino é apenas um meio para continuar nossa luta contra o Estado de Israel por nossa união árabe. Na realidade, hoje não há diferença entre jordanianos, palestinos, sírios e libaneses. Apenas por razões políticas e táticas falamos, hoje em dia, da existência de um povo palestino, uma vez que os interesses nacionais árabes exigem a proposta da existência de um "povo palestino" distinto para opor-se ao sionismo” (citado por Joseph Farah, "O Povo Palestino Não Existe”, site wnd.com, 11 de julho de 2002).
Na verdade, o primeiro artigo da Carta Nacional Palestina (OLP) de 1964 proclama: "A Palestina é uma pátria árabe vinculada por fortes laços nacionais árabes com o restante dos países árabes e que juntos formam a grande pátria árabe".
"Palestina" seria uma designação para os judeus?
É claro que, em relação à terra há um grande problema nessa asseveração — vê-la como uma pátria árabe e não como uma pátria judaica. De fato, deve-se salientar que os palestinos não consideram que apenas a Cisjordânia e a Faixa de Gaza são territórios palestinos ocupados por Israel. Eles consideram que toda a terra de Israel é a terra da Palestina, pertencente aos palestinos, e que se encontra ilegalmente ocupada pelo Estado judeu.
Ironicamente, a "Cisjordânia" tem esse nome como denotação do território anexado e ocupado no lado oeste do rio Jordão depois de 1948 (em vez de ser chamado de Palestina Oriental), enquanto os judeus chamam esse território de Judeia e Samaria — o coração dos antigos reinos israelitas de Judá e Israel.
Ainda mais irônico é o fato de que “antes do nascimento do Estado de Israel, o termo 'palestinos' era usado pelos judeus para se referir a si mesmos e a suas organizações. O Correio Palestino, o Fundo Para Fundação da Palestina, a Companhia Aérea da Palestina e a Orquestra Sinfônica da Palestina eram todas elas empresas puramente judaicas" (Daniel Grynglas, "Desmistificando a Alegação de Que os ‘Palestinos’ São o Povo Nativo de Israel", blog Jerusalem Post, 12 de maio de 2015).
Certamente, “o termo Palestina era ocidental e, regularmente, usado por judeus que imigraram para o país; os sionistas se chamavam palestinos, enquanto os árabes simplesmente se identificavam como árabes. As instituições sionistas — como o Banco Anglo-Palestino, o Correio Palestino, e assim por diante — todas eram ‘palestinas’, enquanto as instituições árabes, como o Comitê Superior Árabe, eram simplesmente ‘árabes’" (Inbari).
Mas logo essa terminologia mudou dramaticamente. “Primeiro ouvimos falar de árabes chamados de 'palestinos' quando o presidente do Egito, Nasser, com a ajuda da KGB russa, estabeleceu a 'Organização para Libertação da Palestina' em 1964. Entretanto, foi somente na década de 1970 que novo termo 'palestinos' começou a promover sua narrativa através da violência e do assassínio. Os árabes justificaram seus ataques como atos dos povos nativos que lutam pela libertação nacional” (Grynglas). Mas tudo isso é inventado — uma grande invencionice!
Da habitação Cananeia à expropriação judaica
Vamos examinar brevemente a história dessa terra a partir da perspectiva bíblica. A Bíblia se refere a essa antiga terra pelo nome de Canaã (Gênesis 11:31; 12:5; 13:12), onde os filisteus habitavam, ao longo da costa do Mediterrâneo, antes dos patriarcas hebreus Abraão, Isaque e Jacó e seus descendentes, os israelitas, ali se instalaram. No entanto, o Deus da Bíblia, que é proprietário do mundo e de tudo que há nele, declarou Sua intenção de dar essa terra ao Seu povo Israel (Gênesis 12:5-7; 17:8; Êxodo 13:5, 11). Assim, por decreto divino, mesmo se ainda houvesse remanescentes dos nativos cananeus ali, a terra foi dada a Abraão e seus descendentes e tirada dos habitantes originais.
