Graça e Obras de Obediência

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Há quem fique confuso quando medita na esperança de Jesus em nós darmos fruto. Tais pessoas supõem que qualquer exigência para obedecermos a Deus, quer dizer que estamos a ganhar a nossa salvação. Certamente, é impossível ganharmos a nossa salvação. A salvação é um dom gratuito, imerecido, vindo de Deus. Nós não poderíamos ganhar a salvação numa centena de vidas que tivéssemos, fazendo boas obras.

Nós não somos salvos pelas nossas obras. Unicamente o sacrifício do sangue derramado de Cristo pode limpar-nos dos nossos pecados. Os nossos pensamentos não podem salvar-nos, nem qualquer outra acção que possamos tomar. Porque Cristo está vivo e activamente envolvido em converter-nos, é que nós seremos salvos pela Sua vida. O apóstolo Paulo torna  isto claro:

“Mas Deus prova o seu amor para connosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Romanos 5:8-10). Cristo vivendo em nós dá-nos poder para fazermos boas obras (ver Gálatas 2:22). O perdão de Deus dos nossos pecados passados e a Sua ajuda em obedecermos à Sua lei são dois aspectos da Sua graça para connosco.

Graça e obras obedientes são termos complementares em vez de contraditórios. A palavra graça vem de uma palavra Grega que significa “dom” ou “favor.” A salvação, ou vida eterna, é um dom que recebemos pela graça (Romanos 6:23; Efésios 2:8-9). Nenhum trabalho ou esforço nossos, para obedecermos a Deus poderiam ganhar-nos a vida eterna. Isto não quer dizer que em última análise a vida eterna é livre de custos. Cristo pagou com a Sua vida de modo a que nós pudéssemos receber o dom da salvação (Actos 20:28).

Contudo, não obstante a salvação nos seja dada como uma prenda, há condições que lhe dizem respeito. A primeira é a de nos arrependermos. O arrependimento não nos ganha nada: Nós não merecemos favores por nos arrependermos. Mas o arrependimento é exigido! Porquê? Porque o arrependimento é uma condição do perdão (Actos 2:38). Claramente, Deus não perdoará a quem persista deliberadamente em pecado como estilo de vida. Paulo escreveu: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Romanos 6:1-2).

A rota da nossa vida tem de mudar como requisito para recebermos o dom da salvação de Deus. É isto o que Cristo e os apóstolos ensinaram. Paulo disse: “anunciei … que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento” (Actos 26:20). As obras demonstram o nosso arrependimento a Deus, mas nunca nos ganharão o direito para exigirmos o que quer que seja de Deus ou nos permita vangloriar-nos de que merecemos a vida eterna.

Em verdade, é Deus quem nos conduz a obedecer-Lhe (Romanos 2:4; Actos 11:18; 2 Timóteo 2:25) e, então, dá-nos poder para sermos bem sucedidos (Efésios 3:20; 6:10; Colossenses 1:11). Estas duas acções de Deus são aspectos da Sua graça para connosco. A nossa função é de cooperarmos com Ele (versículo 29).

Deus espera boas obras na nossa vida para demonstrar o nosso arrependimento, o Seu amor e a fé activos em nós. O apóstolo Tiago declara explicitamente que “a fé sem obras é morta” (Tiago 2:20, 26), e Paulo esclarece que Deus salva-nos pela graça através da fé pelo absoluto propósito de produzir boas obras, embora essas boas obras não possam alcançar a nossa salvação.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:8-10).

Porque é tão difícil entender e aceitar este conceito? É simplesmente seguir as pegadas de  Cristo, imitando o Seu exemplo  (1 João 2:6)

Jesus disse aos seus discípulos: “Resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5:16). Conquanto as obras não nos ganhem a vida eterna, elas glorificam, ou honram, Deus, e Ele requer que nós O honremos pelo modo como vivemos. Quem se recusa a incluir obras na sua vida, quer se aperceba disso ou não, desonra a Deus. “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra” (Tito 1:16).

Podem as obras fazer-nos merecedores de algo? Apocalipse 20:12 diz que os mortos vão ser julgados “segundo as suas obras.” Em João 14:2-3, nós vemos Jesus a explicar que irá “preparar um lugar” para os Seus seguidores. No futuro Reino de Deus, Ele concederá várias posições de autoridade aos que sejam vencedores (Apocalipse 2:26; 3:21). Os santos ressuscitados governarão com Cristo no Seu Reino (Apocalipse 20:4, 6). Pela submissão a Deus, permitindo o Seu espírito guiar-nos e vivermos uma vida de boas obras, nós formamos carácter recto e santo que nos capacitará para governar com Jesus Cristo.

Conquanto as nossas obras não nos ganhe a salvação, elas determinarão a nossa recompensa no Seu Reino. Jesus explicou isto na Sua parábola dos talentos (Mateus 25:20-29). O Nosso Senhor também tornou isto claro em Apocalipse 22:12, quando disse: “Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra” (Apocalipse 22:12).

No versículo 14 João diz mais: “Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas” (ACF).

Pela graça de Deus, o dom da vida eterna é dado aos que demonstrarem a sua fé em Deus pela sua obediência.