O propósito e função do Espírito Santo

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Como é que o propósito de Deus de trazer muitos filhos à glória pode ser cumprido? Como é que o Espírito Santo de Deus ajuda a cumprir o plano de Deus para a humanidade? Qual é o objectivo principal do Espírito Santo? Quais são as principais obras do Espírito Santo? Como adoramos a Deus em espírito e verdade?

Transcrição

Bom dia, boa tarde, queridos irmãos! Aqui é Jorge de Campos.

1990 anos atrás, ocorreu um dos maiores eventos da Humanidade. Dia de Pentecostes do ano 31; Deus começou a habitar no coração do homem. A viver no homem. A Igreja de Deus (o Israel de Deus, o Templo Espiritual de Deus) foi fundada.

Começou o ministério que tinha sido escondido desde sempre. Sim, agora, o homem pode tornar-se membro da Família de Deus. Isto é, através deste milagre que aconteceu no dia de Pentecostes a 1990 anos. Os homens podem tornar-se realmente filhos de Deus. Isto é e será na ressurreição à vinda de Cristo.

Então, o mistério de Deus estará encerrado.

Esse dia, esse evento, esse acontecimento, essa ressurreição por vir, que será possível através do milagre e do sacrifício de Jesus Cristo mas essa mudança em nós será possível através do Espírito Santo de Deus para nós virmos a ser filhos e filhas de Deus. Essa é a razão da Bíblia. Esse é o propósito de Deus para a humanidade porque Deus se está reproduzindo. Deus está dando a vida eterna e herança à sua família que herdarão o reino de Deus.

Queridos irmãos, isso explica o propósito da criação física de Deus. Isso explica porquê que você e eu nascemos como seres físicos para virmos a ser uma criação, Deus usará, através de nós seres físicos, vai trazer à glória a sua família para um grande propósito para lá disso… depois como seres espirituais.

Nós, hoje em dia, como aqueles poucos, que são escolhidos e selecionados; nós somos as primícias de Deus. As primícias significa que somos os primeiros. Haverá muitos mais depois de nós.

Por isso, esse dia de Pentecostes representa o quinquagésimo dia depois do movimento da oferta movida. Do molho que foi oferecido simbolicamente que representa Cristo que foi oferecido à favor de nós para que nós possamos receber o Espírito Santo de Deus. Para que, depois, com Espírito Santo de Deus, possamos desenvolver e crescer usando o Espírito Santo. Isto é, usando o propósito e função do Espírito Santo. O propósito e função do Espírito Santo, o porquê que recebemos este dom para crescermos na santificação, de virmos a ser filhos de Deus.

Então, como é que este propósito de Deus é realizado e cumprido? Como é que o Espírito de  Deus nos ajuda a cumprir o plano de Deus para a Humanidade? E o que é o Plano de Deus para conosco? Qual é o objectivo, o propósito principal de recebermos o Espírito Santo de Deus? Quais são as obras do Espírito Santo? E como podemos, assim, adorar Deus na verdade e em Espírito?

Então, a primeira pergunta seria: Quando é que o Espírito de Deus foi dado?

Vejemos, então, em João capítulo 7 versículo 37 a 39:

No último dia, o grande dia da festa [isto é, ao fim da Festa de Tabernáculos no oitavo dia], levantou-se Jesus e exclamou: se alguém tem sede, venha a mim e beba.

Quem crer em mim [entendemos irmãos, crer significa obedecemos; quando cremos, acreditamos numa pessoa, fazemos que essa pessoa quer que façamos], como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.

Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.

Quando Jesus disse isso, ainda era um ser humano físico, estava na terra e ainda não tinha sido glorificado e por isso o Espírito naquele momento ainda não tinha sido dado.

Vejemos também em João capítulo 17 versículo 1, 4-5:

Tendo Jesus falado  estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora [esta foi a oração de Cristo depois da cerimónia da Páscoa onde introduziu novo simbolismo da Páscoa do Novo Testamento: lava-pés, pão e vinho. No fim disto orou antes de ir ao jardim de Getsêmani]; glorifica a teu Filho [Jesus Cristo foi glorificado depois da ressurreição], para que o Filho te glorifique a ti,

Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer [Jesus Cristo fez a Obra do Pai; a responsabilidade que ele tinha a fazer];

E, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.