Os israelitas formaram uma nação e um reino, que acabou se dividindo em dois — Israel e Judá. Depois de eles persistirem em pecar, Deus permitiu que as tribos do norte de Israel fossem deportadas pelos assírios e o povo do sul de Judá, os judeus, fossem levados para a Babilônia, deixando alguns remanescentes na terra e, mais tarde, outros voltaram para reviver um Estado judeu sob o controle dos persas e, depois, continuar sob o domínio grego e romano.
Os romanos esmagaram duas revoltas judaicas, em 70 e 135 d.C., e a maioria dos judeus foram dispersos — embora uma população significativa de judeus sempre permanecia na terra. (Os judeus foram expulsos de Jerusalém no ano 135, mas um número de remanescentes ficou em outras comunidades na Terra Santa).
Podemos até supor que o fato de Deus ter expulsado Israel e Judá daquela terra signifique que sua reivindicação sobre ela chegou ao fim. Porém, Deus deu essa terra aos descendentes de Israel para sempre (ver Êxodo 32:13). E mesmo quando advertiu que os expulsaria dali, e, finalmente, fez isso, Ele ainda falou que os traria de volta a sua terra natal. Então, de acordo com Deus, nenhum outro povo tem direito a essa terra. E seria bom que todos se lembrassem disso!
A história do termo Palestina
Qual a origem do nome Palestina? Quando os romanos esmagaram a revolta judaica de 135, eles fundiram as antigas províncias da Síria e da Judeia e a chamaram de nova província da Síria Palestina, provavelmente para retirar sua distinção judaica.
O termo Palestina, embora derivado dos antigos filisteus, anteriormente havia se tornado uma distinção geográfica comum para aquela terra bem antes da mudança de seu nome. Esse termo era usado por escritores gregos e romanos como Heródoto, Aristóteles, Plínio (o Velho), Plutarco e outros — e, algumas vezes, até pelos historiadores judeus do primeiro século, Filo de Alexandria e Flávio Josefo.
Mais tarde, aquela área continuou sendo chamada de Palaestina no período bizantino, e outras formas deste nome persistiram sob os califados árabes e o Império Turco-otomano, embora "Síria do Sul" fosse a distinção mais comum. “Após a Primeira Guerra Mundial [quando os otomanos foram derrotados pelos aliados ocidentais], o nome 'Palestina' foi aplicado ao território, que foi entregue ao Mandato Britânico; essa área incluía não apenas a atual Israel, mas também a atual Jordânia... [Naquela época] era comum a imprensa internacional rotular os judeus, não os árabes, que viviam sob aquele mandato, como palestinos” (Biblioteca Virtual Judaica, “Israel: Origens do Nome 'Palestina’”).
Habitantes de Bizâncio nos períodos islâmicos
Qual era a proporção da terra de Israel depois que os romanos suprimiram as revoltas judaicas em 70 e 135 d.C? Como mencionado, a maioria dos judeus fugiram ou foram forçados a sair, porém muitos outros ainda permaneceram na terra. Os romanos encorajariam outros a se estabelecerem aqui, principalmente depois que o Império se tornou oficialmente cristão.
Quando os árabes muçulmanos tomaram o controle da Terra Santa das mãos do Império Romano do Oriente, ou Império Bizantino, no século VII, muitos deles se estabeleceram na terra conquistada, mas os judeus continuaram sendo maioria ali. No entanto, argumenta-se que “muitos da população nativa, tanto judeus como não judeus, foram forçados a se converter ao Islã e o país foi profundamente arabizado...[tornando-se] um país de língua árabe.
“Isso não significa que as pessoas que viviam lá fossem 'verdadeiros árabes'...Eles eram, de fato, descendentes da população original judaica e da população de língua grega que os bizantinos importaram para cristianizar a terra” (Schlomo Sherman,“ O Mito dos Denominados Palestinos”, 1994, reproduzido no Forum do Oriente Médio de Daniel Pipes, nos comentários).
Mais tarde, os turcos e curdos seljúcidas (liderados pelo curdo Saladino) combateram os cruzados europeus na Terra Santa. Muitos desses muçulmanos não árabes estavam ali postados, e então, como resultado, “numerosas famílias de Hebrom... são de origem curda. Os curdos também se estabeleceram em outras partes do país e na Transjordânia. Hoje em dia esses curdos foram completamente arabizados e não mantiveram nenhuma conexão com suas origens” (Inbari).
