Comentário Bíblico: Êxodo 25

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Comentário Bíblico

Êxodo 25

Agora lemos sobre os planos para a construção do tabernáculo, onde Deus disse que habitaria na terra com os israelitas. Vejamos alguns pontos sobre isso.

Os israelitas entregavam determinadas ofertas a Deus, mas somente eram aceitas as que eram oferecidas voluntariamente. Pois, Deus não quer que ofertemos forçosamente ou com uma atitude relutante, mas com alegria e gratidão (2 Coríntios 9:7).

A Arca do Testemunho, também chamada de Arca da Aliança, conteria as duas tábuas dos Dez Mandamentos — aparentemente eram os únicos itens que estavam na Arca (ver 1 Reis 8:9). Embora Hebreus 9:4 pareça afirmar que o vaso de ouro, contendo o maná, e o bordão de Arão, que havia florescido, também estavam na Arca, se tem especulado que talvez esses itens estivessem em algum tipo de bolsa fixada ao lado da arca. Alguns têm sugerido que, a princípio, o vaso e a vara estavam na arca, mas depois foram removidos. Entretanto, parece improvável que alguém tenha levantado a tampa da arca e ousado mexer com seu conteúdo — exceto talvez pelo período em que ela foi levada pelos filisteus quando alguns homens de Bete-Semes espiaram dentro dela, 1 Samuel 6:19. Contudo, Deus fez, milagrosamente, com que a arca fosse devolvida aos israelitas ao ferir os homens de Bete-Semes apenas por terem olhado dentro dela. Mas nada foi mencionado sobre eles terem pego quaisquer itens de dentro dela — e por que Deus não teria garantido o retorno deles também. Ainda assim, é possível que o maná e a vara estivessem na arca no início e depois tenham desaparecido.

O Livro da Aliança foi colocado ao lado da arca (Deuteronômio 31:26). Todos esses itens mencionados são "testemunhos" — como testemunhas que prestam depoimento em um tribunal — da miraculosa intervenção de Deus a favor dos filhos de Israel. E no topo da arca havia uma tampa chamada de propiciatório, outro “testemunho” da eterna misericórdia de Deus, que representava Seu próprio trono.

Deus também deu algumas informações sobre a aparência dos querubins, parte do reino angelical criado a serviço dEle. E também foram bordados querubins nas cortinas do tabernáculo (Êxodo 26:1). As representações artísticas dessas criaturas maravilhosas, descritas com mais detalhes no livro de Ezequiel, eram as únicas "imagens" de seres celestiais permitidas no sistema de adoração a Deus. E, obviamente, eles não deveriam ser adorados. Evidentemente, não havia nenhuma imagem de Deus em todos esses adereços do tabernáculo — algo bastante comum nos templos pagãos.

Os doze pães da proposição, representando todas as tribos de Israel, foram descritos com mais detalhes em Levítico 24:5-9. Esse nome deriva do posicionamento simbólico deles diante da face de Deus. Outras versões os traduzem como “Pães da Presença”. Isto porque eles estavam na presença de Deus, assim como estava a nação de Israel, visto que Deus estava presente entre eles.

O último versículo desse capítulo nos informa que Moisés não apenas aprendeu como fazer esses utensílios, mas realmente "viu" neles um padrão celestial. E, de fato, o livro de Hebreus nos afirma que o tabernáculo e os itens que estavam dentro dele eram “exemplares e sombras das coisas celestiais” (Hebreus 8:5, 9:11, 23-24).