Quando é que Jesus Cristo foi glorificado, depois de morrer? Depois de ser ressuscitado, Ele foi glorificado e está a destra do Pai nos céus. Jesus foi glorificado quando ressuscitou com corpo glorioso e ascendeu ao Seu Pai para estar junto ao Pai.

Mas vejam o versículo 5: «glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo…» isto é, junto de ti, ao teu lado “com a glória que eu tive”. A glória que Jesus Cristo tinha antes de ser encarnado. Ele estava ao lado do Pai com a mesma glória e se esvaziou dessa glória e veio a terra como Jesus Cristo. Depois de morrer, ele ressuscitou e foi glorificado.

Por isso está a dizer aqui antes desse sacrifício “Pai glorifica-me contigo mesmo com a glória que tive junto de ti antes que houvesse mundo”, antes da criação, antes da criação deste mundo. A palavra mundo aqui é o grego 21889 kosmos – significa ordem, humanidade; mas também tem o significado de universo, estrelas, hostes espirituais, como ornamento dos céus.

Daí vêm palavras como: cosmografia – é a parte da astronomia que se ocupa da descrição do universo. Antes, da criação do universo, do mundo.

Jesus criou o universo debaixo da ordem do Pai o mundo. Por isso, vemos que Jesus está a orar pela restauração completa da glória e comunhão que tinha com o Pai como vemos em João capítulo 1 versículo 1 e 14:

“No princípio era  Verbo [veio a ser Jesus Cristo], e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.”

No princípio o Verbo existia e o Verbo estava com o Pai, com Deus; o Verbo (aquele que veio a ser Jesus Cristo) estava ao lado do Pai e o Verbo era Deus; era do gênero, da família de Deus; era da qualidade de ser Deus. Era dessa glória ao lado do Pai. Ele se esvaziou dessa glória e veio para a terra e, depois de morrer, foi ressuscitado pelo Pai e voltou a ter a glória que tinha. É o que lemos em João capítulo 17 versículo 5.

Por isso, vemos que, não é que Jesus Cristo tinha uma pré-existência fictícia, uma coisa efémera, ideal; era uma pré-existência real; consciente como ser separado e diferente do Pai, ao lado do Pai.

Filipenses capítulo 3 versículo 21:

“O qual transformará [falando do nosso Salvador] o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória [quando nós ressuscitarmos na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Jesus vai trasformar o nosso corpo de humilhação, o nosso corpo físico para ser igual ao corpo da glória de Cristo], segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.”

Jesus Cristo tem o poder de subordinar a si todas as coisas e ele vai transformar o nosso corpo à ressurreição, a primeira ressurreição, ou àqueles que estarão a viver como verdadeiros cristãos, fiéis até ao fim, vai transformá-los de seres físicos  a seres espirituais.

Queridos irmãos, é importante entender isto que vamos ser transformados à vinda de Cristo com uma glória igual ao corpo de Cristo. Isso é uma coisa enorme, enormíssima.

Mas notem que os discípulos de Cristo não foram regenerados pelo Pai durante o ministério terreno de Cristo. Tome nota disto. Veja em João capítulo 16 versículo 7:

“Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador [Espírito Santo, Paraclitus]não virá para vos outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.”

Se Jesus Cristo não fosse, não tivesse sido sacrificado, morrido, tivesse sido ressuscitado e glorificado; por isso é que diz «convém-vos que eu vá…». Jesus Cristo foi aos céus glorificado para nos enviar o Espírito Santo.

Por quê convém a nós que Jesus Cristo tinha que ir? Para enviar-nos o Espírito Santo. Qual é o benefício para nós receber o Espírito Santo? Isso vamos ver e entender melhor a medida que desenrolar o nosso sermão.

Mas, “convém” aqui é da palavra grega 04851 (sumfero) – para ajudar ou contribuir para ajudar.