Uma terra desolada no tempo dos otomanos
No fim dos anos 1600, durante o domínio otomano, um geógrafo e especialista em línguas chamado Hadriani Relandi percorreu a terra, pesquisando cerca de 2.500 lugares onde viviam as pessoas mencionadas na Bíblia ou no Mishná. Ele registrou suas observações em um livro publicado em 1714. O que mostra esse livro?
“1. Nenhum assentamento na Terra de Israel tem um nome de origem árabe... nenhum assentamento árabe tem um nome árabe original . . .
“2. A maior parte da terra estava vazia e desolada e um grande número de habitantes se concentrava, principalmente, nas cidades de Jerusalém, Akko, Safed, Jaffa, Tibério e Gaza. A maioria dos habitantes eram judeus e os demais cristãos. Havia poucos muçulmanos, a maioria eram nômades beduínos...que vieram para aquela área como reforço para construção, para trabalho agrícola e como trabalhadores sazonais . . .
“3. O livro contradiz totalmente qualquer teoria pós-moderna que reivindica uma "herança palestina" ou nação palestina. O livro fortalece a conexão, a relevância, a pertinência e o parentesco na Terra de Israel aos judeus e a absoluta impossibilidade de pertinência aos árabes” (Avi Goldreich, “Uma Excursão Pela Palestina; O Ano É 1695”, site Think-Israel.org, 4 de agosto de 2007).
Aquela população diminuiu, pois vários fatores tornaram a vida ali cada vez mais difícil. A ruína da terra tinha começado com a destruição romana de Judá, o historiador romano Cassius Dio, escreveu na época que "toda a Judeia tornou-se deserta" após a destruição de centenas de cidades e aldeias, mas as coisas pioraram depois da conquista árabe e, mais tarde, sob o domínio otomano (Joseph Katz, "Palestina, Uma Terra Praticamente Deserta e Quase Despovoada", site EretzYisroel.org, 2001).
No último período, a terra “ficou quase deserta. O governo turco taxava os proprietários de terras pelo número de árvores em suas terras. As florestas foram dizimadas numa tentativa de evitar os impostos. Colinas e planícies pastadas em excesso por ovelhas e cabras. Grandes áreas deixaram de ser cultivadas e perderam sua fertilidade. Muitas cidades foram abandonadas. Pântanos e desertos invadiram o terreno maltratado. A lendária Terra Santa caíu num sono mortal” (apresentação do vídeo A Experiência da Galileia, 1997).
Pessoas que visitaram aquela terra entre os anos de 1700 e 1800 comentaram sobre seu lastimável estado de desolação. Em 1857, o cônsul britânico na Palestina informou: “O país está com um nível baixíssimo de povoamento e, portanto, sua maior necessidade é a de um corpo populacional” (citado por Katz).
O relato mais famoso sobre a condição da terra foi a do escritor norte-americano Mark Twain em seu livro Os Inocentes no Estrangeiro, após sua visita em 1867. Joseph Katz resume o que Twain encontrou:
“De um lugar a outro, Twain registrou tristeza em suas descobertas: ‘Cenas de atividade...não mais existiam no vale [Jizreel]. Não há uma única vila solitária em toda a extensão — nada num raio de trinta milhas em qualquer direção...’ [Ele ainda escreveu sobre] ‘...esses desertos despovoados e esses montes impregnados de esterilidade...aquela ruína melancólica de Cafarnaum...Chegamos em segurança a Tabor... mas não vimos um ser humano sequer em todo o caminho’”.
Uma miscelânea de povos
Mesmo assim, houve um influxo de pessoas no início da década de 1830, quando houve a invasão e a ocupação temporária da Síria e da Palestina pelo general egípcio Ibrahim Pasha. Ele deixou lá várias colônias egípcias permanentes. E com o retorno do povo judeu à terra no final dos anos 1800, os otomanos também trouxeram outras pessoas para aquela terra.
