Comentário Bíblico: Levítico 6:8-7:37

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Comentário Bíblico

Levítico 6:8-7:37

Essa seção é basicamente uma revisão de diversas ofertas, embora com muitas informações adicionais interessantes. Um fato fascinante que encontramos nessa passagem é que o fogo sobre o altar deveria ser mantido aceso (Levítico 6:9, 12-13). A Bíblia de Estudo Thomas Nelson comenta: “O fogo no altar nunca deveria se apagar. Isso era feito à noite com uma oferta queimada num fogo que não se apagava, que poderia ter sido alimentado e mantido aceso com lenha durante a noite. E, depois de ser renovado pela manhã [com lenha] (ver v. 12), esse fogo era mantido aceso durante todo o dia para as sucessivas ofertas... Neste parágrafo, cinco vezes os sacerdotes são instruídos a manter o fogo acesso. Há pelo menos três razões para isso: 1) O fogo original do altar veio de Deus (9:24); 2) O fogo inapagável simbolizava a perpétua adoração a Deus e 3) O fogo inapagável simbolizava a necessidade contínua de expiação e reconciliação com Deus, que era o propósito das ofertas” (notas sobre 6:9 e versículos 12-13)”.

E quando o altar tinha que ser transportado, aquelas cinzas eram retiradas e um pano era colocado em cima delas (Números 4:13-14). O Jamieson, Fausset and Brown Commentary  afirma em sua nota sobre o versículo 13: “Não há nenhuma menção sobre um fogo sagrado; mas como, por ordem divina, ele deveria ser mantido constantemente aceso, devendo ser transferido coberto para alguma panela ou braseiro e levado por carregadores indicados”. Isso é plausível, embora não possamos ter certeza, uma vez que os sacrifícios eram oferecidos todas as manhãs e todas as noites, o que pode muito bem implicar que eram feitos até mesmo quando o altar estava em deslocamento. Posteriormente, quando a adoração no tabernáculo foi transferida para o templo salomônico, Deus também acendeu esse fogo. Entretanto, não temos conhecimento se esse mesmo fogo tenha permanecido aceso durante os períodos de apostasia, quando a adoração no templo foi abandonada, embora provavelmente isso tenha ocorrido. Contudo, não há indicação de que Deus tenha acendido esse fogo do altar construído após o cativeiro babilônico de Judá.