Veja em João capítulo 14 versículo 15 a 18:

Se me amais, guardareis os meus mandamentos.

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,

O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.

Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.

Jesus Cristo estava a dizer aos apóstolos que o Espírito habitaria neles mas que estava com eles. Sim, Jesus estava com eles e em semelhança o Espírito estava com eles. Jesus Cristo estava pessoalmente com eles mas, está claro, Jesus não estava neles. Mas que o Espírito Santo de Deus outro consolador iria estar neles «em vós». Por isso, estamos aqui a ver funções importantes, estamos a ver funções importantes que o Espírito Santo vai ou está a desempenhar na Igreja são semelhantes às funções que Jesus Cristo desempenhou para com seus discípulos e que Jesus Cristo continua a fazer hoje por meio do seu poder, o Espírito Santo.

Por isso, vemos aqui outro ponto, que o Espírito pode trabalhar em si, com você, antes de você ser renegerado. Porque o Espírito estava com os apóstolos, diz assim no versículo 17 «o Espírito da verdade … que habita convosco e estará em vós».  O Espírito de Deus pode trabalhar consigo, antes de você ser regenerado. Isto é, o Espírito de Deus pode trabalhar consigo antes de você receber o Espírito Santo após o baptismo e imposição de mãos. Veja em Mateus capítulo 16 versículo 13 a 17:

Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? [as pessoas aí, quem é que dizem ser o Filho do Homem?]

 E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas.

Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?

Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo [o Messias], o Filho do Deus vivo.

Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas [Pedro], porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.

O Espírito de Deus já estava a trabalhar com eles, pois o Pai revelara a eles pelo Espírito de Deus, quem era Cristo; embora eles não tinham recebido o Espírito, como disse Jesus «o Espírito não estava neles».

Isso demonstra que Deus pode revelar o seu conhecimento, pode revelar a nós o entendimento da verdade, embora ainda não estejamos regenerados.

Por isso, vejo irmãos que estão a trabalhar e reconheço que estão a entender a verdade embora ainda não tenham sido regenerados pelo Espírito Santo que receberão pela imposição de mãos após o batismo.

Vejamos em Atos capítulo 2; isso foi no dia de Pentecostes, no ano 31 da era corrente; começaremos a ler no versículo 1:

Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

Por quê? Porque estavam a celebrar o dia de Pentecostes. Estavam reunidos na casa do Senhor. Como vemos nas escrituras que é o templo.

De repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.

E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.

Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.

Foi quando foram regenerados e receberam o Espírito Santo no dia de Pentecostes.

Mais adiante, no versículo 8:

E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?

Milagre de idiomas que cada pessoa entendia, embora tivessem vindo de vários lugares a volta do mundo; sim, eram judeus vindo de outras terras e falavam outras línguas,outros idiomas, dialetos, outros sotaques e os ouviam falar na própria língua materna. Por quê? Porque nesta ocasião foi necessário falar uma vez e todos entenderem a mensagem. E por isso, o Espírito foi dado de uma forma dramática. Depois vemos os versículos 36 a 38:

Esteja absolutamente certa [não tenham dúvidas nenhuma], pois, toda a casa de Israel [israelitas presentes no templo] de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo [começaram a entender a mensagem].

Ouvindo eles estas coisas, compungiu-lhes o coração [compreenderam, entenderam e arrependeram-se] e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?

Aqui está a fórmula, a maneira de como se recebe o dom do Espírito Santo.

Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis  dom do Espírito Santo.

Estão aqui todos os detalhes acerca do arrependimento, batismo e imposição de mãos, nessa sequência. É este o processo. Versículo 39:

Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.

Só aqueles que Deus chama, serão acrescentados à igreja. Só aqueles que Deus chama serão acrescentados à Igreja. Versículo 41:

Então, os que lhe aceitaram  palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.

Depois, vemos no versículo 47:

Louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.

O Senhor acrescenta à Igreja os membros, é um milagre de Deus, que nos chama, quando o Espírito Santo veio.

