Eventos e Tendências Atuais
Novembro - Dezembro 2017
A Volta da Amarga Rivalidade Entre os Estados Unidos e a Rússia
Na sequência da corrida presidencial dos Estados Unidos no ano passado houve acusações de que o presidente Trump estava aliado ao governo russo durante a campanha. Mas se Trump e Putin fossem coniventes, como se afirmou, a relação entre eles não deveria ter se deteriorado desde então.
Como observa o Financial Times: "Até agora, sob o governo Trump, as relações entre os Estados Unidos e a Rússia são tão amargas como em qualquer época desde o auge da guerra fria. Ao perceber que a administração Trump não iria suspender as sanções, o Kremlin recorreu a uma expulsão em massa de diplomatas norte-americanos em resposta a uma anterior expulsão de russos pela administração Obama" ("Donald Trump e Vladimir Putin Poderiam Destruir-se Mutuamente”, Gideon Rachman, 11 de setembro de 2017).
Ao invés de uma amizade florescente, estamos vendo uma rivalidade renovada entre essas potências mundiais. Os Estados Unidos têm sido o poder mundial dominante há muitas décadas. Outras nações estão ansiosas por esse posto, a Rússia é uma das principais entre elas.
À medida que começamos a ver mudanças geopolíticas, podemos lembrar que, além de tudo isso, o retorno de Jesus Cristo dará início a um novo governo, que será um reino de paz. Seu governo destruirá todos esses governos e relacionamentos fracassados. É esse Reino vindouro que anunciamos na revista A Boa Nova.
No âmbito político, os Estados Unidos estão divididos e confusos, e isso tem levado ao ódio e até mesmo à violência hoje em dia. Outras nações também estão enfrentando turbulências e dificuldades. Enquanto lemos as notícias e tentamos entender essa confusão de "quem fez o que a quem" nas manchetes, podemos ter o conforto de que tudo isso vai acabar e uma nova era de paz e prosperidade será inaugurada pelo Rei dos Reis. (Fonte: Financial Times).
O potencial conflito da Coreia do Norte pode piorar o cenário mundial
Quanto ao Leste Asiático, todos os olhos continuam voltados para os frequentes testes nucleares e balísticos da Coreia do Norte e as ameaças ainda mais constantes de Kim Jong-un de desencadear uma terrível violência a qualquer momento. A questão continua sendo a seguinte: Tudo isso acabará em um conflito direto entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte? O potencial de destruição disso é impensável. Mas talvez haja um cenário ainda mais assustador que um possível conflito norte-coreano.
Uma peça recente do cientista político de Harvard, Graham Allison, na revista The Atlantic, lança uma luz sobre essa possibilidade: "Em meio a trocas de ameaças entre a Coréia do Norte e os Estados Unidos, os recentes testes nucleares e de mísseis norte-coreanos e o discurso do governo norte-norte-americano sobre ter ‘todas as opções na mesa’, há uma crescente preocupação com a possibilidade real de uma guerra com a Coreia do Norte. E há ainda um espectro ainda mais obscuro que muitos ainda não consideraram. Será que esses atuais eventos em andamento na península coreana podem arrastar os Estados Unidos e a China para uma guerra entre potências?" ("A Coreia do Norte Pode Arrastar os EUA e a China Para a Guerra?" 11 de setembro de 2017).
Allison compara a situação atual com o cenário improvável que acabou desencadeando a Primeira Guerra Mundial. Bastou um incidente isolado em uma parte remota do sudeste da Europa para levar o mundo inteiro ao colapso da guerra e da destruição.
Uma lição relevante é que até mesmo eventos aparentemente pequenos podem gerar ondas que viajam por todo o mundo e causam enormes e imprevistas consequências. E isto tem sido o caso em muitos dos momentos mais importantes da humanidade. Tudo leva ao fato de que existe um Deus que dirige e guia o enredo da história humana, apontando para a direção que, enfim, vai nos levar à ruptura de nossa autossuficiência e fazer com que percebamos que somos completamente dependentes dEle para sobrevivermos. (Fonte: The Atlantic).
Saqueadores se aproveitam das vítimas do furacão
Vimos três grandes furacões em setembro nos Estados Unidos. Harvey tocou o solo na costa sul do Texas, Irma atravessou o Caribe e virou-se para o norte da Flórida, e Maria devastou Puerto Rico. À medida que alguns residentes retornavam após a evacuação, eles descobriram que suas casas tinham sido destruídas.
E não foram apenas as casas: "Nove pessoas foram presas depois que foram pegas pela câmera de uma equipe de TV invadindo e saqueando lojas durante o furacão Irma em Fort Lauderdale, Flórida, de acordo com a polícia" ("Saqueadores Pegos Por Câmera na Flórida Durante a Passagem do Irma”, Gayathri Anuradha, "International Business Times”, 11 de setembro de 2017).
Os ladrões da Flórida não estavam invadindo os supermercados porque estavam desesperados e procuravam alimentos para sua sobrevivência. A maior parte da pilhagem era feita em lojas esportivas de marca. Os homens foram vistos saindo das lojas carregando muitas caixas de tênis.
