Comentário Bíblico
Deuteronômio 12
Proibição de Costumes Pagãos na Adoração a Deus
Moisés informa aos israelitas que quando entrarem na Terra Prometida, haveria um lugar específico para trazerem seus sacrifícios para que não sejam tentados a adotar os costumes de adoração dos pagãos, que sacrificavam aos seus deuses em qualquer lugar que quisessem (versículos 2-8, 13-14, 18). A preocupação de Deus era que Israel não incluísse nenhum elemento pagão no culto a Ele. Ele os adverte expressamente: "Guarda-te que te não enlaces após elas (as nações pagãs]... e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não farás ao SENHOR, Teu Deus, porque tudo o que é abominável ao SENHOR e que Ele aborrece fizeram eles a seus deuses... Tudo o que Eu te ordeno observarás; nada lhe acrescentarás nem diminuirás" (versículos 30-32).
Hoje em dia, o mundo cristão nominal celebra feriados religiosos cuja origem e costumes estão impregnados de paganismo, ao mesmo tempo em que se recusa a guardar o sábado semanal de Deus ou Seus dias santos anuais. Por exemplo, o domingo, o primeiro dia da semana, era o dia em que os pagãos adoravam o deus sol desde os tempos antigos. E a deusa Eostre ou Ostara está associada ao Domingo de Páscoa por estar ligada à primavera, à fertilidade e ao renascimento, temas que também são celebrados nesse feriado religioso — isso ajuda a explicar por que esse dia é celebrado com símbolos de fertilidade como coelhos e ovos de chocolate. E, a princípio, a data do Natal era um dia consagrado a Mitra, Átis e outros deuses pagãos. Também é notável que muitos desses "salvadores" pagãos supostamente nasceram em 25 de dezembro, foram mortos em uma sexta-feira e "ressuscitaram" num domingo na ocasião do Domingo de Páscoa — ao passo que as Escrituras mostram que o verdadeiro Cristo não nasceu em dezembro nem foi morto numa sexta-feira e muito menos ressuscitou num domingo.
Os pinheiros eram usados como ídolos de Astarote — tais árvores eram chamadas de aserá na Bíblia hebraica. Deus proibiu que fossem colocadas perto de Seu altar, como se fosse para honrá-Lo, pois Ele não queria que Seu sistema de adoração fosse corrompido com isso (Deuteronômio 16:21). Portanto, usar árvores decoradas como parte de uma observância religiosa é algo claramente condenado em Jeremias 10:1-4 — isso demonstra o que Deus pensa da árvore de Natal, que, em parte é derivada desse antigo costume. Os bolos pascais (bolos para a "rainha do céu") e cultos ao nascer do sol (em homenagem a Tamuz) são claramente condenados na Bíblia (comparar Jeremias 7:18; 44:17-27; Ezequiel 8:13-17). Segundo a Ryrie Study Bible (Bíblia de Estudo Ryrie), o termo "rainha do céu" é uma referência à "deusa assírio-babilônica Ishtar". E quanto a "Tamuz", a mesma fonte o identifica como "uma divindade babilônica, marido de Ishtar, que, após sua morte, supostamente se tornou deus do submundo. Também era conhecido como o deus sumério da pastorícia e da vegetação, que morria no calor do verão e ressuscitava na primavera".
E não é segredo que a igreja romana primitiva incorporou elementos pagãos em seu sistema de culto para acomodar os novos convertidos e tornar a nova fé atraente para o mundo pagão, atribuindo um significado "cristão" a esses elementos. Assim, muitos costumes do cristianismo tradicional, seguindo o mau exemplo da antiga Israel, violam flagrantemente a ordem de Deus que proibia qualquer costume pagão em Sua adoração. E eles não apenas acrescentaram elementos pagãos à adoração a Deus como também excluíram elementos sagrados que deveriam ser observados hoje. (Para saber mais, peça ou baixe nosso guia de estudo bíblico gratuito “Feriados Religiosos ou Dias Santos: Será Que Importa Quais Dias Observamos?”).
E no versículo 31, Moisés alertou Israel para evitar um dos mais hediondos ritos de adoração praticados pelos cananeus: o sacrifício de crianças. Em diversos locais, arqueólogos descobriram ossadas de crianças enterradas em grandes jarros. Infelizmente, Israel também se entregou a essa prática abominável (2 Reis 21:1-9; 2 Crônicas 28:1-4).