Agora, vamos ver o que é o Espírito Santo de Deus. O que é? Vamos em João capítulo 4 versículo 24:

Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.

A maneira como devemos adorar a Deus…em espírito e em verdade. Não é com mentiras, nem com falsificações acerca do Espírito Santo de Deus, ou [falsificações] da verdade de Deus. Nós temos que seguir a verdade e adorar a Deus em espírito. Deus é espírito.

O Espírito de Deus é a essência que provém da parte de Deus. Veja em João capítulo 15 versículo 26:

Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;

É o Espírito de Deus que vem do Pai.

Vemos que Deus, digamos assim, é a fonte, é de onde, o Espírito de Deus procede. Deus é espírito e esse espírito procede para nós. Essa essência, essa vida que provém do Pai.

Para você ter Cristo em você, deve ser chamado, deve estar convicto (que é mais do que estar convencido), deve arrepender-se e receber esse perdão e, você, tem que exercitar fé, tal como os israelitas que compungiram o coração porque acreditaram no Messias, o Cristo; por isso que temos que exercitar fé no sacrifício de Jesus Cristo. Depois, receberam o Espírito Santo após batismo e imposição de mãos.

O objetivo principal do Espírito Santo, queridos irmãos, é criar uma nova vida dentro de nós. Porque o Espírito é a essência, é vida de Deus que em nós vai criar uma nova vida dentro de nós. Uma nova regeneração. Veja em Romanos 12 versículos 1 e 2:

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

[Temos que fazer um sacrifício. Não é de touros, nem de bodes… é um sacrifício vivo da nossa vida, dos nossos pensamentos, das nossas palavras]

E não vos conformeis com este século [não se conformando com o mundão], mas transformai-vos pela renovação da vossa mente [a nossa mente tem que ser uma mente nova. Como? Porque recebemos a mente, a maneira de pensar, a essência da vida que vem do Pai que vai transformar, regenerar, lavar a nossa mente de modo a termos uma vida santa como Deus é], para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Por isso, existe uma transformação que acontece – tornando-se um sacrifício vivo. Lêem em Tito capítulo 3 versículos 4 e 5:

Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus (caridade, bondade, graça de Deus), nosso Salvador, e o seu amor para com todos,

Por quê o Pai é nosso Salvador? Porque ele deu a instrução ao Filho para morrer por nós. E o Filho, sim, morreu por nós sendo nosso Salvador mas o Pai é quem deu essa instrução; por isso o Pai também é nosso Salvador. O Pai é que tem esse amor de dar o seu Filho Unigênito para poder morrer por nós.

Não por obras de justiça praticadas por nós [não é por sermos tão bons], mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e revonador do Espírito Santo,

O objetivo principal do Espírito Santo é criar uma nova vida dentro de nós.

A palavra regeneração, vem da palavra palingenezia [3824], que vem da palavra palin [3825] ou “de novo” e genezia [1078] que é usada “para linhagem e ancestralidade”. Uma “nova linhagem” porque vamos ser da linhagem do Pai, linhagem de Deus. E por isso representa uma linhagem nova do Pai, uma revovação, recreação, regeneração; daí a criação duma nova vida em nós consagrada a Deus. Uma mudança radical de pensamento para o melhor. Vejam em II Coríntios capítulo 5 versículos 17 a 19:

E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.

[A nossa maneira de pensar, a nossa mentalidade tem que mudar, tem que ser transformada. Isto é que é o verdadeiro sacrifício que temos que fazer.]

Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.

Todas as coisas são novas e todas as coisas provêm de Deus. Ele é quem nos chama, nos dá o seu Espírito – que é este agente com que faz que nossa mente seja transformada. Temos uma maneira diferente de pensar.

Vejam também em João capítulo 14 versículo 26:

Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome [em nome de Cristo], esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.

É Jesus Cristo que nos envia [o Espírito Santo] e vai pedir ao Pai e o Pai envia a nós em nome de Cristo. Ao menos que você acredita e se arrependa. Isto segundo o compromisso e calcule e faça a despesa [contar o preço] que isto significa. Por isso vemos aqui no versículo 26 de João 14 que o Espírito é nosso Consolador, nosso Ajudante, um Advogado. Aqui a palavra Consolador é “Paraclitus” – chamado para ajudar, aquele que defende perante o juiz, um advogado de defesa, um assistente legal, aquele que defende a casa de outro como um defensor.

