O Inimigo da Humanidade

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“Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar” (1 Pedro 5:8, Nova Versão Internacional).

Uma causa principal se esconde por trás das circunstâncias trágicas e sofrimento que afligem tantas pessoas. A Bíblia revela que um ser poderoso, inteligente e muito influente ativamente orquestra a maldade que domina o nosso planeta. A maioria de nós já ouviu falar dele. A Bíblia na maioria das vezes o chama diabo e Satanás.

Talvez você possa ter tido vontade de saber se ele realmente existe. Afinal, para muitos o diabo parece um personagem de conto de fadas—uma grotesca criatura avermelhada e com chifres, com rabo pontudo e asas de morcego que carrega um tridente e habita em uma região infernal que sempre está ardendo em chamas. Pelo fato de ele ser visto, geralmente, de forma tão fantasiosa, não é surpreendente que poucos levem a sério ideia da existência de um diabo.

Será que esse ser existe? E de onde poderia ter vindo tal criatura? Qual é o seu propósito, objetivo e intenção? O que ele faz? Ele é, como muitos acreditam, simplesmente uma personificação mítica do mal?

A maioria das pessoas não tem certeza em que acreditar. Ou elas não têm se importado muito com o conceito sobre o diabo ou não sabem onde procurar para encontrar as respostas.

Através dos séculos a crença na existência do diabo—sendo responsável pelo mal—tem aumentado e diminuído. Durante a Idade Média, a crença no mal e sua influência sobre a humanidade era inquestionável. Mas como os avanços científicos durante o Renascimento dissiparam os mitos e superstições relacionados com demônios e espíritos malignos, a noção do diabo como um ser literal caiu em descrédito.

Os subsequentes avanços científicos e progresso na educação incentivaram o ceticismo quanto à existência de um mundo espiritual, bom ou mau. Hoje, muitos acham ridícula a ideia de uma entidade maligna literal que é responsável pela miséria e sofrimento que vemos ao nosso redor. Mas, qual é a verdade? O diabo existe?

Encontrando uma fonte confiável de conhecimento

Onde podemos encontrar informações confiáveis ​​e precisas sobre o mundo espiritual? Apenas uma fonte pode nos dar as respostas, revelando-nos as informações que não poderíamos encontrar em nenhum outro lugar. Essa fonte única e confiável é a Bíblia. Além dela, tudo que diz respeito à existência de Satanás é apenas mitologia e especulação. (Para obter uma prova contundente da confiabilidade da Bíblia, certifique-se de baixar sua cópia gratuita de A Bíblia Merece Confiança? ou solicite de qualquer um dos nossos escritórios listados no final deste livro).

A Bíblia contém evidências inequívocas que é verdadeiramente a Palavra de Deus. Deus, através das páginas da Bíblia, revela o verdadeiro conhecimento espiritual—informação indisponível em qualquer outra fonte. E ela nos diz, de forma concisa, que o diabo existe. E explica que esse ser e o mundo espiritual são tão reais quanto o nosso.

Ela nos mostra que Satanás é um ser espiritual incrivelmente poderoso com grande influência sobre a humanidade. Juntamente com suas hostes—chamados demônios ou espíritos malignos—ele é mencionado com frequência nas Escrituras. Ele aparece do começo ao fim da Bíblia, de Gênesis a Apocalipse.

A Bíblia revela muita coisa sobre esse ser. Ela mostra-nos a sua origem, como ele veio a ser o que é. Ela revela suas intenções e os métodos que ele usa para alcançá-las. E também descreve seu caráter, natureza e as motivações que o impelem. Ela nos ajuda a ver o impacto surpreendente que sua influência pode ter sobre nós, particularmente, bem como o seu domínio sobre toda a humanidade. Ademais, ela revela o futuro dele. A Bíblia nos dá o conhecimento que nunca poderíamos descobrir ou entender por nossa própria conta.

Encontros da vida real

Jesus Cristo falou do diabo como um ser poderoso, consciente e real. Se realmente aceitarmos Jesus como o verdadeiro Filho de Deus—e a Bíblia como o relato verdadeiro de Seu ministério e ensinamentos, então também devemos aceitar que o diabo existe.

Os escritores dos quatro Evangelhos registram casos em que Cristo enfrentou Satanás e suas hostes, os demônios. Os Evangelhos, os primeiros quatro livros do Novo Testamento, mostram que Satanás é o inimigo de Cristo, que está determinado a impedir e prejudicar Seu trabalho. Pouco antes de Jesus começar Seu ministério, Satanás procurou, através de tentações, desviá-Lo de Seu propósito divino (Mateus 4:1-11; Lucas 4:1-13).

E, ao fracassar em todas suas tentativas, Satanás foi por fim autorizado a influenciar outros seres humanos para executar Jesus (Lucas 22:2-4; João 13:2, 27)—fazendo Dele, como nosso Messias e Salvador, o sacrifício expiatório pelos pecados da humanidade.

