Nossa Mídia de Massa é Que Nos Induzem Ao Erro?
Para milhões de pessoas, o dia começa segurando o controle remoto da TV e sintonizar os canais de notícias. A tecnologia do século vinte e um proporcionou a rápida proliferação de canais de notícias.
Embora Jesus Cristo tena dito a Seus seguidores para vigiar e estar alerta para as condições do mundo (Marcos 13:35), a fixação por notícias pode facilmente tornar-se um vício virtual. Seguir constantemente as notícias pode fazer você se sentir conectado, mas o que você está vendo e ouvindo? E o mais importante, como isso afeta a sua capacidade de discernir corretamente a verdade detrás desses eventos?
A televisão tem substituído os jornais impressos como fonte de notícias nesse último quarto de século, juntamente com a internet e as mídias sociais. O respeitado Centro de Pesquisa Pew sobre Jornalismo e Mídia divulgou que sete em cada dez pessoas nos Estados Unidos assistem noticiários de TV e quase quatro em cada dez assistem a canais de notícias de TV a cabo ("Como os Norte-americanos Assistem Notícias na TV em Casa", Centro de Pesquisa Pew, 11 de outubro de 2013).
A desvantagem do noticiário na TV é que muitas vezes as notícias e opiniões são apresentadas em trinta segundos "sound bites" em vez do texto com a cobertura em profundidade. Ler um jornal ou uma revista informativa não requer muito mais esforço mental. A leitura de jornais atingiu o pico no início de 1990 e tem declinado desde então. Milhares de jornais deixaram de publicar, enquanto outros são apenas resquícios do que costumavam ser.
Hoje em dia, milhões de pessoas assistem aos apresentadores e repórteres da mídia e alguns são tratados como celebridades virtuais. Mas será que eles falam objetivamente a verdade? Ou estão defendendo o ponto de vista da maioria dos editores e repórteres de hoje, que têm a tendência de enfeitar a notícia?
A distorcida visão de mundo nas reportagens
Há algumas décadas, os estudantes de jornalismo aprendiam a relatar a notícia de uma maneira clara, imparcial e direta. As motivações políticas, os valores pessoais e outros não tinham lugar na redação. Os repórteres eram ensinados a trazer a lume ambos os lados de uma história. As opiniões eram reservadas às colunas de opinião e não às notícias.
As décadas recentes têm visto uma mudança dramática nas abordagens jornalísticas e na ética. Hoje, muitos jornalistas se sentem livres para inserir seus preconceitos, suas crenças pessoais e suas opiniões políticas na cobertura de notícias. Agora essa tendência existe em muitos observadores e em grande parte do público. E isso é reconhecido até mesmo pela própria indústria de notícias.
O Instituto Pew Research, em 2004, realizou uma pesquisa nacional com 547 repórteres, editores e executivos nos Estados Unidos. E mostrou que 34% da imprensa nacional se identificam como liberal, enquanto 7% se identificam como conservadora (a maior parte se considera "moderada"). Houve um aumento de 22% desde 1995 no grupo que é identificado como liberal na imprensa nacional, uma tendência que continua aumentando.
Após as eleições norte-americanas, em 2008, foi revelado que o Partido Democrata recebeu mais de um milhão de dólares em doações provenientes de 1.160 funcionários das três principais redes de televisão (NBC, CBS, ABC), enquanto o Partido Republicano recebeu pouco menos de cento e quarenta e três mil dólares através de 193 doações ("Em 2008, Obama e os Democratas Arrecadaram 88% em Contribuições de Executivos da Mídia Televisiva, de Escritores e Repórteres", jornal The Washington Examiner, 27 de agosto de 2010).
"E nisso os conservadores têm razão. Pesquisas e mais pesquisas mostraram que os principais meios de comunicação têm essa tendência e que, como escreveram os economistas Tim Groseclose e Jeff Milyo, ‘grande parte desses jornalistas é liberal’" ("Os Conservadores Têm Razão: Os Meios de Comunicação São Muito Liberais", revista Fortune, 2 de novembro de 2015).