No caso Cristo, sim, Jesus Cristo é nosso Advogado, nosso Sacerdote, nosso defensor; Cristo exaltado a posição de glorificação à direita do Pai suplicando a Deus Pai o perdão dos nossos pecados – ele é nosso Consolador. Mas no sentido mais amplo, um assistente, um ajudador, no sentido do Espírito Santo, é destinado a tomar o lugar de Cristo que Cristo tinha com os apóstolos depois da sua ascensão ao Pai. Então, o Espírito Santo está conosco desempenhando o lugar de Cristo; não pessoalmente como Jesus mas o Pai e Cristo estão conosco pelo Espírito, conduzindo-nos ao conhecimento mais amplo e mais profundo da verdade, da boa nova do Evangelho de Deus e para nos dar a força divina necessária para nos capacitar e nos ajudar a passar por perseguições, provações, dificuldades por causa do Reino de Deus.

A cultura grega da época, qualquer amigo que tomasse uma atitude legal para ajudar em necessidade poderia ser chamado paraclitus. O lexical de Arndt-Gingrich, define paraclitus como aquele que aparece em nome do outro como mediador ou intercessor de uma ajuda.

Então, o que é esse paraclitus? Em I João capítulo 2 versículo 1:

Filhinhos meus meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado [Paraclitus] junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;

O nosso Advogado olhando do ponto de Cristo, ele é o nosso Ajudador, Consolador, o nosso Sumo Sacerdote, está a interceder por nós. Por isso, Cristo, no senso dessa palavra, é o nosso Paraclitus. Cristo é o Advogado que defende a humanidade e nos representa perante o Pai e por isso a função de Cristo é a de um Sacerdote como Advogado de defesa.

Mas em João capítulo 14, então, Jesus é o Paraclitus? Vejemos então de volta em João 14 versículos 18-:

Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.

Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis.

O mundo não veria a Cristo mas os verdadeiros cristãos veriam a Cristo. Ora, nós, literalmente, estamos a ver coisas que outras pessoas físicas não estão a ver? É esse o significado, o contexto? Está claro que não! Vemos no sentido de entendimento e compreensão! Nós vemos a Cristo porque o entendemos e compreendemos. Veja no versículo 20:

Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós.

“Eu estarei em Vós”. Naquela época, quando Jesus era carne, Jesus Cristo estava com eles. Mas no futuro, que é agora, Cristo estaria neles; quer dizer, depois de morrer. Cristo esteve neles através do seu Espírito. A própria natureza de Deus sendo colocada nos discípulos depois da morte de Cristo e da sua glorificação e nós como cristãos Cristo vive em nós através do Espírito de Deus colocado em nós. Versículo 21:

Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.

Se amamos  a Deus vamos obedecer a Deus. Cristo se manifesta ao cristão que lhe ama guardando seus mandamentos. A palavra manifestar em grego pode significar ser conhecido ou revelar. E é exatamente o que Jesus Cristo está a fazer por nós – ele é revelado. Só nós conhecemos a Jesus Cristo. Não está a dizer que literalmente nós vemos mas nós o conhecemos. Versículo 23:

Respondeu Jesus: se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.

Se o cristão ama a Cristo, o Pai e Jesus Cristo vêm a ele e farão morada nele.

Por isso é que ele diz no versículo 16:

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco.

Por isso é que adoramos a Deus em espírito e em verdade.

Este outro Consolador algumas pessoas estão a inferir ser outra pessoa adicional. Mas a palavra grega “outro” (allos – palavra 243) enfatiza similaridade ou mesmice, como se fosse o mesmo; por isso, similaridade, não necessariamente uma distinção ou diferença. A palavra grega para diferença é heteros.

