As Festas Santas de Deus

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Celebramos os dias de festa que Deus nos ordenou nas Escrituras, rejeitando todos os feriados inventados pelo homem e derivados de cultos pagãos, como o Natal e o Domingo de Páscoa, segundo Deuteronômio 12:29-32.

Quando Deus libertou a nação de Israel do cativeiro egípcio, Ele ordenou à nação que participasse de cultos especiais durante as épocas das colheitas anuais (Êxodo 23:14-16; Deuteronômio 16:1-17). Esses períodos estão listados em Levítico 23, e várias traduções da Bíblia os denominam “as solenidades do SENHOR” (versículos 2-4).

Aqui a palavra "solenidades" é usada no sentido de festas ou celebrações. Certamente, essa é uma descrição apropriada, pois, no hebraico original do Antigo Testamento, quatro dessas ocasiões são nomeadas com a palavra chag ou hag, que significa “festival”. Mas a palavra hebraica usada nos versículos 2-4 para todas as ocasiões é moedim, significando “tempos determinados”. Portanto, essas ocasiões são compromissos especiais de Deus com Seu povo — compromissos que Ele deseja que cumpramos.

O entendimento da mensagem do evangelho e o plano de salvação de Deus são enriquecidos pelo fato de Deus usar as colheitas físicas para simbolizar as colheitas espirituais dos seres humanos através do divino dom de salvação por Jesus Cristo (Mateus 9:37-38; João 4: 35; 15:1-8; Colossenses 2:16-17). As três primeiras festas estão associadas às colheitas da primavera na terra de Israel, enquanto as últimas quatro festas estão relacionadas à colheita do final do verão e do outono.

E essas festas são sete dias santos ou Sábados anuais. E, juntamente com o Sábado semanal de Deus, elas são convocações sagradas ou assembleias ordenadas para o povo de Deus. Elas são sagradas porque são santificadas — separadas por Deus. Ele ordena que Seu povo se reúna nesses dias para adoração e para aprender sobre Ele e Seu plano, bem como para comunhão e regozijo juntos (Levítico 23:1-4; Deuteronômio 14:23-26; Neemias 8:1-12).

O registro do Novo Testamento mostra que a igreja cristã do primeiro século continuou a observar essas festas bíblicas. O próprio Jesus Cristo observou essas festas, e nós, como Seus seguidores, somos instruídos a andar como Ele andou (João 7:8-14; 1 João 2:6) — a viver como Ele viveu.

A Igreja do Novo Testamento começou milagrosamente em uma dessas festas anuais — o Dia de Pentecostes (Atos 2:1-4). Os apóstolos e discípulos da Igreja primitiva continuaram a observar essas festas muito tempo depois da morte e ressurreição de Jesus (Atos 18:21; 20:16; 27: 9; 1 Coríntios 5:8).

Paulo manteve a observância delas e as apresentou como "sombras" ou esboços dos grandes eventos do plano de salvação de Deus que ainda devem ser cumpridos (Colossenses 2:16-17). Ele também instruiu a congregação gentia (não israelita) de Corinto acerca de uma dessas festas: “Celebremos a festa” (1 Coríntios 5:8, ARA).

Ao observar essas festas ao longo do ano, o povo de Deus se concentra e se lembra da obra de Jesus, o Messias, no cumprimento do plano de salvação de Deus. A obra dEle tem diferentes fases — a primeira é se oferecer como sacrifício pelos pecados da humanidade, agora servindo como Advogado e Sumo Sacerdote de Seu povo e vivendo dentro deles para ajudá-los a vencer o pecado; e, finalmente, retornando em poder e glória para estabelecer o Reino de Deus sobre todas as nações.

Tudo isso está muito bem retratado nessas festas anuais. Através de Cristo, que é nosso foco, começamos a entender o significado especial por trás dessas festas anuais.

Conforme revelado nas Escrituras Sagradas, o plano de salvação está ilustrado no significado dessas sete festas anuais listadas em Levítico 23.

• A Páscoa, no início da primavera no hemisfério norte, nos ensina que Jesus Cristo não tinha nenhum pecado, mas, como o “Cordeiro de Deus” sacrificado, deu Sua vida para que os pecados da humanidade pudessem ser perdoados e a pena de morte fosse removida (1 Coríntios 5:7; 1 Pedro 1:18-20; Romanos 3:25).

A Páscoa, embora não seja observada como um Sábado anual em que nenhum trabalho habitual deve ser feito, é a primeira festa do ano. Sua observância inclui o lavamento dos pés e participar do pão asmo e do vinho, como símbolo do corpo de Cristo e de Seu sangue derramado em sacrifício. (Ver capítulo intitulado “A Páscoa”).

• A Festa dos Pães Asmos, que começa no dia seguinte à Páscoa e continua por sete dias, nos ensina que Jesus Cristo nos leva à rejeição da iniquidade, a nos arrepender do pecado e a viver de toda a palavra de Deus (1 Coríntios 5:8; Mateus 4:4).

Durante essa festa, o fermento — um agente que incha a massa de pão durante o cozimento — simboliza o pecado e, portanto, é removido de nossas casas e não é consumido por sete dias (1 Coríntios 5:7-8; Êxodo 12:19). Ao comer pães asmos durante esse período, retratamos uma vida de sinceridade e justiça e livre do pecado. O primeiro e o último dia dessa festa de sete dias são Sábados anuais.