Os fatores detrás do viés liberal
Por que tantos profissionais da mídia têm esses preconceitos? As razões são muitas. Para começar, a maioria dos experientes veteranos no jornalismo de hoje foi para a faculdade durante os tempos turbulentos do fim dos anos 1960 e início de 1970 e se tornaram presas do “antiestablishment”, causa de esquerda muito prevalecente na época. Esse período formativo de grande agitação social influenciou fortemente seus pensamentos e valores.
Observe também que as principais organizações de notícias dos Estados Unidos estão concentradas nas costas Leste e Oeste, explicitamente, o reduto do pensamento liberal e progressista norte-americano. Hoje, mais de um em cada oito jornalistas vive e trabalha apenas na cidade de Nova Iorque, e num recente artigo, o jornal The Atlantic publicou um mapa mostrando que, atualmente, metade dos jornalistas vive e trabalha no corredor Washington-Boston ("O Verdadeiro Problema da Mídia Elitista dos Estados Unidos", The Atlantic, 19 de novembro de 2016).
Essa crescente concentração costeira do pensamento liberal ajudou a mudar a própria cultura do jornalismo. Numerosas fontes têm apontado que a mídia se tornou uma elite voltada para si mesma. Geralmente bem educados, orgulhosos e muitas vezes auto-justos, muitos jornalistas da atualidade creem que é seu dever moldar a opinião pública à maneira que eles consideram politicamente correto.
Porém, vergonhosamente, muita coisa foi feito pela mídia tradicional para desacreditar que Donald Trump tinha alguma chance de ser eleito presidente em novembro de 2016. Como observou um comentarista: "É bem possível que os repórteres... ignoraram Trump e Sanders porque os jornalistas não enxergaram que o profundo, intenso e, muitas vezes tácito descontentamento econômico, que aflige tantos norte-americanos, era o combustível da campanha de Trump e Sanders" (Neal Gabler, "A Incoerência da Grande Mídia: Porque Não Convenceram a Classe Média Estadunidense", BillMoyers.com, 23 de abril de 2016).
Muitos não fizeram segredo de seu desprezo pelo candidato republicano e consideraram seu dever trabalhar pela derrota dele. Jim Rutenberg, antigo colunista do famoso New York Times, expõe desta forma: "Se você vê Trump na presidência como algo potencialmente perigoso, então o seu artigo vai refletir isso. Assim você se moveria mais perto do que nunca esteve da oposição. Esse é um território desconfortável e inexplorado para todo comentarista de notícias que conheço, e, pelos padrões normais, isso é insustentável" ("Trump Está Testando As Normas de Objetividade do Jornalismo”, The New York Times, 7 de agosto de 2016, grifo nosso).
Você entendeu isso? Um grande colunista de um dos mais antigos e respeitados jornais dos Estados Unidos parece aprovar a cobertura deliberadamente preconcebida e não objectiva de um candidato presidencial norte-americano, que não compartilha da opinião dos principais meios de comunicação — uma situação que ele diz ser "insustentável" pelos padrões normais.
No entanto, a alegação de que isso está fora das normas e é um "território inexplorado" é ridícula, pois a mídia tradicional, durante muito tempo, fez uma cobertura bastante a favor dos candidatos liberais e em oposição aos conservadores. É verdade, no entanto, que isso não parecia ser vergonhoso antes.
A mídia moderna encontra um antigo paralelo
O desprezo da grande mídia pelo sistema de valores, que ainda motiva milhões de pessoas, está escancarado para que todos possam ver. As elites da mídia não fazem segredo de seu apoio aberto ao aborto, ao casamento gay, ao feminismo militante, à redistribuição econômica, à supressão de crenças baseadas na Bíblia, ao mesmo tempo em que promovem crenças contrárias e outros valores liberais progressistas.