Por isso Jesus Cristo veio a terra nos homens como homem, Deus Emanuel entre nós em carne. Ele estava na terra para ajudar, confortar, guiar, ensinar, lembrar a eles o que fazer; por isso Jesus Cristo veio a terra para ajudar os discípulos e apóstolos.

Hoje, a sua vinda em pessoa foi substituida pelo Espírito Santo – o poder e a essência de Deus. Vejam em Gálatas capítulo 2 versículo 20:

Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.

Jesus Cristo vive em nós. O Espírito Santo não é outra pessoa, não é outro ser, não é uma trindade; mas é o Espírito de Cristo, e é o Espírito do Pai. Vejam em Romanos capítulo 8 versículos 9 a 11:

Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado [não estamos a viver da maneira antiga mas transformados, como lemos em Romanos 12], mas o espírito é vida, por causa da justiça.

Se habita em vós o Espírito [qual Espírito? O Espírito] daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos [quem ressuscitou a Jesus? Foi o Pai], esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita.

O Espírito de Deus e do de Cristo são usados intercambiavelmente. Só há um Espírito. Que é o Espírito do Pai! E que é o Espírito de Cristo!

Então, quais são as funções do Espírito Santo? O quê o Espírito Santo faz por nós? João capítulo 6 versículo 63:

O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.

O Espírito Santo é que nos vivifica – nos dá vida; é a essência de Deus em nós. Nos dá uma nova mentalidade, uma maneira de pensar segundo Deus e nós nos tornamos uma nova criação. Voltando a Romanos capítulo 8 versículos 1 a 6:

Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.

Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.

Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado,

A fim de que o preceito [a justiça – o que a lei diz para fazer] da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

A lei é espiritual. Não há nada de errado com a lei. Nós estavámos a desobedecer a lei mas, assim, através do sacrifício de Jesus Cristo, o preceito da lei se cumprisse em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque o Espírito que recebemos que está a regenerar a nossa mente, e que está a lavar a nossa mente, estamos, agora, a seguir um caminho diferente.

Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas o que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.

Porque o pendor (inclinação) da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.

Isto é que é viver na verdade e no espírito, irmãos. Veja os versículos 8 e 9:

Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.

Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele [não é de Deus, não é cristão].

Por isso vemos que o Espírito de Deus nos dá uma mente espiritual. O Espírito nos revela, nos ensina assuntos espirituais que noutras situações não entenderíamos. Vejamos em I Coríntios capítulo 2 versículos 9 a 11:

Mas, como está escrito: nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.

Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.

Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.

O Espírito de Deus revela assunto espirituais a nós. João capítulo 16 versículos 8 a 11:

Quando ele vier, convencerá [nos fará convictos]o mundo do pecado, da justiça e do juízo:

Do pecado, porque não crêem em mim;

Da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais;

Do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.

Queridos irmãos, o Espírito de Deus nos faz convictos com a palavra, com a palavra de Deus.

Quando a palavra de Deus é pregada o Espírito convence as nossas mentes, as mentes das pessoas e nos faz convictos da verdade, da justiça, do pecado e de que haverá um julgamento adequado. Veja no versículo 13:

Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.

Este Espírito de Deus, esta essência de Deus que vai entrar na nossa mente, vai revelar e fazer com que nós sejamos guiados a toda a verdade espiritual. E por isso, o Espírito de Deus não é um Espírito de temor mas é um espírito de força, de poder, de amor e de moderação. Vejam isto em II Timóteo capítulo 1 versículo 7:

Porque Deus não nos tem dado espírito de  covardia, mas de poder (força, fortaleza), de amor e de moderação [de uma mente sã].

Por isso, irmãos, não podemos produzir os frutos de ser como Deus é por nós próprios. Não podemos produzir o verdadeiro amor de Deus, da verdadeira alegria, da verdadeira paz, por nós próprios. Precisamos do amor de Deus por meio do poder invisível de Deus que produzimos frutos segundo Deus. Isto é, resultados de valor, de substância espiritual.