• A Festa de Pentecostes é em um Sábado anual do fim da primavera no hemisfério norte. Ela também é chamada Festa das Semanas, Festa da Colheita ou das Primícias, e nos ensina que Jesus Cristo está edificando Sua Igreja com aqueles que são “uma espécie de primícias” da colheita espiritual da humanidade, e que têm as “primícias do Espírito” (Êxodo 23:16; Atos 2:1-4, 37-39; Tiago 1:18; Romanos 8:23). (Ver capítulo intitulado “A Igreja”).

E esses vão receber a salvação no retorno de Cristo. Eles foram capacitados pelo Espírito Santo, que em cada um cria um coração novo e uma natureza sincera e obediente aos mandamentos de Deus. Jesus é o primeiro desses frutos, como retratado antes sobre uma oferta especial de primícias durante a festa anterior (ver Levítico 23:9-14; 1 Coríntios 15:20, 23). Em grego Pentecostes significa quinquagésimo, por isso cinquenta dias são contados desde essa primeira oferta.

• A Festa das Trombetas, um Sábado anual do fim do verão ou início do outono no hemisfério norte, ensina-nos que Jesus Cristo retornará visivelmente à Terra no final desta era. Nesse tempo, Ele ressuscitará os servos fiéis de Deus que não estiverem vivos e transformará em seres espirituais imortais aqueles santos obedientes que ainda estiverem vivos (Mateus 24:31; 1 Coríntios 15:52-53; 1 Tessalonicenses 4:13-17).

Essa festa comemora o toque de trombetas que precederão e anunciarão o retorno de Cristo. Apocalipse 8-10 descreve sete anjos com sete trombetas anunciando os eventos que vão abalar o mundo. Cristo vai retornar quando soar a sétima trombeta (Apocalipse 11:15).

• O Dia da Expiação, um Sábado anual poucos dias depois do prévio Sábado annual, indica o tempo em que Satanás, o diabo, será aprisionado por mil anos (Levítico 16:29-30, 20-22; Apocalipse 20:1-3). E representa o afastamento da principal causa do pecado — Satanás e seus demônios. Enquanto Deus não afastar o instigador original do pecado, a humanidade continuará sendo levada à desobediência e ao sofrimento.

Esse Dia Santo também mostra nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, fazendo expiação pelos pecados de toda a humanidade. Esse ato de expiação — “unificação” — permite que sejamos reconciliados (ser um) com Deus e que tenhamos acesso direto a Ele ao entrar espiritualmente no “santuário” (Hebreus 9:8-14; 10:19-20). Ao jejuar neste dia, nos aproximamos de Deus e retratamos a reconciliação com Deus que toda a humanidade experimentará após o retorno de Cristo. Jesus Cristo é essencial nesse processo como nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 4:14-15; 5:4-5, 10) e como nosso único e eterno sacrifício pelos pecados (Hebreus 9:26-28; 10:12).

• A Festa dos Tabernáculos, também chamada de Festa da Colheita, ocorre alguns dias após o dia santo anterior e tem duração de sete dias, sendo o primeiro dia um Sábado anual. Essa festa nos ensina que, quando Jesus Cristo voltar, Ele começará a colheita da maior parte da humanidade e estabelecerá uma nova sociedade como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores sob o comando de Deus Pai.

Auxiliado pelos santos ressuscitados, Cristo estabelecerá Seu governo na Terra por mil anos (Apocalipse 19:11-16; 20: 4; Levítico 23:39-43; Mateus 17:1-4; Hebreus 11:8- 9). E ao governar, Suas leis se espalharão de Jerusalém para todo o mundo, inaugurando assim um período sem precedentes de paz e prosperidade (Isaías 2:2-4; Daniel 2:35, 44; 7:13-14). (Ver capítulo intitulado “O Retorno de Jesus Cristo e o Reino Vindouro”).

Hoje essa festa é observada em reuniões regionais em todo o mundo em que os membros da Igreja vivem em moradias temporárias durante todo seu período, segundo as instruções bíblicas.

• O Último Grande Dia, o Sábado anual imediatamente após a Festa dos Tabernáculos, também conhecido como o Oitavo Dia. Este dia nos ensina que Jesus Cristo completará Sua colheita de seres humanos ressuscitando dentre os mortos e oferecendo a salvação a todos aqueles que morreram no passado e nunca tiveram a oportunidade de serem salvos (Ezequiel 37:1-14 ; Romanos 11:25-27; Lucas 11:31-32; Apocalipse 20:11-13). (Ver capítulo intitulado “As Ressurreições e o Julgamento Eterno”).

Assim, o ciclo anual da celebração das festas e dias santos lembra aos discípulos de Cristo que Ele está elaborando o plano de Deus de oferecer a toda a humanidade a libertação do pecado e da morte e o dom da vida eterna na família de Deus — todas as pessoas do passado, presente e futuro.

(Para mais informações, baixe ou solicite guias de estudo bíblicos gratuitos Feriados Religiosos ou Dias Santos: Será Que Importa Quais Dias Observamos? e As Festas Santas de Deus: O Plano de Deus Para a Humanidade).