O apóstolo Pedro, que experimentou suas próprias lutas com Satanás (Mateus 16:21-23; Lucas 22:31-32), nos adverte para ficar de prontidão contra este poderoso espírito maligno: “Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar” (1 Pedro 5:8, NVI, grifo nosso). A séria advertência de Pedro nos ajuda a perceber que o diabo não é apenas inimigo de Jesus Cristo, mas também um inimigo empedernido de todos os seguidores de Cristo, procurando tragá-los e consumi-los.

O pai da mentira

Mas nós podemos encontrar mais relatos sobre a história de Satanás. A mensagem central da Bíblia, do começo ao fim, é que o diabo é o inimigo de toda a humanidade. Ao descobrirmos o que a Bíblia diz sobre ele, vamos encontrá-lo continuamente disposto a prejudicar a humanidade, travando uma guerra contra os seres humanos de todas as formas imagináveis.

O próprio nome Satanás, designação mais usada pela Bíblia para esse ser maligno, ajuda a revelar a sua intenção malévola. Deus chama as coisas pelo que elas são. Satanás é um substantivo hebraico que significa “adversário”—inimigo, oponente, antagonista, opositor. As formas verbais do substantivo significam “acusar”, “caluniar” e “ser um adversário” (Dicionário Bíblico Anchor, Vol. 5, 1992, “Satanás”, pág. 985).

O outro termo que a Bíblia, na maioria das vezes, usa para descrever este ser é diabo, que é igualmente revelador. Diabo é traduzido da palavra grega diabolos, a raiz de onde obtemos a palavra diabólico, que é usada para descrever algo mau ou sinistro. Diabolos significa “um acusador, um caluniador” (Dicionário Expositivo Completo de Vine das Palavras do Antigo e do Novo Testamento, de 1985, “Diabo, Diabólico”).

Vimos que os significados da palavra hebraica Satanás e a palavra grega diabolos se sobrepõem. Na verdade, a Septuaginta, a mais antiga tradução grega conhecida do Antigo Testamento, traduz Satanás com a palavra grega diabolos. Ambas significam “caluniador” ou “acusador” e pode ter o sentido de um acusador ou adversário no tribunal (comparar Zacarias 3:1). Ambos os termos hebraicos e gregos são usados ​​no Novo Testamento para se referir a esse inimigo da humanidade.

A Bíblia revela muito mais sobre a natureza e o caráter desse ser maligno. Como veremos mais adiante, Cristo diz que Satanás é “mentiroso e pai da mentira” e que “não há verdade nele” (João 8:44).

E é através de sua natureza mentirosa e enganosa que Satanás tem tido sucesso em influenciar a humanidade. A Bíblia revela a gravidade e o impacto de suas mentiras, pois, o apóstolo João, em Apocalipse 12:9, afirma que ele “engana todo o mundo”.

Você conseguiu captar esse impressionante testemunho da obra de Satanás? Ele “engana todo o mundo”! O que isso significa? O que Deus está nos dizendo aqui quando revela que esse espírito maligno engana todo o mundo? Vamos refletir nas implicações surpreendentes desta afirmação.

João não disse que Satanás enganou o mundo apenas em algum momento de um passado distante. O verbo que João usa—enganar—está no tempo presente do indicativo, o que significa que o engano de Satanás começou no passado e ainda continua, ou seja, todavia não está terminado. O livro de Apocalipse mostra que o grande engano de Satanás continuará até que Deus milagrosamente intervenha para pôr fim à sua influência sobre a humanidade.

O início da influência de Satanás

Satanás tem seduzido a humanidade durante milhares de anos. Mas quando—e como—começou sua influência? Como ele se estabeleceu firmemente no pensamento humano? O que dizer sobre ele e quais seus métodos que o permite enganar, não apenas um punhado de pessoas, mas praticamente toda a raça humana?

A história começa com a origem da humanidade. Como afirma o livro de Gênesis, Deus criou nossos primeiros pais humanos, Adão e Eva, e em um lindo jardim paradisíaco em um lugar chamado Éden, seu lar (Gênesis 1:26-27; 2:7-8). E lá, Ele começou, pessoalmente, a instrui-los (Gênesis 2:16-17), estabelecendo as bases para que eles desenvolvessem uma estreita relação pessoal Consigo.

Mas, de repente, algo aconteceu que desencaminhou essa relação. “Ora, a serpente [o diabo, Apocalipse 12:9; 20:2] era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: ‘Foi isto mesmo que Deus disse: Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim?’” (Gênesis 3:1, NVI).

Deus disse a Adão e Eva que podiam comer de todas as árvores do Éden, exceto uma—a árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:16-17). Ele alertou que eles morreriam se comessem desse fruto.

Satanás, aparecendo na forma de uma serpente, veio, em particular, a Eva e sutilmente contradisse o que Deus havia dito a ela e ao seu marido: “Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gênesis 3:4-5).