Algumas pessoas confumdem obras com o fruto do Espírito. Boas obras, que podem parecer espirituais; boas obras que podem parecer espirituais podem ser feitas sem o espírito. Pessoas sem o espírito podem fazer muitas boas coisas. Vejamos aqui o fruto do Espírito de Deus em Gálatas capítulo 5 versículos 22 e 23:

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,

Mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.

Queridos irmãos, existem boas pessoas no mundo. E, graças a Deus, [existem] muitas boas pessoas no mundo e estamos gratos que sejam bons. Existem bons hindus, existem bons budistas, existem bons ateus. Preferimos que as pessoas sejam boas e tenham boas obras do que sejam más, está claro.

Mas hoje em dia, as pessoas vivem debaixo da árvore do conhecimento do bem e do mal. Muitas pessoas podem fazer o que é bom sem o Espírito Santo. Vejam em I Coríntios capítulo 13 versículos 1 a 4:

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.

Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor [amor de Deus], nada serei.

E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.

Queridos irmãos, aí vê-se que pode-se fazer muitas coisas boas, pode-se guardar o sábado, pode-se dizimar, pode-se jejuar, pode-se fazer isto tudo sem o Espírito de Deus. Podemos dar bens aos pobres, podemos deixar que nosso corpo seja queimado e ainda estar sem o Espírito de Deus.

O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece,

Vejam em Lucas capítulo 18 versículo 9:

Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros:

Aqui estamos a ver os fariseus [por exemplo]. Muito religiosos, que confiavam a si mesmos, considerando-se justos, mas que olhavam para os outros com desprezo. Precisamos ter cuidado, irmãos; somos cristãos e estamos a olhar para os outros que não estão, digamos assim, ao mesmo nível de prática que você e eu, estamos a desprezá-los;

Continuando com a parábola.

Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um fariseu, e outro, publicano.

O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens [eu sei as leis de Deus, eu conheço a verdade, eu pratico os sábados, eu pago os dízimos, eu tenho cuidado que não estou a fazer isto ou aquilo… sou justo. Porque não sou como esses demais homens], roubadores, injustos e adúlteros [que dizem ser cristãos mais ainda fazem coisas pagães, ainda não aprenderam por isso eu sou o melhor. Estou a desprezar os outros], nem ainda como este publicano;

Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.

Queridos irmãos, não estou a dizer que não devemos jejuar, não estou a dizer que não devemos pagar os dízimos, nem tampouco, estou a dizer que não devemos guardar o sábado; o que estou a dizer é o seguinte: precisamos ter cuidado para não confiarmos em nós mesmos e não nos considerarmos justos. É o que Cristo está a dizer aqui.

Terminando com a parábola.

O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! [perdoa-me, perdoa-me!]

Digo-vos que este publicano desceu justificado para a sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.

Os fariseus eram exemplos notáveis para pensarmos se você o que está a fazer não é coisa de Deus; se você o que está a fazer não vem de Deus; se você está a servir mas não está a servir verdadeiramente a Deus; embora seja boa pessoa, é tudo em vão. Porque nós precisamos ter fome e sede de justiça. Precisamos renovar o homem interior diariamente. Precisamos de orar, estudar, meditar, obedecer e invocar o nome de Deus para que as nossas obras sejam queimadas. Porque precisamos ter obras de Deus.

Em apocalipse capítulo 3, vemos a história dos laodicenses. É bem possível que os laodicenses estavam cheios de boas obras mas com poucos frutos de Deus. Veja aqui em Apocalipse capítulo 3 versículos 14 a 17:

Ao anjo da Igreja em Laodicéia escreve: estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente [ó tem obras, tem obras!]. Quem dera fosses frio ou quente!

Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;

Pois dizes: estou rico [eu sou mais justo, eu sei as coisas todas de Deus, eu sou isso, eu sou aquilo e o outro não sabe…] e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.

Isto é uma condição que existe no tempo do fim, irmãos. O “comentário bíblico do crente”, diz que o nome laodicéia significa um povo governando ou julgamento pelo povo. Interessante!