Eles se opõem aos direitos soberanos das nações, ao mesmo tempo que defendem visões de um mundo sem fronteiras e de livre circulação por todas as pessoas em todo o mundo, independentemente de sua origem. É extremamente assustador ver jornalistas lamentarem a morte e mutilações de pessoas inocentes em ataques terroristas em solo ocidental e depois, no minuto seguinte, vê-los atacar os esforços do governo para restringir a imigração de nações falidas que geram centenas de milhares de terroristas.
Cada vez mais, os jornalistas ocidentais acham que sua missão é vender esse ponto de vista a uma população, quase sempre, relutante.
Mas isso já teve precedentes. Muitos daqueles que creem na Palavra de Deus, e em sua mensagem a nós, podem ficar surpresos ao saber que existiam condições paralelas na antiga Israel. Grande parte do registro do Antigo Testamento diz respeito à história de nossos antepassados e do tempo em que viveram.
Entretanto, havia uma classe elitizada nos antigos reinos de Israel e Judá que se aproveitavam da confiança do povo para enganá-lo, para promover ideias que, eventualmente, acabaria levando à ruína da nação?
Veja o que o profeta Isaías tinha a dizer sobre as condições de seu tempo: “Crianças governam o meu povo; o poder está nas mãos das mulheres. Meu povo, as autoridades estão enganando vocês, estão lhes mostrando o caminho errado" (Isaías 3:12, BLH).
Com a morte do rei Salomão e a divisão do reino em dois reinos menores, Judá e Israel, o governo permaneceu em mãos de reis perversos e de falsos profetas, que buscavam seus próprios interesses. E sob a orientação de maus conselheiros e a liderança dessa antiga elite, finalmente, ambas as nações foram levadas em cativeiro ao estrangeiro.
Grande parte de Israel e Judá escutava os conselhos errados — que denigriam a lei de Deus e direcionaram o povo para uma forma de multiculturalismo antigo, adotando as práticas e costumes religiosos e culturais das nações pagãs ao seu redor. Poderíamos chamar isso de liberalismo religioso. Em termos simples, se tratava da adoração a outros deuses e a adoção de costumes e práticas religiosas estrangeiras. E qual foi o resultado?
Assim como a mídia de hoje suprime os valores tradicionais, esses profetas levaram o povo a um conjunto de falsos valores em oposição à lei de Deus — embora Deus tivesse advertido: "Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal" (Isaías 5:20).
Os falsos profetas defendiam normas culturais novas e degeneradas, inclusive a promiscuidade e a atividade homossexual. Os rituais típicos em locais de cultos pagãos envolviam sexo com prostitutas ou homossexuais, dependendo da propensão ou desejo da pessoa no momento (ver 1 Reis 14:24 e 2 Reis 23:7, NVI).
Em vez de toda a nação confiar em Deus para defendê-los e lutar suas batalhas (Êxodo 14:13; Deuteronômio 1:30; Neemias 4:20), Israel confiava em alianças com as nações ao seu redor para sua segurança nacional. Os aliados, muitas vezes, se mostraram pouco confiáveis, até mesmo traiçoeiros, assim como vemos hoje.
Hoje, milhões acreditam em "direitos reprodutivos", uma forma moderna de infanticídio. A antiga Israel e Judá, seguindo as normas das nações pagãs ao seu redor, praticavam uma forma ainda mais horrível de infanticídio. Os falsos profetas da antiguidade compactuavam com o sacrifício de crianças ao deus pagão Moloque e a outros. E milhares de crianças inocentes foram sacrificadas, muitas foram lançadas em fornos ardentes para serem queimadas vivas, sofrendo uma das mais horríveis mortes já urdida por seres humanos malignos inspirados por Satanás.