As delegacias de polícia de Miami e São Petersburgo, e em toda a Flórida, informaram que prenderam saqueadores enquanto as pessoas estavam sendo evacuadas por uma questão de segurança.
Isso é algo muito triste para os Estados Unidos. Certamente, vimos o heroísmo e a ética do trabalho de pessoas ajudando às outras durante essas catástrofes naturais, mas também vimos histórias da ganância de pessoas que procuravam tirar proveito desse horrível desastre.
"Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos... os homens serão amantes de si mesmos" (2 Timóteo 3:1-2, NVI). Esta advertência do apóstolo Paulo sobre o fim dos tempos é apenas o começo das características doentias que ele descreve. Nós vivemos em um mundo onde os homens amam a si mesmos, onde a ganância e os interesses próprios são a prioridade. Essa notícia sobre os saques durante e após o furacão mostra exatamente isso. (Fonte: International Business Times).
Moscou faz demonstração de força na Chechênia
A região semiautônoma da Chechênia tem sido uma fonte de conflito e consternação na Rússia desde a Primeira Guerra Chechena há mais de vinte anos. A região, com maioria da população sunita-muçulmana, tem buscado sua independência da Rússia diversas vezes nas últimas duas décadas, e, ocasionalmente, insurgências de pequenos grupos separatistas têm ocorrido na última década. Atualmente, a Chechênia goza de uma paz tensa e instável com a grandiosa Rússia.
Atos de manifestações e protestos são muito comuns dentro da própria Chechênia, pois, muitas vezes, alguns grupos têm protestado contra o governo russo e outros órgãos internacionais. Mas um protesto checheno em Moscou é algo totalmente diferente. Mas, nesse caso, foi devido à horrível violência religiosa em Mianmar, ou Birmânia, que centenas de chechenos se reuniram na capital russa.
"E o que foi mais marcante do que a mobilização dos próprios manifestantes", escreve Karina Orlova em The American Interest, "foi o fato de eles não terem sido impedidos pela polícia russa — como se os protestos ocorressem em uma democracia liberal e normal e não na Rússia.
Em março, milhares de pessoas foram presas durante os grandes comitês anticorrupção (legalmente autorizados) em Moscou e São Petersburgo. "Recentemente, a polícia até prendeu um manifestante solitário que estava na Praça Vermelha segurando um pedaço de papel em branco nas mãos. Mas centenas de pessoas se reuniram no centro de Moscou gritando ‘Alá é Grande' e 'Budistas são terroristas' — protestando sem autorização oficial, mas a convite de Ramzan Kadyrov [líder da República Chechena] — mas a polícia nada fez para impedir o protesto" ("A Chechênia Representa Um Perigo à Rússia?", 6 de setembro de 2017).
A falta de ação das autoridades levou os observadores a questionarem se a resposta, tipicamente dura, de Putin à dissidência esbarra-se nas fronteiras da Chechênia. Sem dúvida, o presidente russo não está disposto a arriscar outra explosão de violência na Chechênia, especialmente se esta se espalhar naquela região e no restante da Rússia. A Chechênia continua sendo uma presença volátil na esfera de controle e influência da Rússia. É preciso continuar observando essa região nos próximos meses. (Fonte: The American Interest).
O auxílio de drones na tragédia dos furacões
Quando você ouve a palavra "drone", provavelmente pensa em fotógrafos ou cineastas usando drones com câmera para tirar fotos dramáticas de maravilhas naturais. Ou na pior das hipóteses, talvez você esteja pensando em "ataques de drones", onde alvos militares são destruídos usando armas montadas em drone. Eles se tornaram um símbolo da guerra moderna.
Entre as várias histórias do Texas e da Flórida sobre os furacões Harvey e Irma que atingiram os Estados Unidos, uma delas mostrou um lado muito diferente do uso de drones. A NBC News informou: "Dezenas de veículos aéreos não tripulados foram utilizados em Houston em resposta ao furacão Harvey, e os UAVs [veículos aéreos não tripulados] devem ser utilizados na Flórida nos próximos dias. Os especialistas dizem que os UAVs provavelmente desempenharão um papel ainda maior nos esforços de socorro quando ocorrerem futuras tempestades ou terremotos”.
"Os drones podem realizar tarefas críticas à medida que os desastres se desdobram, inclusive encontrando pessoas que precisam urgentemente de ajuda. As evidências sugerem que os drones podem ter certas vantagens em relação aos esforços tradicionais de busca e salvamento — principalmente quanto à celeridade" ("Os Furacões Mostram Por Que Os Drones São O Futuro no Alívio em Desastres", Matthew Hutson, 9 de setembro de 2017).
Em um momento de sofrimento, como catástrofes naturais em grande escala, como os furacões, é inspirador ver pessoas se reunindo para ajudar a outros que estão passando por necessidade. Também é inspirador ver a tecnologia de drones sendo usada para fins humanitários e de socorro, em vez do uso corriqueiro como máquinas de guerra.
Notícias como estas nos lembram de um tempo no futuro retratado em Isaías 2:4: “E Ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra". Que Deus possa antecipar esse dia! (Fonte: NBC News).