Ocorreu um grande avanço com os bósnios. O país balcânico da Bósnia foi invadido e, à força, convertido ao islã pelos otomanos nos anos 1300. A partir do fim dos anos 1600, os otomanos começaram a perder territórios europeus. Então, “em 1878, no Congresso de Berlim...A Turquia perdeu a Bósnia para a Áustria. O resultado foi um fluxo de refugiados muçulmanos saindo da Bósnia à procura de refúgio no Império Otomano . . .
“Essa migração de refugiados muçulmanos foi um marco muito importante na história da Palestina. Os governantes otomanos adotaram uma política de colonização muçulmana...Na região do Carmelo, na Galileia, na planície de Sarom e em Cesareia, e as terras foram distribuídas aos refugiados muçulmanos da Bósnia e Herzegovina. Os refugiados ainda foram atraídos por isenções fiscais por doze anos e dispensa do serviço militar” (Manfred Lehmann, “Bósnia: A Pátria dos 'Palestinos'”).
“A mesma política de colonização...também foi aplicada aos refugiados muçulmanos da Rússia — particularmente da Geórgia, da Crimeia e do Cáucaso, [um grupo diversificado de pessoas] chamados circassianos e turcomenos — que levaram à sua instalação em Abu Gosh, perto de Jerusalém e nas colinas de Golã. Refugiados da Argélia e do Egito também foram assentados em Jaffa, Gaza, Jericó e Golã” (ibid.).
Todos esses e outros imigrantes de patromínio amplamente díspar e misto formaram parte da base do chamado povo palestino. Hoje em dia, entre aqueles considerados como "nativos" palestinos estão povos que, na verdade, se originaram de vários locais da Europa, da Rússia, do Sul da Ásia, do Norte da África, de vários países árabes e alguns judeus — em resumo, essa é "a maior aglomeração humana reunida em uma pequena área do globo” (John of Wurzburg, citado por Katz, “A Palestina é Habitada por Uma População Miscigenada”, EretzYisroel.org).
Alguns elementos europeus foram os que vieram para a Terra Santa durante as Cruzadas, enquanto outros vieram como escravos durante os séculos de tráfico de escravos islâmicos. No entanto, a maioria dos vários grupos de povos mencionados nesta lista constitui uma pequena parte dos palestinos de hoje, sendo em sua maior parte árabes.
Multidões de árabes — os verdadeiros colonizadores
Os judeus que retornaram àquela terra ao fim do século XIX (1800s) e no início do século XX (1900s), como parte do movimento sionista, e durante o período do Mandato Britânico provocaram mais imigração de países árabes vizinhos. Essa migração foi tão grande que subjugou e assimilou os primeiros imigrantes não judeus, fazendo com que todos fossem, essencialmente, arabizados e considerados árabes. “Os 4,3% de ‘nativos’, eram compostos de muitas nacionalidades não árabes. [Mas] todos eles foram devastados pelos imigrantes árabes e, em poucas gerações, perderam sua identidade” (Grynglas).
O que causou esse grande fluxo de árabes para aquela terra? “Os registros mostram que foram os assentamentos judaicos do século XIX e XX e as oportunidades de emprego, que atraíram sucessivas ondas de imigrantes árabes para a Palestina. ‘A população árabe apresentou um notável aumento...em parte, devido à importação de capital judaico para a Palestina e outros fatores associados ao crescimento da Casa Nacional [Judaica]’ (relatório da Comissão Peel, 1937).
“[Relatou-se anteriormente] que ‘no assentamento judaico Rishon istion [Primeiro de Sião] fundado em 1882, no ano de 1889, as quarenta famílias judias instaladas ali haviam atraído mais de quatrocentas famílias árabes...Muitas outras aldeias árabes surgiram da mesma maneira’” (Joan Peters, de Time Immemorial, p. 252). “O primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, disse [sobre a Palestina] em 1939: '...livres de perseguições, os árabes lotaram o país” (Grynglas).
Essa migração em larga escala para a terra continuou até a formação do Estado de Israel, sendo que “a maioria dos muçulmanos que vive na Palestina... morava lá há menos de 60 anos” (Ezequiel Doiny, “Os Colonos Muçulmanos”, Instituto Gatestone, 15 de agosto de 2014).