O “comentário da Bíblia da versão do Rei Tiago (King James)”, diz o seguinte: a Igreja de Laodicéia (direitos do povo) é a igreja da mornidão insípida. Descreve a condição moral da Igreja na era da Igreja. O povo exige seus direitos com democracia e quase a anarquia é o resultado.

Será o mundo em que vivemos? Parece…

A cultura hoje em dia no ocidente é aquela que as pessoas exigem seus direitos: direitos das mulheres, direitos das crianças, direitos ao aborto, direitos do meio ambiente… as pessoas querem governar, querem estar no comando, querem pôr regras sobre outros; por outro lado, querem o congregacionismo e a “submissão, obediência, cooperação”, esses saíram da moda. Ah, sim, sabem falar disso mas não praticam.

Vemos muitos membros hoje, muitas pessoas, divididos em pequenos grupos e ninguém pode dizer-lhes o que devem fazer porque sabem melhor. E por isso vemos, uma situação aqui, e estou a descrever do “comentário de Jamieson, Fausset e Brown” que diz: a igreja era caraterizada por orgulho, ignorância, autossuficiência, complacência.

Laodicéia foi destruída por um terramoto cerca do ano 62 d.C. e reconstruída por seus cidadãos ricos 100 anos depois com ajuda do Estado. Essa riqueza decorrente da excelência de suas lãs levou a um estado de autossatisfação e indiferença nas coisas espirituais como descreve Apocalipse 3 versículo 17.

Na sociedade onde vivemos, as pessoas hoje, tornam complacentes e se sentem como que não precisam de mudar. Muitos hoje em dia, mantêm ensinos contrários à sã doutrina, fazem coleção de professores, ensinadores, ministros, pastores, e os melhores pastores, dizem eles, são os que ensinam o que eles querem ouvir (2 Timóteo 4:2-4). Veja em Ezequiel capítulo 33 versículo 30 a 33:

Quanto a ti, ó filho do homem, os filhos do teu povo falam de ti junto aos muros e nas portas das casas; fala um com o outro, cada um a seu irmão, dizendo: Vinde, peço-vos, e ouvi qual é a palavra que procede do Senhor.

Eles vêm a ti, como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obras; pois, com a boca, professam muito amor, mas o coração só ambiciona lucro.

Eis que tu és para eles como quem canta canções de amor, que tem voz suave e tange bem; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obras.

Mas, quando vier isto e aí vem, então, saberão que houve no meio deles um profeta.

Os laodicenses, que lemos em Apocalipse 3:15-17, não estavam satisfeitos com as suas condições e não se apercebiam que estavam nus; eram autossuficientes. Isto é um perigo fatal – um estado de estar morno.

Precisamos ter a certeza que estamos a produzir os frutos do Espírito Santo e não apenas obras; precisamos nos examinar…

Estamos com sede e fome da justiça; orando, jejuando, meditando, obedecendo, buscando a Deus de todo o coração? Se não estamos, então as nossas obras, são apenas isso… nossas obras.

Você está com medo, ansioso ou apático? Está vazio, sentindo que as coisas não estão certas? Você está morno e indiferente? Deus nos deu do Seu Espírito para nós mudarmos. Devemos ser transformados da natureza humana para a natureza divina. Devemos desenvolver o próprio caráter de Deus em nós, mas não podermos fazer isso por conta própria. O Espírito de Deus é a própria natureza de Deus colocada em nós para nos ajudar. O Espírito de Deus nos ensina como devemos nos aproximar de Deus, nos ensina a natureza de Deus e nos ensina as ações, a doutrina de Deus; nos ensina a adorar a Deus em Espírito e em verdade.

Deus quer compartilhar a eternidade conosco, Deus quer dar-nos o seu Espírito, mas nós não podemos descansar nos próprios sucessos, nas nossas glórias e realizações do passado. Deus em nós é a esperança da glória.

Enventualmente seremos ressuscitados com o corpo semelhante ao de Cristo como lemos em Filipenses 3:20-21.

Não desista, irmão, deste futuro maravilhoso. Quando você vê um brilhozinho temporário das coisas desta era, nada neste mundão pode comparar-se com a glória e alegria que espera VOCÊ.