Eva acreditou na serpente. Ela comeu o fruto e o compartilhou com Adão. Juntos, Adão e Eva puseram em marcha um padrão trágico que a humanidade seguiria desde então—a escolha de decidir o seu próprio caminho, o qual tem sido conduzido pela influência enganadora de Satanás (1 João 3:10), ao invés da verdade de Deus. A vida do homem nunca mais seria a mesma. O pecado—rebelião contra as instruções de Deus—tinha entrado no mundo (Romanos 5:12). A humanidade passaria a colher seus frutos trágicos.

Quando  Adão e Eva se renderam à influência de Satanás deram início ao “presente século mau” (Gálatas 1:4). Satanás conseguiu injetar seus enganos astuciosos no relacionamento entre Deus e Seus filhos humanos. Ao convencer a Eva de que Deus estava mentindo sobre as consequências de comer o fruto proibido, Satanás se mostrou, no início da história humana, como o adversário de Deus e da humanidade, o grande falso acusador e caluniador—significados de seus nomes bíblicos.

Homicida desde o princípio

Jesus se referiu a este incidente no Jardim do Éden quando confrontou àqueles que se opunham a sua mensagem e obra―homens assassinos que queriam matá-Lo quando Ele se identificou como o Filho de Deus. Jesus reconheceu a fonte de sua motivação: “Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44).

Sem dúvida, Satanás foi “homicida desde o princípio”. No entanto, ele não precisava ferir fisicamente a Adão e Eva para causar suas mortes. Ele sabia que ao influenciá-los a pecar―desobedecer a Deus―eles mesmos trariam essa consequência para si (Romanos 6:23). Suas mentiras―seu engano―levariam a Adão e Eva diretamente à submissão e às garras da morte. Desde então, influenciando também todos os seres humanos a escolher o caminho do pecado e da desobediência a Deus, Satanás tem tido um papel importante na morte de todos os seres humanos desde Adão e Eva (Romanos 5:12).

Cristo também disse que Satanás é “mentiroso e pai da mentira”.  Suas mentiras minaram e, em seguida, destruíram a relação entre Deus e Seus filhos. Desde que Adão e Eva seguiram seus passos e aceitaram o caminho de Satanás, de pecado e rebelião, nós fomos afastados da orientação de Deus e precisamos desesperadamente de ajuda e redenção que somente pode vir através de Cristo (Isaías 59:1-2; Romanos 3:23 - 24; Atos 4:12).

O mundo sofre por causa do pecado

A humanidade, como um todo, continuou a seguir o padrão estabelecido por Adão e Eva há muito tempo. Satanás, enganando-nos para que rejeitemos a instrução de Deus e influenciando-nos a segui-lo, ele fez com que nós, como o Adão e Eva, continuariamos a resistir ao governo de Deus (Romanos 5:10; 8:7; Efésios 2:1-3). Sofremos as consequências dolorosas de nossas escolhas e ações, assim como eles sofreram. (É claro, Jesus veio para morrer pelos nossos pecados e mostrar, àqueles que Deus chamaria para a salvação nessa época antes do retorno de Jesus, o caminho do arrependimento e a saída de nossas misérias. Para entender melhor, baixe ou solicite gratuitamente o nosso livro Transformando A Sua Vida: O Processo de Conversão).

Por que o mundo está cheio de miséria? A resposta, como revelado na Palavra de Deus, é simples: Nós colhemos o que plantamos. “Não se deixem enganar”, escreve o apóstolo Paulo, “de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna” (Gálatas 6:7-8, NVI). Nossas ações trazem consequências. Muito do sofrimento do mundo é efeito das ações e decisões das pessoas. Ainda não aprendemos que muitas de nossas escolhas levam a resultados trágicos, independentemente das nossas intenções.

O profeta Oséias entendeu o princípio de causa e efeito, observando a triste condição espiritual do reino de Israel nos anos 700 a.C. Oséias 2 e 4 mostram que a violência, a idolatria e a imoralidade sexual estavam desenfreadas em seu tempo. Dentro de poucos anos o poderoso Império Assírio assolaria, a partir do norte, e subjugaria o arruinado reino israelita, matando e escravizando seus habitantes.

Deus revelou a Oséias o que estava por vir e o motivo: “Eles semearam ventos e colherão tempestades” (Oséias 8:7, BLH). “Vocês plantaram a maldade, colheram a injustiça e comeram os frutos da mentira” (Oséias 10:13, BLH). Em outras palavras, Deus disse, era inevitável que os pecados do povo iriam atingi-los mais cedo ou mais tarde: “A tua malícia te castigará, e as tuas infidelidades te repreenderão” (Jeremias 2:19, ARA).

Quando procuramos a principal razão do sofrimento das pessoas, podemos aprender muito, traçando as circunstâncias de volta à sua causa. Na maioria das vezes veremos que o pecado é a causa oculta―seus próprios pecados ou os de outros―e o sofrimento e a miséria são suas tristes consequências.

Ao influenciar a humanidade a pecar, fazendo o pecado parecer atraente e interessante, Satanás mantém nosso mundo no engano sufocante da mentira, sofrimento e morte.