Daniel Pipes, especialista em Oriente Médio, ao revisar o livro Desde Tempos Imemoriais: As Origens do Conflito Árabe-Judaico na Palestina, escrito em 1984 por Joan Peters, afirma: “Os dados revelados por Joan Peters indicam que os árabes se beneficiaram tanto, economicamente, da presença de colonos judeus da Europa que viajaram centenas de quilômetros para se aproximarem deles. Por sua vez, isso explica por que a definição de um refugiado da Palestina em 1948 é de uma pessoa que vivia lá por apenas dois anos [dois anos!]: Porque muitos residentes árabes em 1948 haviam imigrado muito recentemente”.
Assim, como afirma Daniel Greenfield, “Os 'palestinos' são o que sempre foram: uma colônia árabe islâmica estrangeira dentro de Israel”. E ele responde de forma enérgica à afirmação de Mahmoud Abbas sobre um empreendimento colonial sionista no início deste artigo, declarando: “Os ‘palestinos’ não são vítimas do colonialismo. Eles são seus perpetradores”.
A profecia bíblica evidencia Edom
Agora, dito tudo isso, parece haver — considerando o que as Escrituras nos dizem sobre o assunto — mais acerca da identidade arábica dos palestinos além de apenas ser parte da massa geral do povo árabe.
Os árabes não são monolíticos no seu património. Eles se consideram principalmente descendentes de Ismael, o primeiro filho de Abraão e meio-irmão de Isaque, e, evidentemente, este é o caso. No entanto, entre os árabes também há alguns elementos de outras tribos primitivas, inclusive a do irmão de Jacó, Esaú, que teve seu nome mudado para Edom. Esaú se casou com as filhas de Ismael e dos cananeus. E devemos perceber ainda que os descendentes de Esaú, os edomitas, não estão limitados às tribos árabes, mas incluem vários outros povos.
Por que se concentrar em Edom aqui em relação aos árabes palestinos? A resposta se encontra numa notável profecia no livro de Obadias, que diz respeito ao que acontecerá aos edomitas no tempo do fim.
O versículo 19 fala de territórios — afirmando que aqueles que controlam certos territórios na Terra Santa irão possuir mais territórios lá. No contexto, podemos ver que os israelitas neste versículo estão retomando áreas que os edomitas se apropriaram.
É fascinante ver que as áreas listadas aqui são áreas que hoje em dia são povoadas por judeus. As áreas que estão sendo retomadas agora são povoadas por palestinos — e assim aparentemente, identificando os palestinos como edomitas, pelo menos em medida significativa.
Pode ser que alguns dos povos díspares que compõem os habitantes não judeus, não árabes da Terra Santa, antes do afluxo árabe mais recente, também sejam, em certo grau, compostos de edomitas (para mais detalhes, ver nosso comentário on-line em bible.ucg.org/bible-commentary/Obadiah/ [em inglês]).
Deus profetiza ainda mais contra Edom em Ezequiel 35–36. Ele adverte no capítulo 35 que o "monte Seir", a terra de Edom, por causa da cobiça de seus habitantes pelas terras de Israel e Judá, será julgado e tornado desolado (versículos 10-15).
Deus dá uma advertência semelhante no capítulo 36, versículo 5, e então diz que acabará com a vergonha de Sua terra e trará de volta o povo de Israel para que, finalmente, façam uso abundante daquela terra.
Surpreendentemente, através de muitas profecias, aprendemos que o atual retorno do povo judeu é apenas um pequeno antegozo de um retorno muito maior de toda a Israel à Terra Prometida sob o vindouro reino do Messias judeu, o Salvador de todos os povos, Jesus Cristo.
Muitos vão ficar chocados ao saber que os árabes palestinos agora estão ocupando grande parte da terra que Deus deu para sempre ao povo de Israel, seus donos de direito. Pode ter certeza de que Ele não permitirá que as coisas continuem assim indefinidamente. Tudo acontecerá exatamente como Deus prometeu.
Continue olhando para a Sua Palavra e para os fatos claros da história para entender seu mundo. E confie no plano de Deus que, enfim, resolverá todas essas coisas!