Hoje, vemos um paralelo no veemente apoio ao aborto pela grande mídia, que tem levado ao assassinato de milhões de inocentes. Desde a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos em 1973, no caso Roe versus Wade, cerca de 58 milhões de crianças norte-americanas nascituras foram sacrificadas no altar da conveniência.
E vemos na Bíblia, a evidente influência religiosa-liberal desses falsos profetas sobre a nação. No tempo do rei Acabe e sua esposa Jezabel, pelo menos quatrocentos e cinquenta deles tinham influência sobre a opinião pública na antiga Israel (1 Reis 18:22). Israel havia abandonado a lei de Deus e submergido na idolatria e na imoralidade.
A nação havia entrado em crise e era chegada a hora da verdade. Será que o povo deveria continuar seguindo o caminho do liberalismo religioso multicultural ou deveria voltar-se para o Deus que o trouxe à Terra Prometida?
Elias convocou milhares de israelitas a uma prova para determinar quem era o verdadeiro Deus que merecia obediência. Observe o que ele disse-lhes: “‘Por quanto tempo vocês vão ficar entre duas opiniões, sem se decidirem por uma delas?’ perguntou ao povo. Se o SENHOR é Deus, sigam a Ele! Porém se Baal é Deus, então sigam Baal!" (1 Reis 18:21, Bíblia Viva). O restante desse capítulo 18 registra como o verdadeiro Deus tornou-se, inequivocamente, real para o povo.
O resultado de seguir as mentiras dos falsos profetas
No livro de Jeremias, que profetizou no reino do sul de Judá, cerca do ano 626 a.C., temos indícios muito claros sobre o que esses falsos profetas ensinavam. Até depois da queda de Jerusalém, por volta de 587 a.C., em Jeremias 23, esse homem de Deus seguiu denunciando esses falsos profetas por causa de seus ensinamentos:
"Os profetas de Samaria...profetizaram por Baale desviaram Israel, o meu povo" (versículo 13, NVI).
"Os profetas de Jerusalém... cometem adultério e vivem uma mentira. Encorajam os que praticam o mal, para que nenhum deles se converta de sua impiedade" (versículo 14).
"Dos profetas de Jerusalém a impiedade se espalhou por toda esta terra" (versículo 15, NVI).
“Os profetas... Falam de visões inventadas por eles mesmos, e que não vêm da boca do SENHOR” (versículo 16, NVI).
O livro de Jeremias descreve uma nação em declínio, uma que já havia perdido muito de sua liberdade e, ainda assim, obstinadamente, se recusava a se arrepender de seus maus caminhos. Em vez de prestar atenção aos constantes avisos de Jeremias para voltar-se para Deus, essa nação continuou ouvindo e atendendo as vozes erradas. “Acaso trocou alguma nação os seus deuses, que, contudo não são deuses? Mas o meu povo trocou a sua glória por aquilo que é de nenhum proveito" (Jeremias 2:11).
Historiadores traçaram um paralelo entre os Estados Unidos e o Império Romano, e nós também podemos traçar um paralelo entre os Estados Unidos e a antiga Israel e Judá. Assim como os falsos profetas em Israel fizeram com que o povo escolhido de Deus abandonasse as leis e os valores que Ele lhes dera, as elites de hoje influenciam a opinião pública em direção a uma mentalidade humanista e sem Deus. E, infelizmente, os fatos mostram que eles têm tido muito sucesso nisso.
Atender as vozes erradas levou Israel e Judá ao desastre. E hoje em dia, ouvir essas vozes erradas está levando os Estados Unidos ao declínio, e isso vai acabar em um desastre semelhante.
Nestes tempos turbulentos, todos nós devemos fazer uma escolha. Você vai escolher seguir as massas enquanto a nação continua em seu desenfreio moral ladeira abaixo ou irá contra essa corrente? É hora de entender a agenda desses autoproclamados profetas da atualidade inserida dentro da nossa grande mídia e, em vez disso, aprender que só existe uma verdadeira fonte — a inabalável Palavra de Deus!